A endometriose é uma doença inflamatória localizada no útero e acomete mais de 2 milhões de mulheres no Brasil a cada ano, segundo fontes do Ministério da Saúde. O distúrbio ocorre quando há uma à inflamação do endométrio, tecido que reveste o útero, fazendo com que o tecido cresça fora do local correto. Este tecido extra pode impactar ovários, tubas uterinas e até mesmo o intestino.
A causa deste quadro, geralmente, vem de algumas células do endométrio que não foram expelidas durante a menstruação e passam a se movimentar no sentido oposto do que seria natural. Deste modo, depositam-se nos ovários ou na cavidade abdominal. Neste local, se multiplicam e podem causar sangramentos excessivos além do comum do período menstrual e dores abdominais.
Outros sintomas da endometriose:
• Cólicas intensas durante ou fora do período menstrual que podem tornar-se incapacitantes para a paciente;
• Dor durante as relações sexuais;
• Dores e sangramento intestinais ou vazamentos urinários;
• Dificuldade de engravidar podendo tornar-se um quadro de infertilidade.
Diagnóstico, tratamento e prognóstico da endometriose
A prevenção e diagnóstico precoce são os melhores remédios e isto só é possível com as visitas regulares ao ginecologista (uma vez ao ano para mulheres em situação de saúde regular). O diagnóstico se dá pelo ginecológico clínico seguido de exames laboratoriais e de imagem em caso de quadro suspeito. Caso necessário, também é realizada a biópsia como confirmação.
A endometriose possui tratamento relativamente simples e acessível, porém é preciso muita atenção com as suspeitas. A doença crônica pode atrapalhar a qualidade de vida da paciente. O quadro também pode se agravar, pois a doença impacta outros tecidos nas regiões do abdômen e bacia. Neste caso, dependendo do grau ou do local, o agravamento pode se dar de diversas formas.
Uma situação é o aparecimento de um cisto ovariano chamado endometrioma, que pode chegar a maiores proporções impactando na fertilidade da mulher de modo definitivo. A doença pode causar problemas em outros órgãos como intestino, bexiga, apêndice ou tecidos da vagina.
Os tratamentos mais eficazes passam pela administração de hormônios e podem chegar à necessidade de excisão cirúrgica. A paciente realiza periódicos exames de imagem ou laboratoriais para acompanhamento, situação que pode se prolongar por anos.
As mulheres mais velhas têm um aliado natural para lidar com a doença, que é a menopausa, fenômeno que causa a regressão do tecido da endometriose. Nesta fase, a mulher experimenta o fim da menstruação e a queda acentuada de hormônios, reduzindo ou cessando a multiplicação das células inflamatórias no útero. Se esta mulher já se reproduziu conforme seu planejamento de vida, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa.
É importante salientar que nosso portal oferece informação de qualidade baseada em fontes oficiais. Porém nossos textos são somente educativos e voltados à conscientização, jamais tendo o intuito de orientar, diagnosticar ou prescrever soluções para problemas de saúde.
Apenas médicos e profissionais do ramo da saúde habilitados podem diagnosticar doenças e recomendar tratamentos.
Visite regularmente o ginecologista para realizar exames preventivos e evitar agravamentos de quadros que são comuns entre as mulheres. Se você é homem, oriente mulheres de seu convívio a cuidarem deste tipo de prevenção.