A pandemia da Covid 19 chegou no mês de março causando ansiedade, tristeza e principalmente medo. Esse foi o sentimento de Marcela Burali, sobretudo por ter em casa uma bebê de sete meses.
A bebê de Marcela está em casa, em segurança e tem o leite da mãe. Mas, e se o bebê está hospitalizado? E se, por algum motivo, a mãe não pode amamentar? É aí que entram os bancos de leite humano. Durante a pandemia, mais do que nunca, eles precisam cumprir sua função e ter em estoque o leite necessário para toda a demanda.
Doar leite humano é uma necessidade constante, pois muitas mães, por diferentes motivos, não conseguem amamentar o próprio bebê. No início do ano, os bancos de leite do Distrito Federal, por exemplo, estavam com um déficit que preocupava a Secretaria de Saúde.
Mas, durante a pandemia da Covid-19, uma surpresa: as doações aumentaram. Quem conta é a médica Míriam Santos, coordenadora das políticas de aleitamento materno do Distrito Federal.
Apesar da boa notícia, é importante reforçar o pedido de doação, porque muitas crianças estão internadas nas unidades de saúde e as mães, impossibilitadas de amamentar.
Lembrando que para doar o próprio leite, a mãe deve estar saudável. Mães com sintomas da Covid-19 devem suspender a doação e aguardar a recuperação.
O leite deve ser doado num frasco de vidro de boca larga e tampa de plástico. Para retirar o leite, a mãe deve usar uma touca ou um lenço para cobrir os cabelos; usar máscara sobre o nariz e a boca; lavar bem as mãos com água e sabão; e as mamas, apenas com água.
Para doar no Distrito Federal, a mãe pode fazer o cadastro no Disque Saúde 160, opção 4, ou pelo site Amamenta Brasília. Outros bancos de leite do país podem ser verificados no site da Fiocruz, na Rede de Bancos de Leite Humano.