Categorias
Banner Principal Home home Saúde Física

Semana Mundial dos Surdos: informar-se para incluir!

Em setembro temos o Dia Internacional dos Surdos, que inicia uma semana de reflexão sobre os direitos destes cidadãos e a sua respectiva inclusão. É preciso debater sobre pessoas com deficiência auditiva na sociedade brasileira, para assim, gerar menos preconceito e desinformação.

O dia vem de uma celebração iniciada em 1958, em Roma, capital italiana. Inicialmente a data foi marcada pelas ações da Federação Mundial dos Surdos, uma comemoração tanto pelos surdos, quanto pelas pessoas direta ou indiretamente relacionadas a eles.

A data é rememorada em todo o mundo e tem como principal objetivo lembrar das lutas que os surdos enfrentaram ao longo dos anos pela conquista de direitos e inclusão. Uma delas foi, por exemplo, a luta pelo reconhecimento da Língua de Sinais.
No Brasil a Lei nº 10.436/2.002 trouxe uma conquista muito importante, com ela a Língua de Sinais foi oficialmente reconhecida como meio de comunicação e expressão.

Contudo, é necessário reforço no apoio do Poder Público em todo o território nacional para uso e divulgação.
Em número absolutos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de surdos chega a dez milhões de indivíduos, cerca de 5% da população.
Estes números apenas denotam a importância da data, para que seja colocada em pauta a realização de ações de inclusão e legitimação de toda essa comunidade.
O surdo e a surdez consistem na característica do indivíduo que apresenta deficiência plena ou parcial em sua capacidade auditiva.

Língua de Sinais

Na Língua de Sinais temos a utilização de um sistema de datilologia. Consiste em um esquema simbólico usado para simbolizar as letras do alfabeto que são soletradas pela mão.
A Língua de Sinais não tem universalidade. Dessa forma ela tem suas distinções em diferentes países. Mesmo assim, existem símbolos para praticamente todas as palavras existentes e são utilizados os movimentos das mãos, linguagem corporal e expressão facial quando necessário.

Causas da surdez

A audição tem constituição de vários canais responsáveis por levarem a mensagem ao ouvido interno. Este, por sua vez, transforma o que recebe em estímulos elétricos que acabam levados ao cérebro. O cérebro tem a responsabilidade de interpretar os estímulos. Embora possa parecer um processo longo, ele ocorre de forma extremamente rápida.
Um indivíduo com surdez apresenta deficiência completa ou parcial no funcionamento desse sistema e as causas podem ser desenvolvidas por nascimento prematuro, utilização de medicamento antibióticos de caráter tóxico ao sistema auditivo e etc.
A surdez de condução, por exemplo, tem relação com o acúmulo de cera no ouvido, assim como pela imobilização de canais do ouvido ou ainda por conta de uma possível inflamação (caso de otite). A depender da causa específica, a surdez de condução pode ter o tratamento feito com o uso de medicamentos ou intervenção cirúrgica.
Além dessas causas, a surdez pode aparecer por carga hereditária, quando há outros casos na família, assim como pelo baixo peso no nascimento e igualmente por infecções, tais como rubéola, toxoplasmose, além de outras infecções congênitas.

Tipos de surdez

Assim como variadas causas, há diferentes tipos de surdez. Há especificamente cinco tipos de surdez: a surdez ligeira, média, severa, profunda e a cofose.
No caso da surdez ligeira o indivíduo tem uma boa capacidade auditiva, mas alguns estímulos sonoros passam despercebidos. A surdez média, por sua vez, leva o seu portador a ouvir somente quando a palavra tem emissão de maneira muito forte, com boa intensidade.
A surdez severa leva o seu portador a não ouvir ou perceber quando a pronúncia é normal. Para que a sensação auditiva possa ocorrer é necessário que se grite com esse indivíduo.
Para a surdez profunda, o caso mais severo de surdez, a sensação auditiva não existe em nenhuma hipótese e há dificuldades perceptíveis na obtenção da linguagem oral.
A cofose consiste na ausência de percepção auditiva completa. O indivíduo tem a ausência de qualquer capacidade de percepção do som.

Prevenção à surdez

Para as mulheres grávidas é de fundamental importância a devida orientação médica para realização do pré-natal. Nesse período, doenças como toxoplasmose, rubéola e sífilis podem levar à surdez do bebê.
Especialmente no caso da rubéola, as mulheres devem receber a vacina na adolescência para que estejam protegidas na fase adulta, durante a gravidez.
Assim que o bebê nasce, o teste da orelhinha deve ser feito. Ele permite que patologias e alterações tenham identificação precoce no sistema auditivo.
Para o caso dos adultos, é preciso destacar o cuidado com objetos pontiagudos nos ouvidos, tais como canetas, lápis e similares. Quando introduzidos no ouvido, podem causar lesões.
Para trabalhadores expostos a ruídos é fundamental o uso do equipamento de proteção para garantir a proteção do sistema auditivo. O uso correto do equipamento diminui significativamente as chances de ocorrências ocupacionais.

Convivendo com pessoas surdas

Seja na família, ambiente de trabalho ou em outras atividades, a convivência com a pessoa surda pode ser rica em interação. Basta que as pessoas tenham interesse em aprender com o surdo ou surda, a melhor maneira de se comunicar, seja por LIBRAS ou outros meios. Apurar a sensibilidade para perceber como a pessoa gosta de ser tratada no dia a dia e incluí-la nas conversas e atividades é ótimo para a boa convivência. Isto é inclusão e valorização da diversidade!

Categorias
Banner Principal Home home Saúde Física

Vivendo com HIV: vencendo estigmas com informação de qualidade

Não é de hoje que há um grande estigma em pacientes diagnosticados com HIV. O fato é que há muitas pessoas vivendo com essa doença e isso gera muitas dúvidas, sobretudo na maneira como a doença afeta o paciente e quais as suas manifestações.

Desde a explosão de casos a partir da década de 1980 muitos foram os avanços científicos que hoje permitem que uma pessoa diagnosticada com a doença tenha uma vida praticamente normal.
O quadro ainda não tem cura, contudo os avanços conquistados são muito positivos. Mesmo assim, por ser uma patologia sem cura, muitas são as dúvidas sobre a sua manifestação.

O diagnóstico

Muitos pacientes hoje diagnosticados com o vírus acreditavam que não eram susceptíveis a infecção, o que acaba em muitos casos aumentando a exposição ao vírus e a possibilidade de contaminação. O diagnóstico de HIV, quando o resultado do exame de sangue dá reagente, não deve ser interpretado imediatamente com desespero. Por este motivo, é imprescindível que a notícia seja dada por um profissional qualificado técnica e psicologicamente.

Vale mencionar que o diagnóstico de HIV não indica que o paciente contraiu Aids. O HIV é o vírus transmissível presente no organismo. Uma pessoa com HIV pode transmitir o vírus para os seus companheiros por meio do sexo desprotegido e do contato direto com sangue.

Já a Aids consiste em um estágio avançado do vírus no organismo a partir do qual há comprometimento do sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo.

Quem tem HIV não tem necessariamente o diagnóstico de Aids, mas quem tem Aids sempre tem HIV. Vale ressaltar inclusive que, caso os exames não sejam feitos de maneira regular, é possível que o paciente seja diagnosticado com Aids, visto o avanço natural do vírus em um organismo sem tratamento.

Segundo informações do Ministério da Saúde, em nota este ano, não há uma indicação quanto ao tempo ideal para realização do exame, mas é preconizado que o mesmo seja realizado sempre que há a exposição ao vírus.
Ao ter o diagnóstico em mãos o primeiro passo é ir atrás de tratamento. A depender do Município, o tratamento pode ser feito na UBS pelo médico da família. Em alguns municípios ele pode estar sob responsabilidade da equipe de Assistência Especializada ou ainda no Centro de Testagem e Aconselhamento.

Há uma grande rede de apoio e assistência a esses pacientes, o que os assegura uma vida cheia de possibilidades.

Vivendo com HIV

Seguindo à risca as determinações do tratamento, fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os portadores de HIV podem viver plenamente muitos anos de vida.
O problema é que mesmo pessoas diagnosticadas com o vírus deixam de tomar o medicamento com medo de que alguém possa ver a caixa do mesmo. Isso dificulta seriamente a eficácia do tratamento e os resultados obtidos.
De acordo os dados de 2020 do Ministério da Saúde, o índice de diagnóstico tardio chegou a 27%. Isso acontece justamente pelo estigma social que está em torno de pacientes que convivem com o HIV. Mas se essas pessoas tivessem conhecimento do tratamento e dos longos anos de vida que ele assegura, o diagnóstico precoce poderia ser viabilizado.

Após seis meses do tratamento medicamentoso seguido à risca, a carga viral pode se tornar indetectável. Às vezes em tempo menor o resultado pode acabar sendo obtido.
Após seis meses de carga viral indetectável a transmissão sexual deixa de ocorrer. Infelizmente a amamentação não é possível, mas é totalmente possível ter filhos saudáveis.

Mitos e verdades sobre o HIV

Uma das dúvidas mais pertinentes sobre pacientes com HIV diz respeito à paternidade e maternidade. Uma das maneiras de transmissão do vírus é de maneira vertical, através da mãe para o filho durante o parto, mas é possível que mães positivadas com HIV tenham filhos plenamente saudáveis.
Não há legislação vigente no Brasil ou qualquer outro tipo de norma que proíba que pais com HIV tenham filhos, mas diagnosticado ainda no pré-natal, é possível que o bebê nasça saudável. Não sendo infectado pelo vírus nem mesmo caso o parto seja cesárea ou normal.

Ao descobrir a gestação, a mulher deve realizar todos os exames para saber se vive ou não com o vírus. Caso sim, deve iniciar imediatamente o tratamento para que o mesmo se torne intransmissível, não afetando o bebê.
A mãe com HIV mesmo intransmissível e indetectável não amamenta o bebê, que recebe o leite de bancos de leite na cidade. A política de saúde pública brasileira tem determinações claras especialmente para que não haja chances de transmissão vertical, de mãe para filho.
Quando os protocolos acabam adequadamente seguidos as chances da mãe transmitir o vírus para o bebê cai em torno de 2%.

Caso o resultado do teste da mãe dê negativo durante a gestação e não houver indícios de que houve exposição, o seu resultado tem validade. Caso haja, o mesmo deve ser, por recomendação, refeito com pelo menos um mês de diferença do primeiro teste.

Informação de qualidade traz bem-estar, segurança e uma vida mais plena. Informe-se e abra mão de qualquer tipo de preconceito!

Categorias
Banner Principal Home home Saúde Intelectual

Dia Mundial da Doença de Alzheimer

O Dia Mundial da Doença de Alzheimer é dia 21 de setembro. Durante todo o mês há ações promovidas pelos órgãos de saúde no mundo todo. A iniciativa da campanha é da Alzheimer’s Disease International (ADI).

O objetivo deste tipo de marco no calendário é combater o estigma que está por trás dos pacientes diagnosticados com a doença e também humanizá-los.
Conviver com um paciente acometido pela Doença de Alzheimer pode não ser uma tarefa fácil, pois é preciso obter conhecimento sobre as limitações e as características dessa patologia. Porém há caminhos para uma melhor qualidade de vida tanto para o paciente quanto para os familiares e cuidadores.

Segundo informações do Ministério da Saúde (dados de 2019), o Alzheimer é a doença neurodegenerativa mais comum em idades mais avançadas e até o momento as suas causas não são claras. Mas já há algumas pistas. A medicina conta com estudos que demonstram uma predisposição genética. O seu processo de instalação tem início quando o processo de síntese proteica começa a não ser plenamente realizado pelo organismo, mais especificamente no sistema nervoso central. Com a sua manifestação, há significativa perda das funções cognitivas em seus portadores.

De acordo com dados divulgados pela Alzheimer’s Disease International, no World Alzheimer Report (2015), 5 a 8% dos indivíduos sofrem com a doença após os 60 anos, mas esse número sobe para 40% quando falamos do grupo após 90 anos.

Sintomas da Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é uma patologia de caráter degenerativo e, até o momento, irreversível e incurável. Dentre as manifestações apresentadas, os neurônios são completamente destruídos em algumas partes do cérebro, o que leva a perdas cognitivas, tais como prejuízos na memória e na habilidade linguística e comportamental.

Ainda com base no relatório da Alzheimer’s Disease International, as lesões causadas pela doença têm início bem antes dos primeiros sintomas, podendo apresentar manifestações de 10 a 20 anos antes.

Os sintomas observados na Doença de Alzheimer, de acordo com nota do Ministério da Saúde (dados de 2021), são, por exemplo: alterações de memória (manifestação sobretudo na primeira fase da doença), habilidade visual alterada e dificuldades para realizar atividades simples, tais como falar ou mesmo se alimentar. Este grupo de sintomas envolve o estágio dois da doença, nível moderado.

O estágio três consiste no estágio grave da doença e traz a resistência à realização de atividades do dia a dia, dificuldades para retenção das fezes e da urina e também para se alimentar. A dificuldade motora vai se tornando progressiva.

No estágio quatro, mencionado, sobretudo, como estágio final, o paciente fica restrito ao leito, sofrendo até mesmo dor para a deglutição.

Tratando a Doença de Alzheimer

O Sistema Único de Saúde, o SUS, oferece tratamento gratuito e multidisciplinar para os portadores da doença. O tratamento oferecido é integral e tem foco especial nos cuidados relativos à saúde, alimentação, ambiente e outros fatores que podem afetar a qualidade de vida e bem-estar do paciente.

No caso do tratamento medicamentoso, ele deve ser prescrito pela equipe médica responsável pelo paciente.

O intuito do tratamento medicamentoso serve para, principalmente, retardar o avanço da doença e os seus sintomas, minimizando sua manifestação. Além disso, tem sobretudo o objetivo de estabilizar a degeneração gradual própria do quadro, mantendo ao máximo as funções cognitivas do paciente.

Convivendo com alguém com Alzheimer

Conviver com um paciente com Alzheimer pode não ser fácil. A dica mais importante consiste justamente na paciência e empatia. Isso porque o paciente passará por momentos delicados e há o período de negação da doença. Esse processo de negação também impacta os familiares que, muitas vezes, atrelam a manifestação dos sintomas presentes na doença ao simples avanço da idade.

Algumas orientações e muita disciplina podem ajudar a família a prover melhor qualidade de vida ao paciente e a todos os cuidadores. Veja:

• Rotina: importante fator que melhora a convivência de pacientes com Alzheimer e idosos com qualquer limitação de modo geral. Uma rotina bem definida ajuda sistematicamente, uma vez que deixa o paciente à vontade com algo que ele conhece bem e que é igualmente familiar;

• Sono: intervalos de descanso a tarde devem ter curta duração para que não comprometa o sono à noite;

• Evitar o excesso de estímulos: muito barulho, por exemplo, e outros estímulos excessivos podem deixar o paciente agitado e ansioso, propenso a atitudes de rebeldia ou desânimo. Pacientes com Alzheimer permanecem mais calmos em ambientes tranquilos;

• Higiene: ponto de atenção. O ideal é dar banho no paciente em um horário específico, de preferência em um horário em que não haja pessoas em casa nem outros ruídos ou sons que possam agitar o paciente;

• Sol e ar livre: o paciente deve ser exposto à luz solar e ambientes externos para que obtenha todos os benefícios tanto físico quanto psicológicos. Observar horários de sol que não prejudiquem a pele do paciente, já fragilizada;

• Conscientização familiar e rede de apoio: quanto mais a família e amigos próximos forem conscientizados e mais puderem apoiar o paciente, melhor será o tratamento da pessoa.

O paciente com Alzheimer passa por fases e, em cada momento, os familiares podem oferecer momentos de interação e, sempre, muito amor. Deste modo, o processo de convivência com a pessoa com Alzheimer será o mais saudável possível.

× Como posso te ajudar?