A população brasileira está envelhecendo cada vez mais, e embora isso indique conquistas relacionadas à saúde e qualidade de vida, traz também uma série de novos desafios. Um dos maiores obstáculos para população idosa é a falta de habilidade com aparelhos tecnológicos e redes sociais, sobretudo nas classes menos favorecidas financeiramente.
Com as dificuldades de acompanhar as evoluções tecnológicas e as transformações sociais cada vez mais rápidas, os idosos acabam reclusos, gerando descaso nos relacionamentos familiares e sociais, comprometendo sua saúde física e emocional.
Quanto maior a idade, mais suscetível a doenças, tanto físicas quanto mentais e emocionais, por isso é importante se exercitar e manter corpo e mente saudáveis.
Cabe à família garantir a saúde, dar afeto, propriedade e lazer aos mais velhos, como apresenta o Estatuto do Idoso, Título I das Disposições preliminares, no artigo 3º. Leia mais sobre o estatuto do idoso e todos seus direitos.
Para ter uma velhice saudável e de qualidade é preciso boas relações sociais dentro e fora do ciclo familiar.
Para manter sua independência, muitas pessoas na terceira idade moram sozinhas, ou passam grande parte do tempo reclusas, o que pode gerar sentimentos de solidão. O isolamento social é uma das causas de doenças emocionais como ansiedade e depressão.
Eles apresentam essas doenças de maneiras diferentes de outras faixas etárias, muitas vezes os sintomas passam despercebidos pelo familiares ou são confundidos com outras doenças recorrentes desta fase da vida, por isso a atenção deve ser redobrada.
Sinais de depressão nos idosos
Diferente dos jovens e adultos que perdem a vontade em realizar atividades, antes prazerosas, e reclamam de tristeza e solidão, o idoso se queixa de dores no corpo ou problemas de memória. Também pode ficar desatento e ter desinteresse pelo ambiente, sintomas que são facilmente confundidos com demência.
Tratamento
O acompanhamento da saúde do idoso é de extrema importância, uma vez que muitos passam a usar vários remédios de uso contínuo, o que pode gerar diversos efeitos colaterais.
Alguns passam a exigir um acompanhamento médico mais frequente para diagnósticos e monitoramento de sua saúde.
A importância dos laços afetivos na prevenção de doenças
Ter uma vida social ativa é um dos melhores remédios para prevenir doenças mentais e emocionais. O convívio com outras pessoas promove o exercício cerebral, incentivando o indivíduo a realizar atividades sociais.
Ter amigos da mesma faixa etária faz com que crie interesses e hobbies. Sendo tão importante quanto uma boa alimentação e a realização de atividades físicas.
Em tempos de pandemia, a família tem um papel fundamental, pois além de ser fonte de afeto, ajuda a evitar o agravamento de doenças emocionais geradas pelo isolamento social.
Muitos idosos optam por realizar exercícios físicos e aeróbicos em grupo, frequentar centros de convivência da terceira idade (que pode ser substituído por chamadas em vídeo) e ter animais domésticos. Mas vale ressaltar que a presença do animal não substitui a importância do convívio com pessoas. A importâncias dos filhos na saúde e cotidiano dos idosos.
Ter cuidados de pessoas especializadas para lidar com doenças, tratamentos e necessidades da terceira idade é muito importante. Para ter esses cuidados médicos, muitas famílias optam por uma ajuda profissional.
Uma das dúvidas mais comuns é saber qual o serviço certo a ser contratado, o de um cuidador ou o home care?
Diferença entre cuidador e home care
O home care é uma assistência médica domiciliar, um profissional da saúde, que orienta e apoia também nos afazeres diários do paciente.
Já o cuidador apenas auxilia o paciente em atividades diárias (escovar os dentes, ajudar a caminhar, lembrar de afazeres diário…), além de ser uma ótima companhia, melhorando a autoestima e incentivando o idoso a ter atividades diárias. Também ajuda a monitorar alterações físicas e comportamentais do idoso.
Quais os benefícios do home care?
O Home Care fornece uma assistência profissional da área da saúde em casa, que permite um atendimento personalizado e mais humanizado, ajudando na recuperação mais rápida do paciente. É equivalente a uma internação, mas em casa. Além da comodidade para o paciente, a proximidade com os familiares é essencial para sua boa recuperação e saúde emocional.
Essa modalidade tem sido adotada tanto pelo SUS quanto na saúde suplementar, quando indicado por médico responsável pelo tratamento do paciente, e quando a internação hospitalar não ofereça vantagens em sua recuperação. Estar em casa poderá evitar, inclusive, possíveis infecções hospitalares.
O home care pode abranger diversos tipos de atendimentos especializados, conforme necessidade de cada paciente, como fisioterapia, fonologia, nutricionista e outros.
Independente do método escolhido para o cuidado com o idoso, também é importante que o ambiente seja adaptado à sua condição física.