Saúde mental: como o trabalho voluntário pode ajudar
A pandemia da Covid-19 mudou a economia, os hábitos e a dinâmica social. Amigos e famílias se afastaram por um período, retomando pouco a pouco a companhia presencial ou seguiram sem retomar. Idosos, principalmente, se viram isolados de familiares para sua própria segurança. Todo o cenário ressaltou a importância de olhar para a saúde mental com mais cuidado. E pasme, uma das dicas para se cuidar pode ser cuidar do próximo. O trabalho voluntário pode ser uma ótima atividade para manter a mente sã.
Se por um lado, diz-se que devemos fazer o bem sem esperar retorno, é incontestável o fato de que o trabalho voluntário traz inúmeros benefícios para a pessoa. Os pontos positivos vão desde ampliação do círculo social, novos aprendizados e experiências, até um ponto que chama atenção no currículo.
O estudo realizado pela Ação Social para Igualdade das Diferenças (ASID) mostrou que voluntários que se engajaram em projetos coletivos apresentaram melhoras nos seguintes fatores:
Trabalho em equipe (14,9%)
Organização (11,6%)
Proatividade (11,4%)
Comunicação (10,7%)
Relacionamento interpessoal (10,1%)
Planejamento (8,29%)
Além dos fatores relacionados acima, conhecidos no mundo do trabalho como “soft skills”, que são as competências socioemocionais e comportamentais, a prática do voluntariado pode ajudar no tratamento de algumas doenças psicossociais. A depressão é uma delas, afinal, dependendo dos gatilhos emocionais que impactam o paciente, o fato de se envolver com outras pessoas e realizar um trabalho que beneficia o outro faz com que a pessoa se sinta melhor.
A realização de um trabalho que faz a pessoa se movimentar também é benéfica, principalmente entre aqueles que sempre tiveram vida ativa, mas devido a condições como aposentadoria ou desemprego, se veem fora da rotina mais movimentada. O fato de “não parar” ajuda até mesmo em relação a problemas do coração, quadros de pressão alta e redução do stress.
Veja quais são os principais benefícios do voluntariado para a saúde mental:
- Ampliação do quadro social: voluntários tendem a unir-se em grupos e, com isso, desenvolvem novas amizades;
- Empatia a ampliação da visão social e crítica: a pessoa que se engaja no trabalho voluntário passa a conhecer o problema do outro de maneira mais aprofundada, derrubando certos preconceitos e mitos.
- Satisfação e alegria: quando a pessoa doa seu tempo e energia para beneficiar o outro, recebe gratificação interna e externa, estimulando a pensar em seu propósito de vida;
- Desenvolvimento de competências e habilidades: o trabalho voluntário pode desenvolver técnicas manuais, competências ligadas à gestão ou liderança, habilidades comunicacionais, entre outros.
É importante salientar que o principal elemento motivador do voluntário deve ser o prazer de ajudar o mundo a ser um lugar melhor para todos. O foco deve ser beneficiar a vida do outro, seja ele um ser humano, animalzinho ou natureza.
Antes de se engajar em um movimento voluntário, vale refletir:
• O que me motiva a fazer isto?
• Tenho tempo suficiente para realizar esta atividade?
• Engajar-me neste movimento vai atrapalhar outras prioridades em minha vida ou me causar algum problema?
• Tenho musculatura emocional para lidar com este tipo de situação?
Uma vez tomada a decisão, lembre-se de que outras pessoas contarão com você. Vá em frente, seja feliz e faça outros felizes.
Veja alguns lugares em São Paulo para se engajar em movimentos solidários:
Lugares para Fazer Trabalho Voluntario – Guia da Semana