A Semana Nacional do Meio Ambiente foi criada em 1981 para levar a sociedade a um maior engajamento com os cuidados ambientais, preservação da fauna e flora brasileiras e sustentabilidade como um todo. O período compreende os primeiros sete dias de junho e, na ocasião, iniciativas pública e privada promovem campanhas e ações de conscientização.
Nestas comunicações são veiculadas orientações para que as pessoas possam fazer a diferença em seus hábitos cotidianos. Porém, muito se fala sobre certas questões críticas para o meio ambiente sem que o público conheça todos os aspectos que envolvem aquela orientação, criando mitos ou direcionamentos incompletos.
Vamos conhecer alguns temas muito falados nas campanhas ambientais e o que os órgãos especialistas no assunto orientam:
Sacolinha plástica
Há muitas orientações sobre a necessidade de substituir a sacola plástica do supermercado pelos “sacolões de feira” ou pelas mais moderninhas ecobags. Porém, se o indivíduo usa a sacola do mercado como saco de lixo, ele já está dando um duplo uso para o material e evitando a compra do outro saco plástico. Portanto, especialistas orientam que, se a sacola servir para embalar o lixo, seu uso é justificável. Mas se a sacolinha for pequena ou estiver “sobrando” em casa, é urgente reduzir o seu uso, adotando as sacolas retornáveis.
Fonte: Instituto GEA
Separação e higienização do lixo para reciclagem
As vantagens da reciclagem são muitas: redução da poluição, além do desenvolvimento de novos negócios e mercados. Mas há desvantagens como os custos de coleta e reprocessamento. Há também o processo de higienização necessário para que o material siga para reciclagem. Por isso, muitas pessoas lavam os itens em casa, mas sem saber que isto pode ser uma atitude contrária ao propósito da reciclagem. Afinal, o item terá que passar por higienização de qualquer forma e o uso de água e produtos químicos envolvidos nestas lavagens pode não “compensar” ambientalmente. Por outro lado, o descarte de embalagens com alimentos pode dificultar o processo de seleção, pois dependendo de quanto tempo ficam em depósito podem acarretar mau-cheiro e presença de bichos. O ideal seria higienizar superficialmente em casa quando necessário.
Fonte: Natureza Viva
Descartáveis como vilões
O produto retornável é sempre melhor que o descartável ambientalmente falando. Entretanto, é importante ter bom senso, pois o material retornável precisa ser higienizado e este processo também impacta o meio ambiente.
Fonte: Pensamento Verde
Descarte de pilhas, remédios e outros materiais “tóxicos”
Para descartar remédios, o ideal é levá-los a uma farmácia ou unidade de saúde, sabendo que nem todos recebem de volta remédios vencidos. Busque o melhor ponto de descarte próximo à sua casa. No caso de pilhas, é obrigação do fabricante seguir com a logística reversa, portanto busque estabelecimentos ou assistências técnicas autorizadas para repassar os itens.
Fonte: eCycle
Plantar árvores como salvação
Plantar uma árvore não necessariamente fará a diferença no planeta, pois a planta precisa de anos par atingir a chamada maturidade biológica, na qual ela estará apta a capturar e segurar o carbono. O problema é que não há espaço para tantas árvores que realizem toda a captura da quantidade emitida de carbono pelo ser humano. Conforme o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, o plantio de árvores pode reduzir até 5% das emissões globais de CO2. Por isso, é necessário verificar outras formas de captura e, principalmente, redução das emissões.
Fonte: Organização das Nações Unidas (ONU)
Papel (e outros itens) reciclado
Não necessariamente o papel reciclado é melhor para o meio ambiente do que o branco. Há processos de reciclagem que possuem mais impactos ao meio ambiente do que o processo de produção de um papel branco. Uma atitude importante seria, ao comprar o papel, verificar os selos que garantem as boas práticas, desde o plantio das árvores usadas naquele material (plantas de reflorestamento) até a produção final. Exemplos de selos são o FSC (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal) e o CERFLOR (Certificação Florestal).
Fonte: Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel
Complexo? Nem tanto!
Mudar atitudes para reduzir os impactos ambientais pode parecer complexo, mas, de maneira geral, há algumas “dicas de ouro” que se aplicam em qualquer caso:
1) Evitar o desperdício: criar hábitos que reduzam o desperdício é a melhor forma de apoiar as causas ambientais. Analise como está o índice de desperdício de alimentos em sua residência, de energia elétrica, de água, de remédios e de cosméticos que passam do prazo de validade etc.
2) Evitar o consumismo e a estagnação de materiais: atente-se às roupas, sapatos e outros objetos parados no armário sem uso. Renove o ambiente e coloque os itens para “girar”;
3) Informar-se: busque a educação ambiental para si e para sua família, amigos, filhos. Dê a real importância ao tema.