Março Lilás: um mês para falar sobre câncer do colo do útero

Março Lilás: um mês para falar sobre câncer do colo do útero

Informação correta e visita frequente ao médico salvam vidas. Assim como ocorre em qualquer tipo de câncer, o câncer do colo de útero é mais facilmente tratado e tem maiores chances de cura se diagnosticado precocemente. Daí a importância de disseminar informações e alertas às mulheres sobre as visitas de rotina ao médico e sobre a atenção necessária aos sinais do corpo sobre algum fator de risco.

Atenção: as informações contidas neste texto são baseadas em fontes oficiais e/ ou vindas de profissionais especializados. Mesmo assim, não substituem a orientação e avaliação médica.

Para informar melhor a população, órgãos e instituições de saúde “pintam” os meses com cores para simbolizar algum tipo de cuidado necessário em relação à prevenção de doenças. No caso, são priorizadas as enfermidades mais comuns e/ ou agressivas para as pessoas.

Março é mês de falar de câncer de colo de útero e a cor escolhida para marcar este movimento é o lilás. Não se sabe com certeza o motivo para a escolha desta cor, porém há uma hipótese de ela ter vindo do movimento Sufragista, composto por mulheres inglesas que lutavam pelo direito ao voto e usaram em suas bandeiras as cores lilás, branco e verde.

O câncer de colo de útero: incidência e características

A média de novos casos de câncer de colo de útero no Brasil, anualmente, é de mais de 16 mil (fonte: Agência Saúde). Este câncer é caracterizado pela presença de tumor ou tumores malignos na parte inferior do útero. Seus sintomas vão desde corrimento vaginal (amarelado ou com odor forte), alterações na menstruação, sangramento após a relação sexual, até dores mais intensas (cólicas fortes) e anemia. Pode também não apresentar sintomas, daí a importância dos exames frequentes.

O câncer de colo de útero é tratável e tem boas chances de cura, principalmente se diagnosticado precocemente. Porém, se não tratado, pode resultar no agravamento como o aparecimento do carcinoma invasivo do colo uterino (um tumor maligno).

O principal causador deste câncer é o papilomavírus humano (HPV). Sua infecção é frequente, mas nem sempre evolui para uma lesão uterina (que poderá evoluir para o câncer). O HPV, muitas vezes, é combatido pelo sistema imunológico do paciente. Porém, é necessário acompanhamento médico e, principalmente, prevenção.

O câncer de colo de útero pode ser de três tipos:

  • Carcinomas: tipo mais comum. Este tipo geralmente é ocasionado pela infecção por HPV;
  • Adenocarcinomas: segundo tipo mais comum, também pode ser ocasionado pela infecção por HPV;
  • Carcinoma adenoescamoso: tipo menos comum e mistura características dos outros dois tipos.

Prevenção e diagnóstico precoce do câncer de colo de útero

A melhor maneira de identificar o câncer de colo de útero ainda em estágio inicial ou lesões suspeitas é por meio do acompanhamento anual do ginecologista, com a realização do exame chamado popularmente de Papanicolau. A colpocitologia oncológica, nome formal do procedimento, é realizada por meio de coleta de secreção contida nas paredes do colo uterino. Esta coleta contém células que serão analisadas em laboratório. O exame pode identificar lesões desde as mais simples, que podem ter sido causadas por infecções, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) ou atividade sexual, até as mais complexas, como nódulos e tumores.

Toda mulher entre 25 e 64 anos deve realizar este procedimento anualmente que, junto com a consulta médica e outros exames, dará ao médico informações importantes sobre a saúde da paciente. O ideal é que a mulher passe a visitar o ginecologista anualmente ao iniciar a vida sexual.

Uma vez que o HPV pode ser um dos causadores deste câncer, a vacina contra esta infecção é importante para a prevenção do câncer de colo de útero e para o controle da doença na população.

Não descuide de sua saúde!

Barbara Valsezia