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Outubro Rosa: conscientização sobre prevenção e diagnósticos precoces do câncer de mama

Mundialmente conhecido e identificado pelo laço cor de rosa, o movimento Outubro Rosa existe para informar e conscientizar a população sobre a importância do autoexame e da mamografia para diagnóstico precoce do câncer de mama e orientar sobre hábitos saudáveis como forma de prevenção à doença.

Desde o primeiro ano de ações do Outubro Rosa no Brasil, em 2002, foram muitos avanços na conscientização da população. Entretanto ainda tem muito trabalho a ser feito.

De acordo com uma pesquisa encomendada pelo Coletivo Pink do laboratório Pfizer ainda existe muita desinformação sobre o assunto, o que dificulta o diagnóstico precoce do câncer de mama.

Existem muitas informações falsas, explicações incorretas na internet e antigos mitos que ainda persistem, por exemplo: esquentar alimentos no micro-ondas e usar sutiã com bojo aumentam o risco de câncer de mama.

A campanha continua com o desafio e a missão de promover a conscientização sobre a doença proporcionando maior acesso à informação científica e aos serviços de diagnóstico, em contribuição à redução do agravamento da doença e da mortalidade.

O câncer de mama

A doença é consequência da multiplicação anormal e desordenada de células da mama que formam o tumor. Essa anormalidade no comportamento das células é ocasionada por uma alteração nos gens, que pode ter origem genética (cerca de 10% dos casos) ou ser provocada ao longo da vida (por exemplo, com a adoção de hábitos pouco saudáveis).

Entre os fatores de risco podemos destacar:

  • Mulheres com idade acima dos 35 anos;
  • Menstruação precoce;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Não ter filhos ou não amamentar;
  • Menopausa tardia, após os 50 anos;
  • Histórico familiar;
  • Obesidade e sedentarismo;
  • Tabagismo e/ou consumo de álcool;
  • Consumo de alimentos processados;
  • Uso de hormônios do tipo estrógenos;
  • Exposição à radiação ionizante ou ultravioleta;
  • Contato com certos produtos químicos e agentes infecciosos.

A campanha Outubro Rosa

O movimento comemorado em todo o mundo estimula a participação da população, empresas e entidades na luta contra o câncer de mama.

A tradição começou quando o símbolo principal da campanha, o laço cor de rosa, foi distribuído pela Fundação Susan G. Komen for the Cure na primeira Corrida pela Cura realizada em Nova York em 1990.

Depois disso, em 1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi nos Estados Unidos iniciaram efetivamente as ações voltadas para a prevenção do câncer de mama e conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, dando o nome de Outubro Rosa ao movimento.

Após alguns anos de ações isoladas o Congresso Americano oficializou outubro como o mês oficial na prevenção do câncer de mama. Logo o movimento se espalhou pelo mundo unindo diversos povos em uma causa tão nobre e uma questão de saúde pública e privada mundial.

Além dos laços cor de rosa e ações públicas direcionadas à conscientização da importância do diagnóstico precoce, diversas cidades iluminam monumentos, prédios públicos, pontes, teatros e outros locais para dar maior visibilidade ao movimento. Possibilitando uma leitura visual compreendida em qualquer lugar no mundo.

Por que a conscientização é importante?

Dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) apontam a doença como a segunda mais prevalente entre as mulheres representando 28% dos casos de câncer por ano.

A boa notícia é que com diagnóstico precoce a chance de cura do câncer de mama pode chegar a 95%.

Entretanto mesmo com esse alto índice de recuperação uma pesquisa realizada pelo IBGE, em 2012, revelou que as mortes de mulheres pelo câncer de mama aumentaram em 16,7% nos últimos 20 anos.

Esses números mostram a razão que torna a conscientização do diagnóstico precoce tão importante. Ao movimento Outubro Rosa fica a desafiadora missão de conscientizar o máximo de mulheres possível lembrando-as de se cuidar e fazer exames como uma forma de prevenção.

Afinal quanto mais cedo o diagnóstico melhor é o prognóstico e menos intenso e invasivo é o tratamento.

Como é a prevenção do câncer de mama?

A prevenção está ligada à adoção de estratégias para reduzir o risco de que a doença se desenvolva. São hábitos mais saudáveis que atuam nos fatores de risco modificáveis, ou seja, aqueles que podemos evitar.

Algumas ações ajudam a diminuir o risco para a mulher de desenvolver o câncer de mama. Claro que a eficácia depende do conjunto como um todo. Veja:

  • Ter alimentação saudável e balanceada;
  • Controlar o peso;
  • Realizar atividade física regularmente;
  • Amamentar após uma gravidez;
  • Evitar o consumo excessivo de álcool;
  • Não fumar;
  • Evitar exposição aos riscos ambientais;
  • Realizar exames de prevenção.

Infelizmente tais ações não garantem que o risco esteja 100% eliminado. Mesmo com o cuidado com a saúde ainda é possível que o câncer de mama se manifeste.

Por isso é muito importante associar os hábitos saudáveis e a prevenção, com os exames recomendados para detecção precoce da doença. Afinal o câncer pode estar presente antes mesmo dos sintomas estarem aparentes ou serem identificados pelo paciente.

A importância da mamografia

Uma das principais mensagens do Outubro Rosa é incentivar as mulheres a realizarem o autoexame. Ao identificar qualquer alteração – caroço, corrimento, deformação, coceira – elas devem procurar imediatamente atendimento médico.

Além do auto exame, é necessário realizar visitas de rotina ao ginecologista e após os 40 anos realizar a mamografia anualmente. Este exame pode identificar lesões pequenas e as não palpáveis que não seriam pegas no autoexame.

A mamografia detecta tumores menores, quando eles ainda têm milímetros. Por isso é tão importante para detectar precocemente a doença.

O recado é bem simples: mulheres, se cuidem!

Adotem uma alimentação balanceada, rotina saudável com exercícios físicos regulares, façam exames preventivos frequentemente e se mantenham informadas.

O diagnóstico precoce ainda é o maior aliado para o tratamento eficaz do câncer de mama!

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Campanhas de setembro alertam sobre a importância dos cuidados com o coração

Doenças cardíacas são as que mais matam no mundo. Hoje 29 de setembro é o Dia Mundial do Coração, importante data para orientar e informar sobre a saúde desse órgão fundamental em nossas vidas. Há também o movimento Setembro Vermelho que marca o mês como um período próprio para iniciativas de conscientização e prevenção.

Grande parte das mortes por doenças cardíacas podem ser evitadas apenas com a mudança de hábitos e a adoção de uma vida mais saudável. Entretanto a desinformação ainda leva muitas pessoas a óbito.

De acordo com os registros do cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, até o início de setembro o Brasil registrava mais de 272 mil mortes provenientes de problemas cardíacos. Esse índice mostra a necessidade de cuidar da saúde do coração e a importância das campanhas e datas.

Coração: funcionamento e possíveis problemas

O coração é um órgão do corpo humano formado por músculos basicamente. Ele cuida da frequência cardíaca e da pressão arterial – sinais vitais do organismo – além de ser responsável por bombear o sangue e fazê-lo circular distribuindo oxigênio e nutrientes pelo corpo.

Diversas doenças estão relacionadas a problemas no sistema cardiovascular. As principais e mais graves são:

  • Insuficiência cardíaca;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Infarto do miocárdio;
  • Hipertensão arterial.

Outras com menor índice de letalidade são: arritmia, aterosclerose, angina, doença vascular periférica, endocardite, miocardite e tumores.

Doenças Cardiovasculares no Brasil

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) anualmente 17,5 milhões de pessoas perdem a vida por causa de problemas no coração. Isso representa:

  • Seis vezes mais que todas as viroses incluindo o vírus da AIDS;
  • Três vezes mais que causas externas, como acidentes e violência;
  • O dobro de mortes por todos os tipos de câncer juntos.

Ou seja, é a maior causa de mortes em todo o mundo.

Também de acordo com a OMS aproximadamente 30% das mortes no Brasil são por consequência de doenças do coração. O artigo científico “Mortalidade por todas as causas e por doenças cardiovasculares em três estados do Brasil, 1980 a 2006” publicado em 2006 apontou que 32% dos óbitos foram por doença arterial coronariana e 30% por doença cérebro vascular.

Esse é um cenário que nos leva a crer que a maioria da população ainda desconhece que grande parte dos males provocados por doenças cardíacas podem ser evitados com pequenas mudanças de hábitos.

Principais fatores de risco que afetam o coração

A falta de hábitos saudáveis é um grande cenário que contribui para a incidência de casos de doença do coração. Veja os principais fatores de risco:

  • Estresse: o excesso de tensão provoca a liberação de níveis altos de cortisol e adrenalina, gerando arritmia e sobrecarrega ao coração;
  • Colesterol: o LDL, considerado um colesterol ruim, eleva os riscos de infarto;
  • Abuso de álcool e drogas: pode provocar um efeito explosivo ocasionado arritmia e até a morte;
  • Diabetes: eleva o risco de infarto em 40% para os homens e 50% nas mulheres;
  • Hipertensão: a pressão alta dificulta a circulação de sangue nas artérias podendo provocar AVC, infarto e insuficiência cardíaca;
  • Gordura abdominal: homens com medida abdominal superior a 94cm e mulheres com cintura acima de 80cm devem tomar cuidado;
  • Obesidade: o excesso de gordura no corpo pode levar à insuficiência cardíaca;
  • Tabagismo: o cigarro dobra o risco de ataque cardíaco;
  • Sedentarismo: associado a vários fatores de risco como diabetes tipo 2, obesidade e hipertensão. Consequentemente o sedentarismo eleva o risco de doenças cardiovascular.

Campanha Setembro Vermelho

Este movimento foi criado em 2000 pela Federação Mundial do Coração, com o apoio das Nações Unidas. O mês foi escolhido por abrigar o Dia Mundial do Coração. É uma ação social que visa informar a população para diminuir consideravelmente o número de casos de complicações cardiovasculares, promovendo ações de conscientização, tratamento e prevenção das doenças cardiovasculares.

Anualmente durante o período, ONGs e entidades médicas unem esforços para falar sobre o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, apresentar os principais fatores de risco e orientar sobre a importância da mudança de hábitos para levar uma vida mais saudável.

Essa conscientização é vital para controlar o número de óbitos relacionados ao coração.

Mudança no estilo de vida e promoção à saúde

De acordo com especialistas a mudança de hábitos é o caminho mais rápido para promover uma melhor saúde do coração. Isso inclui melhorar a alimentação, investir em uma rotina de atividades físicas, não fumar e controlar o estresse. Veja as orientações:

  • Alimente-se bem: dieta natural, livre de conservantes e compostos químicos é a melhor opção para um organismo saudável. Invista em uma alimentação equilibrada, com fibras, proteínas, carboidratos, aminoácidos, gorduras boas e ácidos graxos;
  • Faça atividade física: seja uma corrida leve ou esportes mais intensos, qualquer exercício físico regular é benéfico para a saúde do coração;
  • Faça um check-up anualmente: ter um acompanhamento médico é importante para avaliar o desenvolvimento do organismo com o passar dos anos, especialmente se o histórico familiar indicar problemas cardíacos;
  • Mantenha o peso ideal: a obesidade é um fator de risco para problemas no coração e deve ser combatida;
  • Não abuse do álcool e fique longe do cigarro e outras toxinas: esses são hábitos são perigosos para o coração;
  • Elimine outros fatores de risco: se você é diabético ou hipertenso, siga corretamente o tratamento orientado pelo médico.


O mês de setembro e o movimento pelo coração já estão chegando ao fim entretanto, os cuidados com a saúde e com este órgão complexo e fundamental devem permanecer durante todo o ano.

Para cuidar bem do seu coração é fundamental cultivar bons hábitos alimentares, realizar atividades físicas regularmente, ficar atento ao nível de colesterol e pressão arterial e fazer exames periódicos. E claro usá-lo para amar

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Setembro Verde: campanha pela doação de órgãos

Informar e conscientizar a população sobre a doação de órgãos é a ação mais poderosa para aumentar o número de doadores e apoiar a recuperação das pessoas que estão na fila de espera por um transplante.

Para marcar a importância do tema, o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos é lembrado em 27 de setembro. Idealizada pela Associação Brasileira de Transplante de Órgão (ABTO) a data é reforçada pela campanha Setembro Verde, que dá visibilidade à causa informando a população e incentivando os indivíduos a manifestarem a intenção de serem doadores para seus familiares. A desinformação e a recusa familiar são os principais obstáculos da doação de órgãos hoje.

A cor verde simboliza a esperança e foi a escolhida para trazer à tona a reflexão sobre a importância deste gesto de solidariedade. O tema é urgente especialmente nesse momento de pandemia, situação que reduziu significativamente a quantidade de doação de órgãos em todo o país.

Panorama de doação de órgãos no Brasil

O procedimento de retirada dos órgãos tem cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso e das campanhas de conscientização, as filas de espera ainda são longas devido ao índice de doações ser bem inferior à demanda.

De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes e Estatísticas de Transplantes somente no primeiro trimestre de 2019, 7.974 pacientes ingressaram na lista de espera por doação de órgão. Desse total, 806 faleceram aguardando.

Em 2020 o cenário começou bem promissor. Segundo informações ABTO os meses de janeiro e fevereiro registram um número de doadores acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

Entretanto com o começo da pandemia no Brasil, a partir de março as doações despencaram e a situação se inverteu. No segundo trimestre deste ano os transplantes de órgãos diminuíram quase 41% em relação ao mesmo período em 2019.

Com ou sem pandemia o cenário de doação de órgãos no Brasil é complexo e precisa muito ser incentivado. Há muito trabalho sendo realizado dentro do assunto, beneficiando várias pessoas que necessitam de um novo órgão para seguir em frente com uma boa saúde. Veja histórias de famílias que disseram sim para a doação de órgãos.

Principais desafios para a doação de órgãos

Em nossa cultura ainda é muito difícil falar e lidar com a morte. Talvez essa seja uma das razões que mais dificultam a conscientização sobre doação de órgãos.

Dizer “sim” para a doação logo após a perda de um ente querido é complicado e doloroso para algumas famílias. Não é à toa que a negativa familiar é um dos principais entraves que faz com que a lista de doadores seja menor que a demanda.

De acordo com dados divulgados pela ABTO, a rejeição familiar em fazer a doação é em torno de 43% no Brasil, acima da média mundial que é de 25%. No primeiro trimestre de 2019 o Registro Brasileiro de Transplantes e Estatísticas de Transplantes notificou 2.722 doadores potenciais. Das 1.588 entrevistas realizadas com as famílias, 621 delas recusaram a doação, uma porcentagem que aponta 39% de recusa.

Além da dor no momento do luto, as crenças religiosas, o medo de deformação no corpo do falecido e a falta de conhecimento sobre o assunto são outros pontos que dificultam a aceitação familiar.

O baixo tempo de isquemia de cada órgão – ou seja, o período viável para retirada de um órgão e a implantação em outra pessoa – é um gargalo. Veja o tempo de isquemia de cada órgão:

  • Coração: 4 horas
  • Rim: 48 horas
  • Fígado: 12 horas
  • Pulmão: 4 a 6 horas
  • Pâncreas: 12 horas

Como os períodos são curtos é preciso a mobilização de uma série de serviços para que as doações e os transplantes sejam realizados com sucesso. Dessa forma a Força Aérea Brasileira, bem como as companhias aéreas comerciais têm papel importante na viabilização das entregas dos órgãos dentro dos prazos adequados.

As principais perguntas e respostas sobre doação de órgão

  • O que precisa para ser um doador?
    É necessário informar a sua família sobre o desejo de se tornar um doador de órgão voluntário após a morte. Não é necessário registrar nenhum documento. Somente a autorização da família é o suficiente.
  • A morte encefálica é um diagnóstico certo?
    Sim. O diagnóstico é dado após exames clínicos realizados por dois médicos diferentes conforme regulamentação do Conselho Federal de Medicina, além de um exame complementar (metabólico, gráfico ou de imagem).
  • Quem pode ser doador e quais órgãos e tecidos podem ser doados
    Existem dois tipos de doadores: indivíduos vivos ou falecidos.
    Doador vivo é toda pessoa saudável e capaz (perante a lei) que concorde com o procedimento, desde que esteja apta a realizar a doação sem prejudicar a própria saúde. Nesse caso podem ser doados: parte do fígado ou dos pulmões, um dos rins e medula óssea.
    Doador falecido por morte encefálica pode doar rins, fígado, pâncreas, pulmões, intestino delgado, coração e tecidos. Falecimento por parada cardíaca por exemplo, geralmente permite a doação de tecidos, como pele, córneas, vasos sanguíneos, tendões, ossos etc. Dessa forma um único doador pode salvar várias vidas.
  • Para quem vão os órgãos?
    Doadores vivos podem identificar para quem desejam doar o órgão. Entretanto em caso de morte, não é possível escolher o receptor. Existe uma lista de espera unificada e informatizada dos pacientes à espera de doações de órgãos. Cabe à Central Estadual de Transplantes identificar por meio desse sistema os receptores compatíveis com o doador.
  • Após a doação, o corpo do doador fica deformado?
    Não. Após a retirada dos órgãos os médicos realizam a recomposição do corpo do doador que pode ser velado normalmente. Quando ocorre doação de osso e córnea são colocadas próteses no lugar. Quando a doação é de pele, são feitos cortes nas costas. Em caso de doação de órgãos internos as incisões são pequenas.

Importância das ações da campanha Setembro Verde

A mobilização para fornecer dados e esclarecimentos sobre o tema permite alcançar um número maior de pessoas, contribuindo para melhorar o cenário de doações de órgãos no Brasil.

A soma de esforços na busca por conscientização gera uma série de benefícios, aumentando as perspectivas para as pessoas que estão na fila de espera por um órgão.

Vale reforçar que segundo a legislação brasileira, a doação de órgãos só pode ser realizada após autorização de um parente de primeiro ou segundo grau (como pai ou mãe, filhos, avós, netos ou cônjuges).

Portanto se você deseja ser um doador de órgão, não se esqueça de comunicar à sua família e reforçar a importância dessa permissão após a sua morte.

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Arboviroses: o que são, sintomas, causas, como prevenir e tratamento

O nome pode até parecer estranho, entretanto as arboviroses são bem conhecidas pelos brasileiros. Tais doenças são transmitidas por artrópodes, que podem ser aracnídeos (carrapatos e aranhas, principalmente) ou insetos (mosquitos).

Ao todo existem 545 espécies de arbovírus conhecidos em todo o mundo, sendo que 150 provocam doenças em humanos como as encefalites virais, o mayaro e algumas meningites virais. No Brasil as arboviroses com maior disseminação são: Dengue, Zika, Febre Amarela, e a febre Chikungunya, com disseminação mais restrita.

Como circulam ao mesmo tempo pelo país o controle dessas doenças é um grande desafio para a saúde pública.

Conheça as principais causas

O vírus é adquirido pelo artrópode (inseto ou aracnídeo) após contato com animal ou ser humano contaminado. O vetor passa a disseminar a doença por meio da picada.

Transmissões secundárias por meio de transfusão de sangue e vertical (da mãe para o feto) correspondem à menor parcela dos casos e são observadas apenas em algumas das doenças.

As principais arboviroses circulantes no Brasil são transmitidas pelo mesmo mosquito vetor: o Aedes Aegypti. Este inseto se reproduz em ambientes com água parada e a manifestação dessas doenças pode ser de intensidade leve a moderada, dependendo de cada pessoa.

Os arbovírus circulam naturalmente em praticamente todos os locais do mundo, sendo que o Antártico é o único continente não endêmico.

Entenda os principais sintomas

Os sintomas clínicos são tão variados quanto o número de vírus que causam doenças. Eles podem ser divididos em três grupos: quadro febril caracterizado por febre, cefaléia e mialgia; síndromes neurológicas; e síndrome hemorrágica.

As arboviroses mais comuns no Brasil tem os sintomas bem semelhantes, variando de intensidade de uma doença para outra. Veja!

Dengue

Transmissão por meio do mosquito Aedes aegypti. Pode acontecer por transmissão vertical (gestante-bebê) e por transfusão de sangue (casos raros). Seus sintomas são:

  • Febre alta, com início imediato (sempre presente);
  • Dor de cabeça;
  • Dores moderadas a fortes no corpo e articulações (sempre presentes);
  • Fraqueza, dor atrás dos olhos;
  • Manchas vermelhas na pele e coceira (às vezes presentes);
  • Perda de peso e vômito;
  • Dor abdominal e sangramento de mucosas (casos mais graves).

Chikungunya

A transmissão ocorre através dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Seus sintomas são:

  • Febre alta e abrupta (quase sempre presente);
  • Dores intensas nas articulações (90% dos casos);
  • Dor de cabeça;
  • Dores nos músculos;
  • Manchas vermelhas na pele com coceira intensa. Podem se manifestar nas primeiras 48 horas;
  • Coceira de intensidade leve (50 a 80% dos casos);
  • Vermelhidão nos olhos (às vezes presente).

Zika

Assim como a Dengue, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti por transmissão vertical (gestante-bebê) e transfusão de sangue. Seus sintomas são:

  • Dor de cabeça;
  • Febre baixa (às vezes presente);
  • Dores leves nas articulações;
  • Manchas vermelhas na pele com coceira intensa e vermelhidão nos olhos (às vezes presentes);
  • Inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômito (menos comuns);
  • Dor de cabeça.

Febre Amarela

Também transmitida pela picada do Aedes aegypti e dos mosquitos Haemagogus e Sabethes na área rural ou florestal. Ao contrário das anteriores, possui vacinação eficaz. Seus sintomas são:

  • Febre repentina;
  • Calafrios;
  • Dor de cabeça forte;
  • Dores nas costas;
  • Dores musculares;
  • Vômitos e fraqueza.

Tratamento e Cuidados

Ainda não existem tratamentos específicos para casos de infecção de arboviroses. O motivo é que o vírus tem vida curta no organismo com a possibilidade de infecções agudas.

O tratamento é realizado com medicamentos para conter e aliviar os sintomas para que o paciente possa aguardar o fim do ciclo do vírus da melhor maneira possível.

É importante observar que pacientes com suspeitas de arboviroses não devem tomar remédios à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou substâncias associadas. Isso porque o efeito anticoagulante desses medicamentos pode causar sangramentos.

Portanto, em caso de suspeita de contaminação por arboviroses a recomendação é procurar ajuda médica e não se automedicar.

Prevenção e cuidados

A principal dica de prevenção é evitar o contato com o agente transmissor.

Para prevenir a picada:

  • Use repelente industrializado com eficiência comprovada;
  • Em locais com muita presença de mosquitos utilize roupas longas como barreira para não deixar a pele exposta e evite certos tipos de perfume (alguns atraem mosquitos);
  • Use telas e mosquiteiras para impedir a entrada do mosquito em casa.

Para evitar criadouros do mosquito é importante evitar o acúmulo de água parada. Por isso,

  • Não deixe água acumulada em lajes, calhas e pneus;
  • Mantenha a caixa d’água e a piscina limpas e bem fechadas;
  • Deixe utensílios que acumulam água (como garrafa) bem fechados ou com a boca virada para baixo;
  • Limpe os ralos frequentemente ou use desinfetante para evitar o acúmulo de água;
  • Troque a água do bebedouro dos animais constantemente e lave o recipiente;
  • Prefira colocar areia nos pratinhos de plantas;
  • Troque a água dos vasos de plantas aquáticas com frequência.

Das arboviroses mais comuns no Brasil, a febre amarela é a única que já possui vacina eficiente. Para se prevenir não deixe de tomá-la!

Uma urgência na saúde

Mudanças climáticas, ausência de saneamento básico, deslocamentos populacionais, desmatamentos e outras interferências humanas no ecossistema pela ação humana aumentam a transmissão e propagação das arboviroses.

Esse grupo de vírus apresenta grande plasticidade genética e alta frequência de mutações. Isso facilita a adaptação a diferentes hospedeiros vertebrados e invertebrados.

Dessa forma, o controle dessas doenças é uma emergência e um desafio para os órgãos de saúde brasileiros. Estes necessitam de ajuda da população para evitar criadouros do mosquito e conter a proliferação das arboviroses.

Faça sua parte! Siga nossas dicas de prevenção, cuide melhor da sua saúde e da região onde vive.

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Covid-19: a presença dos vírus em nosso cotidiano

O Brasil acaba de alcançar seis meses do primeiro caso de COVID-19, cuja presença foi oficialmente registrada por aqui em 25 de fevereiro de 2020. De lá para cá o governo e a população enfrentaram desafios nas mais diversas esferas, econômica, social, emocional etc.

A ciência ganhou força e dominou o noticiário global. Mas a pandemia ainda está longe do fim em todo o mundo e o caminho continua sendo de muita cautela e atenção.

Identificada em 2019 na cidade de Wuhan, na China, a COVID-19 é uma doença provocada pelo novo Coronavírus, denominado SARS-CoV-2.

A doença apresenta um espectro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros graves, que necessitam atendimento hospitalar e suporte ventilatório.

Apesar de estar circulando há mais de oito meses por todo mundo, o vírus ainda apresenta aspectos desconhecidos pelos estudiosos.

A transmissão da COVID-19 segue desacelerando, fazendo crescer a esperança de cenários melhores. Mesmo assim, não podemos saber ainda quando a situação estará realmente controlada. Ao que tudo indica, a presença do vírus ainda vai permanecer por um longo período em nosso cotidiano. O que na prática, aponta que teremos que adaptar nossas vidas para convivermos com ele da forma menos nociva para nossa saúde.

Vírus que circulam no nosso cotidiano

Para nossa geração a situação de uma pandemia nestas proporções é novidade. Estamos em uma das maiores crises sanitárias da história recente da humanidade.

Mas o mundo já precisou lidar com diversos outros tipos de vírus semelhantes. A história mostra que conforme o vírus for melhor compreendido a ciência encontrará formas mais eficientes de tratamento e a população irá se adaptar a estas novas descobertas.

Foi assim com o surto global de H1N1 em 2009, que não chegou a ser uma pandemia mas registrou milhares de vítimas. Acontece também desta forma todos os anos com a mutação do vírus da gripe que faz dezenas de mortes no Brasil e no mundo. Porém as proporções são bem menores: em 2018, o H1N1 foi responsável por 117 casos e 16 óbitos em nosso País e o H3N2, menos conhecido, registrou 71 casos e 12 mortes.

Por isso algumas ações de prevenção tornaram-se obrigatórias, como o uso de máscara e o distanciamento social. Em diversos países da Ásia as medidas preventivas já são adotadas a qualquer sinal de surto de gripe.

Principais recomendações para se prevenir

As medidas de prevenção viraram a nova rotina na vida dos brasileiros. Enquanto ainda não tem vacina e o vírus ainda for uma ameaça à nossa saúde os cuidados devem permanecer em alta. Portanto é importante relembrar as medidas de prevenção ao novo Coronavírus e também aos demais, como H1N1 e outros vírus da gripe:

  • Higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% ao tocar objetos ou pessoas fora de sua casa;
  • Aumente a frequência da higienização quando estiver em espaços públicos;
  • Quando espirrar ou tossir, cubra o nariz e a boca a parte interna do cotovelo ou com um lenço;
  • Evite tocar olhos, nariz, boca ou máscara de proteção com as mãos não higienizadas;
  • Em espaços públicos mantenha a melhor distância que conseguir de outras pessoas, sendo recomendável o distanciamento de dois metros. Evite contato físico como apertos de mãos, beijos e abraços;
  • Higienize com frequência os objetos utilizados no dia a dia, como celular, chaves de casa e do carro, carteiras etc. Higienize também os brinquedos das crianças, pois elas os levam constantemente à boca;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal como canudos e talheres;
  • Fique em casa e evite circulação desnecessária;
  • Ao chegar em casa, tire os sapatos para entrar. Se possível, tire as roupas e tome um banho;
  • Quando for ao mercado, faça a higienização das compras e embalagens com álcool gel ou lavando-as com água e detergente;
  • Mantenha a casa bem limpa e os ambientes arejados
  • Tenha uma alimentação saudável e boas noites de sono;
  • Utilize máscaras de proteção em qualquer ambiente fora de casa;
  • Se apresentar sintomas, evite ter contato com outras pessoas e, se necessário, busque atendimento.

Por mais que o tempo passe e a pandemia pareça estar controlada é importante manter os cuidados e estimular amigos, familiares e colegas de trabalho a seguirem as recomendações para prevenir a disseminação do vírus.

Onda de solidariedade

Desde o início da pandemia, a “anestesia social” (ausência de empatia pela dor do outro) foi reduzida. A solidariedade tomou conta de parte da população e voluntários têm se mobilizado em todo o país para ajudar pessoas em estado de vulnerabilidade, como moradores de rua e idosos que vivem sozinhos.

A motivação dessas ações solidárias tem relação ao reconhecimento da dor do outro. Somos seres coletivos e nos identificamos com a mesma condição diante de crises agudas e a tendência é nos unirmos para trabalhar em equipe.

O comportamento diante de graves crises, inclusive, pode ser um divisor de águas, capaz de provocar mudanças profundas e permanentes na sociedade.

Ao fim de tudo, um novo mundo

Junto com a pandemia, veio a urgência de priorizar o isolamento social e, com isso, o desafio de desacelerar a vida.

E pode parecer ruim no primeiro momento, mas a busca por novas formas de ver e viver a vida, faz parte da natureza humana.

Acontecimentos como esse, de dimensões globais, trazem transformações individual e coletiva. Apesar das incertezas esses eventos passam pela história como forma de aprendizado e impulsionam mudanças que o mundo levaria décadas para alcançar em situações normais.

Tais modificações podem ocorrer em diferentes aspectos: avanços tecnológicos, reestruturação político-econômica, habilidades de adaptação e sobretudo, a consciência individual.

O vírus continua em nosso cotidiano, exigindo atenção e cuidado. Mas aos poucos, a rotina de antes vai se restabelecendo. Enquanto aguardamos a vacina, devemos seguir com a certeza de que aprenderemos a conviver e nos proteger desse vírus, apesar de sua gravidade. Foi assim que fizemos em relação aos tantos outros que circulam entre nós de forma invisível.

E você? O que está fazendo para se prevenir e inibir a transmissão do coronavírus?

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Setembro Amarelo e a prevenção do suicídio

O mês de setembro foi “pintado de amarelo” para conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio em uma grande campanha nacional. O movimento foi criado em 2015 no mês que abrange o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio: 10 de setembro.

O objetivo é dar visibilidade à causa. Por isso instituições de educação, setor público e privado e a população se engajam na disseminação de informação e de medidas de prevenção.

O suicídio é um problema de saúde pública, pois afeta toda a sociedade. Na criação da campanha o Ministério da Saúde destacava um aumento do comportamento suicida principalmente entre jovens de 15 a 25 anos.

“Era tão jovem e se suicidou”

Frases como esta são usadas em situações de suicídio. Porém, é importante saber que não há característica preferencial para o comportamento suicida, que pode aparecer em jovens e pessoas mais velhas, de diferentes classes sociais e condições, solitários ou não. As razões para o suicídio nem sempre são claras.

Um estudo da Unicamp de 2018 verificou que 17% dos brasileiros já pensaram seriamente em tirar a própria vida, dos quais 4,8% elaboraram um procedimento para tal.

Os dados são impressionantes aqui no Brasil, onde aproximadamente 32 pessoas tiram a própria vida por dia. Os dados são de 2019, do Centro de Valorização da Vida (CVV), uma das instituições que encabeçaram a criação do Setembro Amarelo.

Temos um suicídio a cada 40 segundos no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O número pode ser maior, pois há óbitos que não são contabilizados como suicídios. A boa notícia é que o suicídio pode ser prevenido em mais de 90% dos casos.

“Tem algo que eu possa fazer para te ajudar? ” Esta pergunta pode salvar uma vida, pois demonstra apoio e empatia .

Veja outras reflexões que podem ajudar em caso de observação de comportamento suicida.

Falar sobre o assunto…

O suicídio é um tabu e vem acompanhado por desinformação, preconceito, medo e julgamento. Apesar do movimento de conscientização, é muito difícil para os familiares e amigos admitirem o comportamento suicida em uma pessoa amada e falarem sobre isso.

…mas de forma responsável

É necessário preparo para falar com o potencial suicida. Por isso é importante recorrer a profissionais ou se informar em fontes confiáveis e especializadas.

Dificultar o acesso aos meios de se matar

A OMS recomenda restrições de acesso a pesticidas, medicamentos e objetos pontiagudos. Outra fonte de preocupação de especialistas é o acesso às armas de fogo. Ao observar comportamento suicida em algum familiar é altamente recomendável não deixar a pessoa sozinha, principalmente em andares mais altos.

Ficar atento às pessoas que estão passando por problemas sérios

Muitas pessoas tiram a própria vida por impulso quando estão em situações para as quais não veem saída como: graves problemas financeiros, divórcios, luto, dores ou doenças, desastres e outras experiências violentas/ traumatizantes. Se você tem algum familiar ou amigo nestas situações, é fundamental dedicar atenção e apoio.

Identificar os sinais do potencial suicida

Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais como depressão, bipolaridade e o abuso de substâncias entorpecentes (álcool, drogas e remédios).

A pessoa que se enquadra em alguns destes casos deve contar com acolhimento e atendimento especializado. Jamais devem se sentir julgadas ou rebaixadas por sua condição, o que agravaria a tendência suicida, caso exista.

Grupos suscetíveis à discriminação e violência apresentam taxas mais elevadas de suicídio como refugiados, presidiários, homossexuais e transgêneros. O acompanhamento psicológico é fundamental para pessoas que passam por situações discriminatórias.

“As pessoas serão mais felizes sem mim”

Pensamentos como este rondam a cabeça de quem pensa em suicidar-se. Veja outras frases e sentimentos que podem aparecer quando a pessoa pensa em suicídio:

  • Seria melhor que eu morresse (sentimento de atrapalhar)
  • Sou inútil e nada dá certo para mim (sentimento de impotência em melhorar a própria vida)
  • Eu não aguento mais (incapacidade em superar a própria dor ou de viver a própria realidade)
  • Eu vou desaparecer (vontade de se afastar do julgamento das pessoas)

Suicídio, pandemia e tempos de crise

As medidas de prevenção à COVID-19 mudaram a rotina das famílias. O isolamento social, brando ou não, impactou pessoas de todas as idades e classes sociais. Adolescentes, crianças e idosos são apontados como o público que mais sente o distanciamento social. Os adultos saudáveis precisam ter suas rotinas de trabalho e saem para fazer compras e resolver outros assuntos do lar. Enquanto isso, os filhos e avós são deixados em casa para serem protegidos.

E esta era mesmo a orientação no início da pandemia. Porém, com o prolongamento da crise, tais medidas devem ser consideradas segundo a saúde mental das pessoas. Talvez seja interessante que o idoso possa ver os familiares e que as crianças possam dar uma volta na rua, respeitando às regras locais e medidas de proteção.

A observação próxima daqueles que estão com a saúde mental em alta e o acolhimento nos momentos de insegurança, solidão e tédio excessivo são importantes para amenizar os impactos.

Canais de apoio em situações de risco de suicídio

Ligue 188
O Centro de Valorização da Vida disponibiliza este canal por 24 horas.
Há também opções via chat e site: CVV (Centro de Valorização da Vida).

O CVV realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo.

Outras opções para acolhimento:

  • CAPS
  • Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde);
  • UPA 24H, SAMU 192, Hospitais

Outros sites com informações e canais de atendimento:

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