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No Dia da Consciência Negra, precisamos falar sobre representatividade

Uma menina pode sonhar que é mãe de uma boneca ou pensar que é parecida com ela. Quando falamos em crianças brancas, é fácil encontrar brinquedos que permitam este sonho. Mas será que é tão fácil encontrar a mesma representatividade para as meninas negras? O mesmo se dá quando o jovem negro começa a olhar para o mercado de trabalho: ele se vê na figura de médicos, engenheiros, advogados, líderes de grandes empresas e outras profissões que exigem formação especializada?

Segundo o estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Universidade de São Paulo (USP) – Demografia Médica do Brasil de 2020 – apenas 3,4% dos formandos em medicina são da cor preta, enquanto 24,3% se autodeclaram pardos e, a maioria, 67,1%, são brancos.

No Dia da Consciência Negra é necessário refletir na dinâmica que distribui o espaço profissional, as oportunidades e os direitos, além da representatividade, seja em brinquedos ou na publicidade. A data 20 de novembro traz luzes à luta e às reflexões acerca de equidade racial, relembrando a morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais líderes de luta e resistência negra no Brasil.

Publicidade negra

A publicidade brasileira tem passado por mudanças provocadas, em muita parte, pelas reflexões a respeito de estereótipos de beleza. A mulher branca, magra, com cabelos lisos, já não é mais unanimidade nas fotos de moda, por exemplo. Porém os passos ainda são lentos. É o que mostra a pesquisa TODXS, da Aliança sem Estereótipos, ONU Mulheres, de 2021.

O estudo elencou os índices de representatividade na mídia brasileira, destacando avanços desde 2015, mas, também, desnudando lacunas que ainda precisam ser preenchidas. A análise considera alguns períodos de 2021, focando em publicidade televisiva e mídia social.

Há uma entrada de modelos mais diversos, considerando gênero, etnias e características físicas variadas como cabelos encaracolados e corpos mais robustos. Além disto, passam a figurar mais homens em posição de cuidados domésticos e tarefas antes consideradas femininas; e mulheres como engenheiras, motoristas e em posições antes prioritariamente masculinas. Foi pouco constatada a presença de pessoas com deficiência na publicidade (cerca de 1,2%) e pessoas LGBTQIAP+ (não teve ponto percentual).

Em relação à população negra, que ocupa cerca de 56% da população brasileira, a sua presença em papéis protagonistas em narrativas publicitárias é ainda incipiente. O estudo aponta um aumento, porém ainda apenas em alguns setores.

Representatividade importa

Por que a representatividade é tão importante? Para pessoas brancas, a questão da representatividade não parece um problema. Elas estão acostumadas a serem representadas em altos postos da sociedade, na política, nos papéis principais das novelas, na propaganda de moda e, desde a infância, nos brinquedos.

Porém, quando a menina negra não encontra uma bonequinha com a mesma cor de sua pele ou com o cabelo parecido com o seu, inicia-se um processo de baixa autoestima, onde a pessoa já cresce sentindo-se desvalorizada pela sociedade. Quando a jovem negra não vê médicos de sua etnia, ela pode não sentir o encorajamento necessário para lutar pela profissão. Quando o jovem negro não vê representatividade de sua raça na Universidade, ele pode sentir que ali não é o seu espaço.

No Dia da Consciência Negra, a reflexão e o debate com empatia são necessários e salutares para toda a sociedade. Apoie esta causa.

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Escolher adotar é escolher amar: campanha aborda adoção de crianças com deficiência

A campanha do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) em 2022 teve como tema Escolher Adotar é Escolher Amar. A abordagem visa estimular a adoção de crianças e jovens com deficiência ou enfermidade. A adoção já envolve, naturalmente, diversas barreiras no Brasil. Os órgãos públicos têm empregado esforços para esclarecer os procedimentos e polícias de adoção, principalmente a adoção considerada “tardia” (crianças maiores de 3 anos), interracial, com irmãos ou com alguma deficiência.

Mas não somente os órgãos especializados devem atuar neste sentido. É necessário o comprometimento da sociedade em desmistificar certas questões e criar discussões em prol da percepção sadia da temática e do direito da criança e do adolescente. A adoção é um ato de amor e de generosidade. É uma oferta de acolhimento e proteção a uma nova vida dentro da família.

Dados do MMFDH de 2020 mostram que havia mais de 5 mil crianças e adolescentes prontos para a adoção no Brasil entre as mais de 34 mil abrigados em instituições de adoção e acolhimento. Quando não é possível que a criança ou jovem sejam adotados, há a possibilidade de encontrar uma família substituta, para prover, minimamente, uma convivência familiar e desenvolvimento pessoal.

Pessoas em qualquer estado civil podem adotar, sejam solteiras, viúvas ou casadas em união estável. Para verificar as diretrizes de adoção, há o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária que reúne informações importantes para os candidatos a adotar.

Busca ativa pela adoção

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou uma nova ferramenta para facilitar o processo de adoção por meio de uma busca ativa nacional. O intuito é promover o encontro de candidatos habilitados e crianças aptas à adoção cujas possibilidades via buscas no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) já tenham se esgotado.

Adoção da criança com deficiência

Das crianças em situação de acolhimento, há mais de 2 mil que não encontram pretendentes por possuírem algum problema de saúde ou deficiência. São 1.825 na região Sudeste, sendo 44% do total, seguida pelo Sul, Nordeste Centro-Oeste e Norte.

Há mais de 33 mil pessoas no Brasil com interesse em adoção, segundo o banco do Ministério, porém os perfis mais procurados são bebês brancos, sem deficiência e sem irmãos. Famílias que desejam adotar uma criança com deficiência ou doença crônica têm prioridade legal no atendimento e trâmite de processos. O Estatuto da Criança e do Adolescente também reforça a importância da sensibilização da sociedade para a questão.

Uma cartilha lançada pelo Ministério da Família, traz explicações sobre o processo de adoção, custos, tempo envolvido e outros detalhes, além de incentivar a adoção chamada “tardia” e de crianças com deficiência ou doenças crônicas. O material traz especificidades para cada tipo de adoção e dicas de filmes e outros materiais em vídeo que contam histórias inspiradoras. O guia do site Adoção Passo a Passo também traz preciosas dicas e informações.

Adotar crianças e jovens de qualquer idade é um ato de amor que precisa de atenção e disposição para cuidar, assim como ter um filho biológico. Quando se fala em crianças mais velhas ou com características especiais, como deficiências ou enfermidades, o nível de cuidado é o mesmo, porém com algumas necessidades diferenciadas, além do tempo e energia dedicados a depender da situação. A recompensa, em qualquer caso, é imensurável.

Se deseja adotar, busque informação, conheça outros casos e peça apoio. Adotar um filho é oferecer um novo mundo a uma criança.

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Adoção ou doação: um ato de amor

Adoção

Pensando em adotar um pet? “Pense bem”, é o que dizem. O conselho não é em vão. Assumir o compromisso de ser tutor de um animalzinho é se responsabilizar por outra vida e por toda a vida. Avalie os seus principais motivadores para adotar o bicho e quais os recursos disponíveis para honrar a missão até o fim.

A adoção de um animal não deve ser baseada apenas na própria satisfação, pois o ato requer trabalho e gastos extras. Adaptar-se com um novo bichinho em casa leva tempo, energia, paciência e dinheiro. Ainda assim é sinônimo de alegrias na maioria dos casos.

Você sabia que o contato com os animais pode melhorar a sua saúde mental?

Animais domésticos tiram a sensação de solidão e carência afetiva. Eles defendem a casa de insetos e outros bichinhos indesejados. Trazem rotina e responsabilidades que mantém a pessoa equilibrada. Quer saber mais sobre esses benefícios?

Leia mais sobre o assunto em nosso portal:

Como os animais podem ajudar nossa saúde mental e emocional

Doação

Mas infelizmente há situações que os donos resolvem não ficar com o animal. O que fazer neste caso? Segundo o portal e ONG Arca Brasil, a estimativa é que, de mais de 55 milhões de cães brasileiros, 10% estão sem um tutor humano ou lar. São mais de 200 mil cachorros na cidade de São Paulo sem um teto e sem alimento garantidos.

Se a pessoa realmente não tem como manter o animal, o correto é encontrar um caminho menos doloroso e legal, afinal, abandonar animais é crime (Lei 9.605/98). Nas ruas, o bicho tem mais chances de pegar e transmitir doenças ou ser vítima de crueldade e de acidente. O animal terá a separação como um trauma, por isso, prepare-o da melhor maneira possível.

O que fazer antes de doar o animal:

• Prepare-o com castração, vacinas e vermífugos;
• Verifique se consegue encontrar um lar;
• Caso não encontre, procure uma ONG ou lar temporário e, se for o caso, ajude financeiramente o local.

Os sites abaixo são boas referências para ajudar com aconselhamento ou resgate:

Antes de recorrer a abrigos, conscientize-se de que estes lugares sofrem carências de todos os tipos. Verifique a possibilidade de acolhimento e ofereça ajuda financeira ao local, além de incentivar amigos a fazer o mesmo.

O que não fazer antes de doar o animal:

Em hipótese nenhuma entregue o animal para pessoas desconhecidas sem verificar se o animal terá os cuidados que merece. Pense que o amiguinho já está passando por um trauma. Minimize as chances de uma nova tragédia na vida dele.

Jamais jogue o animal em lares que já possuem outros animais. Muitas pessoas pensam “se já tem vários bichos, um a mais não fará diferença”. Além da crueldade com o próprio animal, há o malefício ao cuidador que, provavelmente, gosta de bichos e terá dificuldades para mantê-los.

Diversos sites oferecem caminhos para cuidados e encaminhamento dos animais. Pesquise e seja responsável:

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Semana do Meio Ambiente: Atitudes que realmente contribuem para a sustentabilidade

A Semana Nacional do Meio Ambiente foi criada em 1981 para levar a sociedade a um maior engajamento com os cuidados ambientais, preservação da fauna e flora brasileiras e sustentabilidade como um todo. O período compreende os primeiros sete dias de junho e, na ocasião, iniciativas pública e privada promovem campanhas e ações de conscientização.

Nestas comunicações são veiculadas orientações para que as pessoas possam fazer a diferença em seus hábitos cotidianos. Porém, muito se fala sobre certas questões críticas para o meio ambiente sem que o público conheça todos os aspectos que envolvem aquela orientação, criando mitos ou direcionamentos incompletos.

Vamos conhecer alguns temas muito falados nas campanhas ambientais e o que os órgãos especialistas no assunto orientam:

Sacolinha plástica

Há muitas orientações sobre a necessidade de substituir a sacola plástica do supermercado pelos “sacolões de feira” ou pelas mais moderninhas ecobags. Porém, se o indivíduo usa a sacola do mercado como saco de lixo, ele já está dando um duplo uso para o material e evitando a compra do outro saco plástico. Portanto, especialistas orientam que, se a sacola servir para embalar o lixo, seu uso é justificável. Mas se a sacolinha for pequena ou estiver “sobrando” em casa, é urgente reduzir o seu uso, adotando as sacolas retornáveis.

Fonte: Instituto GEA

Separação e higienização do lixo para reciclagem

As vantagens da reciclagem são muitas: redução da poluição, além do desenvolvimento de novos negócios e mercados. Mas há desvantagens como os custos de coleta e reprocessamento. Há também o processo de higienização necessário para que o material siga para reciclagem. Por isso, muitas pessoas lavam os itens em casa, mas sem saber que isto pode ser uma atitude contrária ao propósito da reciclagem. Afinal, o item terá que passar por higienização de qualquer forma e o uso de água e produtos químicos envolvidos nestas lavagens pode não “compensar” ambientalmente. Por outro lado, o descarte de embalagens com alimentos pode dificultar o processo de seleção, pois dependendo de quanto tempo ficam em depósito podem acarretar mau-cheiro e presença de bichos. O ideal seria higienizar superficialmente em casa quando necessário.

Fonte: Natureza Viva

Descartáveis como vilões

O produto retornável é sempre melhor que o descartável ambientalmente falando. Entretanto, é importante ter bom senso, pois o material retornável precisa ser higienizado e este processo também impacta o meio ambiente.

Fonte: Pensamento Verde

Descarte de pilhas, remédios e outros materiais “tóxicos”

Para descartar remédios, o ideal é levá-los a uma farmácia ou unidade de saúde, sabendo que nem todos recebem de volta remédios vencidos. Busque o melhor ponto de descarte próximo à sua casa. No caso de pilhas, é obrigação do fabricante seguir com a logística reversa, portanto busque estabelecimentos ou assistências técnicas autorizadas para repassar os itens.

Fonte: eCycle

Plantar árvores como salvação

Plantar uma árvore não necessariamente fará a diferença no planeta, pois a planta precisa de anos par atingir a chamada maturidade biológica, na qual ela estará apta a capturar e segurar o carbono. O problema é que não há espaço para tantas árvores que realizem toda a captura da quantidade emitida de carbono pelo ser humano. Conforme o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, o plantio de árvores pode reduzir até 5% das emissões globais de CO2. Por isso, é necessário verificar outras formas de captura e, principalmente, redução das emissões.

Fonte: Organização das Nações Unidas (ONU)

Papel (e outros itens) reciclado

Não necessariamente o papel reciclado é melhor para o meio ambiente do que o branco. Há processos de reciclagem que possuem mais impactos ao meio ambiente do que o processo de produção de um papel branco. Uma atitude importante seria, ao comprar o papel, verificar os selos que garantem as boas práticas, desde o plantio das árvores usadas naquele material (plantas de reflorestamento) até a produção final. Exemplos de selos são o FSC (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal) e o CERFLOR (Certificação Florestal).

Fonte: Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel

Complexo? Nem tanto!

Mudar atitudes para reduzir os impactos ambientais pode parecer complexo, mas, de maneira geral, há algumas “dicas de ouro” que se aplicam em qualquer caso:

1) Evitar o desperdício: criar hábitos que reduzam o desperdício é a melhor forma de apoiar as causas ambientais. Analise como está o índice de desperdício de alimentos em sua residência, de energia elétrica, de água, de remédios e de cosméticos que passam do prazo de validade etc.
2) Evitar o consumismo e a estagnação de materiais: atente-se às roupas, sapatos e outros objetos parados no armário sem uso. Renove o ambiente e coloque os itens para “girar”;
3) Informar-se: busque a educação ambiental para si e para sua família, amigos, filhos. Dê a real importância ao tema.

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Dia Nacional da Consciência Negra: qual história esta data conta?

Em 20 de novembro, o Brasil relembra uma importante história de luta e resistência, que desenhou nossa cultura e marcou nossa sociedade. O Dia Nacional da Consciência Negra também é o Dia de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, localizado nas fronteiras de Alagoas e Pernambuco e conhecido como símbolo de resistência à escravidão. O dia foi constitucionalizado pela Lei nº 12.519, em 10 de novembro de 2011.

A história de Zumbi e do Quilombo dos Palmares

Zumbi dos Palmares é uma figura utilizada pelo movimento negro como simbologia para as reivindicações e conquistas. Porém, não é simples descrever a vida e luta de Zumbi. Há poucas fontes oficiais informando a respeito da trajetória deste homem. Sabe-se que Zumbi nasceu no Quilombo dos Palmares, o maior existente no Brasil, e que ele veio a liderar o movimento negro naquela comunidade.

A versão do jornalista chamado Décio Freitas é aceita por muitos historiadores e conta que Zumbi foi sequestrado do quilombo quando criança e recebeu a criação de um padre. Ao se tornar um jovem, Zumbi fugiu e voltou à sua origem, tornando-se um líder e defensor do quilombo, frente aos bandeirantes.

Zumbi teria sido morto em ação de resistência em 1695, no dia 20 de novembro, e por isso, a instituição da data.

O que são quilombos? Eles ainda existem?

Os quilombos surgiram quando se formaram comunidades de pessoas negras que fugiam da escravidão. Acredita-se que os quilombos sumiram com o fim da escravatura, porém eles ainda existem. São diversas comunidades chamadas quilombolas em vários estados brasileiros. O Ministério da Cultura mapeou, em 2019, 3.524 comunidades e o total de quase 5 mil moradores.

Por terem sido criados em regiões remotas a grandes centros, devido à necessidade de fuga, estes locais estão distribuídos hoje como aldeias na mata ou em montanhas. Seus moradores mantêm uma economia local, praticamente de subsistência, porém com algumas iniciativas de comércio.

O isolamento dificulta a troca de informações e conhecimento da população em relação ao cenário atual dos quilombos. Além disto, traz barreiras para o compartilhamento econômico. Por outro lado, ajudou a preservar a cultura e tradição destes povos, assunto este alvo de preocupação em relação ao respeito e preservação.

Para que serve o Dia da Consciência Negra?

A data traz uma mensagem além da homenagem à figura de Zumbi dos Palmares e tudo o que ela representa. Esta efeméride tornou-se mais significativa que o dia 13 de maio, data de abolição da escravatura. O fim da escravidão representaria uma falsa liberdade, uma vez que os negros, até então escravos, foram jogados às margens da sociedade, sem assistência ou qualquer iniciativa de reinserção.

Por isso, a data ressalta a necessidade de refletir sobre o racismo estrutural no Brasil e sobre as ferramentas de correção histórica. Afinal, a luta dos negros atualmente, pode não ser como a luta da época de Zumbi, porém traz complexidades que, muitas vezes, não são compreendidas em uma sociedade tão complexa.

A reflexão acerca do tema traz à tona duas questões primordiais: o racismo e a desigualdade em nosso país. Dados do IBGE (2019) apontam que a população brasileira é composta em 56% por pessoas negras ou pardas. Porém, na fatia dos mais ricos, estes representam somente 17,8% e, entre os mais pobres, são 75%.

Além da desigualdade econômica, o racismo estrutural impacta o mercado de trabalho, a liberdade religiosa e está presente no conceito de beleza e até mesmo no vocabulário popular. Expressões como “cabelo ruim” referindo-se a cabelos crespos é um exemplo. Trata-se de um padrão que requer cabelos lisos como “bem alinhados e bonitos” e que entende que a estrutura do cabelo crespo é “mal arrumada ou feia”. Religiões de raízes africanas também são alvo de preconceitos e, inclusive, perseguidas.

O Dia da Consciência Negra representa uma ótima data para se informar, conscientizar e tomar posição por um país mais justo, sem preconceitos e com oportunidades iguais para todos.

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Campanhas de incentivo à amamentação ganham força em agosto

Agosto Dourado e Semana Mundial do Aleitamento Materno: estas são duas campanhas que ocorrem no mês de agosto, um mês simbólico no incentivo ao aleitamento materno.

A amamentação deve acontecer desde a primeira hora de vida do recém-nascido, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Anualmente, agosto é marcado por ações de promoção à amamentação no Brasil e no mundo.

Este ano, com a pandemia de COVID-19, não será possível realizar as atividades presenciais e o conhecido “mamaço”, movimento mundial que reúne as mães em espaços públicos para juntas, darem de mamar para seus bebês. Mas a campanha continua com o mesmo foco: conscientizar sobre a importância do leite materno, desde os primeiros meses de vida do bebê, incentivando a amamentação.

A cor dourada foi escolhida por simbolizar o padrão ouro de qualidade do leite materno. É uma cor que percorre o mundo todo com o mesmo significado, sendo importante para reforçar a promoção e o apoio ao aleitamento.

A Semana Mundial do Aleitamento Materno acontece simultaneamente em 120 países, sendo oficialmente celebrada de 1º a 7 de agosto.

A cada ano a Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação (WABA) define o tema a ser trabalhado, criando materiais de divulgação que são traduzidos em 14 idiomas. Em 2020, o tema traduz uma tendência e necessidade atual do mundo: “A amamentação como chave para o desenvolvimento sustentável”.

Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde é o responsável pela adaptação do tema para a nossa realidade, com apoio de Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Sociedades de Classe e ONGs, Hospitais Amigos da Criança e Organismos Internacionais.

Importância e benefícios da amamentação

A Sociedade Brasileira de Pediatria e especialistas do mundo todo consideram que o leite materno é o melhor alimento para os recém-nascidos e para crianças com até dois anos de idade.

Amamentar o bebê logo após seu nascimento reduz significativamente os riscos de mortalidade neonatal e, quanto antes ocorrer a primeira mamada, maior é a chance de uma amamentação bem-sucedida, além de estimular e fortalecer o vínculo entre a mãe e o bebê.

O leite materno tem tudo o que a criança precisa até os seis meses de idade, por isso deve ser o alimento exclusivo nesse período.

Veja alguns benefícios do leite materno:

  • É a base para a formação e o fortalecimento do sistema imunológico;
  • Contribui para a maturação de alguns órgãos, que precisam de substâncias presentes exclusivamente no leite materno;
  • É fundamental para o desenvolvimento cerebral;
  • Protege contra infecções respiratórias, diarreia e alergias;
  • Reduz a mortalidade em crianças menores de 5 anos;
  • Diminui o risco de problemas de saúde na vida adulta, como colesterol alto, hipertensão, diabetes e obesidade;
  • Colabora com o desenvolvimento neurocomportamental, prevenindo autismo e TDAH.

Portanto, é muito importante que a amamentação comece logo após o parto e se estenda até os dois anos de idade ou o mais próximo disso possível.

As mamães que precisam sair para trabalhar precisam saber que o leite materno pode ficar armazenado até 12 horas na geladeira. No freezer dura até 15 horas. Ou seja, a mulher pode retornar tranquilamente às suas atividades profissionais sem ter quer parar de amamentar a criança!

Doação de leite materno

Por falar em armazenamento do leite materno, precisamos dar destaque a um ponto muito importante: a doação.

Assim como doar sangue, doar leite materno é um ato que ajuda a salvar vidas.

Bebês que nascem prematuros ou que precisam ficar internados em neonatais, muitas vezes não podem ser amamentados por suas mães. Com a doação eles conseguem receber esse alimento e todos os seus benefícios. Assim, o desenvolvimento da criança ocorre com mais saúde, aumentando as chances de sua recuperação.

Cada pote de 300 ml pode ajudar alimentar até 10 recém-nascidos em um dia. Mas qualquer quantidade pode ajudar muito.

Para o recém-nascido, dependendo do peso, apenas 1 ml de leite é suficiente para a boa nutrição em uma refeição. Então, se a doadora não conseguir encher um pote, não tem problema. Ela poderá levar o que conseguir tirar do seu leite para um Banco de Leite Humano próximo à sua casa.

Veja aqui informações sobre como coletar o leite materno para doação

Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH)

A rBLH tem a finalidade de promover, proteger e dar apoio ao aleitamento materno. Por isso, atua também para ajudar as mamães no período em que estão amamentando, com o auxílio de profissionais qualificados.

Pouca gente sabe, mas de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil possui a maior e mais complexa Rede de Bancos de Leite Humano de todo o mundo.

Sendo reconhecido mundialmente como modelo por fazer a distribuição do leite humano conforme as necessidades especificas de cada bebê, o que aumenta a eficiência do aleitamento e reduz a mortalidade neonatal. Além disso, possui um desenvolvimento tecnológico inédito, que alia baixo custo à alta qualidade.

Todo leite que é doado passa por uma análise e pasteurização, além de ser submetido a um controle de qualidade rigoroso antes de ser oferecido ao recém-nascido internado nas Unidades Neonatais.

Toda mãe que amamenta pode ser doadora. Basta ter uma boa condição de saúde e não estar tomando nenhuma medicação que possa interferir na amamentação.

Se este é o seu caso e você quer se tornar uma doadora de leite materno, pode ligar para o 136 e obter mais informações de como e quando doar. Ou encontre o banco de leite mais próximo de você, clique aqui.

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Ministério reúne voluntários para estudo clínico contra covid-19

Os testes serão feitos com o medicamento nitazoxanida

Equipes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) completam na próxima segunda-feira (6) uma rota de quatro municípios paulistas, com o objetivo de reunir participantes para aderir a um estudo clínico que irá investigar a eficácia da nitazoxanida no tratamento de covid-19. A ação #500VoluntáriosJÁ realizou hoje (2) sua segunda etapa, com passagem do ministro titular da pasta, Marcos Pontes, por Barueri.

Ao comentar o potencial do medicamento, um vermífugo prescrito para giardíase, entre outras infecções parasitárias, o ministro disse que, em análises in vitro, houve uma redução de 94% da carga viral do novo coronavírus.

Em meados de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baixou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 372/2020, proibindo farmácias de vender remédios à base de nitazoxanida sem receita especial em duas vias. “Não tomem remédio por conta própria, isso é importante”, alertou Marcos Pontes.

Em sua fala, o ministro também afirmou que “a má notícia é que essa não será a última pandemia” que a humanidade irá enfrentar e que, por essa razão, o governo brasileiro precisa se preparar para futuras adversidades. Ele destacou o valor da ciência para se fazer frente ao cenário que se instalou e a importância de se alocar recursos públicos para a área, o que, pontuou, “não se faz de um dia para o outro”. “A única maneira de vencer esse problema é a ciência”, sublinhou.

A ação foi iniciada nesta quarta-feira (1º), no Centro de Especialidades Odontológicas, Guarulhos, e segue amanhã (3) para Sorocaba. A mobilização termina em Bauru, na segunda-feira. As equipes receberão os voluntários na Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba e no Núcleo de Saúde Geisel, a partir de 10h.

Qualquer pessoa com mais de 18 anos de idade e que apresente sintomas de síndrome gripal pode se candidatar como voluntária ao experimento. Após serem submetidos a um teste RT-PCR, para confirmar o contágio de covid-19, os participantes do experimento irão ser acompanhados por oito dias pelas equipes do MCTI. Conforme a Agência Brasil apurou, consta da bula da que o medicamento é contraindicado em alguns casos, como para pessoas com doenças hepáticas (no fígado) ou doença renal.

Em nota, o ministério informou que foram identificados cinco remédios com potencial para combater a replicação do novo coronavírus. Chegou-se a essa lista após varredura em um sistema com 2 mil fármacos, feita com inteligência artificial, pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).

Em um documento divulgado ao final de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) cita a nitazoxanida entre outros medicamentos que estão sendo estudados como possibilidade de enfrentamento à covid-19. Os testes da substância também foram objeto de questionamento ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, no dia 23 de junho. Em audiência realizada por iniciativa da comissão do Congresso Nacional as ações de combate à crise sanitária, ele respondeu que, de fato, é necessário se obter evidência científica quanto à validade do medicamento no combate à covid-19.

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Compre do pequeno

Quer saber um jeito de economizar, comprar melhor e ajudar a sua comunidade?

Você já deve ter ouvido falar sobre o movimento “compre do pequeno” ou “compre de quem faz”. Há, sim, uma campanha do Sebrae chamada “Compre do Pequeno Negócio” que fala da importância de prestigiar as micro e pequenas empresas ao realizar suas compras. Mas o movimento não se restringe a uma única chamada. Já é um conceito. E se tornou mais forte no cenário de pandemia.

A ideia de comprar do pequeno é boa porque é ganha-ganha. Ao escolher um comércio local ou serviços nacionais você direciona dinheiro para sua própria comunidade. Isso é revertido em mais oportunidades de renda em sua região, como geração de empregos e espaço para novos negócios.

Um estudo do Sebrae mostra que as micro e pequenas empresas geram 52% dos empregos no País e representam 27% do PIB nacional.

Escolher um pequeno negócio para gastar seu dinheiro é um ato de cidadania. Muitas vezes, por causa da vida corrida, as famílias tendem a gastar em grandes redes, que oferecem estruturas maiores e mais variedades de produtos, preços e localidades. Porém, o pequeno pode oferecer um produto com mais qualidade ou um serviço mais especializado, além do atendimento personalizado. Em alguns casos, o proprietário ou funcionário do negócio pode até se tornar um amigo.

Quando você resolve conhecer as alternativas de consumo do seu bairro, você pode descobrir possibilidades de pouco deslocamento ou até facilidades como entrega em casa.

Os benefícios para a economia local

Esta simples escolha pode trazer impactos decisivos para a valorização de bairros e espaços urbanos. Afinal, uma região que possui pequenos negócios famosos por sua qualidade e bom atendimento receberá visitantes resultando em maior circulação de pessoas e, consequentemente, de dinheiro. Isso abre a oportunidade de outros negócios complementares pegarem carona no movimento.

Além disso, a circulação mais diversa de capital contribui para uma melhora geral no cenário econômico. Muita gente não imagina que comprar de uma micro ou pequena empresa contribui para a recuperação da economia. Segundo o Sebrae (dados de 2019), os 10 milhões de pequenos negócios brasileiros representam mais de 95% do total de empresas nacionais e são responsáveis por 27% do PIB e mais da metade dos empregos formais do país. São eles quem pagam salário a 17 milhões de empregados formais. Mesmo neste ano atípico e desafiador, os pequenos negócios ajudam a segurar empregos, pois, muitas vezes, não possuem “gordura” para cortar. Infelizmente, o maior desafio da micro e pequena empresa é segurar-se em pé em momentos de forte turbulência como agora.

Saindo um pouco dos negócios de bairro, consumir o que é nacional também é uma forma de contribuir para uma oxigenação da economia local. Seja valorizando o conteúdo de nosso País – como filmes, séries e música – comprar e divulgar as indústrias ou as soluções online etc. você estará deixando o dinheiro por aqui e gerando mais efeito ganha-ganha.

Aos que querem vender…

Neste período de pandemia, as pessoas começam a comprar menos, pois:

  • Estão ficando mais em suas casas;
  • Estão perdendo suas fontes de renda parcial ou totalmente;
  • Estão incertas em relação ao futuro.

Neste caso, é necessário compreender as novas dinâmicas e necessidades das famílias (B2C) e das empresas (B2B). Uma peça chave para o micro e pequeno negócio é a capacitação, tanto do empreendedor, quanto de seus funcionários. Se não é possível, no momento, investir em cursos, faça rodada de ideias e analisem juntos os cenários e demandas.

O próprio Sebrae oferece conteúdo e soluções para os pequenos negócios. Busque seus canais de atendimento para verificar as possibilidades.

Talvez seja necessário modificar o seu leque de produtos e serviços temporariamente ou, até mesmo, aderir a novas maneiras de oferecer seus préstimos. Busque por grupos de empreendedores do seu ramo ou correlatos. Há muitos representantes de segmentos se reunindo virtualmente para trocar boas práticas, ideias e testar novos modelos. Se você não conhece nenhum grupo, busque você mesmo reunir pessoas. Boas ferramentas para realizar uma pesquisa neste sentido, de grupos ou de pessoas, são o LinkedIn ou as associações de segmentos.

Aos que querem comprar do pequeno e fazer a diferença!

As dicas abaixo servem para as pessoas que desejam aderir ao movimento e, ao mesmo tempo, contribuir com o comércio local.

  • Ao negociar descontos, lembre-se de que o pequeno, muitas vezes, não possui escala suficiente para competir em preços com o grande. Se o valor está parecido, vale a pena abrir mão do desconto, que, muitas vezes, não fará diferença para quem compra, mas contará para o empreendedor que precisa manter as portas abertas;
  • Se você não encontrou o que deseja no mercadinho ou se sua empresa não se deparou com uma solução naquele prestador de serviço, comente isso com o gerente ou proprietário. Na medida do possível, explique o que você precisava, por que não deu certo etc. Deste modo, o pequeno empresário pode ter um termômetro daquilo que as pessoas estão buscando. Se for um negócio online, dê feedback pelo canal disponível;
  • Não faça uma avaliação negativa já no primeiro contato nas plataformas online. Se você não teve uma boa experiência no local, busque entender o momento daquele empreendimento. Será que foi uma situação pontual? Às vezes, uma avaliação negativa de um pequeno negócio em uma plataforma virtual (como Google, TripAdvisor, redes sociais etc.) pode atrapalhar, e muito, o desenvolvimento daquele negócio. Se possível, na primeira vez, dê um feedback negativo pessoalmente ou por meio de um canal mais privado, como um e-mail.

Que você faça boas escolhas de consumo e que, cada vez mais, o ganha-ganha seja praticado em nossa sociedade!

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Reciclagem de materiais

Conheça os pontos de coleta seletiva de rua no seu bairro, em São Paulo/SP.

Consulte os dias e horários da coleta seletiva de acordo com a região:

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Reciclagem de radiografias

A falta de informação de toda a população gera danos irrecuperáveis ao meio ambiente.

Enquanto o Brasil não substitui todas os exames de imagens por imagens digitais é importante continuarmos reciclando as chapas de radiografias para minimizar os danos ambientais

Conheça mais sobre os danos causados pelos filmes radiográficos ao ambiente nesta reportagem da TV Cultura

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