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Semana de Vacinação nas Américas: reforçando a sua vital importância

De 23 a 30 de abril, acontece a Semana de Vacinação nas Américas – campanha realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) – que chama a sociedade a responder: “Você está protegido? Tome todas as vacinas“.

A COVID-19 mostrou ao mundo o quanto as vacinas são fundamentais para controle de infecções e preservação de vidas. Ao mesmo tempo, atrapalhou o calendário de imunização por diversos motivos. Mesmo com toda a campanha pela vacinação, a cobertura vacinal no Brasil vem caindo e o crescimento de casos de doenças já consideradas erradicadas preocupa os órgãos de saúde.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) registrou números de vacinação abaixo do esperado desde 2017 para a vacina tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola. E o número vem despencando. Em 2017, a cobertura foi de 86,2%. Já em 2021, o índice caiu para 71,4%. A cobertura ideal, segundo o Ministério da Saúde, é de 90%.

A queda na vacinação fez com que o progresso nos números na erradicação da poliomielite e do sarampo, por exemplo, atrasasse quase três décadas. O fato preocupa órgãos de saúde, pois a população infantil, principalmente, fica exposta a contrair doenças que podem ser fatais ou trazer graves sequelas. E a vacinação é a melhor forma de eliminar tais doenças.

O retorno do sarampo e da poliomielite

O sarampo é uma doença altamente contagiosa transmitida por gotículas respiratórias. Seus sintomas são tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e irritação na pele com manchas vermelhas. Em casos mais graves, causa pneumonia e inflamação no cérebro, podendo ser até fatal.

A poliomielite é uma doença viral que pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total dos membros inferiores e superiores. Por isso, também é conhecida como paralisia infantil. Sintomas podem incluir febre, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, prisão de ventre, espasmos e rigidez na nuca. A paralisia acontece quando o vírus atinge o sistema nervoso.

Em 1989 a doença provocou o último caso registrado no Brasil e, sendo assim, foi considerada erradicada. A imunização é feita nas campanhas de vacinação anuais, via oral, as famosas “gotinhas”. Porém, a procura pelo imunizante caiu de 96,5% em 2012 para 67,6% em 2021.

A baixa na procura está colocando o retorno da doença no radar das instituições de saúde, uma vez que está ocorrendo em vários países ao redor do mundo pelo mesmo motivo. 

Rotavírus: outra ameaça que poderia ser controlada por vacina

Crianças também são suscetíveis à alta contaminação de um vírus conhecido por causar a famosa “virose”, o rotavírus. Com alto grau de contágio, este vírus pode provocar infecção no trato digestivo e causa diarreia grave e desidratação. As crianças pequenas podem apresentar gravidade nos sintomas e a doença pode até ser fatal, principalmente em regiões em desenvolvimento, causando aproximadamente 215 mil mortes por ano no mundo em pacientes menores de cinco anos. A vacinação contra esta doença apresentou redução de 86,3% em 2012 para 68,3% em 2021 no Brasil.

A pandemia de COVID-19 e a queda nas imunizações

Todos os países correram atrás das vacinas contra a COVID-19. Com toda atenção voltada à doença, recursos e profissionais, as outras imunizações ficaram em segundo plano. Alguns países apresentaram interrupções no serviço, postos de vacinação ficaram fechados ou com horário de funcionamento reduzido. Muitas pessoas deixaram de sair de casa e vacinar as crianças por medo do vírus. Além disso, com a discussão acerca da COVID-19 sendo tratada de forma politizada em muitos países, cresceu a onda de um movimento antivacina.

Segundo a OPAS, a taxa mundial de vacinação para três doses da vacina contra difteria-tétano e coqueluche (DTP-3) caiu de 86% em 2019 para 83% em 2020, ou seja, 22,7 milhões de crianças não imunizadas. Para a primeira dose foi uma queda de 86% para 84 %, o que representa 22,3 milhões de crianças expostas. Para controlar a doença, é preciso duas doses da vacina com 95% de cobertura.

Para fazer a diferença, vacine e divulgue a vacinação!

Outras fontes:

Tema da 11ª Semana Mundial de Imunização (SMI)

Calendário de vacinação brasileiro por faixa etária

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Mês de conscientização sobre o Autismo: Conheça sobre os casos mascarados em meninas

Abril é o mês de conscientização sobre o Autismo, um distúrbio do neurodesenvolvimento que promove comportamento e desenvolvimento diferente dos padrões comuns, caracterizado por déficit comunicacional e interacional. Nas meninas, contudo, devido às suas habilidades comunicativas, o transtorno pode ser mascarado com mais facilidade. É o que sugere uma pesquisa do Centro de Controle de Doenças e Prevenção norte-americano.

Além dos impactos na comunicação, o transtorno do espectro autista (TEA) apresenta outras manifestações comportamentais, como padrões comportamentais repetitivos, de modo que a pessoa pode se interessar por uma gama restrita de atividades e objetos, tornando-se repetitiva.

As estatísticas mostram que a incidência do autismo em meninas é até 20% menor do que em meninos. Uma parte desta diferença deve-se ao fato de que elas possuam alguns fatores genéticos que protegem do risco do autismo. Porém, com esta pesquisa, estima-se que muitas meninas não recebem o diagnóstico adequado, devido ao fato de não apresentarem características totalmente encaixadas com o TEA.

Os sinais de autismo em meninas

As meninas com autismo “camuflado” poderão expor sinais apenas na adolescência. Devido à falta de tratativa com a questão, distúrbios psicológicos, como a depressão ou ansiedade, podem aparecer. As meninas autistas não diagnosticadas podem ficar socialmente isoladas pela dificuldade na interação e por sentirem que não se encaixam nos padrões dos grupos de sua idade.

Os pais precisam estar atentos quando a menina:

Não se interessa pelos assuntos comuns à idade;
Parece mais inocente do que as outras da mesma idade, não entendendo duplo sentido de comentários ou piadas;
Evita se expor a todo custo;
Possui timidez aguçada;
Apega-se demasiadamente à rotina;
Tem dificuldades em aceitar mudanças;
Esforça-se para imitar outras meninas (o efeito “masking”);
Tem imaginação aguçada e até mesmo fantasiosa;
Possui muita sensibilidade sensorial;
Apresenta dificuldade em controlar emoções nervosas, como a raiva.

Algumas meninas e jovens com autismo são diagnosticadas enganosamente com outros transtornos psicológicos como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) Esquizofrenia e bipolaridade.

Ou, ainda, são enquadradas com características fora do esquadro das síndromes e transtornos como a timidez. A diferença entre meninas tímidas e com TEA é que a primeira entende o estado emocional das outras pessoas e sabe como reagir. Para a pessoa com autismo, este entendimento fica prejudicado.

No caso de suspeita, a ajuda especializada poderá diagnosticar ou negar a presença do distúrbio. O diagnóstico mais precoce possível é importante para seguir com as tratativas recomendadas. Deste modo, a menina terá mais chance de desenvolver suas habilidades e melhorar sua qualidade de vida na entrada da idade adulta. Esta jovem será encaminhada para tratamento psicológico, ocupacional e fonoaudiólogo. Este mix de terapias podem ajudar a pessoas a se entender e se aceitar.

A aceitação, da família e da própria pessoa, é fator crucial para o sucesso das terapias e ações de apoio. Quando não diagnosticado o distúrbio, os pais tendem a forçar atitudes consideradas “normais” da criança ou da jovem. Neste caso, ela poderá sentir-se ainda mais acuada, aguçando quadros de irritação, ansiedade, depressão ou distúrbios alimentares.

Este artigo tem como objetivo fornecer informação de qualidade como alerta e apoio à sociedade. Não substitui consultas médicas ou psicoterapêuticas.

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