Categorias
Banner Principal Home home Saúde Física

Mês do Azul Marinho: prevenção de câncer de cólon e reto

Todos os meses, órgãos e instituições de saúde nacionais e internacionais promovem campanhas que são representadas por cores. No mês de março, temos um movimento importante: a conscientização pela prevenção e informação do câncer colorretal ou do cólon e reto.

Atenção: as informações contidas neste texto são baseadas em fontes oficiais e/ ou vindas de profissionais especializados. Mesmo assim, não substituem a orientação e avaliação médica.

Cólon e reto são partes do intestino. Eles ficam localizados na parte “final” do intestino grosso, próximos ao ânus. O câncer de intestino ou colorretal é uma doença tratável e com boas chances de cura, tanto maiores quanto mais precoce o diagnóstico, assim como ocorre com outros tumores. Também há melhor prognóstico nos casos em que o tumor não se espalhou para outros órgãos.

Este tipo de tumor se inicia em formatos de pólipos, que são lesões benignas que podem se formar no intestino grosso. Em 2020, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), de 2020, este tipo de câncer foi diagnosticado em mais de 40 mil brasileiros.

Como surge o câncer de cólon e reto

Os tumores colorretais têm origem, geralmente, em anormalidades chamadas pólipos, que são lesões benignas. Estas lesões aparecem na parede do intestino grosso, ou cólon. A causa pode ser predisposição genética ou seu aparecimento pode estar relacionado a um quadro não saudável, como prisão de ventre e excesso de peso.

A saúde do intestino

O intestino, com o passar da idade, passa a ter um funcionamento mais lento e sofrível. Por isso, o desenvolvimento do câncer de intestino ou colorretal tem mais ocorrência entre pessoas acima de 50 anos.

Seja lá qual for a idade, é importante ter atenção à saúde do intestino, órgão que dá sinais claros de bom ou mau funcionamento. A prisão de ventre, queixa comum entre mulheres e entre pessoas que não possuem hábitos alimentares saudáveis, é sinal de adoecimento do intestino. Logo, trata-se de fator de risco ao aparecimento do câncer de cólon e reto, dependendo da frequência e da intensidade.

O indivíduo com intestino saudável evacua diariamente sem sentir dor ou desconforto. As fezes têm mau cheiro, porém não exagerado. A cor é marrom e a textura é firme, porém não endurecida demais a ponto de formar bolinhas.

Para ter boa saúde intestinal, é necessário:

  • Ingerir muito líquido, principalmente, água pura. De maneira geral, recomendam-se 2 litros por dia;
  • Ingerir alimentos fibrosos como frutas e hortaliças em seu estado natural. Sementes como linhaça, semente de girassol e chia são bons aliados;
  • Iogurtes probióticos também são indicados (verificar o índice de gordura e açúcares);
  • Consumo de carnes em excesso, principalmente as processadas (com muito sódio e condimentos), é prejudicial à saúde intestinal.

Fatores de risco para o câncer de cólon e reto

Além dos maus hábitos alimentares, outros fatores que prejudicam a saúde intestinal, logo, aumentam as chances de aparecimento de câncer colorretal são o tabagismo, o consumo de álcool em excesso e o sedentarismo (que poder levar à obesidade, outro fator de risco).

Porém, a doença também pode estar relacionada ao histórico familiar de câncer de intestino, outros tumores, inflamações e doenças crônicas do intestino ou doenças hereditárias ligadas a este órgão.

Outro fator de risco é a exposição constante à radiação ionizante (raios X e gama). Por isso os profissionais de Radiologia precisam atentar para sua proteção pessoal.

Sintomas do câncer colorretal

É necessário buscar avaliação médica a qualquer um dos sintomas citados abaixo. Lembrando que o diagnóstico precoce é fator fundamental para o sucesso do tratamento e qualidade de vida do paciente.

Sintomas e sinais de risco:

  • Presença de sangue nas fezes
  • Prisão de ventre
  • Diarreia
  • Dor ou desconforto abdominal
  • Anemia, fraqueza ou desânimo
  • Perda de peso sem causa aparente
  • Fezes com formas muito diferentes, por exemplo, muito compridas ou muito endurecidas (pedrinhas)
  • Endurecimento da massa fecal
  • Inchaço da região abdominal

Há outras doenças que causam os sintomas citados, inclusive doenças mais frequentes na população, mais ou menos graves. Exemplos são a úlcera e as hemorroidas. Por isso, antes de qualquer tipo de conclusão, é imprescindível o diagnóstico médico.

Exames de identificação do câncer colorretal

Para diagnosticar o câncer de cólon ou reto, há uma série de exames a serem realizados. Quando o paciente se queixa dos sintomas aqui citados, o médico geralmente começa o diagnóstico com exames não invasivos como os laboratoriais de fezes, urina e sangue, além de exames de imagem. No caso de suspeita real, é necessária a biópsia, na qual é retirado um pedaço do tecido do local onde se encontra a lesão (o pólipo ou tumor).

Tratamento do câncer colorretal

O tratamento dependerá do estágio da doença e do quadro geral do paciente. A decisão cabe ao médico ou equipe médica e, geralmente, é discutida com o paciente e/ou família. Há os tratamentos locais, que visam ao menor impacto no restante do corpo, como a radioterapia, a embolização ou a retirada do tumor via cirúrgica. E há os tratamentos sistêmicos, que podem atacar células cancerígenas em qualquer parte do corpo, como a quimioterapia, que é administrada via remédios.

Tratamentos terapêuticos complementam os cuidados com o paciente e podem colaborar com a cura promovendo bem-estar. Por exemplo, o acompanhamento psicológico, nutricional, assistencial, entre outros.

É importante reforçar o fato de que qualquer câncer ou doença crônica tem mais chances de cura ou de melhor qualidade de vida ao paciente quando identificado precocemente.

Por isso, realize exames de rotina, mantenha hábitos saudáveis e fique atento à saúde intestinal e também aos outros sinais de desequilíbrio que o corpo mostre.

Categorias
Banner Principal Home home Saúde Física

Março Lilás: um mês para falar sobre câncer do colo do útero

Informação correta e visita frequente ao médico salvam vidas. Assim como ocorre em qualquer tipo de câncer, o câncer do colo de útero é mais facilmente tratado e tem maiores chances de cura se diagnosticado precocemente. Daí a importância de disseminar informações e alertas às mulheres sobre as visitas de rotina ao médico e sobre a atenção necessária aos sinais do corpo sobre algum fator de risco.

Atenção: as informações contidas neste texto são baseadas em fontes oficiais e/ ou vindas de profissionais especializados. Mesmo assim, não substituem a orientação e avaliação médica.

Para informar melhor a população, órgãos e instituições de saúde “pintam” os meses com cores para simbolizar algum tipo de cuidado necessário em relação à prevenção de doenças. No caso, são priorizadas as enfermidades mais comuns e/ ou agressivas para as pessoas.

Março é mês de falar de câncer de colo de útero e a cor escolhida para marcar este movimento é o lilás. Não se sabe com certeza o motivo para a escolha desta cor, porém há uma hipótese de ela ter vindo do movimento Sufragista, composto por mulheres inglesas que lutavam pelo direito ao voto e usaram em suas bandeiras as cores lilás, branco e verde.

O câncer de colo de útero: incidência e características

A média de novos casos de câncer de colo de útero no Brasil, anualmente, é de mais de 16 mil (fonte: Agência Saúde). Este câncer é caracterizado pela presença de tumor ou tumores malignos na parte inferior do útero. Seus sintomas vão desde corrimento vaginal (amarelado ou com odor forte), alterações na menstruação, sangramento após a relação sexual, até dores mais intensas (cólicas fortes) e anemia. Pode também não apresentar sintomas, daí a importância dos exames frequentes.

O câncer de colo de útero é tratável e tem boas chances de cura, principalmente se diagnosticado precocemente. Porém, se não tratado, pode resultar no agravamento como o aparecimento do carcinoma invasivo do colo uterino (um tumor maligno).

O principal causador deste câncer é o papilomavírus humano (HPV). Sua infecção é frequente, mas nem sempre evolui para uma lesão uterina (que poderá evoluir para o câncer). O HPV, muitas vezes, é combatido pelo sistema imunológico do paciente. Porém, é necessário acompanhamento médico e, principalmente, prevenção.

O câncer de colo de útero pode ser de três tipos:

  • Carcinomas: tipo mais comum. Este tipo geralmente é ocasionado pela infecção por HPV;
  • Adenocarcinomas: segundo tipo mais comum, também pode ser ocasionado pela infecção por HPV;
  • Carcinoma adenoescamoso: tipo menos comum e mistura características dos outros dois tipos.

Prevenção e diagnóstico precoce do câncer de colo de útero

A melhor maneira de identificar o câncer de colo de útero ainda em estágio inicial ou lesões suspeitas é por meio do acompanhamento anual do ginecologista, com a realização do exame chamado popularmente de Papanicolau. A colpocitologia oncológica, nome formal do procedimento, é realizada por meio de coleta de secreção contida nas paredes do colo uterino. Esta coleta contém células que serão analisadas em laboratório. O exame pode identificar lesões desde as mais simples, que podem ter sido causadas por infecções, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) ou atividade sexual, até as mais complexas, como nódulos e tumores.

Toda mulher entre 25 e 64 anos deve realizar este procedimento anualmente que, junto com a consulta médica e outros exames, dará ao médico informações importantes sobre a saúde da paciente. O ideal é que a mulher passe a visitar o ginecologista anualmente ao iniciar a vida sexual.

Uma vez que o HPV pode ser um dos causadores deste câncer, a vacina contra esta infecção é importante para a prevenção do câncer de colo de útero e para o controle da doença na população.

Não descuide de sua saúde!

Categorias
Banner Principal Home home Saúde Emocional

Impactos da pandemia na saúde mental das crianças e jovens

Isolamento, aulas online, distância dos amigos, espaços pequenos e muita, muita tela. A fórmula da pandemia vai longe em relação às novas rotinas das crianças e jovens, que desde março do ano passado estão ficando muito mais tempo dentro de casa, distanciados do convívio social.

A preocupação com a saúde mental, antes vista como secundária, passou a ser algo fundamental, pois os sintomas começaram a aparecer, seja nos adultos ou nos mais jovens. Há de se ter muito cuidado em relação à psicologia infanto-juvenil, pois os impactos dos transtornos e traumas surgidos na infância e na adolescência tendem a acompanhar o adulto por toda a sua vida.

Deve-se, ainda, ter atenção redobrada no caso de crianças e jovens socialmente mais vulneráveis. Infelizmente, nossa sociedade ainda está longe do ideal em relação aos cuidados com este público, tanto nas questões relacionadas à gestão da pandemia quanto em seus desdobramentos psicológicos.

Os adultos têm um papel primordial nas consequências do isolamento em casa para seus filhos. Pais devem dar o exemplo ao controlar o estresse no ambiente e dialogar com as crianças e jovens, tirando dúvidas quando possível e acalmando os ânimos. Quando o adulto não sabe como lidar com a situação, é necessário se informar ou contar com um profissional.

Para colaborar com a elucidação a respeito do tema, trazemos os principais pontos a se ter atenção em relação à saúde mental de crianças e jovens dentro do contexto de enfrentamento da Covid-19:

Telas e seus impactos

O aumento da exposição de crianças e jovens às telas não foi ainda mensurado de maneira definitiva em estudos. Porém, há a análise de que há uma grande elevação e que isto é prejudicial à saúde física e mental. Quanto mais tempo de uso de telas, mais impactos no sono, humor, atenção, concentração e, consequentemente, no aprendizado dos pequenos. Além dos efeitos nos olhos, cérebro e no corpo todo. Mesmo dentro de casa, é necessário estipular limites para as telas e explorar com eles alternativas para o lazer.

Alimentação, sedentarismo e obesidade

A alimentação caseira poderia ser um benefício para as crianças e jovens que têm o hábito de comer fora muitas vezes na semana. Estima-se que a refeição em casa é menos gordurosa e industrializada. Porém, com pais sobrecarregados e desacostumados com a cozinha, fica difícil colocar na rotina a preparação dos alimentos. O fastfood pedido por delivery (basicamente pizza e sanduíche) e as guloseimas industrializadas consumidas simplesmente por “não ter mais nada para fazer” ou por ansiedade são os grandes vilões.

A má alimentação aliada ao sedentarismo reforçado pelo isolamento social só poderia resultar no aumento dos índices de obesidade tanto em crianças e jovens quanto em adultos. Em um país como o nosso, no qual 1 em cada 5 pessoas estão com sobrepeso ou obesas (dados do Ministério da Saúde em 2018), o cenário futuro pode ser bem grave.

Na outra ponta, há as crianças em vulnerabilidade social, que são prejudicadas pela insegurança alimentar. O quadro piora com a recessão econômica, uma vez que mais famílias perdem poder econômico, e com o distanciamento escolar, já que é na escola que muitas crianças fazem suas refeições.

Ansiedade e fobias

O medo da doença por parte de familiares afeta negativamente as crianças. Muitas vezes o cuidado é confundido com pavor. A criança absorve toda a ansiedade e fobias dos adultos e tende a amedrontar-se com o que está acontecendo. Quando a família assiste ao noticiário e as imagens são chocantes, as crianças ficam assustadas, mesmo que não falem abertamente. O efeito pode ser o desenvolvimento de comportamento compulsivo, fobias e outros transtornos.

Além disso, sintomas de ansiedade, depressão e outros transtornos são a consequência de um combo que pouco contribui para a saúde mental: pouca interação social, telas em excesso, alimentação não balanceada, falta de atividade física, pouca exposição ao ambiente externo, medo e mudanças bruscas de rotina. Sem contar a incerteza em relação ao futuro.

Desenvolvimento social

Crianças e jovens precisam da vida social para aprender a lidar com o outro e consigo mesmo. A falta de convivência com pessoas que não são da família pode atrasar seu desenvolvimento em diversos aspectos. O ambiente escolar é rico em aprendizado social, uma vez que a criança se depara com diversidade comportamental e cultural. A casa de amigos ou primos também oferece novos estímulos para o repertório da criança e do jovem. Quando a pessoa permanece em sua própria casa, ela perde todo este contato com outras maneiras de se comportar, brincar, aprender e viver.

Desenvolvimento intelectual

Alguns especialistas defendem que o ensino remoto é insuficiente em relação ao processo de aprendizagem de crianças e que esta lacuna pode ser maior ou menor dependendo da faixa etária, porém ela existe em qualquer caso. Os impactos das telas e a questão do desenvolvimento social já citados interferem diretamente na qualidade pedagógica. A falta de interação social prejudica as experiências das crianças, que, muitas vezes, aprendem mais com o lúdico e com a observação.

Relacionamento familiar

Estudo chinês (fonte: Nexo Jornal) demonstra a dependência exagerada dos pais como o principal impacto na saúde mental de crianças e jovens. Quem é mãe ou pai sabe como o filho ou filha se comporta diferente quando está longe de seu olhar. Aos cuidados dos pais, as crianças tendem a pedir ajuda para tudo. Quando estão longe, precisam aprender a realizar pequenas tarefas sozinhas. Já os jovens tendem a ter preguiça de realizar atividades de autocuidado e até mesmo de higiene pessoal. O resultado é a cobrança por parte dos pais, que ficam estressados. Pais sobrecarregados, por sua vez, não conseguir gerir de maneira saudável as relações dentro de casa.

O retorno: quais a consequências para a saúde mental da criança e jovem?

O retorno às aulas e à vida social, que vem sendo desenhado pelas autoridades em diversos países, é uma incógnita. Há especialistas que defendem o retorno imediato, para melhorar os quadros já descritos. Outros alertam para o perigo de novas ondas de contaminação com o retorno do convívio escolar e outras atividades. Temos visto exemplos de outros países, mais bem-sucedidos que o Brasil ou não.

O que se pode afirmar até o momento como medidas importantes para a hora do retorno:

  • As famílias devem dialogar com as crianças e jovens, buscando entender o seu ponto de vista a respeito de tudo o que está acontecendo: entender se eles têm medos, dúvidas ou anseios;
  • Crianças e jovens devem ser orientados em relação à importância das medidas de segurança e higiene;
  • Atividades não obrigatórias presencialmente devem ser avaliadas pela família;
  • A criança ou jovem exposto à interação social na escola não deve ter contato próximo com pessoas do grupo de risco, se possível. Este distanciamento provisório deve ser tema de diálogo na família, para que todos possam entender a importância.

Tão logo a vacinação contra Covid-19 passe a ocorrer de modo planejado e consistente, a tendência da sociedade é reduzir os cuidados. Porém, é preciso ter paciência e cautela.

Converse com sua família e estabeleça limites e diretrizes, para que todos possam passar por esta nova fase da pandemia em segurança.

× Como posso te ajudar?