Março Lilás: mês de lembrar a prevenção do câncer de colo de útero
As campanhas em prol da prevenção contra doenças e do diagnóstico precoce, principalmente alguns tipos de câncer, estão cada vez mais frequentes. Isso ocorre porque os dados mostram a cada dia que estes fatores são os mais efetivos no combate a qualquer doença. É o que ocorre com o câncer de colo de útero, que possui uma campanha conhecida como Março Lilás.
A prevenção evitará o desenvolvimento da doença. Já o diagnóstico precoce promoverá melhores condições de tratamento e prognóstico. A campanha vem para conscientizar sobre a realização frequente dos exames ginecológicos e o famoso “Papanicolau”, o exame preventivo para câncer de colo do útero.
Além do exame, a vacina contra a infecção do Papilomavírus Humano (HPV) também é tema da campanha, uma vez que é esta infecção que causa o câncer. A vacina tetravalente está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e já é parte do calendário de vacinação.
O HPV é transmitido por meio de atividade sexual desprotegida, principalmente. Além do sexo precoce e sem uso de preservativo, ao câncer de colo de útero também estão relacionados fatores de risco como: genética, maus hábitos de saúde (tabagismo, alcoolismo e má alimentação) e higiene inadequada.
O câncer do colo de útero no Brasil
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 2020, o câncer do colo de útero é o terceiro mais frequente entre as mulheres no Brasil, perdendo apenas para o câncer de mama e colorretal. Trata-se da quarta causa de morte motivada por câncer entre as mulheres brasileiras. Em 2020 foram aproximadamente 16 mil novos casos desta doença no país.
Como ocorre o câncer do colo de útero
Infecções persistentes, principalmente as causadas pelo HPV, podem alterar as células do colo de útero da mulher e ocasionar as chamadas lesões precursoras ou Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC). Estas, por sua vez, se não tratadas e dependendo do grau em que se encontra, podem evoluir para um caso de câncer do colo do útero.
As lesões precursoras podem ser identificadas no Papanicolau e, neste caso, a paciente é encaminhada para outros exames mais aprofundados, como a colposcopia. O médico poderá optar pela remoção do fragmento onde se encontra a lesão. Se diagnosticado o câncer no colo de útero, a paciente é encaminhada para os tratamentos oncológicos.
Prognóstico do câncer do colo de útero
Entre as mulheres infectadas pelo HPV, a maioria se cura naturalmente. Um pequeno número terá as lesões (NIC), mais frequente em mulheres jovens. Daí a importância da prevenção, afinal, se diagnosticado precocemente, este câncer chega a 100% de chances de cura.
A vacina contra o HPV
A inclusão da vacina de combate ao HPV no calendário foi uma ação de combate massivo à propagação do vírus. A vacinação tem foco em meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, que na teoria ainda, iniciarão a vida sexual. Quanto mais cedo a vacina for administrada, mais chances de evitar esta infecção, chegando a 90% em diminuição de risco.
Previna-se e consulte o médico regularmente. Este artigo tem objetivo informativo e não substitui a consulta médica.