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Junho Vermelho: incentivo para doar sangue e salvar vidas

Doar sangue é um processo rápido, seguro e solidário. Apesar disso, no Brasil, o número de doadores ainda é muito baixo e, no inverno, fica ainda menor devido à maior incidência de resfriados, gripes e pela própria indisposição das pessoas em sair de suas casas. Por isso e também pelo fato de, em junho, celebrarmos o Dia do Doador de Sangue (14), o mês foi escolhido para comportar uma campanha nacional chamada Junho Vermelho. O objetivo é falar sobre a importância da doação de sangue e incentivar as instituições a fazerem o mesmo, aumentando o número de doadores.

Dados do Ministério da Saúde apontam que, atualmente, 1,6% da população brasileira é doadora de sangue. Ou seja, somente 16 a cada mil pessoas doam sangue regularmente. O número está dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que determina que um país tenha, ao menos, 1% de sua população doando sangue. Entretanto, o índice está longe do recomendado pela própria OMS para que possua estoque seguro de sangue. Este índice seria de 3%.

Neste ano, a necessidade é ainda mais especial. Por causa da pandemia da COVID-19 e da recomendação de ficar em casa, as doações diminuíram consideravelmente em todo o país.

Movimento Junho Vermelho: incentivo à doação acontece em todo o país

Assim como ocorre com outros movimentos de conscientização relacionados à saúde, como Novembro Azul e Outubro Rosa, o objetivo do Junho Vermelho é alertar e conscientizar a população para questões relacionadas à manutenção da vida e do bem-estar.

A campanha é uma iniciativa nacional criada em 2015 pelo Movimento Eu Dou Sangue. E o mês não foi escolhido por acaso. Conforme já dissemos, 14 de junho é conhecido como Dia Mundial do Doador de Sangue. Determinar uma data para homenagear estas pessoas é uma forma de agradecer aos que se voluntariam para praticar e incentivar este ato de solidariedade e amor ao próximo.

Além disso, outros dois fatores contribuíram para a escolha do mês. Historicamente, o clima mais frio, registrado em algumas cidades do Brasil neste período do ano, afasta muitas pessoas dos hemocentros.

Além das gripes e da indisposição trazida pelo clima frio, também é um período de férias escolares no qual muitas famílias mudam suas rotinas, viajam ou aproveitam para descansar.

Desta forma, a campanha Junho Vermelho reforça a necessidade de continuidade de doações, funcionando como um lembrete aos doadores, bem como angaria novas colaborações neste sentido.

Doar sangue salva mesmo vidas

O sangue é um insumo que não possui substituto. Seu uso é essencial para tratamento de algumas doenças crônicas, em cirurgias e em intervenções de urgência e emergência.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra, por ano, aproximadamente 3,5 milhões de transfusões de sangue. Isso só é possível graças às doações de voluntários.

A cada coleta são retirados 450 ml de sangue (o corpo consegue recompor essa quantidade em 72 horas) que podem salvar até 4 vidas. Isso porque cada bolsa coletada passa por um processamento que separa os componentes do sangue: plaquetas, hemácias, plasma e crioprecipitado (fonte concentrada de proteínas plasmáticas insolúveis à baixa temperatura).

O paciente que vai receber a transfusão de sangue pode necessitar apenas de um desses hemocomponentes ou de todos, dependendo do seu estado clínico.
Vale lembrar que a doação de sangue é totalmente segura, realizada com materiais descartáveis, e não oferece riscos para quem doa. Durante todo o procedimento o doador é assistido por uma equipe treinada.

Doação de sangue continua segura mesmo durante a pandemia

Para receber os doadores, os hemocentros espalhados pelo país intensificaram os protocolos de higiene (tanto do ambiente quanto dos instrumentos) e de segurança. Estão sendo disponibilizados locais para lavagem de mãos, uso de antissépticos e agendamento diferenciado que minimiza a aglomeração de pessoas.

Por isso, não se sinta acuado! Acidentes, tratamentos que precisam de doação recorrente e outras enfermidades continuam acontecendo durante a pandemia. Portanto, o consumo de sangue permanece diário e contínuo e os estoques precisam continuar abastecidos.

Requisitos exigidos para doação

Para estar apto a doar sangue é preciso:

  • Ter idade entre 16 e 69 anos (menores de idade desacompanhados devem apresentar um termo de consentimento de doação, preenchido e assinado pelo responsável legal);
  • Pesar mais de 50 kg;
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Alimentar-se bem antes da doação (evitar o consumo de comidas muito gordurosas 3 horas antes da doação);
  • Estar descansado (é recomendado dormir pelo menos 6 horas na noite anterior);
  • Levar um documento oficial com foto.

É importante ficar atento:

  • Quem apresenta sintomas de gripe e resfriado deve aguardar 7 dias;
  • É proibido ingerir bebidas alcoólicas por 12 horas antes da doação;
  • Quem fez tatuagem ou maquiagem definitiva só pode doar sangue depois de 1 ano;
  • Mulheres que tiveram filhos só podem realizar o procedimento após 90 dias, no caso de parto normal, ou após 180 dias, em caso de cesárea; entretanto, as que estão amamentando devem aguardar 1 ano após o parto para fazer a doação;
  • Quem tomou vacina contra a gripe deve esperar 48 horas antes de procurar o Hemocentro.
  • Pessoas que tiveram diagnóstico positivo para a Covid-19 ou contato com casos suspeitos ou confirmados estão temporariamente inaptas para doação de sangue. Estas pessoas voltam a ser consideradas aptas somente após 30 dias sem apresentar nenhum sintoma.

Vamos fazer parte desta corrente do bem e salvar vidas? Para doar sangue basta se encaixar nos requisitos listados acima e se dirigir ao hemocentro mais próximo.

No Estado de São Paulo são cerca de 120 postos de coleta, hemonúcleos ou hemocentros. A lista está disponível no site da Secretaria Estadual de Saúde.

Importante: ligue para o hemocentro mais próximo antes de comparecer para verificar as novas condições de agendamento.

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