O mês de julho foi o escolhido para abraçar a campanha nacional pela conscientização sobre hepatites virais e câncer nos ossos. É o Julho Amarelo, período em que o Ministério da Saúde e outros órgãos relacionados à saúde usam para disseminar informações sobre estas duas doenças, focando em prevenção, sempre!
Vamos conhecer um pouco mais?
Hepatites virais
A hepatite é uma doença silenciosa e a pessoa pode permanecer infectada por anos sem manifestar sintomas, podendo, um dia, apresentar quadro de câncer ou cirrose. Apenas em 1993 iniciaram-se os testes para diagnosticar a doença. Por isso, é recomendável que pessoas acima dos 40 anos realizem o teste, disponível na rede pública. É rápido, seguro e sigiloso. Maio foi o mês consagrado mundialmente ao combate à hepatite, por isso, nosso site tem um material já disponível sobre esta doença.
CLIQUE AQUI PARA LER MAIS
Câncer nos ossos
O tumor ósseo, também chamado neoplasia, é o crescimento anormal do osso ou de partes dele (massas de tecido ósseo). Pode afetar qualquer osso do corpo, sendo mais comuns em ossos maiores e mais longos como pernas, braços, coluna e bacia. É importante saber que este tipo de câncer não tem grandes chances de ser fatal e há informações científicas sobre prevenção. O câncer ósseo representa pequena fatia dos cânceres no Brasil: apenas 1%. Destes, cerca de 10% apresentam a metástase óssea, que é a forma mais grave da doença. (Fonte: Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad).
Tipos de câncer nos ossos
- Tumor ósseo primário: acomete mais as crianças e os jovens. É um tumor que cresce diretamente no próprio osso, por isso o nome “primário”. Pode ser benigno, na maioria dos casos, ou maligno, ou seja, cancerígeno. Os mais comuns são os tipos: osteossarcoma, tumor de Ewing e condrossarcoma.
- Tumor ósseo secundário: é quando um tumor vindo de outras partes do corpo se dissemina pelos ossos. Seu surgimento se dá pelo processo de metástase óssea. É mais comum em pessoas mais velhas.
- Mieloma múltiplo: é um tumor maligno que envolve a medula óssea. A medula é a parte de nosso corpo que realiza a formação do sangue no interior da cavidade do osso. Por isso, este tipo de tumor é caracterizado como câncer na medula e não propriamente no osso. Está incluso nesta listagem para conhecimento.
Sintomas e diagnóstico
É importante consultar um médico ortopedista a qualquer sinal de dor intensa ou fragilidade (fácil quebra) nos ossos, inchaço com sensibilidade (pode sinalizar outros tipos de câncer), fadiga excessiva, febre, perda de peso sem motivo aparente e elevado índice de cálcio no sangue.
Em alguns casos, pode haver compressão da medula espinhal, o que leva à dor aguda nas costas e pescoço, dificuldade para urinar, dormência de partes do corpo e, em casos mais avançados, paralisia.
Para diagnosticar um câncer ósseo, o médico geralmente solicitará exames de sangue e urina, além dos específicos para tumores e exames de imagem. Os mais comuns no caso de suspeita de câncer no osso são:
- Cintilografia óssea
- PET/CT
- Ressonância magnética
- Tomografia computadorizada
Tratamento
Assim como para tratar outros tumores, no caso dos ósseos é realizada a cirurgia, em alguns casos, a quimioterapia e/ou a radioterapia. A escolha do tratamento dependerá do tipo de tumor, da gravidade, além de questões relacionadas à saúde geral do paciente.
Com o progresso da medicina, atualmente, há tratamentos locais para este tipo de câncer, menos agressivos para o organismo.
Causas e prevenção
Como todo câncer, a causa exata do câncer ósseo não é 100% comprovada. Há estudos que apontam algumas direções, como a possibilidade de um erro no DNA de determinadas células, levando a uma mutação celular ou divisão descontrolada.
Já no caso do câncer ósseo secundário, aquele tipo que advém de outro câncer, sabe-se que alguns tipos desta doença apresentam mais chances de levar ao quadro. São eles: câncer de mama, rim, próstata e tireoide.
Sabe-se também que exposição frequente a altos níveis de radiação, certas síndromes de nascença e a Doença de Paget apresentam riscos para o desenvolvimento do tumor ósseo no médio e longo prazo.
Chances de cura e expectativa de vida
O diagnóstico precoce é sempre o mais importante fator quando falamos de chance de cura de um câncer. Quanto mais cedo diagnosticado, melhores as expectativas de cura e sobrevida. Cânceres diagnosticados tardiamente podem já ter se espalhado para outros órgãos, dificultando o tratamento.
O tempo de vida de pacientes com câncer varia segundo o estágio da doença, a resposta ao tratamento e as condições do paciente: idade, estado de saúde e disposição para o tratamento.
É necessário sempre, confiar no tratamento, buscar todo o acolhimento e apoio possível e seguir as orientações dos especialistas. Somente o médico poderá definir o melhor tratamento para o paciente.