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Isolamento social pode prejudicar desenvolvimento da fala de crianças

Alterações no sono e no comportamento também podem aparecer

O isolamento social – medida adotada para combater a propagação do novo coronavírus – pode trazer alguns prejuízos no desenvolvimento da fala e linguagem das crianças obrigadas a ficar em casa devido à pandemia, alertam especialistas. “Principalmente pela falta de estímulos ambientais e sociais que estavam anteriormente expostas, como por exemplo, na escola, saída com amigos e passeios em família”, explica a fonoaudióloga e especialista em linguagem Lilian Papis.

Mesmo com a reabertura das escolas, muitos pequenos mantiveram sua rotina em casa com os pais trabalhando em home office ou sob os cuidados de outros adultos. Agora, com as férias escolares e o aumento do número de casos de covid-19, muitos pequenos voltarão a ficar exclusivamente em casa o que deve aumentar o uso de aparelhos eletrônicos como tablets, celulares ou computadores para distrair e entreter as crianças que acabam ficando privadas da comunicação verbal.

“Pode começar a haver atrasos no desenvolvimento oral, como também gráfico, dificuldades auditivas, tanto periféricas, pelo alto volume ou uso excessivo de fones de ouvido, como também de atenção e concentração e processamento auditivo central”, aponta a fonoaudióloga.

Os meses de quarentena em casa provocaram mudanças nos hábitos até mesmo das crianças que não tinha uma rotina escolar, pois os parques, clubes, praças e áreas de lazer foram fechados para evitar aglomerações.

É o caso do filho da zootecnista Paula Amano Yoshisato, Roberto, de 2 anos e meio. Ela conta que os planos eram que Roberto começasse a frequentar a escola este ano, mas, com a pandemia, ele continuou em casa, aos cuidados da mãe, em tempo integral. “Tínhamos mais contato com outras pessoas e área externa. Agora, ele quer ficar mais tempo em eletrônicos.”

Paula conta que, com a falta de convívio com outras pessoas e crianças, o filho deixou de falar as poucas palavras que já conhecia. Segundo os médicos e fonoaudiólogos, é um processo comum a crianças nessa idade que precisam de estímulos corretos para voltar a falar.

A mãe tem se esforçado para diminuir os efeitos negativos do isolamento no garoto. “Tenho estudado mais sobre atividades, como brincar com tinta, piscina, areia, hortinha”, conta Paula.

Na avaliação da fonoaudióloga Lilian Papis, crianças que estão começando a falar, por volta de 1 ano ou que estão em pleno desenvolvimento de fala e linguagem, entre os 2 ou 3 anos, devem ser diariamente estimuladas através dos cinco sentidos, audição, visão, tato, olfato e paladar.

“É primordial cantar músicas, brincar com miniaturas, fantoches, contar histórias, nomear figuras ou pedir para que as repita, falar frases relacionadas ao que estão comendo, apresentar diferentes sabores ao seu paladar e estimular o olfato através do cheiro da comida, frutas; imitar sons de animais, meios de transporte, objetos eletrodomésticos, brincar de fazer caretas, mandar beijos, estalar a língua também ajudam muito”, enumera Lilian.

Retrocessos

A supervisora de vendas Leandra Paula Lago diz que percebeu que o filho Raul, de 3 anos, ficou muito ansioso nos primeiros meses da pandemia. “Ele ficou irritado e com necessidade de chamar a atenção dos pais, pedindo para ficar no colo enquanto trabalhávamos, tentava desligar nossos computadores, gritava. Na fala houve alterações, pois o estímulo escolar foi interrompido, então percebi que ele ficou com várias dificuldades, até mesmo no desfralde que foi interrompido”, relata.

“Já tinha percebido, antes mesmo da pandemia, que os colegas da escola [estavam] sempre na frente e ele com muitas dificuldades em se comunicar. Com a pandemia e encerramento das aulas, piorou muito.”

Raul começou a fazer tratamento com a fonoaudióloga em abril e a mãe logo percebeu uma evolução. “Hoje ele ainda não se comunica como uma criança da idade dele, mas já melhorou muito. Retornei o processo de desfralde com isso. Fazíamos [o tratamento com a fonoaudióloga] on-line e agora estamos presencial”, relata.

Atualmente ela está oferecendo outros estímulos para a criança. “Estou lendo bastante com ele, brincando mais junto e evitando celular. Claro que, no horário de trabalho, fica complicado não dar o celular para ele, senão ele nos atrapalha, mas com novos brinquedos estamos conseguindo mantê-lo mais calmo”, completa Leandra.

Mesmo sem o convívio escolar, as brincadeiras em casa devem estimular a fala, recomenda a fonoaudióloga Lilian Papis. “Em casa as crianças precisam ser estimuladas todos os dias, pelo menos uma hora, com os pais ou responsáveis a brincar, cantar músicas, falar, estabelecer diálogos, conversar”, destaca a especialista.

“Para as crianças em fase de alfabetização, incentivar também brincadeiras que envolvam reconhecimento e nomeação das letras, relacionando-as com seus sons, brincar com rimas, memória auditiva, memória visual, quebra-cabeças, dama, xadrez, jogos que requeiram a atenção, como também a escrita das letras, sílabas e palavras. Para os maiores, além de tudo isso, acrescentar leitura de textos, livros, gibis, escrita de pequenos textos, jogos como forca, stop, caça-palavras, palavras cruzadas, dentre outros”, elenca Lilian.

Avanços

Já com Samuel, 4 anos, o processo de isolamento não trouxe retrocessos na fala, ao contrário, o vocabulário aumentou, surpreendendo a mãe, Danielle Pereira Mateus.

Antes mesmo da pandemia, o menino já fazia acompanhamento com fonoaudióloga e psicóloga porque, na escola, batia nos amigos. “Procuramos uma psicóloga e ela notou que ele tinha um atraso de linguagem, como não conseguia se comunicar direito, batia nos amigos, era a maneira dele se comunicar. Começamos um trabalho com a fonoaudióloga em julho do ano passado, quando a gente ainda nem pensava em pandemia! Fizemos esse trabalho até março, quando veio o isolamento e as sessões pararam”.

Danielle disse que temia o retrocesso no processo de fala do pequeno o que acabou não se confirmando. “Tinha muito medo que ele regredisse, mas não, por incrível que pareça, o vocabulário dele aumentou, como o tempo dele em tela era muito maior, ele começou a ver vários vídeos diferentes, mudou o vocabulário, eu confesso que me surpreendi, porque para mim a quarentena ia ser um caos! Hoje ele já fala tudo certo e já está em processo de alta com a fonoaudióloga. No caso dele, o que me deixou feliz foi que não houve nenhum tipo de regressão”.

A especialista em linguagem Lilian Papis explica que a estimulação – tanto auditiva quanto visual – é benéfica para o desenvolvimento da fala e da linguagem infantil e que, nos aparelhos eletrônicos, os vídeos e desenhos são bem coloridos e estimulantes. “A criança aprende através de estímulos repetitivos e imitação, portanto em alguns casos isso pode ajudar, ou em outros prejudicar este desenvolvimento, pois existe a privação da necessidade de comunicação, de diálogo com a família, o que pode atrasar ou interferir neste processo, além de poder prejudicar o desenvolvimento da atenção e gráfico”.

Lilian enfatiza que é importante saber dosar a quantidade de horas diárias que as crianças passam na frente das telas e estimular a brincadeira infantil, contação de histórias, rodas de conversas e jogos entre os familiares.

“Oriento ainda a estimular a criança sempre de frente para ela, na altura dos seus olhos para ter um adequado contato visual; não falar infantilizado; dar sempre um correto modelo de fala, não repetir o erro da criança, pois ela aprende a falar através da audição, repetição e imitação, mesmo que ela não consiga pronunciar a palavra corretamente, fale o certo. Ela deve ainda comer alimentos adequados para sua idade, pois a mastigação também é de extrema importância para o desenvolvimento da fala e linguagem”, acrescenta a especialista.

Mudanças de comportamento

Durante a infância, o cérebro da criança se desenvolve com muita rapidez gerando grandes aprendizados. Com a chegada da pandemia e o isolamento dos pequenos em casa, muitos estímulos necessários para a ampliação do desenvolvimento cognitivo infantil podem ter diminuído.

Para especialistas, essa falta de contato com outras pessoas e de vivência fora de casa pode ter prejudicado não só a fala, mas trazido alterações no sono, no humor e no apetite das crianças.

“Não podemos desconsiderar os possíveis estressores ambientais que impactam nas crianças, sobre isso podemos pensar em mudança de rotina e novos papéis atribuídos aos pais, perda de familiares pela covid-19, mudanças estruturais como perda de emprego e pais com pouco manejo emocional”, destaca a psicóloga especialista em terapia cognitivo comportamental e neuropsicologia Roberta Alonso.

“As crianças têm apresentando humor mais irritado, alterações do sono e comportamentos de impaciência, assim como regressão em sua autonomia, sobrecarregando os pais”, completa a especialista.

A psicóloga sugere aos pais trabalhar as próprias emoções e expectativas. “As crianças estão em desenvolvimento e têm condições de retomar e melhorar suas habilidades quando começarmos a retomar a rotina em segurança. É importante pensar que a frustração também faz parte do desenvolvimento e esse período também está a ensinar isso”, afirma.

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Reajuste dos planos de saúde

O reajuste no valor do plano de saúde é uma preocupação para as pessoas que pagam diretamente esse tipo de serviço, seja uma pessoa física que contrata um plano individual ou familiar ou uma pessoa jurídica que faz um contrato coletivo como benefício para seus funcionários ou associados.

O reajuste é uma atualização da mensalidade baseada na variação dos custos dos procedimentos médico-hospitalares com o objetivo de manter viável a prestação do serviço contratado pelos consumidores.

Em agosto deste ano, devido à pandemia da COVID-19 e seus impactos econômicos para as famílias e empresas, além da alta na necessidade de assistência médica, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou um período de suspensão dos reajustes anuais por 120 dias.

Entenda como funciona a questão do reajuste nos planos de saúde, os detalhes da suspensão nos reajustes e os impactos desta medida para as operadoras.

Tipos de reajuste no plano de saúde

O órgão regulador das operadoras de planos de saúde (a ANS) determina anualmente o índice de aumento permitido para os contratos individuais e familiares. Entretanto essa determinação de teto não se aplica aos planos coletivos por adesão ou empresarial. Nestes casos o reajuste é indicado pelas próprias operadoras, que se baseiam na sinistralidade e pode ser negociado com os contratantes.

A ANS autoriza três modalidades distintas para aumento da mensalidade:

1.Reajuste anual

Aplicado quando o contrato completa 12 meses de vigência, ou seja, no mês de aniversário da aquisição do plano de saúde.

Planos individuais e familiares aderidos a partir de janeiro de 1999 seguem o índice de reajuste determinado pela ANS, que faz o cálculo baseado na necessidade de compensar a inflação do período. Os planos mais antigos, assinados até dezembro de 1998, seguem orientações de reajustes descritas no contrato, desde que estejam claras e bem específicas quanto ao aumento. Caso contrário, devem seguir o mesmo índice determinado pelo órgão.

Já os planos coletivos (por adesão e empresarial) não seguem a mesma regra. A ANS não controla o limite de reajuste, e portanto, não determina o índice máximo permitido do aumento. Dessa forma as operadoras são livres para determinar o próprio percentual de reajuste anual que pode ser negociado.

Por isso que em grande parte, os aumentos nos planos coletivos podem ter índices variados entre as operadoras e contratantes.

2. Reajuste por mudança de faixa etária

Ocorre quando o beneficiário do plano de saúde faz aniversário e muda de faixa etária.

O aumento é previsto, pois com o avanço da idade, os cuidados necessários com a saúde e utilização de serviços são mais frequentes.

Em 2004, com a vigência do Estatuto do Idoso, a ANS fixou 10 faixas etárias: 0 a 18 anos, 19 a 23 anos, 24 a 28 anos, 29 a 33 anos, 34 a 38 anos, 39 a 43 anos, 44 a 48 anos, 49 a 53 anos, 54 a 58 anos e 59 anos ou mais.

Em caso de plano familiar, o aumento é aplicado somente na mensalidade do beneficiário que mudou de faixa etária.

As regras de reajuste por alteração na faixa de idade são as mesmas para os todos os tipos de plano, individuais, familiares e coletivos.

3. Reajustes por sinistralidade

É aplicado quando a operadora de plano de saúde conclui que a quantidade de atendimentos e procedimentos (sinistros) foi maior do que o previsto para determinado período.

Suspensão de reajuste do plano de saúde

Em virtude da pandemia, a ANS anunciou a prorrogação da suspensão dos reajustes anuais e por faixa etária para planos de saúde no período de setembro a dezembro de 2020.

A decisão cobriu os planos individuais, familiares e coletivos de assistência médico-hospitalar, com contrato após 1º de janeiro de 1999 ou que foram adaptados à Lei nº 9.656/98. Entretanto não contempla os contratos coletivos empresariais com 30 ou mais vidas que já negociaram e aplicaram o reajuste até 31 de agosto de 2020. E também não se aplica aos planos que são apenas odontológicos.

Vale observar que a determinação da ANS impôs apenas o congelamento do valor das mensalidades durante o período determinado.

Congelamento dos valores afeta operadoras

A decisão da ANS afetou cerca de 35% dos contratos de planos de saúde e a suspensão teve reflexos negativos no setor.

Isso porque grande parte das operadoras costumam realizar seus reajustes no período entre setembro e dezembro.

O impacto pode ser visto nas operadoras em posição mais frágil, como as de menor porte ou as que precisam se reajustar anualmente com a inflação médica, que normalmente varia entre 15% a 20%. Isso abre oportunidades para mais fusões, aquisições e consolidações no setor.

Em 19/11/2020 a ANS definiu que recomposição do reajuste suspenso em 2020 será em 12 parcelas mensais, iguais e consecutivas, a partir de janeiro de 2021.

As operadoras já estão comunicando seus clientes sobre a forma de recomposição dos valores.

Algumas estão se adiantando e oferecendo algum tipo de diferencial nesta recomposição, pois além dos valores não pagos durante o congelamento, passa a valer o reajuste já previsto durante o período de congelamento de aumentos.

Veja aqui todas as informações sobre o congelamento e recomposição dos valores: CLIQUE AQUI

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Saúde física: como se exercitar em casa sem gastar nada

A pandemia pela COVID-19 colocou muita gente dentro de casa, saindo apenas para fazer o que é essencial, como comprar comida. Sendo assim, quem já era sedentário está sentindo ainda mais dificuldades em adotar o saudável hábito de exercitar-se.

No Brasil, quase metade da população é sedentária. O Organização Mundial da Saúde apontou em relatório de 2018 que 47% dos brasileiros não praticam atividade física regularmente. A falta de exercícios físicos é um fator que gera inúmeros problemas de saúde física e mental, direta ou indiretamente.

Mas como se exercitar em tempos de isolamento e distanciamento social? Seria perigoso frequentar academias e parques?

Em muitas cidades as academias já estão abrindo e seguindo recomendações de higiene e distanciamento para reduzir riscos de contágio. Parques estão funcionando em horários reduzidos para evitar aglomerações. Mesmo assim, há riscos de contágio e, neste contexto, pessoas do grupo de risco devem continuar se protegendo dentro de casa.

Mesmo assim, ficar em casa não é desculpa para não se exercitar. Com poucos minutos por dia e força de vontade é possível iniciar programas de exercícios utilizando materiais e aplicativos gratuitos.

É importante lembrar que nada substitui o acompanhamento de um educador físico e, no caso de pessoas com limitações físicas e doenças crônicas, uma orientação médica. As ideias que você verá a seguir servem para avaliar diferentes tipos de atividade e iniciar movimentos com programas leves. As dicas servem para pessoas que não possuem restrições para o exercício.

3 aplicativos com opções gratuitas

  • Lojong Meditação e Mindfulness
    Ótimo aplicativo para iniciantes na meditação, ajudando com stress, respiração entre outros benefícios para saúde.
  • Exercícios em casa (MoviliXa SAS)
    Diversos tipos de movimentos para você escolher e montar seu treino segundo o tempo que você tem disponível.
  • Exercícios em casa – Sem equipamentos (Leap Fitness Group)
    Musculação sem equipamentos para fazer em casa. Este app é muito popular e o desenvolvedor possui outras opções para grupos musculares e objetivos específicos.
  • YogIN App
    É o 1º Studio de Yoga Online do Brasil! O aplicativo pago, possui aulas ao vivo e gravadas. Uma opção completa para

3 canais no YouTube

  • Exercício em Casa
    Aulas de várias durações e com ênfase em diversos objetivos. O canal está mais orientado para mulheres, mas originalmente o foco era todos os públicos, por isso há aulas que interessam a qualquer gênero.
  • Aurélio Alfieri (personal trainer)
    O profissional traz aulas de fortalecimento, emagrecimento e alongamento para vários níveis, incluindo exercícios para idosos.
  • Fernanda Yoga
    Fernanda compartilha suas práticas de yoga em vídeos com várias durações e há aulas de até 10 minutos. A didática da instrutora atende aos iniciantes na prática e ela também oferece um programa pago, porém de baixo custo, para quem deseja se aprofundar.

3 itens baratos para turbinar seus exercícios em casa

Nada de pagar caro naquela esteira elétrica para que ela vire um cabide em sua casa. Que tal começar comprando alguns itens simples e praticando com eles poucos minutos por dia?

  • Corda
    A corda é um dos itens mais baratos e interessantes para quem quer perder peso e gordura. Os iniciantes acham que nunca vão conseguir pular bem a corda por muitos minutos, mas com persistência, em poucos dias, já poderão ver sua evolução. Pular corda é um exercício intenso e deve ser evitado por quem tem problemas ou dores nas articulações. Quem não está acostumado deve começar aos poucos. Se é seu caso, busque aconselhamento profissional.
  • Elástico extensor
    As faixas elásticas vêm em vários níveis de resistência, que definem a dificuldade do exercício. Se bem utilizadas, podem fortalecer praticamente todos os grupos musculares. Porém, para executar os exercícios corretamente, é necessária orientação profissional.
  • Caneleira
    Queridinha das mulheres frequentadoras das aulas de ginástica, é um item que não saiu de moda desde os anos 80. Porém, não é só para os glúteos e coxas que o acessório pode fazer a diferença. Com um par de caneleiras em casa, é possível usá-las como peso para braços e até em volta da cintura para agachamento. Também neste caso, para melhor aproveitamento e uso correto, é necessária orientação profissional.

Dicas para preparar o ambiente em casa para a prática de exercícios

Malhar em casa requer alguns cuidados para manter a segurança e o bem-estar. Veja como deve ser o ambiente no qual você vai se exercitar:

  • Arejado: abra portas e janelas e deixe o ar circular. Se estiver muito calor, vale um ventilador de leve. Caso sua temperatura corporal se eleve demais podem ocorrer: dores de cabeça, queda de pressão ou hipoglicemia (distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no sangue)
  • Chão plano: escolha um espaço longe de degraus ou obstáculos que possam causar quedas ou torções.
  • Higiene: higienize seus itens de malhação após o uso, mesmo que sejam individuais.

Por fim, comece com poucos minutos por dia e vá aumentando aos poucos, intercalando os tipos de exercícios. Experimente várias atividades e eleja as preferidas. Envolva a família. Divirta-se! Seguindo todas estas dicas, o seu programa de atividade física em casa será um sucesso.

Lembre-se de que bastam 30 minutos de atividade física por dia para sair da faixa do sedentarismo. Pule fora deste índice e tenha mais saúde e disposição!

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O que esperar do mundo pós pandemia

A transmissão do novo Coronavírus está em desaceleração em todo o mundo, mas o perigo ainda não acabou. Seguimos enfrentando uma pandemia que será um marco na história da humanidade. Neste cenário, há duas dúvidas na cabeças das pessoas. Uma delas é quando a vacina contra a COVID-19 estará disponível para toda população do globo. A outra é sobre previsões de como será o mundo pós pandemia. Afinal, o vírus já impactou nossas vidas e mudou nossas rotinas.

Os impactos não se resumem ao novo hábito de usar máscara e higienizar as mãos com mais frequência e o uso do álcool gel. Ou às alterações de horários de funcionamento para comércios, restaurantes, bares e outros negócios de atendimento, vendas e prestação de serviços ao público. Nem sobre a nova modalidade de trabalho em casa, adotada por muitas empresas.

A pandemia nos trouxe reflexões e mudanças mais profundas que devem moldar nossos hábitos individuais e também as dinâmicas coletivas. Os reflexos se estenderão além do período de amenização da COVID-19, quando a doença deixar de ser um problema de saúde mundial. As transformações passarão pela economia, política, modelos de negócio, cultura, relações sociais e com a cidade, saúde física e mental, entre outras coisas.

COVID-19: aceleradora de um futuro inevitável?

A pandemia acelerou mudanças na sociedade de modo geral, mesmo com a gente dentro de casa, quietinhos, por alguns meses. O ano voou e o mundo se tornou outro. A dúvida é: as mudanças ocorridas iriam ocorrer de outra maneira? Mais lenta? Há quem diga que a pandemia foi um fator acelerador de futuros.

O isolamento social empurrou negócios para a reinvenção de seus modelos e modificou as formas de contato entre as pessoas. Algumas destas mudanças já estavam em curso, mas foram aceleradas. Transições que levariam décadas para acontecer, precisaram se concretizar em questão de meses. Por exemplo: a adoção da educação a distância e do trabalho remoto, além da maior preocupação com a responsabilidade social e com a saúde mental de funcionários por parte das empresas.

Outras questões ganharam foco. Afinal, a crise sanitária e econômica trouxe uma revisão de valores. O modelo de sociedade consumista e baseada no lucro a qualquer custo passou a ser questionado. Iniciativas baseadas na solidariedade e na empatia se fortaleceram.

Mas o que vai permanecer após o fim da pandemia? Esta questão ainda é fruto de análise de especialistas, autoridades, comunidade acadêmica e das pessoas de modo geral.

A educação vai se reinventar? As lideranças vão desenvolver novas habilidades? O salto dado pela tecnologia é um caminho sem volta? Seremos mais cautelosos com a saúde? O cuidado com a saúde mental – “olhar para si” – vai ter mais espaço? Como vai ficar a relação entre família e trabalho? Saberemos regenerar nossa relação com a natureza?

As respostas ainda não são objetivas, mas já vemos sinais que nos permitem algumas reflexões.

9 mudanças esperadas no mundo pós-pandemia

Prever quais serão os reais efeitos da pandemia no mundo é difícil, mas sabe-se que já estamos vivenciando mudanças que podem permanecer e impactar nossas vidas. Compreender o que possivelmente nos espera é importante para nos prepararmos e entrarmos em sintonia, tanto na vida pessoal quanto profissional.

1. Crenças e Valores

Se antes a diferença de classes já era perceptível, a pandemia escancarou nossas mazelas. O isolamento social forçado deixou ainda mais óbvio o quanto a maioria da população é dependente de seus trabalhos para sobreviver. A dificuldade de gerar renda fez com que muitas famílias ficassem em situações críticas.

Esse cenário fez despertar o sentimento de solidariedade adormecido em muitas pessoas. Vários grupos de ajuda ao próximo entraram em ação e se uniram também contra o preconceito e a violência.

É difícil prever se essa onda de empatia vai continuar com a mesma força. Mas tudo indica que uma mudança de crença e valores começa a ocorrer de forma gradual.

2. Transtornos emocionais

O período foi importante para que olhássemos mais para nós mesmos e tivéssemos mais tempo para descobrir o que nos faz feliz e nos conforta. Ao mesmo tempo, o isolamento, o medo do contágio e a incerteza em relação ao futuro fizeram com que muitas pessoas desenvolvessem transtornos emocionais como ansiedade e depressão.

A dificuldade em lidar com a vida profissional e a pessoal no mesmo ambiente também foi outro desafio. Pessoas que têm filhos pequenos em casa e precisaram atuar em home office, principalmente as mulheres, se viram em exaustão física e mental.

Com o crescente aumento de transtornos emocionais, o acompanhamento psicológico com terapias continuadas se torna importante para a retomada de uma vida pós pandemia. Palestras e webinars sobre o assunto oferecidos pelas empresas foram um incentivo para o autoconhecimento, desenvolvimento e gestão emocional dos funcionários. Também há quem diga que o excesso de encontros virtuais trouxe mais ansiedade.

3. Saúde física

O isolamento social ajudou muitas pessoas a cuidarem melhor da alimentação, pois passaram a preparar sua própria refeição. E atrapalhou outras. Em casa e ansiosas, algumas pessoas comeram mais e pior.

Com academias e espaços públicos fechados, as atividades físicas ficaram limitadas por um bom período. Um alvo de estudos agora é se o ganho de peso e sedentarismo serão significativos ao fim dessa pandemia.

Muitas pessoas buscaram soluções online para se exercitar. Há quem tenha até criado um novo estilo de vida. Já demos dicas aqui para quem deseja ser mais ativo dentro de casa mesmo.

4. Transformação digital mais forte do que nunca

Esse é um ponto que já vinha caminhando a passos consideráveis. Um mercado mais digitalizado era uma promessa de futuro. O isolamento social acelerou esse processo.

Com a necessidade de sobreviver, muitos negócios encontraram no ambiente digital a chave para vender seus produtos ou até mesmo oferecer serviços.
Até mesmo a cultura tomou ares digitais. Shows, museus e galerias de arte chegaram até o público por meio da internet, com lives e visitações em realidade aumentada.

Talvez esta seja a mudança mais significativa que vai perdurar no mundo pós pandemia. O salto dado na transformação digital foi tão grande que, mesmo aqueles que tentarem voltar ao passado no fim dessa crise sanitária, ainda estarão à frente do que eram quando a pandemia começou.

5. Trabalho remoto e educação a distância

Há alguns desdobramentos da transformação digital que devem permanecer de forma parcial.

A necessidade de colocar o quadro de funcionários para trabalhar em home office fez com que muitos gestores percebessem que essa modalidade de trabalho dá certo e traz vantagens para as empresas. Se antes o trabalho remoto era adotado com um pouco de desconfiança, a partir de agora a tendência é aumentar o número de colaboradores em home office.

A educação a distância (EAD) também já era uma modalidade explorada, mas também vista com restrições e críticas. A pandemia abriu um novo leque de possibilidades e fez com que muitos se rendessem a este tipo de aprendizado.

6. Busca por novos conhecimentos

Por falar em EAD, a busca por conhecimento também aumentou durante o período de isolamento. Com mais tempo em casa, a população teve mais contato com cursos on-line. Em um mundo em constante e rápida transformação, atualizar os conhecimentos é questão de sobrevivência no mercado.

Mas não foi só na questão profissional. O aprendizado é muito prazeroso quando o assunto é vida pessoal e muitos aproveitaram para adquirir novos hobbies.

7. Viver o agora e valorizar os momentos

A insegurança e o medo do incerto fizeram com que muitas pessoas percebessem que vale a pena viver o presente. Mesmo planejando, alguns indivíduos aprenderam o quanto fatores externos podem mudar tudo. Assim, apreciar os momentos especiais e o contato das pessoas queridas, mesmo virtualmente, passou a ser algo muito valorizado durante esse período.

Mais do que nunca é importante focar no agora. Viver o futuro antecipadamente pode provocar transtornos mentais, principalmente ansiedade. E ficar no passado, pode nos privar de aproveitar as coisas boas do presente.

8. O “novo” dinheiro

Outra coisa que já vinha se modificando é a forma como lidamos com o dinheiro vivo. Conscientes de que as cédulas e moedas carregam bactérias e cheios de opções de formas de pagamento digitais, estamos parando de usar o papel moeda. Carteiras digitais e pagamentos biométricos tendem a ser cada vez mais utilizados.

9. Cuidados com a higiene e a saúde

Esta é mais provável mudança e acima de tudo, necessária. A cada novo surto de doenças a população aprende e assimila um pouco mais a importância de ter bons hábitos de higiene. O simples ato de lavar as mãos pode evitar vários tipos de infecções. Foi assim com o H1N1 também.

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Dia Mundial de Luta Contra a Aids

Neste Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 01/11, dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde apontam boa notícia: após 12 anos de uma variante de 37 mil a 42 mil casos notificados, em 2019 houve uma redução de mais de 50%. No ano passado, foram registrados 15.923 casos enquanto, em 2018, foram 37.161, o que demonstra eficácia das ações de conscientização de prevenção à doença. No total, de 1980 a 2019, foram identificados 966.058 casos de Aids no Brasil.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lembra que beneficiários de planos de saúde têm direito a coberturas obrigatórias para o diagnóstico da Aids. O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da agência reguladora tem listados exames laboratoriais anti-HIV, pesquisa de anticorpos, antígeno P24, carga viral por PCR, NASBA, BDNA e teste qualitativo por PCR, além do teste rápido para detecção de HIV em gestantes. O Rol também determina o teste de genotipagem do HIV para os casos suspeitos de resistência viral e/ou risco de falha terapêutica, exames de qualificação no sangue do doador e prova pré-transfusional no sangue do receptor.

Também é importante ressaltar que em 2015 a ANS publicou a Súmula Normativa nº 27 reforçando a determinação de que as operadoras de planos de saúde estão proibidas de recusar clientes em função de serem idosos ou portadores de doenças preexistentes – como os portadores do vírus HIV. A regra alerta ainda que as operadoras também não podem excluir beneficiários usando estes motivos.

Atenta à importância da prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST como a Aids, a Agência estimula os planos de saúde na realização de Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças – Promoprev. Atualmente, existem 143 programas com enfoque em DST informados à ANS por 87 operadoras, que juntos atingem 583.272 mil beneficiários de planos de saúde.

Dados da Aids no Brasil

s homens continuam sendo o grupo de pessoas com mais casos no Brasil: 11.123 infectados em 2019, seguido das mulheres (4.796) e de jovens de 15 a 24 anos (2.082 casos). Crianças até cinco anos são os menos acometidos pela doença e mantém uma curva decrescente de casos: 125 em 2019 contra 265 em 2018. Essa redução vai ao encontro da queda no número de gestantes infectadas pelo HIV: 4.482 em 2019 contra 8.621 em 2018.

Transmissão

A transmissão do vírus do HIV acontece, principalmente, por relações sexuais desprotegidas com pessoa soropositiva, pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados (como agulhas e alicates) e através da mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.

Cabe destacar que ser portador de HIV (vírus) e ter Aids (doença) são condições diferentes. Uma pessoa soropositiva pode viver anos sem desenvolver a doença. No entanto, podem transmitir o vírus. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. A forma mais eficaz de prevenção é o uso de preservativos em todas as relações sexuais (oral, vaginal e anal), já que o sexo é uma das maiores causas de infecção da doença.

Tratamento

Desde 1996, o Governo Federal oferece gratuitamente pelo SUS todos os medicamentos antirretrovirais (ARV) e, desde 2013, garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente da carga viral. O uso regular dos antirretrovirais é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a Aids.

A terapia antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais, como aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas, como hepatites virais, tuberculose, pneumonia e toxoplasmose, por exemplo.

Os remédios, quando tomados corretamente, impedem a multiplicação do HIV e diminuem a quantidade do vírus no organismo até ficarem indetectáveis. Atualmente, existem 21 medicamentos em 37 apresentações farmacêuticas no Brasil.

Aids e Covid-19

De acordo com a UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS), o Covid-19 está ameaçando o progresso que o mundo fez em relação à saúde e desenvolvimento nos últimos 20 anos, incluindo todos os passos dados na luta contra o HIV. Ainda hoje, mais de 12 milhões de pessoas no mundo esperam para iniciar seu tratamento com antirretrovirais e 1.7 milhão de pessoas foram infectadas com HIV em 2019 devido à falta de acesso a serviços essenciais.

Com a pandemia foram interrompidos serviços especializados e sobrecarregadas as cadeias de abastecimento. Por vários meses foram observados níveis mais baixos de novos diagnósticos e início de tratamento como reflexo dessa situação. Na América Latina, observou-se um aumento de 21% de casos de infecção de HIV. Em seu relatório de novembro, a organização apela aos países para que intensifiquem a ação global e faz a seguinte estimativa: o impacto de longo prazo da pandemia na resposta ao HIV pode ser de 123 mil a 293 mil novas infecções por HIV e de 69 mil a 148 mil mortes adicionais relacionadas à Aids entre 2020 e 2022.

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