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Cigarro eletrônico: melhor ou pior para a saúde que o cigarro convencional?

Cigarros eletrônicos ou vaporizadores são, hoje, moda entre jovens. Práticos e aceitos em ambientes fechados por não deixarem o odor do cigarro convencional, ganharam o gosto dos frequentadores de bares, festas e outros eventos. Tecnológicos, com sabores e aromas agradáveis, parecem inofensivos, como se fossem uma alternativa saudável ao cigarro de tabaco comum.

Porém, este cigarro esconde males tão perigosos quanto os do cigarro tradicional e o problema fica mais grave quando se vê jovens fazendo uso indiscriminado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estes dispositivos liberam um vapor carregado com mais de 80 substâncias nocivas à saúde, por exemplo, nicotina, substâncias cancerígenas e metais pesados. Além destas, há até mesmo elementos com potencial explosivo. Estes fatores ficam disfarçados pelos sabores e aromas artificiais.

Devido à alta toxicidade, os vaporizadores também podem causar diversas doenças como enfisema pulmonar e outros problemas crônicos respiratórios, doenças cardiovasculares e câncer.

Cigarro eletrônico pode explodir?

Além da intoxicação, existe ainda o risco de explosão. Há vários relatos de acidentes envolvendo dispositivos de fumo eletrônico. Um exemplo que ganhou notoriedade nacional foi o ocorrido com o músico Lélio Guedes, no Distrito Federal. Na matéria do Portal IG, é divulgado o vídeo com o momento exato da explosão. O músico conta que decidiu divulgar o caso amplamente para desestimular as pessoas a utilizarem estes cigarros e até mesmo para alertar um possível problema em todo o lote.

Fonte: Cigarro eletrônico explode na boca de músico em Brasília

Estudo sobre cigarros eletrônicos, de 2019, elaborado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e Ministério da Saúde, também mostra diversos casos de acidentes com estes dispositivos.

Fonte: “Cigarros eletrônicos: o que sabemos? Estudo sobre a composição do vapor e danos à saúde, o papel na redução de danos e no tratamento da dependência de nicotina”

Anvisa não permite comercialização de cigarros eletrônicos

A Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa (RDC nº 46), de 2009, diz que a comercialização, importação e propaganda dos cigarros eletrônicos são proibidas no Brasil. Segundo o órgão, isto deve-se ao fato de não haver evidências ou dados científicos para estabelecer níveis seguros de consumo deste tipo de substância.

E o narguillé?

O narguilé, assim como o cigarro eletrônico, exala substâncias tóxicas, possui riscos disfarçados e serve como porta de entrada para o tabagismo. Seu mecanismo filtra um pouco mais as toxinas, porém sua sessão de uso é mais longa que a de um cigarro comum. Por isso, não perde em malefícios para o cigarro eletrônico e o convencional.

Tabagismo, de acordo com a OMS, é uma doença crônica e epidêmica, além de um grave problema de saúde pública. Além do adoecimento físico e causa de morte precoce, ainda pode levar a transtornos mentais e de comportamento (uso de substâncias psicoativas). É um hábito maléfico que pode trazer mais de 50 tipos de doenças, muitas delas fatais. No mundo, são mais de 5 milhões de mortes por ano decorrentes do tabagismo; e no Brasil, mais de 200 mil mortes anuais.

O diferencial dos cigarros eletrônicos está em como seduziram os jovens e, agora, se tornaram o vilão para os pais e para os sistemas de saúde, uma vez que, fatalmente, estas pessoas, hoje na juventude, poderão sentir os prejuízos no futuro.

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Obesidade infantil: um problema de saúde pública que requer conscientização e informação

No dia de Prevenção sobre a Obesidade, a melhor atitude é informar-se e disseminar conhecimento sério sobre o assunto. Muitas famílias não sabem o que fazer a respeito da situação ou, pior, negam o problema. O mais preocupante é o crescente número de crianças com obesidade. Segundo dados do Ministério da Saúde de 2006, o excesso de peso em crianças da faixa etária de 5 anos era de 6,6%. Em 2019, o número passou para 10%. Estima-se que a pandemia acelerou ainda mais esta crescente.

Estudos mais recentes, de 2021, indicam que 6,4 milhões de crianças têm excesso de peso e 3,1 milhões já apresentam quadro de obesidade. A vida na pandemia deixou as crianças com menos acesso à atividade física e com mudanças na rotina alimentar, além de redução das visitas médicas de rotina.

A obesidade infantil

A obesidade é um quadro decorrente do excesso de tecido adiposo na composição corporal. Trata-se de uma doença crônica que, geralmente, associa-se com outras comorbidades como pressão alta, alergias, diabetes etc.). O sobrepeso é uma condição anterior à obesidade, quando o corpo apresenta um peso acima da faixa ideal. Ambas as condições são muito comuns na população adulta, chegando a 60% das pessoas no Brasil. Entre as crianças menores de 2 anos, o excesso de peso chega a 15%; naquelas de 2 a 5 anos, a taxa é 12%; já nos adolescentes, o índice vai para perto de 30%.

Obesidade: é sempre melhor prevenir

A obesidade traz fatores de risco muito claros que têm tudo a ver como estilo de vida da família e dos pais. Começa na gestação com o índice de massa da mãe, ganho de peso durante a gravidez e alimentação. Na primeira infância, a oferta de alimentos inadequados e o não aleitamento materno podem estimular um futuro quadro de sobrepeso. Depois disto, o risco vem das rotinas alimentares baseadas em alimentos industrializados, dos refrigerantes e sucos artificiais, além das porções maiores que o ideal. Sedentarismo é outro fator que leva ao ganho de peso acima do adequado, pois não provoca o gasto calórico dos alimentos processados e lanches gordurosos.

Como saber se meu filho está com sobrepeso

Crianças e jovens com risco de sobrepeso devem passar por consultas médicas de acompanhamento. Eles serão avaliados primeiramente de acordo com as medidas peso X altura X idade, obtendo o Índice de Massa Corporal (IMC). O IMC é comparado à curva definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O especialista de saúde também verificará outros fatores para diagnosticar.

Muitas famílias têm resistência a reconhecer o excesso de peso em seus filhos. Os motivos são diversos. Pode ser pelo fato de os pais também estarem com sobrepeso ou obesidade, por medo da cobrança da sociedade ou de preconceitos, ou por falta de informação. Pessoas de outras gerações, que não viviam esta realidade de índice de obesidade que temos hoje, tendem a preferir crianças mais gordinhas, pois seria sinal de força e saúde.

Por isso, a informação vinda do médico e de outros especialistas de saúde (nutricionista, educador físico) é tão importante. Os profissionais vão ajudar a família a identificar o problema e a regular os novos hábitos da criança ou do jovem. É comum que toda a família tenha que passar por um processo de transformação do estilo de vida. Até mesmo a escola deve ser envolvida, pois é lá que os pequenos passam boa parte do tempo.

Hábitos que evitam ou melhoram o quadro de sobrepeso e obesidade

De maneira geral, há um conjunto de hábitos básicos que vão prevenir o ganho excessivo de peso nas crianças e jovens. Veja:

Consumo de água pura: estimule a criança a tomar muita água sem misturas como pozinhos, sucos ou refrigerantes. Deixar as bebidas adoçadas apenas para alguns momentos da semana;
Consumo de frutas e vegetais: eles devem estar presentes em todas as refeições. Caso a criança recuse, é preciso insistir, entendendo quais opções e preparos podem ser mais palatáveis;
Redução de alimentos industrializados e doces;
Estímulo a brincadeiras que façam a criança se mover: passeios a parques e praças, bicicleta, patins, jogos com bola, piscina, brincadeiras com cachorro, dança, caminhadas em lugares diferentes etc. São várias opções que fazem os pequenos se movimentarem. Os pais devem cultivar o hábito de realizar estas atividades durante o fim de semana e encaixá-las na rotina nos dias de semana da maneira que for possível;
Colocar limites a telas desde pequenos: a nova geração de pais enfrenta o problema da sedução da tecnologia em relação aos pequenos. É difícil tirá-los das telas, pois são muitos os atrativos. Estabelecer regras dentro da rotina da família, de acordo com a faixa etária, é a melhor opção;
Esportes e atividades programadas: os pais geralmente têm vidas apressadas devido ao trabalho e outras obrigações. Para garantir que a criança realize atividades com frequência, é importante matricular em academias e clubes de esporte e danças. Caso os pais não tenham como pagar por atividades particulares, podem buscar opções de programas públicos em seus estados e municípios.

É fundamental que pais e tutores não sejam julgados pela sociedade devido às condições de saúde de seus filhos, pois esta situação só leva mais desinformação e resistência aos tratamentos. A sociedade deve cobrar políticas públicas que ofereçam mais espaços e opções para atividades físicas. A obesidade infantil é um problema de saúde pública a ser enfrentado por todos.

O Ministério da Saúde disponibiliza os Guias para alimentação de crianças e adultos. Informe-se e repasse a quem possa se beneficiar.

Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos;

Guia Alimentar para a população brasileira

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Outubro Rosa: conheça o movimento pela saúde da mulher que mais cresce no mundo

De onde surgiu a ideia de deixar tudo mais rosa no mês de outubro para lembrar a importância da prevenção ao câncer de mama? Veio da Fundação Susan G. Komen for the Cure, movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, no início dos anos 90. Desde então, o movimento cresceu no mundo todo e atinge cada vez mais o seu objetivo: informar e estimular mulheres a realizar exames preventivos para identificar precocemente tumores na mama.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer de mama é o tipo mais comum em mulheres no mundo, em qualquer tipo de país, sejam desenvolvidos ou em desenvolvimento. No ano de 2020, foram registrados mais de 2 milhões de novos casos, uma fatia de 24,5% de todos os tipos de cânceres ocorridos em mulheres. Em 2021 no Brasil, foram mais de 66 mil novos registros de câncer de mama, sendo que esta doença é a que mais mata mulheres no país. A incidência e mortalidade por este tipo de câncer são mais altas nas regiões Sul e Sudeste.

A importância e como identificar precocemente o câncer de mama

Quanto antes o nódulo cancerígeno for identificado na mama, maiores as chances de cura total e de um tratamento menos agressivo para a paciente. O diagnóstico precoce é o maior aliado em qualquer caso de câncer.

No câncer de mama, chega-se a 95% de chances de cura com a identificação precoce. As chances de cura são bem maiores quando o câncer é descoberto no início devido ao fato de o carcinoma não ter se espalhado ou ter um tamanho relativamente menor.

Os exames mais comuns para a detecção de um tumor e análise de suas características são: a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética. Estes exames devem ser realizados conforme a indicação médica. A consulta médica preventiva ao médico ginecologista deve ser anual em mulheres de saúde regular.

Há também um exame mais inovador, desenvolvido para identificar predisposição hereditária, que registra as mutações germinativas nos genes BRCA1 e BRCA2, associados ao câncer de mama, do pâncreas e de ovário. O método pode ser aplicado em mulheres ou homens e recomendado àqueles que possuem histórico familiar de cânceres.

Ainda antes dos exames acima, indicados pelo médico, há um procedimento simples que pode ser realizado diariamente em casa: o autoexame das mamas. Consiste em apalpar as mamas com o braço em diversas posições (braço da mama que está sendo apalpada erguido ou abaixado) e apertar o bico do seio para identificar aparições de líquidos. Notando as deformidades abaixo descritas, a pessoa deve procurar imediatamente seu médico.

• No caso das mulheres com 50 anos ou mais: qualquer nódulo mamário;
• Mulheres de 30 a 50 anos: nódulos mamários que se estabelecem por mais de um ciclo menstrual.

Caso seja identificado o nódulo em alguns dos exames diagnósticos, a confirmação se dará com a biópsia, ou seja, extração do material cancerígeno e análise em laboratório.

Os principais sinais de atenção são:

  • Nódulo endurecido, fixo e indolor na mama ou presença de pequenos nódulos ao redor (pescoço, axilas);
  • Pele da mama avermelhada ou semelhante à casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Presença de líquido saindo do mamilo.

As causas são diversas para os cânceres, e nem sempre são muito precisas. Incidência de câncer e outras doenças estão relacionadas ao envelhecimento, histórico familiar, exposição à radiação e hábitos de vida como: nível de atividade física, alimentação, consumo de álcool e drogas, tabagismo e stress. No caso do câncer de mama, também pode estar relacionado a questões do histórico reprodutivo da paciente.

A cura do câncer de mama já existe, porém ela está associada à disciplina e autocuidado dos pacientes. Cuide de sua saúde e das pessoas a seu redor!

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