Dia Mundial da Doença de Alzheimer
O Dia Mundial da Doença de Alzheimer é dia 21 de setembro. Durante todo o mês há ações promovidas pelos órgãos de saúde no mundo todo. A iniciativa da campanha é da Alzheimer’s Disease International (ADI).
O objetivo deste tipo de marco no calendário é combater o estigma que está por trás dos pacientes diagnosticados com a doença e também humanizá-los.
Conviver com um paciente acometido pela Doença de Alzheimer pode não ser uma tarefa fácil, pois é preciso obter conhecimento sobre as limitações e as características dessa patologia. Porém há caminhos para uma melhor qualidade de vida tanto para o paciente quanto para os familiares e cuidadores.
Segundo informações do Ministério da Saúde (dados de 2019), o Alzheimer é a doença neurodegenerativa mais comum em idades mais avançadas e até o momento as suas causas não são claras. Mas já há algumas pistas. A medicina conta com estudos que demonstram uma predisposição genética. O seu processo de instalação tem início quando o processo de síntese proteica começa a não ser plenamente realizado pelo organismo, mais especificamente no sistema nervoso central. Com a sua manifestação, há significativa perda das funções cognitivas em seus portadores.
De acordo com dados divulgados pela Alzheimer’s Disease International, no World Alzheimer Report (2015), 5 a 8% dos indivíduos sofrem com a doença após os 60 anos, mas esse número sobe para 40% quando falamos do grupo após 90 anos.
Sintomas da Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma patologia de caráter degenerativo e, até o momento, irreversível e incurável. Dentre as manifestações apresentadas, os neurônios são completamente destruídos em algumas partes do cérebro, o que leva a perdas cognitivas, tais como prejuízos na memória e na habilidade linguística e comportamental.
Ainda com base no relatório da Alzheimer’s Disease International, as lesões causadas pela doença têm início bem antes dos primeiros sintomas, podendo apresentar manifestações de 10 a 20 anos antes.
Os sintomas observados na Doença de Alzheimer, de acordo com nota do Ministério da Saúde (dados de 2021), são, por exemplo: alterações de memória (manifestação sobretudo na primeira fase da doença), habilidade visual alterada e dificuldades para realizar atividades simples, tais como falar ou mesmo se alimentar. Este grupo de sintomas envolve o estágio dois da doença, nível moderado.
O estágio três consiste no estágio grave da doença e traz a resistência à realização de atividades do dia a dia, dificuldades para retenção das fezes e da urina e também para se alimentar. A dificuldade motora vai se tornando progressiva.
No estágio quatro, mencionado, sobretudo, como estágio final, o paciente fica restrito ao leito, sofrendo até mesmo dor para a deglutição.
Tratando a Doença de Alzheimer
O Sistema Único de Saúde, o SUS, oferece tratamento gratuito e multidisciplinar para os portadores da doença. O tratamento oferecido é integral e tem foco especial nos cuidados relativos à saúde, alimentação, ambiente e outros fatores que podem afetar a qualidade de vida e bem-estar do paciente.
No caso do tratamento medicamentoso, ele deve ser prescrito pela equipe médica responsável pelo paciente.
O intuito do tratamento medicamentoso serve para, principalmente, retardar o avanço da doença e os seus sintomas, minimizando sua manifestação. Além disso, tem sobretudo o objetivo de estabilizar a degeneração gradual própria do quadro, mantendo ao máximo as funções cognitivas do paciente.
Convivendo com alguém com Alzheimer
Conviver com um paciente com Alzheimer pode não ser fácil. A dica mais importante consiste justamente na paciência e empatia. Isso porque o paciente passará por momentos delicados e há o período de negação da doença. Esse processo de negação também impacta os familiares que, muitas vezes, atrelam a manifestação dos sintomas presentes na doença ao simples avanço da idade.
Algumas orientações e muita disciplina podem ajudar a família a prover melhor qualidade de vida ao paciente e a todos os cuidadores. Veja:
• Rotina: importante fator que melhora a convivência de pacientes com Alzheimer e idosos com qualquer limitação de modo geral. Uma rotina bem definida ajuda sistematicamente, uma vez que deixa o paciente à vontade com algo que ele conhece bem e que é igualmente familiar;
• Sono: intervalos de descanso a tarde devem ter curta duração para que não comprometa o sono à noite;
• Evitar o excesso de estímulos: muito barulho, por exemplo, e outros estímulos excessivos podem deixar o paciente agitado e ansioso, propenso a atitudes de rebeldia ou desânimo. Pacientes com Alzheimer permanecem mais calmos em ambientes tranquilos;
• Higiene: ponto de atenção. O ideal é dar banho no paciente em um horário específico, de preferência em um horário em que não haja pessoas em casa nem outros ruídos ou sons que possam agitar o paciente;
• Sol e ar livre: o paciente deve ser exposto à luz solar e ambientes externos para que obtenha todos os benefícios tanto físico quanto psicológicos. Observar horários de sol que não prejudiquem a pele do paciente, já fragilizada;
• Conscientização familiar e rede de apoio: quanto mais a família e amigos próximos forem conscientizados e mais puderem apoiar o paciente, melhor será o tratamento da pessoa.
O paciente com Alzheimer passa por fases e, em cada momento, os familiares podem oferecer momentos de interação e, sempre, muito amor. Deste modo, o processo de convivência com a pessoa com Alzheimer será o mais saudável possível.