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Qualidade do sono como um fator importante para a saúde física e mental

A qualidade do sono interfere diretamente na qualidade de vida das pessoas, impactando no humor, capacidade de raciocínio, imunidade e força física. Para se ter saúde física e mental é preciso ter momentos de restauração de qualidade.

Este período é utilizado pelo organismo para executar algumas funções que só podem ser realizadas no momento de dormência, como mentais, endócrino e cardiovasculares. Durante o sono, diversas atividades neurológicas, hormonais, químicas e elétricas são desencadeadas. Quem não dorme bem pode ter a imunidade reduzida ou doenças decorrentes da impossibilidade de permitir que o organismo funcione adequadamente.

Grande parte da população brasileira dorme mal, é o que relata o estudo da Associação Brasileira do Sono (2019). A pesquisa mostrou que 65% dos entrevistados afirmaram ter dificuldades em dormir na quantidade e qualidade adequadas. O dado é preocupante, uma vez que o sono bem aproveitado ajuda a fortalecer o organismo contra uma série de doenças, inclusive crônicas.

Horas de sono

Quanto tempo a pessoa tem que dormir para obter os benefícios do sono? O apontamento clássico diz ser 8 horas para um adulto saudável. Porém ao longo da vida, esta média pode mudar, assim como o estilo de vida e perfil da pessoa pode alterar o tempo adequado. Em média, o período de sono deve ser o seguinte para cada faixa etária:

  • Recém-nascidos: de 14 a 18 horas;
  • Criança e jovem até 14 anos: entre 10 e 13 horas;
  • Adulto: de 7 a 9 horas;
  • Idosos a partir de 60 anos: de 6 a 8 horas

Existem aquelas pessoas que se dizem restauradas com apenas 5 horas de sonos. Outras dizem precisar de algo acima das 10 horas. Dependerá do hábito, genética, nível de exercício físico, entre outros fatores. Mas, há um fator muito importante a ser observado: a qualidade do sono.

Qualidade do sono

Não basta dormir a quantidade de horas certa. Tem que dormir bem. Mas, o que é dormir bem? Um bom parâmetro é entender como a pessoa está acordando no dia seguinte. Se está disposta ou se está se sentindo cansada desde o momento em que desperta. Se a pessoa apresenta períodos de sonolência pesada, trata-se de um forte indicador de má qualidade ou poucas horas de sono o que, além de ser perigoso à saúde, pode ser gravemente danoso à segurança do indivíduo, ainda mais se tratando de pessoas que costumam dirigir ou que trabalham em atividades de risco.

O sono ideal passará por todas as fases e será prolongado nas fases mais profundas. Entenda cada fase, segundo explicação do Instituto do Sono:

• Estágio 1 do sono não-REM
Primeira fase que levará à transição para o sono. É a hora do soninho leve, olhos lentos e músculos relaxados. Algumas pessoas têm espasmos. As ondas cerebrais estão se modificando.


• Estágio 2 do sono não-REM
Fase antes do sono profundo. Batimento cardíaco, respiração e temperatura corporal caem. Atividade muscular e dos olhos praticamente cessam. Breves surtos de atividade elétrica distinta que ajudam a pessoa a se manter dormente mesmo com pequenos estímulos externos. Esta fase aumenta com o passar do tempo e pode ocupar até metade da noite.


• Estágio 3 do sono não-REM
Fase do sono profundo e importante para a qualidade do descanso. Maior relaxamento dos músculos, cérebro e coração. Etapa na qual ocorre a secreção do hormônio de crescimento, estímulo à criatividade e à perspicácia, além de beneficiar a imunidade.


• Sono REM
Etapa além do sono profundo onde o corpo retorna as atividades no mesmo ritmo da fase acordada, porém tendo a atividade muscular desligada. É aquela etapa em que algumas pessoas têm a impressão de acordar e não conseguir se mexer, mas são exceções. Esta fase pode aparecer várias vezes durante a noite e é importante para a manutenção das funções cognitivas (memória, raciocínio, atenção, criatividade) e do bem-estar.

Dicas para dormir melhor

Cada pessoa tem suas peculiaridades e rituais para dormir. Via de regra, são benéficas à qualidade do sono:

  • Ter hora de dormir e hora de acordar, para que o relógio biológico fique mais obediente;
  • Usar roupas limpas e leves para dormir;
  • Nutrir-se com alimentos leves e não estimulantes após o anoitecer;
  • Praticar atividade física;
  • Manter-se longe de aparelhos luminosos nas horas que antecedem o sono (celulares, computador, TV);
  • Cuidar do stress e ansiedade, pois pessoas com estes quadros tendem a ter menos qualidade de sono;
  • Em alguns casos, elementos naturais como essências e chás relaxantes podem ajudar. Consulte seu médico ou especialista.

Cuide da qualidade do seu sono e boa noite!

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No Dia da Consciência Negra, precisamos falar sobre representatividade

Uma menina pode sonhar que é mãe de uma boneca ou pensar que é parecida com ela. Quando falamos em crianças brancas, é fácil encontrar brinquedos que permitam este sonho. Mas será que é tão fácil encontrar a mesma representatividade para as meninas negras? O mesmo se dá quando o jovem negro começa a olhar para o mercado de trabalho: ele se vê na figura de médicos, engenheiros, advogados, líderes de grandes empresas e outras profissões que exigem formação especializada?

Segundo o estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Universidade de São Paulo (USP) – Demografia Médica do Brasil de 2020 – apenas 3,4% dos formandos em medicina são da cor preta, enquanto 24,3% se autodeclaram pardos e, a maioria, 67,1%, são brancos.

No Dia da Consciência Negra é necessário refletir na dinâmica que distribui o espaço profissional, as oportunidades e os direitos, além da representatividade, seja em brinquedos ou na publicidade. A data 20 de novembro traz luzes à luta e às reflexões acerca de equidade racial, relembrando a morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais líderes de luta e resistência negra no Brasil.

Publicidade negra

A publicidade brasileira tem passado por mudanças provocadas, em muita parte, pelas reflexões a respeito de estereótipos de beleza. A mulher branca, magra, com cabelos lisos, já não é mais unanimidade nas fotos de moda, por exemplo. Porém os passos ainda são lentos. É o que mostra a pesquisa TODXS, da Aliança sem Estereótipos, ONU Mulheres, de 2021.

O estudo elencou os índices de representatividade na mídia brasileira, destacando avanços desde 2015, mas, também, desnudando lacunas que ainda precisam ser preenchidas. A análise considera alguns períodos de 2021, focando em publicidade televisiva e mídia social.

Há uma entrada de modelos mais diversos, considerando gênero, etnias e características físicas variadas como cabelos encaracolados e corpos mais robustos. Além disto, passam a figurar mais homens em posição de cuidados domésticos e tarefas antes consideradas femininas; e mulheres como engenheiras, motoristas e em posições antes prioritariamente masculinas. Foi pouco constatada a presença de pessoas com deficiência na publicidade (cerca de 1,2%) e pessoas LGBTQIAP+ (não teve ponto percentual).

Em relação à população negra, que ocupa cerca de 56% da população brasileira, a sua presença em papéis protagonistas em narrativas publicitárias é ainda incipiente. O estudo aponta um aumento, porém ainda apenas em alguns setores.

Representatividade importa

Por que a representatividade é tão importante? Para pessoas brancas, a questão da representatividade não parece um problema. Elas estão acostumadas a serem representadas em altos postos da sociedade, na política, nos papéis principais das novelas, na propaganda de moda e, desde a infância, nos brinquedos.

Porém, quando a menina negra não encontra uma bonequinha com a mesma cor de sua pele ou com o cabelo parecido com o seu, inicia-se um processo de baixa autoestima, onde a pessoa já cresce sentindo-se desvalorizada pela sociedade. Quando a jovem negra não vê médicos de sua etnia, ela pode não sentir o encorajamento necessário para lutar pela profissão. Quando o jovem negro não vê representatividade de sua raça na Universidade, ele pode sentir que ali não é o seu espaço.

No Dia da Consciência Negra, a reflexão e o debate com empatia são necessários e salutares para toda a sociedade. Apoie esta causa.

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Novembro Azul: um alerta para a saúde do homem

Novembro Azul é uma campanha mundial que começou em 2003, na Austrália, inspirada pelo movimento Outubro Rosa, que também ganhou repercussão internacional. O objetivo deste grande movimento é alertar a população masculina sobre questões relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata. De alguns anos para cá, a campanha passa a abranger demais doenças majoritariamente masculinas.

O câncer de próstata é protagonista e originador do movimento, pois a doença é fatal para mais de 28% dos homens com tumores malignos. No Brasil, morre um homem a cada 38 minutos por causa deste câncer. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA), ano 2021. Este câncer é o segundo tipo mais presente na população masculina. O índice de diagnóstico deste câncer em um ano é de mais de 65 mil novos casos. A boa notícia é que, assim como o câncer de mama nas mulheres, se detectado no início, o câncer de próstata chega a mais de 90% de chance de cura.

Prevenção e diagnóstico precoce: o melhor caminho para o câncer de próstata e outras doenças

Os homens, a partir dos 50 anos de idade, devem realizar consultas anuais ao urologista, que indicará exames preventivos como o de sangue e o de toque retal. Caso haja histórico familiar, o ideal é que estes cuidados sejam adotados a partir dos 45 anos.

Homens, por sua vez, são menos inclinados a realizar consultas preventivas e a prestar atenção em questões de saúde. A pandemia piorou o quadro, pois dificultou as consultas preventivas regulares. A Sociedade Brasileira de Urologia aponta que, após 2020, houve uma queda de 27% nos exames de PSA (exames de sangue voltados à identificação de câncer) e de 21% nas biópsias de próstata. Por outro lado, o Ministério da Saúde registrou alta na mortalidade por câncer de próstata – 10% em cinco anos – segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

Muitos homens não querem realizar o exame de toque retal devido à vergonha, desconforto ou preconceitos. Porém, segundo o INCA, este procedimento é decisivo no diagnóstico precoce de pelo menos 20% dos pacientes acometidos por câncer de próstata. Por sua vez, como já vimos, o diagnóstico precoce é fator fundamental para a cura do paciente.

O câncer de próstata não apresenta sintomas desde o início. A próstata é uma glândula de cerca de 20 gramas alojada no sistema reprodutor masculino, logo abaixo da bexiga, e parecida com uma castanha. Esta glândula começa a ter uma multiplicação desordenada de suas células e incha, sem necessariamente ser percebida pela pessoa.

Caso não seja tratada, esta multiplicação desordenada das células forma tumores que podem crescer rapidamente e espalhar-se por outros órgãos, o que pode trazer um tratamento difícil e até mesmo o óbito do paciente. O tumor pode ainda provocar dores e impactos em outros órgãos como sistema urinário, levando a infecções e até mesmo insuficiência renal. Em estágio avançado, as chances de cura caem drasticamente, sendo que cerca de 95% dos tumores não respondem a tratamento.

Informação e cuidado pela prevenção e cura do câncer de próstata

Informar-se e ajudar a quebrar tabus em relação aos cuidados com a saúde é o primeiro passo para a melhora do quadro. O Ministério da Saúde e o INCA lançaram a cartilha “Câncer de próstata: vamos falar sobre isso?”. Clique aqui para baixar e se informar.

Os fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de próstata são:

• Predisposição genética
• Idade avançada (75% dos casos aparecem em homens com mais de 65 anos)
• Maus hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool, açúcares, obesidade, sedentarismo etc.
• Exposição a substâncias tóxicas (químicos industriais, agrotóxicos, fuligem etc.) sem a devida proteção.

O papel da campanha Novembro Azul é informar e conscientizar, quebranto mitos e preconceitos. Os cuidados preventivos com a saúde visam minimizar danos e promover maiores percentuais de cura.

Não deixe sua saúde de lado por medo, desinformação ou preconceito. Informe-se em fontes confiáveis e cuide-se. Lembre-se de que o diagnóstico e a indicação de tratamento devem ser sempre realizados por um médico.

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