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Telemedicina: uma alternativa em tempos de pandemia

Muitas atividades foram afetadas pelo isolamento social determinado pelo Ministério da Saúde como medida para o combate à propagação da COVID-19. Sendo assim, o governo tomou medidas para evitar aglomerações em diversos locais e isso inclui consultórios, centros médicos e hospitais. Neste contexto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu, de maneira excepcional, a prática de telemedicina no Brasil, enquanto durar a situação emergencial na qual nos encontramos.

Telemedicina é exercer a medicina à distância. Nesta modalidade o médico utiliza telefone, meios de tele ou videoconferência ou troca de mensagens para realizar o atendimento médico. Trata-se de um instrumento de apoio diagnóstico e de orientação ao paciente, que pode estar impossibilitado ou não recomendado a ir presencialmente ao médico por inúmeros motivos.

Em grandes centros, não é apenas o risco de infecção por COVID-19 que atrapalha a ida à consulta médica. O trânsito, a distância e a correria do dia a dia também tornam o atendimento à distância interessante.

Como funciona a telemedicina no mundo…

Em países mais desenvolvidos, a telemedicina já é utilizada, principalmente em locais distantes de grandes centros, como pequenos vilarejos ou cidades menores. Atualmente, os pacientes de doenças crônicas ou grupos de risco, como idosos, podem contar com dispositivos em suas casas para monitorar frequência cardíaca, pressão arterial e glicose no sangue, por exemplo.

Até mesmo a cirurgia à distância já é uma realidade em alguns países. No Canadá, há casos de cirurgias feitas por robôs controlados à distância por médicos para retirar vesículas, apêndices e corrigir hérnias. A área dermatológica pode contar com um scanner fotográfico baseado em inteligência artificial para detectar manchas e sinais de pele que devem ser investigados. Outras áreas, como oftalmologia e radiologia já se aproveitam da troca virtual de imagens dos pacientes para precisos diagnósticos analisados à distância.

Nos Estados Unidos, quando identificada a primeira pessoa com o novo Coronavírus, diante dos riscos de transmissão, foi utilizada uma espécie de telemedicina ainda não tão acessível. O paciente foi assistido por um tipo de robô, que monitorava seus sinais vitais e permitia a comunicação com a equipe médica.

Já nos países em desenvolvimento, a telemedicina encontra muitos desafios na área da saúde, o que traz a oportunidade de ampliar o acesso a serviços médicos especializados e a redução do tempo entre diagnóstico e início do tratamento. Deve-se considerar também a redução de custos e o apoio ao monitoramento e rastreamento epidemiológico.

… e no Brasil

O Brasil, por seu tamanho e geografia, muitas vezes sem recursos médicos adequados à população, oferece um amplo campo de atuação para a telemedicina. Ou seja, mesmo fora do contexto de pandemia, nosso país poderia beneficiar-se da modalidade. Mas quais são os empecilhos enfrentados para a liberação definitiva da telemedicina?

Primeiro é importante saber que, mesmo fora do Brasil, ainda há poucos estudos e referências sobre este tipo de atendimento, para que ele possa ser sistematizado e regulamentado. Em 2019, Conselho Federal de Medicina (CFM) já havia buscado caminhos para regulamentar a telemedicina no Brasil, mas o fato gerou desacordo entre grupos de profissionais da saúde.

Um dos argumentos é o receio de que o atendimento remoto enfraqueça a relação do médico e do paciente, resultando em uma consulta deveras mecânica. Há o meio termo: quem defenda que a telemedicina seria mais útil se atuasse de maneira complementar. Seguindo este raciocínio, a proposta de 2019 trazia a possibilidade de continuar o atendimento após uma consulta presencial, monitorando o pós-consulta, como em um retorno médico.

O poder público não está totalmente alinhado para propor regulamentação do modelo ou, até mesmo, investimento em tecnologia na rede pública de saúde para que os mais vulneráveis possam se aproveitar dos benefícios da telemedicina.

Na prática, como está funcionando a telemedicina no Brasil?

Segundo a Portaria 467/2020 do Ministério da Saúde, a telemedicina foi validada durante o período de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, ou seja, a liberação é válida durante a crise pelo novo Coronavírus.

Os médicos estão liberados para atendimentos remotos “pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico”, tanto na saúde pública como na saúde privada. A exigência é que o documento (receita médica, atestado, diagnóstico) contenha assinatura eletrônica com certificação digital segundo o órgão de Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determina que o paciente pode optar por ser atendido remotamente e, neste caso, deve verificar com seu plano de saúde qual o procedimento e meio escolhido para as consultas.

A operadora poderá apontar um profissional ou estabelecimento habilitado neste tipo de atendimento e credenciado em sua rede, pois os profissionais de medicina e centros médicos não possuem a obrigação de atender remotamente. Somente a operadora deve ter alguma opção de telemedicina em sua rede.

Em qualquer caso, a ANS alerta para a segurança do meio escolhido para trocar informações pessoais dos pacientes. Fique sempre de olho no canal utilizado pelo seu médico e tenha cuidado com mensagens falsas, spam e golpes virtuais.

Veja aqui as dicas para se proteger de ataques virtuais

No Sistema Único de Saúde (SUS) também há opções de consultas remotas e o Ministério da Saúde já divulgou que, com isso, haverá ampliação do atendimento, evitando a exposição da população ao contágio por doenças infecciosas nas unidades de saúde.

Como as operadoras de saúde suplementar estão disponibilizando a telemedicina

Diversas operadoras de saúde suplementar disponibilizaram ferramentas e orientam sua rede credenciada e beneficiários sobre como utilizar melhor os recursos de telemedicina.

Conheça as ferramentas de algumas operadoras e suas orientações:

A Amil oferece os canais de telemedicina sem agendamento 24 horas por dia.

A SulAmérica mantém o programa “Médico na Tela” desde 2019 com ampliação dos serviços neste momento de pandemia.

O Bradesco disponibilizou uma série de informações e recursos em um portal público, além de canais de telemedicina para seus beneficiários.

A Unimed disponibiliza o Unimed Fone e outras informações em seu portal de telemedicina, trazendo, inclusive, a legislação vigente cobre a modalidade.

O Grupo Notre Dame Intermédica oferece recursos de telemedicina na área logada ao beneficiário.

Com o advento e popularização da modalidade de telemedicina, surgem diversos recursos que podem ser usados para melhorar a interação entre médico e paciente, inclusive gratuitos. Veja dois exemplos:

  • A plataforma iMedicina oferece gratuitamente salas virtuais para consulta, recursos para envio de exames e possibilidade de agendamento.
  • A Emed é uma plataforma paga que oferece um sistema de gestão para médicos, com prontuário eletrônico, agendamento e gestão financeira.

Na saúde pública, há o TeleSUS, que oferece orientações iniciais para pessoas com suspeita de COVID-19. Os canais são telefone, chat, aplicativo ou Whatsapp. Segundo o Ministério da Saúde, está previsto o lançamento de uma plataforma para consultas online.

Telemedicina: o que podemos esperar?

A conclusão é que, mesmo com uma crescente inclusão digital da população e com tecnologias inimagináveis há poucos anos, a medicina nos países em desenvolvimento não avançou muito em termos de meios de comunicação e modelos de atendimento. Há alguma novidade em startups do ramo da saúde, que popularizam o atendimento médico, oferecendo consultas a preços fixos mais baixos que os de mercado e agendamento virtual. Mas, em termos de consultório médico em si, pouca coisa mudou.

Mais de 1,6 milhão de pessoas em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento morrem por ano devido à dificuldade no acesso a médicos. É o que diz uma pesquisa da conduzido pela Comissão de Saúde Global de Alta Qualidade, financiada pela Fundação Bill e Melina Gates.

Certamente a popularização da telemedicina poderá proporcionar a atenção médica em locais carentes e distantes dos grandes centros, que possuem ampla rede médica. Apesar do desafio sobre o alinhamento entre poder público e sociedade, podemos esperar novas diretrizes sobre a implantação definitiva e regulamentação da telemedicina no Brasil.

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Saúde do corpo e da mente: entendendo a meditação e Mindfulness

Esvaziar a mente ou focar a atenção? O que é, afinal, a meditação? Para que serve? Faz parte de uma religião? São muitas as dúvidas e definições encontradas para o simples ato de se aquietar, voltar a atenção para seu interior em busca do autoconhecimento.

O Mindfulness é uma técnica que alinhou melhor o conceito de meditação, que tem origem oriental, ao mundo ocidental. Vamos conhecer mais sobre ambos os assuntos.

Só consigo praticar meditação se eu não pensar em nada?

Este conceito afasta as pessoas da prática de meditação. Afinal, quem é que consegue não pensar em absolutamente nada? Nossa mente está continuamente em ação. Temos cerca de 60 mil pensamentos por dia. Essa contínua atividade cerebral faz com que a gente se sinta cansado e estressado. Para amenizar o cansaço, o cérebro usa um truque meio controverso: 90% de nossos pensamentos são exatamente os mesmos que já tivemos ontem. Isso faz com que o cérebro não fique tão louco criando novos pensamentos. E também faz com que a gente tenha dificuldade em mudar hábitos e pensamentos.

Meditar é dar um tempinho para o cérebro e colocá-lo em uma nova frequência. Não tem problema pensar durante a meditação. O importante é não se apegar aos pensamentos. Tem que deixá-los passar e se comportar de maneira apreciativa. Você deve observar o funcionamento de sua mente – analisando os pensamentos recorrentes, os “vícios”, o ritmo etc., gerando o autoconhecimento e controle de seus pensamentos. Ou seja, você sai do papel de escravo da mente para dominá-la.

Tipos de meditação e o Mindfulness

Podemos classificar os tipos de meditação segundo sua origem, apenas para entender melhor seus propósitos. Sendo assim, vamos dividir as práticas de meditação em duas vertentes: a ocidental e a oriental.

  • Meditação oriental: diversos recursos corporais – como a respiração, o som (mantra e orações), a visão etc. – são controlados de modo a acalmar os pensamentos e relaxar o corpo. O propósito na meditação oriental está alinhado às questões espirituais e tem foco na iluminação, sendo que uma mente “limpa” é mais fácil de abrir caminhos para a realização do espírito. As técnicas podem ser aprendidas em templos budistas, centros religiosos, locais de prática de yoga e escolas. As práticas vêm de diversas vertentes religiosas cujas raízes são o hinduísmo e o budismo;
  • Meditação ocidental: geralmente, a meditação ocidental tem um viés mais científico e medicinal, com foco em controlar o stress e obter benefícios psicológicos e físicos. Um dos fins da meditação no ocidente é fazer com o que o indivíduo aumente sua capacidade de concentração. Outro propósito muito comum é o controle das emoções e o fim do stress. A prática centra-se no controle da atenção. Para aprender, as pessoas podem recorrer a cursos e aulas presenciais ou online, em aplicativos, por exemplo. A técnica de Meditação Transcendental foi trazida e disseminada no mundo ocidental, mas é outro tipo que vem chamando a atenção e está na moda: o Mindfulness.

Esta técnica prega o foco no momento presente, baseada na ideia de que os nossos pensamentos são feitos basicamente de lembranças passadas (e os sentimentos gerados por elas) e os planos futuros (e seus anseios, fantasias, sonhos). O mindfulness tem o papel de trazer a mente para o momento presente, para que possa ampliar sua consciência sobre si mesmo e abandone a ansiedade em relação ao futuro ou as mágoas e traumas em relação ao passado.

Em que posição devo ficar ao praticar meditação?

A maioria das pessoas, ao imaginar alguém meditando, já pensa em alguém sentado na posição de lótus com olhos fechados. Incensos e um som saindo da boca (“oum”) completam a cena. Mas esqueça isso. Abandone as ideias preconcebidas a respeito da meditação. Estas características e acessórios são preferências e rituais que você pode agregar à prática dependendo de seu propósito ou preferências.

A posição deve ser confortável o suficiente para conseguir concentrar-se em sua respiração enquanto acalma a atividade cerebral. Entretanto deve-se evitar dormir durante a meditaçãos.

Guia rápido e simples de meditação para iniciantes

Os passos a seguir têm como objetivo mostrar ao leigo que qualquer um é capaz de meditar em qualquer lugar. Porém, para agregar mais benefícios à sua técnica, vale a pena aprender praticar a meditação guiada com um especialista.

Vamos lá!

  1. Prepare o ambiente: desligue o computador, a TV e o celular (ou coloque no modo silencioso). Vá a algum local tranquilo e, de preferência, silencioso. Proteja-se de qualquer forma de distração;
  2. As roupas devem ser confortáveis;
  3. A iluminação deve ser suave. Se houver música, deve ser um som ambiente, relaxante e em volume baixo;
  4. Não pratique meditação com pressa para terminar. Reserve um tempo para a prática. Use um cronômetro se você deseja não se perder no tempo. Assim você não fica pensando nos minutos;
  5. Sente-se em posição confortável. As posições de lótus ou pernas cruzadas (posição de índio) são as preferidas para os iniciantes;
  6. Foco na respiração. Concentre-se em sua respiração, acalmando pouco a pouco, usando mais o diafragma (a barriga “enche” quando você inspira e “esvazia” quando você expira). Você pode contar o tempo para inspirar e expirar e até mesmo fazer um som ao soltar o ar. Encontre um ritmo confortável e que você perceba que está aliviando sua ansiedade;
  7. Vá focando em partes do seu corpo e imaginando todos os músculos, esqueleto, sistema nervoso etc. em relaxamento. Sinta cada parte do seu rosto, vá descendo e conhecendo as sensações de cada parte. Quanto mais lento você fizer e com maior profundidade, mais benefícios você obterá da meditação;
  8. Tocou o cronômetro? Não saia correndo. Agradeça ao Universo, a Deus (se você crê), à natureza ou a qualquer coisa que você desejar;

Para habituar-se à prática:

  • Encontre seu tempo. Para algumas pessoas, meia hora é demais, pois não conseguem se concentrar todo este tempo. Para outros, 10 minutos é pouco para relaxar de verdade. Vá aumentando o tempo aos poucos;
  • Marque um mesmo horário todos os dias para construir o hábito.

Conforme já dissemos, a meditação e o mindfulness podem ter diversos propósitos e trazer inúmeros benefícios. E o melhor é que os resultados são sentidas na hora. Se você não pode praticar todos os dias, tente fazer aos finais de semana. Você colherá os frutos com qualquer frequência e técnica.

Uma boa meditação para você e muito relaxamento!

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Os idosos e o isolamento social determinado pela pandemia do novo coronavírus

Diversas cidades do Brasil estão com medidas de isolamento social em vigor. A medida é uma das mais utilizadas no mundo para conter a propagação do novo Coronavírus. A doença causada por este vírus, COVID-19, é muito mais letal aos idosos do que aos mais jovens. Neste sentido, há uma preocupação em isolar ainda mais os mais velhinhos.

Mas em que casos o isolamento pode trazer outros problemas de saúde e segurança aos nossos idosos? Vamos falar um pouco sobre isso.

Entendendo os anseios do idoso

Em primeiro lugar, os familiares mais jovens têm que entender que o idoso, geralmente, é excessivamente preocupado com sua própria sobrevivência (pois ele sabe que faz parte do grupo de risco) e com a de seus familiares: filhos, netos e bisnetos.

Esta preocupação excessiva pode causar ansiedade, estresse, tristeza, depressão, pânico e até mesmo agravar problemas crônicos de saúde pré-existentes como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares.

O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) alerta para situações como o surto de COVID-19 e outras epidemias. Segundo o órgão, deve-se dispensar toda atenção à saúde mental do idoso.

O tempo passa de uma maneira diferente para o idoso, pois, por mais que ele tenha se atualizado em relação à tecnologia, afinal, é uma pessoa que vem de outra geração. Tem outro ritmo de vida. Isso se dá também pelo fato de muitos idosos não desempenharem mais uma atividade econômica ou voluntária, o que faz com que uma situação de pandemia, como a que estamos vivendo, se torne ainda mais incômoda e preocupante.

Acolhendo o idoso e zelando por sua saúde mental

Paciência é a palavra-chave para cuidar e acolher o idoso em um momento tão delicado. Não é hora de afrouxar o isolamento social, especialmente do grupo de risco. Porém um idoso não pode ficar isolado sem nenhum auxílio e atenção. Ter sabedoria, saber se organizar junto com a família e adotar as medidas de prevenção são as atitudes que podem melhorar a qualidade de vida de seu idoso neste momento. Vamos verificar as dicas para cada caso

Dicas para quem tem idosos em casa

Muitos brasileiros vivem com os pais, avós e tios idosos na mesma casa. Por isso, não teria como isolar apenas as pessoas de grupo de risco, uma vez que não dá para trancá-los em um quarto. Neste caso, é preciso que todos da casa redobrem os cuidados.

  • Ao entrar em casa, todos os moradores devem observar as mais rígidas medidas de prevenção, como tirar os sapatos e roupas usados na rua, higienizar objetos e usar máscaras ao circular em locais públicos;
  • Evite contato próximo com o idoso, mas nem por isso, isole-o das atividades familiares;
  • Separe um tempo para dar atenção, conversar e entender as preocupações do idoso. Tenha paciência se ele estiver repetitivo ou muito ansioso com a situação e preocupado com parentes que não vivem com vocês;
  • Tente distrai-lo conversando sobre as suas histórias, vendo fotos antigas e cultivando boas recordações;
  • Realize uma atividade em família, como um jogo de tabuleiro, baralho ou dominó. É uma boa distração;
  • Convide-o para assistir a filmes e séries. Tente encontrar algo que agrade toda a família.

Dicas para quem tem idosos na família morando sozinhos

Realize toda a assistência necessária. Se necessário, combine o rodízio com familiares e bons amigos e vizinhos. O idoso vai precisar de compras, de remédios e de uma assistência básica. Algum sistema de alerta deve ser bem preparado para que alguém da família possa dar assistência rápida em caso de emergência. Há celulares próprios para idosos que possuem a função SOS, com botões grandes e um sistema fácil de usar.

Telefone sempre. Converse com calma e paciência. Se possível, converse com o idoso pela janela ou de longe, usando máscara e tomando todos os cuidados ao adentrar em sua casa.

Sugira atividades, filmes e livros (e depois vocês podem conversar sobre estes conteúdos por telefone). Envie um disco ou CD, uma cesta de café da manhã com pães quentinhos, flores… Agrade seu idoso ou idosa.

Dicas para quem é idoso e está no grupo de risco

Se você, no caso, está no grupo de risco e é idoso, as dicas aqui podem te servir para este momento.

  • Evite excesso de noticiário: é importante se informar, mas o excesso de informação em um momento de pandemia pode gerar ansiedade extra. Busque diversificar as informações que recebe, distraindo-se com outras fontes como livros, revistas, programas de TV, filmes e novelas;
  • Mantenha-se ativo: cozinhe e aprenda novos pratos, faça exercícios em casa segundo sua condição física, arrume a casa… enfim, mude de posição. Não fique sentado o dia todo. E regule os horários de sono.
  • Use a tecnologia para falar com a família. Telefone e, segundo a sua possibilidade, use videoconferência. Se for o caso, peça para alguém da família ajudar.
  • Mantenha-se alegre, ouça boas músicas e cultive o otimismo. Se estiver pensando em tragédias, tente se distrair;
  • Mantenha a espiritualidade em alta, se isso te faz bem;
  • Tome sol em horários não nocivos;
  • Aceite ajuda! Se alguém da família ou um vizinho deseja fazer suas compras, aceite. Utilize o delivery, se necessário.

Vamos todos juntos cultivar o pensamento otimista e cuidar dos mais vulneráveis. Apenas com sabedoria, paciência e solidariedade, os impactos desta pandemia serão minimizados. #FiqueEmCasa

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Maio Vermelho: campanha pela conscientização e prevenção da hepatite

O dia 19 de maio é consagrado mundialmente ao combate à hepatite. Aqui no Brasil, temos uma campanha nacional no mês chamada Maio Vermelho, como forma de conscientizar e informar. Afinal, a desinformação é um obstáculo para o diagnóstico, prevenção e tratamento de qualquer doença, além de levar as pessoas a adotarem posturas de pânico desnecessário ou preconceitos e, na outra ponta, o descuido.

A hepatite é uma doença silenciosa e a pessoa pode permanecer infectada por anos sem manifestar sintomas, podendo, um dia, apresentar quadro de câncer ou cirrose. Apenas em 1993 iniciaram-se os testes para diagnosticar a doença. Por isso, é recomendável que pessoas acima dos 40 anos realizem o teste, disponível na rede pública. É rápido, seguro e sigiloso.

Hepatite: o que é esta doença

Hepatite é inflamação no fígado causada por vírus classificados por letras (A, B, C, D e E), daí o tipo de hepatite ser acompanhado da letra também. Cada variação tem suas peculiaridades, sintomas frequentes e nível de gravidade, conforme veremos abaixo.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que as hepatites virais causam anualmente 1,7 milhão de mortes no mundo (dados de 2019).

No Brasil, em 2018, foram registrados 42.383 casos de hepatites virais conforme Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019 (Ministério da Saúde). Em 2017, foram registrados 2.184 óbitos provocados por hepatites, sendo 1.720 destes relacionados à hepatite C, que é a mais prevalente e também a mais letal. A hepatite C não possui vacina.

Os tipos de hepatite e sintomas

Existem cinco tipos já identificados de hepatite: A, B, C, D (delta) e E. Os tipos A e E se manifestam de forma aguda, ou seja, em crises bem aparentes. Geralmente, o vírus é eliminado do organismo após a crise. Já os tipos B, C e D são mais silenciosos e podem se tornar crônicos.

Os sintomas da hepatite são parecidos com os de outras doenças. A doença costuma se manifestar após o período de incubação. Algumas pessoas podem ser assintomáticas e é aí que mora o perigo, pois sem tratamento, a infecção pode se agravar

Hepatite A e B – sintomas mais comuns:

  • Dor ou desconforto abdominal
  • Dor muscular
  • Fadiga
  • Náusea e vômitos
  • Perda de apetite
  • Febre
  • Urina escura
  • Amarelamento da pele e olhos

A hepatite C se caracteriza pelos mesmos sintomas podendo apresentar:

  • Inchaço abdominal
  • Coceira
  • Sangramento no esôfago ou no estômago

Como se transmite hepatite?

As hepatites B, C e D podem ser transmitidas pelo contato com sangue do infectado. Um meio é o compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos cortantes/ perfurantes. O contágio pela transfusão de sangue ou hemoderivados era comum no passado, mas hoje em dia é improvável, dado o sistema de controle mais rígido.

Já as hepatites A e E são transmitidas pelo contágio fecal-oral, propiciado por condições inadequadas de saneamento básico e de higiene pessoal e dos alimentos.

As hepatites A, B, C e D também podem ser transmitidas por meio de relações sexuais não protegidas.

A transmissão da hepatite B, C e D da mãe para o bebê, durante a gravidez ou parto, também ocorre. Há ações de prevenção neste caso, inclusive, para viabilizar a amamentação.

Prevenção da hepatite

Os cuidados preventivos básicos contra o contágio por hepatite são o uso de preservativos nas relações sexuais e, conforme já dito, o não compartilhamento de materiais perfurantes/ cortantes e de uso pessoal (escovas de dentes, copos, talheres). Estes últimos cuidados também são úteis na prevenção contra outras viroses.

A vacina é a forma mais garantida de prevenção, porém só há esta medida para as hepatites do tipo A e B, sendo que esta última protege também contra o tipo D. As vacinas são gratuitas no SUS.

Se tiver dúvidas, procure uma unidade de saúde para solicitar orientações e fazer o teste de hepatite C e de outras infecções sexualmente transmissíveis.

Tratamento e cura da hepatite

Todos os tipos de hepatite têm tratamento, independentemente do grau de lesão do fígado. A hepatite C, hoje, tem mais de 90% de chance de cura, quando o paciente segue corretamente o tratamento.

As hepatites B e D podem ser controladas de modo a evitar a evolução para cirrose e câncer. Há tratamentos, por exemplo, com substâncias antivirais, aplicadas por injeção (muitas vezes o próprio paciente aplica). Alguns tratamentos são longos e precisam de disciplina. O médico dará todas as orientações.

Já a hepatite A é uma doença aguda, que apresenta crise, e o tratamento é basicamente composto de dieta e repouso até o quadro melhorar. Neste caso, a pessoa fica imune.

O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e de controle da doença, refletindo em melhor qualidade de vida para o paciente.

Uma vida normal…

A pessoa com hepatite pode desempenhar todas as atividades de uma vida normal, como trabalhar, estudar, praticar esportes e conviver socialmente. Porém, é importante ter acompanhamento médico para orientações frequentes quanto ao tratamento e riscos de contágio.

A família precisa tomar alguns cuidados, dependendo do tipo da hepatite, pois há peculiaridades no contágio. Enquanto a transmissão da hepatite A ocorre na via oral-fecal-oral, nos casos das hepatites C e G, a prevenção passa pelo uso de objetos cortantes (alicates, agulhas, seringas) que sejam descartáveis ou individuais.

Quem teve hepatite A pode doar sangue, enquanto no caso das outras hepatites, o sangue é descartado.

No caso desta e de outras doenças, mesmo uma simples gripe, a prevenção é feita com bons hábitos de higiene, não compartilhamento de objetos de uso pessoal (escovas de dentes, copos e talheres etc.) ou de uso hospitalar, vacina (quando existe) e muita informação de qualidade. Para se manter bem orientado quanto ao tratamento, procure o médico e canais especializados.

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Depressão e ansiedade são mais desafiadores para a saúde mental em meio à pandemia

Para quem sofre de depressão ou ansiedade, nada como um cenário de pandemia para trazer gatilhos que atribulam a saúde mental. Afinal, mesmo entre aqueles que não possuem estes quadros de saúde citados, a crise do novo coronavírus está gerando estresse e desânimo. A informação da Organização Mundial da Saúde (OMS) reflete algo que não é difícil de constatar entre os familiares e conhecidos.

São pessoas preocupadas com a própria saúde mental, também com a saúde de idosos ou de pessoas do grupo de risco, com o emprego, com a empresa e seus empregados, com as contas, com nosso País etc. Além das mudanças na rotina daqueles que foram encostados ou que estão em home office, aqueles que têm crianças fora da escola ou em estudos virtuais, entre outras situações que estão fora dos eixos.

O cenário turbulento agrava os gatilhos daqueles que já apresentam condições como a ansiedade e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Reunimos conselhos de especialistas, conceitos e ferramentas para ajudar no controle do stress, ansiedade, pânico e depressão:

1) Consuma notícias de maneira mais equilibrada

Dica da BBC Brasil.

É importante estar bem informado e, infelizmente, o noticiário não tem como trazer tantas boas notícias em destaque. Por isso, a quantidade e a qualidade das notícias consumidas devem ser equilibradas. Observe:

  • Quantidade de horas se informando: estabeleça alguns horários no dia para se informar sobre a covid-19 e atualidades. Use o restante das horas em outras atividades ou em leituras sobre outros temas de seu interesse, como saúde e bem-estar, cultura, artes, tecnologia e inovação, ciência etc.
  • Polaridade das notícias: no noticiário comum, a maioria das notícias será de polaridade negativa. E não adianta brigar. Sempre foi assim. Em alguns casos há o sensacionalismo e, em outros, a pura necessidade de mostrar algo que é real e que não é bom. Mas há boas novas! Veja este site que reúne só dados positivos sobre a covid-19:

https://thegoodnewscoronavirus.com/

  • Fake News: as notícias falsas ou tiradas de contexto servem para desinformar, criar pânico ou, na outra ponta, forçar uma indiferença em relação a assuntos importantes. Evite ao máximo divulgar informações cuja origem é desconhecida, por mais que pareça confiável. Use sempre veículos de confiança e cheque em mais de um deles.

2) Seja útil e solidário

Se estiver em condições, lembre-se de que ajudar o próximo sempre será saudável para a mente. Neste momento, há várias pessoas precisando de ajudas básicas. Os idosos do seu prédio, por exemplo, podem precisar de pequenas compras em supermercados ou farmácias. Viralizaram as atitudes como a de vizinhos que deixam recado nos elevadores para idoso ou pessoas do grupo de risco que precisam de voluntários. Que tal copiar a ideia?

3) Analise seus pensamentos

Dica de Olivia Remes, pesquisadora da Universidade de Cambridge, em matéria da BBC.

Quem possui quadros de transtorno de ansiedade já passa por inundação de maus pensamentos em cenários comuns. Agora na pandemia, qualquer pessoa pode ser ver assim. Este tipo de pensamento chega na cabeça sem avisar e vai acionando gatilhos para que as coisas se tornem ainda piores. Estas pessoas se desesperam, se veem sozinhas e com medo do futuro. Porém, Remes ensina que você pode designar um horário no dia para as preocupações. Por exemplo: quando vier um pensamento preocupante, você diz a si mesmo: “vou deixar para me preocupar com isso às 16h”. Ela explica que “nossos pensamentos murcham se não os alimentamos com energia. Ao empurrar esses pensamentos para um outro momento do dia, quando você chegar no momento designado para a preocupação, eles talvez não pareçam tão confusos ou preocupantes como pareciam quando brotaram em sua mente pela primeira vez”.

4) Meditação e Mindfulness

Dica vinda da Revista Nature.

Um estudo da Universidade de Nova Jersey submeteu 52 voluntários que possuíam sintomas de depressão a duas sessões semanais de meditação e atividades físicas, de 30 minutos cada. Apenas com estas práticas, os sintomas foram reduzidos drasticamente. A conclusão é que, em oito semanas, os resultados da prática são ainda mais profundos, mesmo entre ansiosos.

Meditar é um verbo que significa estudar o pensamento, pensar sobre, ponderar. A prática tem a ver com o significado da palavra. A meditação, nas culturas e religiões orientais, é um instrumento que leva à libertação. De maneira simplista, meditar é esvaziar a mente, dando espaço para a auto percepção. Em tese, o autoconhecimento e a não-ação prepara o indivíduo para a ação. Não sabe por onde começar? Reserve, no mínimo, 10 minutos para sentar-se em local calmo e silencioso, controlar a respiração, sentir a sua percepção corporal e aquietar a mente. Se você conseguir relaxar um pouco, já deu o primeiro passo.

E a palavra mindfulness, você já ouviu? Esta técnica virou moda, mas uma moda boa. Só traz benefícios. Trata-se da técnica de meditação e exercícios de origem oriental, porém adaptados para o mundo ocidental, inclusive seus termos. De maneira muito superficial, o lance é ter foco no presente: aqui e agora. O objetivo é não deixar que as frustrações do passado ou as ansiedades em relação ao futuro atrapalhem a concentração e os sentimentos do hoje.

5) Busque ajuda ou terapia online e gratuita

Não são poucos os profissionais, sites e apps que estão oferecendo ouvidoria e terapia gratuita neste momento da pandemia. Teste algum destes serviços e tenha números de telefone ou redes sociais e sites com conteúdo útil e acolhedor sempre à mão.

Os grupos de interesse e ajuda mútua online também podem ajudar, por exemplo, grupos de mães, de pequenos empresários, de pessoas viciadas em algo etc. A troca de ideias e boas práticas com pessoas que passam pelas mesmas situações que você pode ser acolhedora. Ao mesmo tempo em que você vê que não está sozinho, você pode captar experiências já testadas por outros colegas.

6) Cultive a inteligência emocional

Dica do psicólogo Eraldo Melo no site O tempo.com

O termo já foi moda no mundo do trabalho. Porém, com tantos novos conceitos, ficou um pouco esquecido. Mas é e sempre será muito importante tanto na vida profissional quanto pessoal. A Inteligência Emocional (IE) é o conjunto de habilidades emocionais e comportamentais que contribuem para o desenvolvimento da pessoa, principalmente a sua capacidade de lidar com situações de conflito e pressão. O autoconhecimento e autocontrole também são aspectos de destaque no indivíduo inteligente emocionalmente.

Para começar a desenvolver esta característica, o primeiro passo é encarar suas limitações com senso de realidade e maturidade. Trabalhar os pontos em desenvolvimento de maneira calma, no dia a dia, sem voltar atrás é o que vai trazer resultado, principalmente se você entender que será a médio e longo prazo. O equilíbrio psicológico não é algo atingido de uma hora para outra, nem em definitivo.

7) Reflita sobre suas perspectivas e expectativas

Dica de Adam Julian, sócio da Y Combinator, para Época Negócios

O que você espera da vida? O que você acha que a vida tem a oferecer? Você sente que sua visão de mundo é ampla ou é criada apenas com base no que você vê e vive? Busque ler e conhecer assuntos diversos, caso perceba que precisa ampliar as perspectivas. E busque ajustar as expectativas em relação às coisas que recebe. Segundo Goldstein, que escreveu sobre o algoritmo de ansiedade dos fundadores de startups, sua visão sobre a vida afeta seu nível de ansiedade. “Se você sofre de pesadelos, uma solução é parar de dormir, mas a melhor é reconhecer que os pesadelos não são a vida real. Há muitas coisas que podem acontecer e elas podem afetar você ou alguém que você ama, mas também não podem. Ver pensamentos distintos da realidade necessária pode ser imensamente útil”, disse.

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