Fralda descartável x ecológica: Entre a praticidade, o meio ambiente e a saúde do bebê

Fralda descartável x ecológica: Entre a praticidade, o meio ambiente e a saúde do bebê

Se você tem mais de 30 anos de idade, provavelmente usou fraldas de pano quando era bebê. Há mais de três décadas, a “calça plástica”, colocada por cima da fralda de pano para não vazar o xixi, era a tecnologia mais acessível às famílias. Já existiam fraldas descartáveis, porém o custo era altíssimo.

Com a baixa nos preços e maior variedade de marcas no mercado, aliada à crescente correria no dia a dia das mães, a fralda descartável se popularizou. Atualmente, fralda de pano se tornou coisa de “pessoas ecologicamente corretas” ou, simplesmente, de mães que precisaram buscar alternativas às alergias e assaduras causadas pelas fraldas descartáveis. Mas ela vem ganhando espaço.

Fraldas descartáveis e o meio ambiente

Que as fraldas descartáveis não são as melhores amigas do meio ambiente, não há dúvidas. Ao mesmo tempo não se há de negar que muitas marcas desenvolveram tecnologias menos nocivas para apresentar o material ao mercado. O custo não é lá tão baixo e, ainda assim, são poluentes, pelo simples fato de serem descartáveis e gerarem lixo em excesso.

Em média seis mil fraldas vão para o lixo nos primeiros três anos de vida de uma única criança. Cada uma destas fraldas leva cerca de 450 anos para se decompor. Os dados foram divulgados pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), uma instituição de ensino superior vinculada ao Ministério da Educação.

Fraldas descartáveis e a pele do bebê

Para produzir fraldas descartáveis leva-se plástico e outros materiais derivados do petróleo. Isso sem contar as substâncias químicas absorventes ou bloqueadoras de odores. Tudo isso pode ocasionar irritações na pele do bebê e até mesmo alergias crônicas.

Uma opção de fralda ecologicamente correta

A fralda de pano de hoje passa longe daquela fraldinha da época daqueles que já completaram mais de 3 décadas de vida. Há versões modernas que absorvem a umidade e que podem ser reutilizadas de maneira prática. O mercado de fraldas de panos se modernizou e traz opções que se ajustam ao corpo da criança, possibilitando o uso no longo prazo, apresentando, também, economia para os pais. Esqueça o alfinete de fralda!

Assim como as fraldas descartáveis, elas seguram certa quantidade de urina (dependendo do modelo), porém precisam ser trocadas quando há fezes.
Para lavá-las, pode-se usar a máquina de lavar e o fabricante dará as orientações de produtos ideais para retirar odores e bactérias, sem perder o apelo natural e ecológico.

Dicas para as mães que desejam adotar as fraldas de pano

Se você é gestante ou se já teve bebê e deseja fazer a transição, é importante observar algumas dicas e se organizar. Veja!

• Quantidade de fraldas:

Armazene a quantidade necessária de fraldas de modo que você possa fazer as trocas e se programar para a lavagem segundo suas possibilidades. Analise as dicas do fabricante antes de comprar seu kit.

Estima-se que, para realizar a transição total, sejam necessários cerca de 30 fraldas, 40 absorventes e 40 capas.

• Para lavar, obedeça às recomendações do fabricante:

Cuidado com dicas de produto para lavar as fraldas. Se o objetivo é livrar a pele de seu filho de alergênicos, não vale a pena lavar a fralda de pano com produtos químicos fortes. Busque marcas que te informem sobre a lavagem com produtos naturais.

De maneira geral, é prático juntar as fraldas para lavar uma quantidade de uma vez. Para não ficar mau-cheiro, pode-se deixá-las de molho na água com uma colher de bicarbonato de sódio ou gotas de óleo essencial de melaleuca. Porém, reforçamos: verifique com o fabricante.

• Atenção à sobrecarga:

Muitas vezes, a mãe sente-se sobrecarregada com o bebê, com seu autocuidado e, principalmente, com as dores do puerpério. Por isso, é importante avaliar o quadro geral antes de optar pela fralda de pano. Como trata-se de uma mudança de cultura e hábitos, administrar a lavagem das fraldas reutilizáveis pode ser uma tarefa que atrapalhe a rotina da mãe. Neste caso, vale ponderar. Afinal, o bem-estar da mãe é essencial para o bem-estar do bebê.

A troca vale à pena, porém se for realizada com cuidado e alegria!

Barbara Valsezia