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Isolamento social pode prejudicar desenvolvimento da fala de crianças

Alterações no sono e no comportamento também podem aparecer

O isolamento social – medida adotada para combater a propagação do novo coronavírus – pode trazer alguns prejuízos no desenvolvimento da fala e linguagem das crianças obrigadas a ficar em casa devido à pandemia, alertam especialistas. “Principalmente pela falta de estímulos ambientais e sociais que estavam anteriormente expostas, como por exemplo, na escola, saída com amigos e passeios em família”, explica a fonoaudióloga e especialista em linguagem Lilian Papis.

Mesmo com a reabertura das escolas, muitos pequenos mantiveram sua rotina em casa com os pais trabalhando em home office ou sob os cuidados de outros adultos. Agora, com as férias escolares e o aumento do número de casos de covid-19, muitos pequenos voltarão a ficar exclusivamente em casa o que deve aumentar o uso de aparelhos eletrônicos como tablets, celulares ou computadores para distrair e entreter as crianças que acabam ficando privadas da comunicação verbal.

“Pode começar a haver atrasos no desenvolvimento oral, como também gráfico, dificuldades auditivas, tanto periféricas, pelo alto volume ou uso excessivo de fones de ouvido, como também de atenção e concentração e processamento auditivo central”, aponta a fonoaudióloga.

Os meses de quarentena em casa provocaram mudanças nos hábitos até mesmo das crianças que não tinha uma rotina escolar, pois os parques, clubes, praças e áreas de lazer foram fechados para evitar aglomerações.

É o caso do filho da zootecnista Paula Amano Yoshisato, Roberto, de 2 anos e meio. Ela conta que os planos eram que Roberto começasse a frequentar a escola este ano, mas, com a pandemia, ele continuou em casa, aos cuidados da mãe, em tempo integral. “Tínhamos mais contato com outras pessoas e área externa. Agora, ele quer ficar mais tempo em eletrônicos.”

Paula conta que, com a falta de convívio com outras pessoas e crianças, o filho deixou de falar as poucas palavras que já conhecia. Segundo os médicos e fonoaudiólogos, é um processo comum a crianças nessa idade que precisam de estímulos corretos para voltar a falar.

A mãe tem se esforçado para diminuir os efeitos negativos do isolamento no garoto. “Tenho estudado mais sobre atividades, como brincar com tinta, piscina, areia, hortinha”, conta Paula.

Na avaliação da fonoaudióloga Lilian Papis, crianças que estão começando a falar, por volta de 1 ano ou que estão em pleno desenvolvimento de fala e linguagem, entre os 2 ou 3 anos, devem ser diariamente estimuladas através dos cinco sentidos, audição, visão, tato, olfato e paladar.

“É primordial cantar músicas, brincar com miniaturas, fantoches, contar histórias, nomear figuras ou pedir para que as repita, falar frases relacionadas ao que estão comendo, apresentar diferentes sabores ao seu paladar e estimular o olfato através do cheiro da comida, frutas; imitar sons de animais, meios de transporte, objetos eletrodomésticos, brincar de fazer caretas, mandar beijos, estalar a língua também ajudam muito”, enumera Lilian.

Retrocessos

A supervisora de vendas Leandra Paula Lago diz que percebeu que o filho Raul, de 3 anos, ficou muito ansioso nos primeiros meses da pandemia. “Ele ficou irritado e com necessidade de chamar a atenção dos pais, pedindo para ficar no colo enquanto trabalhávamos, tentava desligar nossos computadores, gritava. Na fala houve alterações, pois o estímulo escolar foi interrompido, então percebi que ele ficou com várias dificuldades, até mesmo no desfralde que foi interrompido”, relata.

“Já tinha percebido, antes mesmo da pandemia, que os colegas da escola [estavam] sempre na frente e ele com muitas dificuldades em se comunicar. Com a pandemia e encerramento das aulas, piorou muito.”

Raul começou a fazer tratamento com a fonoaudióloga em abril e a mãe logo percebeu uma evolução. “Hoje ele ainda não se comunica como uma criança da idade dele, mas já melhorou muito. Retornei o processo de desfralde com isso. Fazíamos [o tratamento com a fonoaudióloga] on-line e agora estamos presencial”, relata.

Atualmente ela está oferecendo outros estímulos para a criança. “Estou lendo bastante com ele, brincando mais junto e evitando celular. Claro que, no horário de trabalho, fica complicado não dar o celular para ele, senão ele nos atrapalha, mas com novos brinquedos estamos conseguindo mantê-lo mais calmo”, completa Leandra.

Mesmo sem o convívio escolar, as brincadeiras em casa devem estimular a fala, recomenda a fonoaudióloga Lilian Papis. “Em casa as crianças precisam ser estimuladas todos os dias, pelo menos uma hora, com os pais ou responsáveis a brincar, cantar músicas, falar, estabelecer diálogos, conversar”, destaca a especialista.

“Para as crianças em fase de alfabetização, incentivar também brincadeiras que envolvam reconhecimento e nomeação das letras, relacionando-as com seus sons, brincar com rimas, memória auditiva, memória visual, quebra-cabeças, dama, xadrez, jogos que requeiram a atenção, como também a escrita das letras, sílabas e palavras. Para os maiores, além de tudo isso, acrescentar leitura de textos, livros, gibis, escrita de pequenos textos, jogos como forca, stop, caça-palavras, palavras cruzadas, dentre outros”, elenca Lilian.

Avanços

Já com Samuel, 4 anos, o processo de isolamento não trouxe retrocessos na fala, ao contrário, o vocabulário aumentou, surpreendendo a mãe, Danielle Pereira Mateus.

Antes mesmo da pandemia, o menino já fazia acompanhamento com fonoaudióloga e psicóloga porque, na escola, batia nos amigos. “Procuramos uma psicóloga e ela notou que ele tinha um atraso de linguagem, como não conseguia se comunicar direito, batia nos amigos, era a maneira dele se comunicar. Começamos um trabalho com a fonoaudióloga em julho do ano passado, quando a gente ainda nem pensava em pandemia! Fizemos esse trabalho até março, quando veio o isolamento e as sessões pararam”.

Danielle disse que temia o retrocesso no processo de fala do pequeno o que acabou não se confirmando. “Tinha muito medo que ele regredisse, mas não, por incrível que pareça, o vocabulário dele aumentou, como o tempo dele em tela era muito maior, ele começou a ver vários vídeos diferentes, mudou o vocabulário, eu confesso que me surpreendi, porque para mim a quarentena ia ser um caos! Hoje ele já fala tudo certo e já está em processo de alta com a fonoaudióloga. No caso dele, o que me deixou feliz foi que não houve nenhum tipo de regressão”.

A especialista em linguagem Lilian Papis explica que a estimulação – tanto auditiva quanto visual – é benéfica para o desenvolvimento da fala e da linguagem infantil e que, nos aparelhos eletrônicos, os vídeos e desenhos são bem coloridos e estimulantes. “A criança aprende através de estímulos repetitivos e imitação, portanto em alguns casos isso pode ajudar, ou em outros prejudicar este desenvolvimento, pois existe a privação da necessidade de comunicação, de diálogo com a família, o que pode atrasar ou interferir neste processo, além de poder prejudicar o desenvolvimento da atenção e gráfico”.

Lilian enfatiza que é importante saber dosar a quantidade de horas diárias que as crianças passam na frente das telas e estimular a brincadeira infantil, contação de histórias, rodas de conversas e jogos entre os familiares.

“Oriento ainda a estimular a criança sempre de frente para ela, na altura dos seus olhos para ter um adequado contato visual; não falar infantilizado; dar sempre um correto modelo de fala, não repetir o erro da criança, pois ela aprende a falar através da audição, repetição e imitação, mesmo que ela não consiga pronunciar a palavra corretamente, fale o certo. Ela deve ainda comer alimentos adequados para sua idade, pois a mastigação também é de extrema importância para o desenvolvimento da fala e linguagem”, acrescenta a especialista.

Mudanças de comportamento

Durante a infância, o cérebro da criança se desenvolve com muita rapidez gerando grandes aprendizados. Com a chegada da pandemia e o isolamento dos pequenos em casa, muitos estímulos necessários para a ampliação do desenvolvimento cognitivo infantil podem ter diminuído.

Para especialistas, essa falta de contato com outras pessoas e de vivência fora de casa pode ter prejudicado não só a fala, mas trazido alterações no sono, no humor e no apetite das crianças.

“Não podemos desconsiderar os possíveis estressores ambientais que impactam nas crianças, sobre isso podemos pensar em mudança de rotina e novos papéis atribuídos aos pais, perda de familiares pela covid-19, mudanças estruturais como perda de emprego e pais com pouco manejo emocional”, destaca a psicóloga especialista em terapia cognitivo comportamental e neuropsicologia Roberta Alonso.

“As crianças têm apresentando humor mais irritado, alterações do sono e comportamentos de impaciência, assim como regressão em sua autonomia, sobrecarregando os pais”, completa a especialista.

A psicóloga sugere aos pais trabalhar as próprias emoções e expectativas. “As crianças estão em desenvolvimento e têm condições de retomar e melhorar suas habilidades quando começarmos a retomar a rotina em segurança. É importante pensar que a frustração também faz parte do desenvolvimento e esse período também está a ensinar isso”, afirma.

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Dia Mundial de Luta Contra a Aids

Neste Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 01/11, dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde apontam boa notícia: após 12 anos de uma variante de 37 mil a 42 mil casos notificados, em 2019 houve uma redução de mais de 50%. No ano passado, foram registrados 15.923 casos enquanto, em 2018, foram 37.161, o que demonstra eficácia das ações de conscientização de prevenção à doença. No total, de 1980 a 2019, foram identificados 966.058 casos de Aids no Brasil.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lembra que beneficiários de planos de saúde têm direito a coberturas obrigatórias para o diagnóstico da Aids. O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da agência reguladora tem listados exames laboratoriais anti-HIV, pesquisa de anticorpos, antígeno P24, carga viral por PCR, NASBA, BDNA e teste qualitativo por PCR, além do teste rápido para detecção de HIV em gestantes. O Rol também determina o teste de genotipagem do HIV para os casos suspeitos de resistência viral e/ou risco de falha terapêutica, exames de qualificação no sangue do doador e prova pré-transfusional no sangue do receptor.

Também é importante ressaltar que em 2015 a ANS publicou a Súmula Normativa nº 27 reforçando a determinação de que as operadoras de planos de saúde estão proibidas de recusar clientes em função de serem idosos ou portadores de doenças preexistentes – como os portadores do vírus HIV. A regra alerta ainda que as operadoras também não podem excluir beneficiários usando estes motivos.

Atenta à importância da prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST como a Aids, a Agência estimula os planos de saúde na realização de Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças – Promoprev. Atualmente, existem 143 programas com enfoque em DST informados à ANS por 87 operadoras, que juntos atingem 583.272 mil beneficiários de planos de saúde.

Dados da Aids no Brasil

s homens continuam sendo o grupo de pessoas com mais casos no Brasil: 11.123 infectados em 2019, seguido das mulheres (4.796) e de jovens de 15 a 24 anos (2.082 casos). Crianças até cinco anos são os menos acometidos pela doença e mantém uma curva decrescente de casos: 125 em 2019 contra 265 em 2018. Essa redução vai ao encontro da queda no número de gestantes infectadas pelo HIV: 4.482 em 2019 contra 8.621 em 2018.

Transmissão

A transmissão do vírus do HIV acontece, principalmente, por relações sexuais desprotegidas com pessoa soropositiva, pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados (como agulhas e alicates) e através da mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.

Cabe destacar que ser portador de HIV (vírus) e ter Aids (doença) são condições diferentes. Uma pessoa soropositiva pode viver anos sem desenvolver a doença. No entanto, podem transmitir o vírus. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. A forma mais eficaz de prevenção é o uso de preservativos em todas as relações sexuais (oral, vaginal e anal), já que o sexo é uma das maiores causas de infecção da doença.

Tratamento

Desde 1996, o Governo Federal oferece gratuitamente pelo SUS todos os medicamentos antirretrovirais (ARV) e, desde 2013, garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente da carga viral. O uso regular dos antirretrovirais é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a Aids.

A terapia antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais, como aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas, como hepatites virais, tuberculose, pneumonia e toxoplasmose, por exemplo.

Os remédios, quando tomados corretamente, impedem a multiplicação do HIV e diminuem a quantidade do vírus no organismo até ficarem indetectáveis. Atualmente, existem 21 medicamentos em 37 apresentações farmacêuticas no Brasil.

Aids e Covid-19

De acordo com a UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS), o Covid-19 está ameaçando o progresso que o mundo fez em relação à saúde e desenvolvimento nos últimos 20 anos, incluindo todos os passos dados na luta contra o HIV. Ainda hoje, mais de 12 milhões de pessoas no mundo esperam para iniciar seu tratamento com antirretrovirais e 1.7 milhão de pessoas foram infectadas com HIV em 2019 devido à falta de acesso a serviços essenciais.

Com a pandemia foram interrompidos serviços especializados e sobrecarregadas as cadeias de abastecimento. Por vários meses foram observados níveis mais baixos de novos diagnósticos e início de tratamento como reflexo dessa situação. Na América Latina, observou-se um aumento de 21% de casos de infecção de HIV. Em seu relatório de novembro, a organização apela aos países para que intensifiquem a ação global e faz a seguinte estimativa: o impacto de longo prazo da pandemia na resposta ao HIV pode ser de 123 mil a 293 mil novas infecções por HIV e de 69 mil a 148 mil mortes adicionais relacionadas à Aids entre 2020 e 2022.

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Prevenção é a principal medida para o combate à Covid-19

Os esforços para conter a expansão do novo coronavírus continuam, e a manutenção das medidas preventivas é fundamental. Usar máscara de proteção, manter os cuidados básicos de higiene e evitar aglomerações, mesmo com a flexibilização do isolamento, são medidas imprescindíveis enquanto perdurar a pandemia. Por isso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça junto à população as principais orientações para evitar a contaminação e lembra que o combate à Covid-19 é um compromisso com a saúde individual e coletiva.

Confira abaixo as recomendações:

USO DA MÁSCARA

O uso da máscara continua sendo instrumento fundamental para o controle da pandemia e as dicas mais importantes de uso são as seguintes:

  1. A máscara é individual e não deve ser compartilhada com ninguém.
  2. As máscaras devem ser trocadas sempre que estiverem úmidas ou com sujeira aparente. Não se deve ficar mais do que três horas com a mesma máscara.
  3. Como serve de barreira física ao vírus, o ideal é que tenha pelo menos duas camadas de pano.
  4. Use sempre que precisar sair de casa e lembre de levar uma reserva e uma sacola para guardar a máscara usada quando precisar trocar.
  5. Deve cobrir o nariz e a boca e ser usada de forma permanente no rosto, ou seja, não deve ser manipulada para o queixo ou pendurada em uma das orelhas, por exemplo.

HIGIENE E AGLOMERAÇÃO

Medidas básicas na rotina diária, como lavar as mãos e evitar aglomerações, são fundamentais para a redução do contágio. Sem a adoção dessas recomendações, o número de casos pode se proliferar com muita rapidez. No caso específico da higienização, é recomendado o uso do álcool a 70% como desinfetante e antissépticos para as mãos.

CUIDADOS NO AMBIENTE DE TRABALHO

No ambiente de trabalho é importante estar atento à higiene. O recomendado é que as empresas e organizações disponibilizem recursos para a higienização das mãos nos locais de trabalho, incluindo água, sabonete líquido, toalha de papel descartável e lixeira, com abertura que não demande contato manual, ou sanitizante adequado para as mãos, como álcool a 70%.

Quanto ao distanciamento, a recomendação é manter o espaço mínimo de um metro entre os trabalhadores e o público. Os funcionários devem usar a máscara cirúrgica ou de tecido e adotar divisórias impermeáveis ou fornecer proteção facial do tipo viseira plástica ou óculos de proteção.

Nas refeições, a orientação é para que os trabalhadores sejam distribuídos em horários diferentes para o uso do refeitório e seja mantido o espaço mínimo de um metro entre as pessoas nas filas e mesas. No caso dos banheiros, deve-se evitar a aglomeração.

Mais informações no portal do Ministério da Saúde.

CUIDADOS COMPLEMENTARES

  • O álcool 70% é um importante aliado de higienização na luta contra a Covid-19. Mas é importante estar atento ao seu uso para evitar queimaduras. Fique distante do fogo!
  • Ao usar a máscara, passe protetor solar para evitar marcas de queimaduras de sol indesejáveis no rosto.
  • O ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas opções de máscaras de pano, em caso rompimento do elástico ou de umidade excessiva na mesma.
  • Tenha cuidado com o descarte das máscaras descartáveis. Vede a máscara com uma sacola e jogue diretamente na lixeira.
  • Em caso de suspeita de contágio de Covid-19, consulte primeiramente a operadora do seu plano de saúde, através dos canais de atendimento, para obter orientações de atendimento.

COBERTURA DOS PLANOS DE SAÚDE

A cobertura do tratamento aos pacientes diagnosticados com a Covid-19 é assegurada aos beneficiários de planos de saúde de acordo com a segmentação do plano (ambulatorial, hospitalar ou referência). Os usuários também têm garantida a cobertura dos testes para detecção da doença que constam no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, de acordo com as diretrizes de utilização específicas. São eles:

Pesquisa por RT – PCR: É indicado para identificar o vírus e confirmar a Covid-19 e é feito através da coleta de amostras da mucosa da nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta). O teste é coberto para os beneficiários de planos com segmentação ambulatorial, hospitalar ou referência, e é feito nos casos em que há indicação médica, de acordo com o protocolo e as diretrizes definidas pelo Ministério da Saúde.

Pesquisa de anticorpos IgG ou anticorpos totais: São os testes sorológicos, que objetivam detectar a presença de anticorpos produzidos pelo organismo após exposição ao vírus, e podem ser realizados por meio das técnicas de imunofluorescência, imunocromatografia, enzimaimunoensaio e quimioluminescência. O procedimento deve ser solicitado pelo médico assistente, desde que o caso se enquadre em um dos seguintes critérios:

  • Pacientes com Síndrome Gripal ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) a partir do oitavo dia do início dos sintomas;
  • Crianças ou adolescentes com quadro suspeito de Síndrome Multissistêmica Inflamatória pós-infecção pela Covid-19;

E em nenhum dos seguintes critérios:

  • Exame RT-PCR prévio positivo para Covid-19;
  • Pacientes que já tenham realizado o teste sorológico, com resultado positivo;
  • Pacientes que tenham realizado o teste sorológico, com resultado negativo, há menos de uma semana;
  • Testes rápidos;
  • Pacientes cuja prescrição tem finalidade de rastreamento (screening), retorno ao trabalho, pré-operatório, controle de cura ou contato próximo/domiciliar com caso confirmado; e verificação de imunidade pós-vacinal.

Além desses testes, estão incluídos no Rol de Procedimentos seis outros exames que auxiliam no diagnóstico e tratamento da Covid-19: Dímero D (dosagem); Procalcitonina (dosagem); Pesquisa rápida para Influenza A e B; PCR em tempo real para os vírus Influenza A e B; Pesquisa rápida para Vírus Sincicial Respiratório; e PCR em tempo real para Vírus Sincicial Respiratório.

Caso tenha alguma dúvida, seja em relação aos procedimentos a que tem direito ou sobre o atendimento em caso de suspeita de Covid-19, a ANS orienta o usuário a procurar primeiramente a operadora do seu plano de saúde. A Agência também disponibiliza os seguintes canais de atendimento para prestar informações ou para o registro de reclamações:

  • Disque ANS 0800 701-9656
  • Fale Conosco (formulário eletrônico) no portal www.ans.gov.br
  • Central de atendimento para deficientes auditivos: 0800 021 2105

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Consumo de alimentos ultraprocessados cresce na pandemia

Datafolha mostra que população aumentou uso de industrializados

Brasileiros e brasileiras de 45 a 55 anos estão consumindo mais alimentos ultraprocessados durante a pandemia. O consumo desses produtos nessa faixa etária era de 9% em outubro de 2019, enquanto em junho deste ano saltou para 16%. É o que mostra um novo estudo do Datafolha, encomendado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

O levantamento feito em 2020 abordou pessoas entre 18 e 55 anos pertencentes a todas as classes econômicas e de todas as regiões do Brasil, e revela que salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados foram os produtos campeões de consumo em comparação com o levantamento realizado em 2019, subindo de 30% para 35% a proporção de pessoas que os consomem. O segundo lugar no ranking ficou para margarina, maionese, ketchup ou outros molhos industrializados, cujo consumo subiu de 50% para 54% em 2020.

Na opinião da nutricionista do Idec Ana Paula Bortoletto, a tendência de consumir os processados deve continuar, “tendo em vista que nesse momento as políticas adotadas até agora para promover a alimentação saudável durante a pandemia foram muito tímidas e houve um aumento da publicidade e do apelo, tanto pela conveniência, quanto pela comodidade do consumo de ultraprocessados”.

A nutricionista aponta também que o aumento no preço dos alimentos saudáveis é outro fator. “Ao mesmo tempo houve uma redução do acesso, da facilidade e da competitividade dos alimentos mais saudáveis, inclusive até em relação ao preço, o que a gente tem visto é aumento de preço de alimentos que são considerados saudáveis, como arroz e feijão”.

Analisando as regiões, 57% da população no Sudeste relatou consumir margarina, enquanto em 2019, 50% das pessoas dessa região consumiram esse produto. Em segundo lugar ficaram os sucos de fruta em caixa ou lata ou refrescos em pó, com um aumento de 30% para 36% no período. Já na terceira posição ficou o salgadinho de pacote ou biscoito salgado, de 27% para 33%.

Em relação à escolaridade dos participantes, 33% das pessoas que estudaram até o ensino fundamental consumiram salsicha, linguiça, mortadela, presunto e outro alimento embutido em 2020, enquanto esse consumo era de 24% no ano anterior. Além disso, 51% dos indivíduos com essa mesma escolaridade utilizaram margarina, maionese, ketchup e outros molhos industrializados em seus alimentos neste ano, sendo que 42% os consumiam em 2019.

Quando analisado o local de moradia da população, revelou-se que o consumo de pelo menos uma fruta diminuiu nos municípios do interior, de 68% para 62%. Além disso, na região Nordeste, a frequência do consumo de pelo menos uma fruta diminuiu de 72% em 2019 para 64% em 2020.

Risco à saúde

Os produtos ultraprocessados são reconhecidamente prejudiciais à saúde, por conta do conteúdo excessivo de nutrientes associados a doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade e doenças cardiovasculares. Portanto, o aumento no consumo desses produtos reflete diretamente nas condições de saúde da população.

“Durante a pandemia, devemos ficar ainda mais atentos à alimentação, uma vez que alimentos não saudáveis são causadores de doenças crônicas como diabetes, pressão alta e excesso de peso que, por sua vez, aumentam o risco de formas mais graves da covid-19 e também da sua mortalidade”, comenta a nutricionista.

Pesquisas da área da saúde divulgadas este ano concluem que o consumo de ultraprocessados aumenta em 26% o risco de obesidade. Além disso, eleva o risco de sobrepeso e de aumento da circunferência abdominal elevada de 23% a 34%, de síndrome metabólica em 79%, de dislipidemia em 102%, de doenças cardiovasculares em 29% a 34% e da mortalidade por todas as causas em 25%.

O estado emocional e o clima inseguro em que a população está vivendo pode levar ao maior consumo das comidas ultraprocessadas, como os salgadinhos e biscoitos. A comida pode ser uma válvula de escape para situações estressantes, como as mudanças de rotina causadas pela pandemia do novo coronavírus.

“Sabemos que existe uma relação entre o consumo de alimentos não saudáveis, com excesso de açúcar e gorduras com o estados emocionais mais sensíveis, de maior vulnerabilidade e preocupação e é o clima que estamos vivendo nesse momento: aumentando as taxas de desemprego, o perfil de saúde das famílias sendo pior, então é possível que com o aumento dessa situação de insegurança alimentar exista uma procura maior por este tipo de alimento, o que pode ser uma das explicações inclusive para o aumento que a gente já observou e foi registrado na pesquisa”, finaliza Ana Paula.

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Especialista fala sobre dificuldades comuns no aleitamento materno

Uma delas é a pega correta do mamilo pelo bebê

A amamentação é fonte de benefícios para crianças e mães, além de ser ambientalmente segura e natural, mas há algumas dificuldades comuns entre elas no início desse processo. A coordenadora da assistência em aleitamento materno do Banco de Leite Humano (BLH) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e enfermeira pediátrica, Maíra Domingues, mostra sinais que ajudam a revelar se o bebê está mamando da forma correta: troca de fraldas do bebê frequente, mama mais leve após a mamada e ausência de dor.

No entanto, em caso de dor e dificuldade na pega correta do bebê, ela ressalta que, em alguns casos, o melhor caminho é buscar ajuda profissional. “O ideal, muitas vezes, é a família buscar apoio e suporte especializados diante das dificuldades”, disse. Os 222 bancos de leite humano no Brasil são locais de apoio à amamentação para mães e estão realizando atendimento também por teleconsultas no período da pandemia. Eles estão listados no portal da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano e há ainda o SOS Amamentação, pelo telefone 0800 026 8877. Ela lembra que existem hoje objetos com a proposta de formar bico ou de ajudar o bebê a ter um bico, mas que todos eles atrapalham a amamentação e, por isso, não são recomendados.

Confira, a seguir, detalhes da entrevista da enfermeira pediátrica Maíra Domingues à Agência Brasil.

Agência Brasil: Quais são os benefícios da amamentação?
Maíra Domingues: A amamentação é considerada uma das principais intervenções com grande impacto para redução da mortalidade e morbidade neonatal e infantil. Os benefícios do leite materno são de conferir proteção para doenças diarreicas, infecções respiratórias, diminui o risco de diabetes e obesidade na criança, é um alimento que contém todas as propriedades nutritivas e imunológicas que a criança precisa. E esses benefícios também se estendem à saúde da mulher: tem uma proteção maior para câncer de mama, de ovário, o corpo da mulher retorna mais rápido ao que era antes da gestação com a amamentação, também reduz o risco de uma hemorragia após o parto.

Agência Brasil: Quais as principais dificuldades que as mães têm durante a amamentação?
Maíra Domingues: Muitas vezes elas podem sentir dor, o próprio choro frequente do recém-nascido gera insegurança e a dúvida se a produção de leite dela é adequada. Vale destacar que a grande maioria das mães produz leite em quantidade e qualidade suficiente, mas essa dúvida é muito comum entre as mulheres. Outra dificuldade que pode ocorrer é de posicionar e fazer o bebê pegar corretamente no peito e ter a certeza que ele está de fato ganhando peso.

Agência Brasil: Em relação à posição e pega correta, quais os cuidados que as mães devem ter?
Maíra Domingues: Não existe uma posição ideal, qualquer posição que a mulher queira amamentar seu bebê e ela esteja confortável e o bebê também, de forma a conseguir uma boa pega, é a posição melhor naquela mamada. Com relação à pega correta, existem alguns sinais indicativos. Por exemplo, o lábio inferior [do bebê] fica virado para fora, as bochechas ficam arredondadas, a gente consegue visualizar mais a aréola por cima da boca do bebê do que abaixo, o nariz não encosta na mama, o queixo encosta na mama e muitas vezes é possível ouvir o bebê deglutir – tem um som específico – e, claro, a mulher não sente dor. Se ela está sentindo dor, possivelmente a pega não está correta ou tem alguma outra intercorrência e, nesse caso, ela deve buscar apoio e suporte especializados precocemente para amamentar.

Agência Brasil: Você falou que não é normal sentir dor na amamentação, como prevenir fissuras e o que pode ser usado para aliviar o desconforto que isso traz?
Maíra Domingues: Não é normal sentir dor, a amamentação deve ser prazerosa. Então se está sentindo dor, procure ajuda. O que fazer diante da dor enquanto a ajuda não chega? Tentar corrigir pega e posição. Tira o bebê, coloca de novo, até conseguir não sentir ou diminuir a dor. Se já estiver ferido o mamilo, ela deve passar o próprio leite materno. O leito materno contém elementos que são cicatrizantes e bactericidas e protegem a mama não só de uma possível infecção, mas também auxilia na cicatrização da área que está ferida. Nós não recomendamos nenhum outro produto para cicatrização porque, de acordo com um estudo robusto em que foram avaliadas outras intervenções, como pomadas, foram comparados diversas estratégias para melhoria dessa dor no mamilo e o leite materno foi apontado como a melhor forma de tratar a fissura junto, claro, à correção da pega e posição.

Agência Brasil: Quais meios existem para que as mães busquem informações?
Maíra Domingues: Existem grupos educativos durante a gestação. Os bancos de Leite Humano oferecem gratuitamente esses cursos para casais grávidos, de orientação sobre o aleitamento materno ainda nesse período do pré-natal. É muito importante destacar que esses grupos educativos e cursos são um preparo para a amamentação, aliás, é o melhor preparo. Quando a mulher ouve, junto com o pai, os benefícios da amamentação, geralmente faz com que eles tenham maior possibilidade de ter sucesso com a amamentação e, quando apresentam dificuldades inicialmente, eles sabem onde procurar ajuda. Após o nascimento, uma boa forma de buscar ajuda é com o profissional de saúde que está acompanhando ela – o obstetra, pediatra ou enfermeiro – como também unidades básicas de saúde e os bancos de Leite Humano, que são verdadeiras casas de apoio à amamentação, oferecendo assistência clínica especializada.

Agência Brasil: Mulheres com mamilo invertido conseguem amamentar? Que cuidados elas devem tomar?
Maíra Domingues: Essa é uma dúvida de muitas mulheres. O que a gente sempre destaca é que independentemente do tipo de mamilo, a amamentação pode ter sucesso. O bebê deve pegar em toda ou quase toda aréola. Se ele pega no mamilo, ele fere, então independe de a mulher ter mamilo para dentro – que a gente chama de invertido –, mamilo plano ou mamilo para fora, que a gente chama de protuso. O que a gente deve ensinar ao bebê é pegar corretamente na aréola. Quando a mulher tem o mamilo para dentro, diante da dificuldade, o que vai acontecer é ele pegar e escorregar a boca até apreender a pegar corretamente. E quando a mulher tem o mamilo protuso – para fora – o que vai acontecer se ele pegar errado é que vai ferir. A gente atende muitas mulheres com mamilo invertido, não orientamos uso de bicos de silicone, nem de exercícios com a mama, não deve ser feito isso, muito menos utilizar bomba para formar bico, não é necessário nenhum tipo de objeto para formar o bico. O que é necessário é o apoio e suporte de um profissional de saúde especializado no assunto para que, de fato, ela possa ter a ajuda e, independente do tipo de mamilo, ter sucesso com a amamentação se ela assim desejar e escolher amamentar.

Agência Brasil: Como saber que o bebê mamou o suficiente?
Maíra Domingues: Alguns sinais mostram isso. O primeiro deles é que a amamentação aconteceu sem dor. Se o bebê está mamando, está sugando, sem dor, muito bom. O segundo sinal é que após a mamada a mãe sente uma leveza na mama, sente a mama um pouco mais murcha. E destaco: sempre vai ter leite no peito, sempre vai continuar leite no peito, mas ela sente essa leveza, porque o bebê realmente mamou. E, por último, um terceiro sinal importante para saber que ele está mamando bem é a frequência de troca de fralda ser ideal, o bebê geralmente urina por, pelo menos, cinco ou seis vezes em 24 horas. Então, se a mãe não está sentindo dor, se ela sente a mama mais leve e se ela depois vê que o bebê tem urinado, muito possivelmente ele está mamando e crescendo adequadamente. Agora, claro, o melhor indicador de crescimento da criança é o peso. A avaliação do crescimento acontece na consulta pediátrica ou na consulta com enfermeiro nas unidades de saúde. Nessa avaliação, vai se confirmar aquilo que a mãe e o pai já estavam suspeitando a partir desses três primeiros sinais, que já trazem certa segurança para os pais no domicílio, antes mesmo da consulta.

Agência Brasil: O ideal é ter horários para amamentação ou a livre demanda?
Maíra Rodrigues: Não existe tempo, não é recomendado amamentar em horários preestabelecidos. O nome disso é amamentação sobre livre demanda, lembrando que a livre demanda deve ser da criança, quando demonstrar sinais de fome – levando a mãozinha na boca, procurando o seio, botando a linguinha para fora -, mas também a livre demanda é feita pela mãe, quando ela está com a mama cheia ou quando ela quer amamentar mais cedo para poder descansar um pouco depois em outro horário. Então a livre demanda é quando a mãe ou o bebê quer que aconteça. A mamada em si também não deve ter tempo estipulado previamente, o bebê demonstra quando está saciado: ou ele larga o seio ou ele simplesmente dorme. Vale destacar que ela deve oferecer preferencialmente os dois seios por mamada, para que a mãe e o bebê tenham um bom descanso entre as mamadas e o bebê cresça adequadamente. Isso não é uma regra, mas geralmente a mãe deve estar oferecendo os dois seios a não ser que o bebê não queira.

Agência Brasil: Qual intervalo um bebê pode ficar sem mamar?
Maíra Domingues: O pediatra que está acompanhando o bebê na maternidade dará maiores esclarecimentos sobre a amamentação até a primeira consulta para avaliar o crescimento e o desenvolvimento da criança, que acontece por volta de 7 a 15 dias de vida. Destaco que se a mãe verifica uma boa frequência na troca de fralda e, além disso, o pediatra ou o enfermeiro avaliam um adequado crescimento para a idade na primeira consulta do bebê, ela não precisa se preocupar em acordar o bebê para mamar, pois ele mesmo irá acordar sozinho e demonstrar sinais de fome. Não existe intervalo preestabelecido para a amamentação. Existe a livre demanda.

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Dia Nacional da Saúde: cardiologista alerta para cuidados com o coração

Gláucia Araújo conversou com o cardiologista Gustavo Lenci Marques

Gláucia Araújo conversou com Gustavo Lenci Marques, cardiologista do Hospital Marcelino Champagnat, no programa Tarde Nacional desta quarta-feira (5) sobre os cuidados com a saúde do coração no Dia Nacional da Saúde.

Clique aqui e ouça a entrevista na íntegra

Cansaço excessivo, falta de ar e inchaço nas pernas podem ser sintomas de uma falência do coração, segundo Gustavo.

Não fumar, praticar atividades físicas e ter uma alimentação equilibrada são atitudes que influenciam na boa saúde do órgão.

A Rádio Nacional do Rio de Janeiro vem apresentando o bloco local do programa Tarde Nacional das 15h às 18h, com todas as informações sobre a pandemia de covid-19. A apresentação é de Gláucia Araújo.

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Bancos de leite reforçam importância da doação durante a pandemia

A pandemia da Covid 19 chegou no mês de março causando ansiedade, tristeza e principalmente medo. Esse foi o sentimento de Marcela Burali, sobretudo por ter em casa uma bebê de sete meses.

A bebê de Marcela está em casa, em segurança e tem o leite da mãe. Mas, e se o bebê está hospitalizado? E se, por algum motivo, a mãe não pode amamentar? É aí que entram os bancos de leite humano. Durante a pandemia, mais do que nunca, eles precisam cumprir sua função e ter em estoque o leite necessário para toda a demanda.

Doar leite humano é uma necessidade constante, pois muitas mães, por diferentes motivos, não conseguem amamentar o próprio bebê. No início do ano, os bancos de leite do Distrito Federal, por exemplo, estavam com um déficit que preocupava a Secretaria de Saúde.

Mas, durante a pandemia da Covid-19, uma surpresa: as doações aumentaram. Quem conta é a médica Míriam Santos, coordenadora das políticas de aleitamento materno do Distrito Federal.

Apesar da boa notícia, é importante reforçar o pedido de doação, porque muitas crianças estão internadas nas unidades de saúde e as mães, impossibilitadas de amamentar.

Lembrando que para doar o próprio leite, a mãe deve estar saudável. Mães com sintomas da Covid-19 devem suspender a doação e aguardar a recuperação.

O leite deve ser doado num frasco de vidro de boca larga e tampa de plástico. Para retirar o leite, a mãe deve usar uma touca ou um lenço para cobrir os cabelos; usar máscara sobre o nariz e a boca; lavar bem as mãos com água e sabão; e as mamas, apenas com água.

Para doar no Distrito Federal, a mãe pode fazer o cadastro no Disque Saúde 160, opção 4, ou pelo site Amamenta Brasília. Outros bancos de leite do país podem ser verificados no site da Fiocruz, na Rede de Bancos de Leite Humano.

Ouça o áudio sobre.

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Confira dicas para se manter aquecido no inverno

Sonia Hirsch traz dicas para atravessar este inverno que promete baixas temperaturas

Faltando ainda dois meses para a chegada da primavera, o frio deste inverno promete apertar ainda mais nos próximos dias, principalmente no período da noite. Mesmo com as temperaturas bem elevadas durante o dia na região centro-oeste, as madrugadas têm sido geladas.

Esta alternância de temperatura ocorre devido ao tempo seco desta época do ano, por isso, definitivamente, não dá pra ficar sem cobertor e sem cuidar da imunidade. A jornalista e escritora Sonia Hirsch conversa com Mara Régia sobre os cuidados com a saúde durante o inverno e traz excelentes dicas para que você se mantenha aquecido à noite, refrescado durante o dia e sempre saudável.

Acompanhe o bate-papo completo no player clicando aqui.

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Como identificar e evitar problemas oculares durante a pandemia?

Especialista alerta sobre a exposição excessiva às telas, em decorrência do isolamento social

O isolamento social mudou a rotina de milhões de pessoas que, desde o início da pandemia. O tempo que as pessoas passam diante das telas aumentou, seja do celular, do computador ou da televisão. Conversamos, no programa Revista Rio, com o oftalmologista, Tiago Bisol, membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e chefe do Centro Avançado de Oftalmologia do Hospital São Vicente de Paulo, que falou sobre as consequências dessa mudança de comportamento, para a saúde ocular.

Olho seco, cansaço visual, dores de cabeça, olhos vermelhos, ardência e embaçamento na visão estão entre os sintomas citados durante a entrevista. Ele também falou sobre algumas medidas simples, que podem trazer alívio, “A cada 20 minutos de atividade na tela, no computador, durante 20 segundos, retirar os olhos da tela e olhar para 20 pés de distância, que seriam (aproximadamente) seis metros”, disse ele, citando a regra estrangeira do “triplo 20”, que, segundo Tiago, nessa distância não existe esforço para focalizar a visão, o que causa o relaxamento.

Ouça essas e outras informações nesta conversa. Clique aqui para ouvir a entrevista na íntegra!

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Saiba como fazer o teste diagnóstico de covid-19 pelo plano de saúde

O exame deve ser feito por orientação médica

O exame laboratorial para detecção do novo coronavírus foi incluído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no rol de procedimentos obrigatórios de cobertura pelos planos de saúde em março, logo no início da pandemia. Na semana passada, a agência incluiu também o teste sorológico, que identifica os anticorpos do vírus.

Segundo a Resolução Normativa da ANS, o teste deve ser feito quando houver indicação médica e a cobertura vale para clientes de planos de saúde com segmentação ambulatorial, hospitalar ou referência. A orientação da agência reguladora é que o paciente consulte a operadora do plano antes de procurar uma unidade de saúde, para ser orientado sobre onde realizar o exame ou tratamento da doença.

O exame diagnóstico previsto pela ANS é o do tipo pesquisa por RT – PCR, com diretriz de utilização, e deve ser feito em pacientes considerados quadro suspeito ou provável da doença, de acordo com a indicação médica.

Lembrando que os procedimentos para o tratamento de covid-19 também são obrigatórios, como consultas, internações, terapias e exames complementares, de acordo com a cobertura do plano do beneficiário. Internação, por exemplo, não é obrigatória na segmentação ambulatorial.

Anticorpos

Já o teste sorológico para o novo coronavírus, do tipo pesquisa de anticorpos IgA, IgG ou IgM, que detectam a presença de anticorpos produzidos pelo organismo após exposição ao vírus, deve ser feito nos casos em que o paciente apresenta ou tenha manifestado um dos dois quadros clínicos relacionados à covid-19.

O primeiro é a síndrome gripal, com quadro respiratório agudo, sensação febril ou febre, acompanhada de tosse, dor de garganta, coriza ou dificuldade respiratória. O segundo é a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que gera desconforto respiratório ou dificuldade para respirar, pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor do que 95% em ar ambiente, podendo ter também coloração azulada dos lábios ou rosto.

Segundo a ANS, o exame é feito com amostras de sangue, soro ou plasma. “Como a produção de anticorpos no organismo só ocorre depois de um período mínimo após a exposição ao vírus, esse tipo de teste é indicado a partir do oitavo dia de início dos sintomas”, alerta a agência.

Este exame foi incluído de forma extraordinária no Rol de Procedimentos da ANS para cumprir uma decisão judicial.

A ANS orientada que as operadoras disponibilizem em seus portais na internet as informações sobre o atendimento e a realização do exame, além de oferecer canais de atendimento específicos para esclarecer seus usuários sobre a doença.

Desde o início da pandemia, a ANS recebeu 6.347 demandas ou reclamações relacionadas à covid-19. Desse total, 44,16% foram referentes a tratamento ou exame, 37,21% sobre outros tipos de assistência afetadas pela pandemia e 18,62% sobre temas não assistenciais. A agência orienta os clientes a procurarem primeiro a operadora para resolver qualquer dificuldade.

Operadoras

Segundo a diretora executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Vera Valente, o setor tem atendido imediatamente as resoluções normativas editadas pela ANS. Porém, as empresas discordam da exigência dos exames de anticorpos.

“As operadoras de planos e seguro de saúde associadas à FenaSaúde consideram que a cobertura dos testes sorológicos IgA, IgG e IgM não é a melhor alternativa para os pacientes com suspeita de covid, tampouco para o sistema de saúde suplementar. Tais testes não têm a mesma precisão do exame RT-PCR, considerado padrão-ouro e já coberto pelas operadoras desde março”.

Vera destaca que o monitoramento da qualidade dos dispositivos diagnósticos publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária indica que dos 85 testes rápidos já liberados pelo órgão regulador, 44,7% não possuem desempenho de acordo com o alegado pelo fornecedor. “Além disso, conforme mostrou a revista científica BMJ, em aproximadamente 34% dos casos os testes rápidos dão falso negativo”, afirma a diretora.

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