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Dezembro Vermelho: a luta pela prevenção da Aids e das ISTs

Em dezembro, a cor da vez é o vermelho, marcando a campanha nacional pela luta contra a Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A abordagem é sempre a prevenção, mas também se fala da assistência, dos direitos e da não discriminação das pessoas infectadas com o HIV, vírus que causa a Aids. A campanha, disseminada pelos órgãos públicos e iniciativa privada, é composta de veiculação de informações, uso da cor vermelha em iluminação de prédios e eventos educativos. Aproveite o movimento para se informar e alertar seus familiares e amigos.

Aids: o grande tema do Dezembro Vermelho

O vírus causador da Aids é o HIV, cuja sigla significa, em português, Vírus da Imunodeficiência Humana. O HIV é um tipo de “retrovírus”, ou seja, um vilão do sistema imunológico, defensor do organismo contra doenças e agentes estranhos. O vírus ataca as células chamadas linfócitos T CD4+, alterando o seu DNA e produzindo cópias desta célula alterada. Deste modo, rompe o linfócito e sai em busca de outras células para infectar, disseminando-se no organismo.

Há algumas décadas, esta incurável doença tinha um tratamento capaz apenas de atenuar ligeiramente os sintomas. O paciente que contraía o vírus não recebia uma longa expectativa de vida segundo os médicos. Hoje o quadro é diferente. Os medicamentos antirretrovirais modernos, chamados popularmente de “coquetéis”, anulam a multiplicação do vírus, impedindo a queda brusca da imunidade. Atualmente, apesar de não haver cura definitiva para a doença, os pacientes com Aids podem viver normalmente se seguirem com o tratamento.

De qualquer forma, a doença é caso de saúde pública e a prevenção é a melhor maneira de evitar novos contágios. A pessoa soropositiva, que pode ou não ter desenvolvido a Aids, é potencial transmissora do vírus em relações sexuais sem proteção, ao compartilhar seringas ou no caso de mães que podem passar o vírus para seus filhos na gestação ou amamentação. Em todos os casos, a transmissão só ocorre quando há desproteção. Sendo assim, o recado da campanha é: faça o teste e proteja-se em qualquer situação de risco.

IST: outro tema do Dezembro Vermelho

Infecções Sexualmente Transmissíveis são causadas por microrganismos como vírus e bactérias, entre outros. Sua transmissão, como diz o nome, é efetivada, principalmente, no contato sexual de qualquer modo (oral, vaginal ou anal) sem proteção por preservativo. É raro, mas as ISTs também podem ser passadas a outra pessoa por meio de contato de mucosas ou pele aberta (cortada, por exemplo) que contenham secreção contaminada.

As ISTs mais comuns são, além do HIV:

• HPV (tem vacina);
• Herpes genital;
• Cancro mole
• Doença Inflamatória Pélvica (DIP);
• Gonorreia;
• Sífilis

O lema é “prevenção”

Tanto para a Aids, quanto para as IST, o lema é o mesmo: prevenção sempre! Por isso, é fundamental a disseminação da importância do uso do preservativo, seja masculino ou feminino, nas relações sexuais. O encorajamento ao diagnóstico, por meio do teste gratuito na rede pública, também é importante. O paciente que descobre a doença precocemente tem mais chances de obter um tratamento bem-sucedido e mais qualidade de vida.

Quando infectada pelo HIV, a pessoa não apresenta sintoma imediato. Por isso, ao perceber exposição, é importante a realização de teste. Além do preservativo, alguns protocolos, quando aplicados nos primeiros dias de exposição, também impedem que a infecção se manifeste. Estes tratamentos estão disponíveis no SUS.

O desafio na conscientização da população é grande. A campanha Dezembro Vermelho vem dar luz ao tema. Informe-se com qualidade. Na dúvida, procure um médico. Este artigo tem caráter apenas informativo.

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Qualidade do sono como um fator importante para a saúde física e mental

A qualidade do sono interfere diretamente na qualidade de vida das pessoas, impactando no humor, capacidade de raciocínio, imunidade e força física. Para se ter saúde física e mental é preciso ter momentos de restauração de qualidade.

Este período é utilizado pelo organismo para executar algumas funções que só podem ser realizadas no momento de dormência, como mentais, endócrino e cardiovasculares. Durante o sono, diversas atividades neurológicas, hormonais, químicas e elétricas são desencadeadas. Quem não dorme bem pode ter a imunidade reduzida ou doenças decorrentes da impossibilidade de permitir que o organismo funcione adequadamente.

Grande parte da população brasileira dorme mal, é o que relata o estudo da Associação Brasileira do Sono (2019). A pesquisa mostrou que 65% dos entrevistados afirmaram ter dificuldades em dormir na quantidade e qualidade adequadas. O dado é preocupante, uma vez que o sono bem aproveitado ajuda a fortalecer o organismo contra uma série de doenças, inclusive crônicas.

Horas de sono

Quanto tempo a pessoa tem que dormir para obter os benefícios do sono? O apontamento clássico diz ser 8 horas para um adulto saudável. Porém ao longo da vida, esta média pode mudar, assim como o estilo de vida e perfil da pessoa pode alterar o tempo adequado. Em média, o período de sono deve ser o seguinte para cada faixa etária:

  • Recém-nascidos: de 14 a 18 horas;
  • Criança e jovem até 14 anos: entre 10 e 13 horas;
  • Adulto: de 7 a 9 horas;
  • Idosos a partir de 60 anos: de 6 a 8 horas

Existem aquelas pessoas que se dizem restauradas com apenas 5 horas de sonos. Outras dizem precisar de algo acima das 10 horas. Dependerá do hábito, genética, nível de exercício físico, entre outros fatores. Mas, há um fator muito importante a ser observado: a qualidade do sono.

Qualidade do sono

Não basta dormir a quantidade de horas certa. Tem que dormir bem. Mas, o que é dormir bem? Um bom parâmetro é entender como a pessoa está acordando no dia seguinte. Se está disposta ou se está se sentindo cansada desde o momento em que desperta. Se a pessoa apresenta períodos de sonolência pesada, trata-se de um forte indicador de má qualidade ou poucas horas de sono o que, além de ser perigoso à saúde, pode ser gravemente danoso à segurança do indivíduo, ainda mais se tratando de pessoas que costumam dirigir ou que trabalham em atividades de risco.

O sono ideal passará por todas as fases e será prolongado nas fases mais profundas. Entenda cada fase, segundo explicação do Instituto do Sono:

• Estágio 1 do sono não-REM
Primeira fase que levará à transição para o sono. É a hora do soninho leve, olhos lentos e músculos relaxados. Algumas pessoas têm espasmos. As ondas cerebrais estão se modificando.


• Estágio 2 do sono não-REM
Fase antes do sono profundo. Batimento cardíaco, respiração e temperatura corporal caem. Atividade muscular e dos olhos praticamente cessam. Breves surtos de atividade elétrica distinta que ajudam a pessoa a se manter dormente mesmo com pequenos estímulos externos. Esta fase aumenta com o passar do tempo e pode ocupar até metade da noite.


• Estágio 3 do sono não-REM
Fase do sono profundo e importante para a qualidade do descanso. Maior relaxamento dos músculos, cérebro e coração. Etapa na qual ocorre a secreção do hormônio de crescimento, estímulo à criatividade e à perspicácia, além de beneficiar a imunidade.


• Sono REM
Etapa além do sono profundo onde o corpo retorna as atividades no mesmo ritmo da fase acordada, porém tendo a atividade muscular desligada. É aquela etapa em que algumas pessoas têm a impressão de acordar e não conseguir se mexer, mas são exceções. Esta fase pode aparecer várias vezes durante a noite e é importante para a manutenção das funções cognitivas (memória, raciocínio, atenção, criatividade) e do bem-estar.

Dicas para dormir melhor

Cada pessoa tem suas peculiaridades e rituais para dormir. Via de regra, são benéficas à qualidade do sono:

  • Ter hora de dormir e hora de acordar, para que o relógio biológico fique mais obediente;
  • Usar roupas limpas e leves para dormir;
  • Nutrir-se com alimentos leves e não estimulantes após o anoitecer;
  • Praticar atividade física;
  • Manter-se longe de aparelhos luminosos nas horas que antecedem o sono (celulares, computador, TV);
  • Cuidar do stress e ansiedade, pois pessoas com estes quadros tendem a ter menos qualidade de sono;
  • Em alguns casos, elementos naturais como essências e chás relaxantes podem ajudar. Consulte seu médico ou especialista.

Cuide da qualidade do seu sono e boa noite!

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No Dia da Consciência Negra, precisamos falar sobre representatividade

Uma menina pode sonhar que é mãe de uma boneca ou pensar que é parecida com ela. Quando falamos em crianças brancas, é fácil encontrar brinquedos que permitam este sonho. Mas será que é tão fácil encontrar a mesma representatividade para as meninas negras? O mesmo se dá quando o jovem negro começa a olhar para o mercado de trabalho: ele se vê na figura de médicos, engenheiros, advogados, líderes de grandes empresas e outras profissões que exigem formação especializada?

Segundo o estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Universidade de São Paulo (USP) – Demografia Médica do Brasil de 2020 – apenas 3,4% dos formandos em medicina são da cor preta, enquanto 24,3% se autodeclaram pardos e, a maioria, 67,1%, são brancos.

No Dia da Consciência Negra é necessário refletir na dinâmica que distribui o espaço profissional, as oportunidades e os direitos, além da representatividade, seja em brinquedos ou na publicidade. A data 20 de novembro traz luzes à luta e às reflexões acerca de equidade racial, relembrando a morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais líderes de luta e resistência negra no Brasil.

Publicidade negra

A publicidade brasileira tem passado por mudanças provocadas, em muita parte, pelas reflexões a respeito de estereótipos de beleza. A mulher branca, magra, com cabelos lisos, já não é mais unanimidade nas fotos de moda, por exemplo. Porém os passos ainda são lentos. É o que mostra a pesquisa TODXS, da Aliança sem Estereótipos, ONU Mulheres, de 2021.

O estudo elencou os índices de representatividade na mídia brasileira, destacando avanços desde 2015, mas, também, desnudando lacunas que ainda precisam ser preenchidas. A análise considera alguns períodos de 2021, focando em publicidade televisiva e mídia social.

Há uma entrada de modelos mais diversos, considerando gênero, etnias e características físicas variadas como cabelos encaracolados e corpos mais robustos. Além disto, passam a figurar mais homens em posição de cuidados domésticos e tarefas antes consideradas femininas; e mulheres como engenheiras, motoristas e em posições antes prioritariamente masculinas. Foi pouco constatada a presença de pessoas com deficiência na publicidade (cerca de 1,2%) e pessoas LGBTQIAP+ (não teve ponto percentual).

Em relação à população negra, que ocupa cerca de 56% da população brasileira, a sua presença em papéis protagonistas em narrativas publicitárias é ainda incipiente. O estudo aponta um aumento, porém ainda apenas em alguns setores.

Representatividade importa

Por que a representatividade é tão importante? Para pessoas brancas, a questão da representatividade não parece um problema. Elas estão acostumadas a serem representadas em altos postos da sociedade, na política, nos papéis principais das novelas, na propaganda de moda e, desde a infância, nos brinquedos.

Porém, quando a menina negra não encontra uma bonequinha com a mesma cor de sua pele ou com o cabelo parecido com o seu, inicia-se um processo de baixa autoestima, onde a pessoa já cresce sentindo-se desvalorizada pela sociedade. Quando a jovem negra não vê médicos de sua etnia, ela pode não sentir o encorajamento necessário para lutar pela profissão. Quando o jovem negro não vê representatividade de sua raça na Universidade, ele pode sentir que ali não é o seu espaço.

No Dia da Consciência Negra, a reflexão e o debate com empatia são necessários e salutares para toda a sociedade. Apoie esta causa.

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Novembro Azul: um alerta para a saúde do homem

Novembro Azul é uma campanha mundial que começou em 2003, na Austrália, inspirada pelo movimento Outubro Rosa, que também ganhou repercussão internacional. O objetivo deste grande movimento é alertar a população masculina sobre questões relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata. De alguns anos para cá, a campanha passa a abranger demais doenças majoritariamente masculinas.

O câncer de próstata é protagonista e originador do movimento, pois a doença é fatal para mais de 28% dos homens com tumores malignos. No Brasil, morre um homem a cada 38 minutos por causa deste câncer. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA), ano 2021. Este câncer é o segundo tipo mais presente na população masculina. O índice de diagnóstico deste câncer em um ano é de mais de 65 mil novos casos. A boa notícia é que, assim como o câncer de mama nas mulheres, se detectado no início, o câncer de próstata chega a mais de 90% de chance de cura.

Prevenção e diagnóstico precoce: o melhor caminho para o câncer de próstata e outras doenças

Os homens, a partir dos 50 anos de idade, devem realizar consultas anuais ao urologista, que indicará exames preventivos como o de sangue e o de toque retal. Caso haja histórico familiar, o ideal é que estes cuidados sejam adotados a partir dos 45 anos.

Homens, por sua vez, são menos inclinados a realizar consultas preventivas e a prestar atenção em questões de saúde. A pandemia piorou o quadro, pois dificultou as consultas preventivas regulares. A Sociedade Brasileira de Urologia aponta que, após 2020, houve uma queda de 27% nos exames de PSA (exames de sangue voltados à identificação de câncer) e de 21% nas biópsias de próstata. Por outro lado, o Ministério da Saúde registrou alta na mortalidade por câncer de próstata – 10% em cinco anos – segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

Muitos homens não querem realizar o exame de toque retal devido à vergonha, desconforto ou preconceitos. Porém, segundo o INCA, este procedimento é decisivo no diagnóstico precoce de pelo menos 20% dos pacientes acometidos por câncer de próstata. Por sua vez, como já vimos, o diagnóstico precoce é fator fundamental para a cura do paciente.

O câncer de próstata não apresenta sintomas desde o início. A próstata é uma glândula de cerca de 20 gramas alojada no sistema reprodutor masculino, logo abaixo da bexiga, e parecida com uma castanha. Esta glândula começa a ter uma multiplicação desordenada de suas células e incha, sem necessariamente ser percebida pela pessoa.

Caso não seja tratada, esta multiplicação desordenada das células forma tumores que podem crescer rapidamente e espalhar-se por outros órgãos, o que pode trazer um tratamento difícil e até mesmo o óbito do paciente. O tumor pode ainda provocar dores e impactos em outros órgãos como sistema urinário, levando a infecções e até mesmo insuficiência renal. Em estágio avançado, as chances de cura caem drasticamente, sendo que cerca de 95% dos tumores não respondem a tratamento.

Informação e cuidado pela prevenção e cura do câncer de próstata

Informar-se e ajudar a quebrar tabus em relação aos cuidados com a saúde é o primeiro passo para a melhora do quadro. O Ministério da Saúde e o INCA lançaram a cartilha “Câncer de próstata: vamos falar sobre isso?”. Clique aqui para baixar e se informar.

Os fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de próstata são:

• Predisposição genética
• Idade avançada (75% dos casos aparecem em homens com mais de 65 anos)
• Maus hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool, açúcares, obesidade, sedentarismo etc.
• Exposição a substâncias tóxicas (químicos industriais, agrotóxicos, fuligem etc.) sem a devida proteção.

O papel da campanha Novembro Azul é informar e conscientizar, quebranto mitos e preconceitos. Os cuidados preventivos com a saúde visam minimizar danos e promover maiores percentuais de cura.

Não deixe sua saúde de lado por medo, desinformação ou preconceito. Informe-se em fontes confiáveis e cuide-se. Lembre-se de que o diagnóstico e a indicação de tratamento devem ser sempre realizados por um médico.

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Cigarro eletrônico: melhor ou pior para a saúde que o cigarro convencional?

Cigarros eletrônicos ou vaporizadores são, hoje, moda entre jovens. Práticos e aceitos em ambientes fechados por não deixarem o odor do cigarro convencional, ganharam o gosto dos frequentadores de bares, festas e outros eventos. Tecnológicos, com sabores e aromas agradáveis, parecem inofensivos, como se fossem uma alternativa saudável ao cigarro de tabaco comum.

Porém, este cigarro esconde males tão perigosos quanto os do cigarro tradicional e o problema fica mais grave quando se vê jovens fazendo uso indiscriminado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estes dispositivos liberam um vapor carregado com mais de 80 substâncias nocivas à saúde, por exemplo, nicotina, substâncias cancerígenas e metais pesados. Além destas, há até mesmo elementos com potencial explosivo. Estes fatores ficam disfarçados pelos sabores e aromas artificiais.

Devido à alta toxicidade, os vaporizadores também podem causar diversas doenças como enfisema pulmonar e outros problemas crônicos respiratórios, doenças cardiovasculares e câncer.

Cigarro eletrônico pode explodir?

Além da intoxicação, existe ainda o risco de explosão. Há vários relatos de acidentes envolvendo dispositivos de fumo eletrônico. Um exemplo que ganhou notoriedade nacional foi o ocorrido com o músico Lélio Guedes, no Distrito Federal. Na matéria do Portal IG, é divulgado o vídeo com o momento exato da explosão. O músico conta que decidiu divulgar o caso amplamente para desestimular as pessoas a utilizarem estes cigarros e até mesmo para alertar um possível problema em todo o lote.

Fonte: Cigarro eletrônico explode na boca de músico em Brasília

Estudo sobre cigarros eletrônicos, de 2019, elaborado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e Ministério da Saúde, também mostra diversos casos de acidentes com estes dispositivos.

Fonte: “Cigarros eletrônicos: o que sabemos? Estudo sobre a composição do vapor e danos à saúde, o papel na redução de danos e no tratamento da dependência de nicotina”

Anvisa não permite comercialização de cigarros eletrônicos

A Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa (RDC nº 46), de 2009, diz que a comercialização, importação e propaganda dos cigarros eletrônicos são proibidas no Brasil. Segundo o órgão, isto deve-se ao fato de não haver evidências ou dados científicos para estabelecer níveis seguros de consumo deste tipo de substância.

E o narguillé?

O narguilé, assim como o cigarro eletrônico, exala substâncias tóxicas, possui riscos disfarçados e serve como porta de entrada para o tabagismo. Seu mecanismo filtra um pouco mais as toxinas, porém sua sessão de uso é mais longa que a de um cigarro comum. Por isso, não perde em malefícios para o cigarro eletrônico e o convencional.

Tabagismo, de acordo com a OMS, é uma doença crônica e epidêmica, além de um grave problema de saúde pública. Além do adoecimento físico e causa de morte precoce, ainda pode levar a transtornos mentais e de comportamento (uso de substâncias psicoativas). É um hábito maléfico que pode trazer mais de 50 tipos de doenças, muitas delas fatais. No mundo, são mais de 5 milhões de mortes por ano decorrentes do tabagismo; e no Brasil, mais de 200 mil mortes anuais.

O diferencial dos cigarros eletrônicos está em como seduziram os jovens e, agora, se tornaram o vilão para os pais e para os sistemas de saúde, uma vez que, fatalmente, estas pessoas, hoje na juventude, poderão sentir os prejuízos no futuro.

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Obesidade infantil: um problema de saúde pública que requer conscientização e informação

No dia de Prevenção sobre a Obesidade, a melhor atitude é informar-se e disseminar conhecimento sério sobre o assunto. Muitas famílias não sabem o que fazer a respeito da situação ou, pior, negam o problema. O mais preocupante é o crescente número de crianças com obesidade. Segundo dados do Ministério da Saúde de 2006, o excesso de peso em crianças da faixa etária de 5 anos era de 6,6%. Em 2019, o número passou para 10%. Estima-se que a pandemia acelerou ainda mais esta crescente.

Estudos mais recentes, de 2021, indicam que 6,4 milhões de crianças têm excesso de peso e 3,1 milhões já apresentam quadro de obesidade. A vida na pandemia deixou as crianças com menos acesso à atividade física e com mudanças na rotina alimentar, além de redução das visitas médicas de rotina.

A obesidade infantil

A obesidade é um quadro decorrente do excesso de tecido adiposo na composição corporal. Trata-se de uma doença crônica que, geralmente, associa-se com outras comorbidades como pressão alta, alergias, diabetes etc.). O sobrepeso é uma condição anterior à obesidade, quando o corpo apresenta um peso acima da faixa ideal. Ambas as condições são muito comuns na população adulta, chegando a 60% das pessoas no Brasil. Entre as crianças menores de 2 anos, o excesso de peso chega a 15%; naquelas de 2 a 5 anos, a taxa é 12%; já nos adolescentes, o índice vai para perto de 30%.

Obesidade: é sempre melhor prevenir

A obesidade traz fatores de risco muito claros que têm tudo a ver como estilo de vida da família e dos pais. Começa na gestação com o índice de massa da mãe, ganho de peso durante a gravidez e alimentação. Na primeira infância, a oferta de alimentos inadequados e o não aleitamento materno podem estimular um futuro quadro de sobrepeso. Depois disto, o risco vem das rotinas alimentares baseadas em alimentos industrializados, dos refrigerantes e sucos artificiais, além das porções maiores que o ideal. Sedentarismo é outro fator que leva ao ganho de peso acima do adequado, pois não provoca o gasto calórico dos alimentos processados e lanches gordurosos.

Como saber se meu filho está com sobrepeso

Crianças e jovens com risco de sobrepeso devem passar por consultas médicas de acompanhamento. Eles serão avaliados primeiramente de acordo com as medidas peso X altura X idade, obtendo o Índice de Massa Corporal (IMC). O IMC é comparado à curva definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O especialista de saúde também verificará outros fatores para diagnosticar.

Muitas famílias têm resistência a reconhecer o excesso de peso em seus filhos. Os motivos são diversos. Pode ser pelo fato de os pais também estarem com sobrepeso ou obesidade, por medo da cobrança da sociedade ou de preconceitos, ou por falta de informação. Pessoas de outras gerações, que não viviam esta realidade de índice de obesidade que temos hoje, tendem a preferir crianças mais gordinhas, pois seria sinal de força e saúde.

Por isso, a informação vinda do médico e de outros especialistas de saúde (nutricionista, educador físico) é tão importante. Os profissionais vão ajudar a família a identificar o problema e a regular os novos hábitos da criança ou do jovem. É comum que toda a família tenha que passar por um processo de transformação do estilo de vida. Até mesmo a escola deve ser envolvida, pois é lá que os pequenos passam boa parte do tempo.

Hábitos que evitam ou melhoram o quadro de sobrepeso e obesidade

De maneira geral, há um conjunto de hábitos básicos que vão prevenir o ganho excessivo de peso nas crianças e jovens. Veja:

Consumo de água pura: estimule a criança a tomar muita água sem misturas como pozinhos, sucos ou refrigerantes. Deixar as bebidas adoçadas apenas para alguns momentos da semana;
Consumo de frutas e vegetais: eles devem estar presentes em todas as refeições. Caso a criança recuse, é preciso insistir, entendendo quais opções e preparos podem ser mais palatáveis;
Redução de alimentos industrializados e doces;
Estímulo a brincadeiras que façam a criança se mover: passeios a parques e praças, bicicleta, patins, jogos com bola, piscina, brincadeiras com cachorro, dança, caminhadas em lugares diferentes etc. São várias opções que fazem os pequenos se movimentarem. Os pais devem cultivar o hábito de realizar estas atividades durante o fim de semana e encaixá-las na rotina nos dias de semana da maneira que for possível;
Colocar limites a telas desde pequenos: a nova geração de pais enfrenta o problema da sedução da tecnologia em relação aos pequenos. É difícil tirá-los das telas, pois são muitos os atrativos. Estabelecer regras dentro da rotina da família, de acordo com a faixa etária, é a melhor opção;
Esportes e atividades programadas: os pais geralmente têm vidas apressadas devido ao trabalho e outras obrigações. Para garantir que a criança realize atividades com frequência, é importante matricular em academias e clubes de esporte e danças. Caso os pais não tenham como pagar por atividades particulares, podem buscar opções de programas públicos em seus estados e municípios.

É fundamental que pais e tutores não sejam julgados pela sociedade devido às condições de saúde de seus filhos, pois esta situação só leva mais desinformação e resistência aos tratamentos. A sociedade deve cobrar políticas públicas que ofereçam mais espaços e opções para atividades físicas. A obesidade infantil é um problema de saúde pública a ser enfrentado por todos.

O Ministério da Saúde disponibiliza os Guias para alimentação de crianças e adultos. Informe-se e repasse a quem possa se beneficiar.

Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos;

Guia Alimentar para a população brasileira

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Outubro Rosa: conheça o movimento pela saúde da mulher que mais cresce no mundo

De onde surgiu a ideia de deixar tudo mais rosa no mês de outubro para lembrar a importância da prevenção ao câncer de mama? Veio da Fundação Susan G. Komen for the Cure, movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, no início dos anos 90. Desde então, o movimento cresceu no mundo todo e atinge cada vez mais o seu objetivo: informar e estimular mulheres a realizar exames preventivos para identificar precocemente tumores na mama.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer de mama é o tipo mais comum em mulheres no mundo, em qualquer tipo de país, sejam desenvolvidos ou em desenvolvimento. No ano de 2020, foram registrados mais de 2 milhões de novos casos, uma fatia de 24,5% de todos os tipos de cânceres ocorridos em mulheres. Em 2021 no Brasil, foram mais de 66 mil novos registros de câncer de mama, sendo que esta doença é a que mais mata mulheres no país. A incidência e mortalidade por este tipo de câncer são mais altas nas regiões Sul e Sudeste.

A importância e como identificar precocemente o câncer de mama

Quanto antes o nódulo cancerígeno for identificado na mama, maiores as chances de cura total e de um tratamento menos agressivo para a paciente. O diagnóstico precoce é o maior aliado em qualquer caso de câncer.

No câncer de mama, chega-se a 95% de chances de cura com a identificação precoce. As chances de cura são bem maiores quando o câncer é descoberto no início devido ao fato de o carcinoma não ter se espalhado ou ter um tamanho relativamente menor.

Os exames mais comuns para a detecção de um tumor e análise de suas características são: a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética. Estes exames devem ser realizados conforme a indicação médica. A consulta médica preventiva ao médico ginecologista deve ser anual em mulheres de saúde regular.

Há também um exame mais inovador, desenvolvido para identificar predisposição hereditária, que registra as mutações germinativas nos genes BRCA1 e BRCA2, associados ao câncer de mama, do pâncreas e de ovário. O método pode ser aplicado em mulheres ou homens e recomendado àqueles que possuem histórico familiar de cânceres.

Ainda antes dos exames acima, indicados pelo médico, há um procedimento simples que pode ser realizado diariamente em casa: o autoexame das mamas. Consiste em apalpar as mamas com o braço em diversas posições (braço da mama que está sendo apalpada erguido ou abaixado) e apertar o bico do seio para identificar aparições de líquidos. Notando as deformidades abaixo descritas, a pessoa deve procurar imediatamente seu médico.

• No caso das mulheres com 50 anos ou mais: qualquer nódulo mamário;
• Mulheres de 30 a 50 anos: nódulos mamários que se estabelecem por mais de um ciclo menstrual.

Caso seja identificado o nódulo em alguns dos exames diagnósticos, a confirmação se dará com a biópsia, ou seja, extração do material cancerígeno e análise em laboratório.

Os principais sinais de atenção são:

  • Nódulo endurecido, fixo e indolor na mama ou presença de pequenos nódulos ao redor (pescoço, axilas);
  • Pele da mama avermelhada ou semelhante à casca de laranja;
  • Alterações no bico do peito (mamilo);
  • Presença de líquido saindo do mamilo.

As causas são diversas para os cânceres, e nem sempre são muito precisas. Incidência de câncer e outras doenças estão relacionadas ao envelhecimento, histórico familiar, exposição à radiação e hábitos de vida como: nível de atividade física, alimentação, consumo de álcool e drogas, tabagismo e stress. No caso do câncer de mama, também pode estar relacionado a questões do histórico reprodutivo da paciente.

A cura do câncer de mama já existe, porém ela está associada à disciplina e autocuidado dos pacientes. Cuide de sua saúde e das pessoas a seu redor!

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Roncar é normal? Prejudica a saúde? Saiba mais!

Ronco é o nome dado ao som produzido ainda na faringe, por meio da vibração dos tecidos combinada com o estreitamento das vias respiratórias. Apesar de ser relativamente comum, pois estima-se que mais da metade da população adulta seja acometida pelo ronco, não é um quadro normal de saúde. Afinal, trata-se de um problema no fluxo do ar.

Para entender melhor, é preciso conhecer a anatomia das vias aéreas. Temos o nariz, mais externamente, e, depois, a faringe e laringe, esta última na altura da garganta. O ar tem que passar por toda esta estrutura na inspiração e voltar na expiração. Ao dormir, o movimento de entrada e saída do ar não é percebido e ele pode passar de uma forma “turbilhonada” por um local estreito e produzir o som do ronco.

As causas são muito variadas, daí a dificuldade no tratamento. Há pessoas que roncam devido a alterações fisiológicas, por exemplo, no céu da boca, amígdalas ou em qualquer parte da boca e aparelho respiratório. Pode ser originado também pelas alterações endócrinas e obesidade. Há quem ronque ao ingerir bebidas alcoólicas ou determinados medicamentos. Existem pessoas que roncam mais quando estão sob estresse ou com distúrbios do sono, alergias ou gravidez.

O ronco pode estar associado a uma flacidez muscular ou relaxamento da musculatura ligado a efeitos de remédios. Doenças alérgicas como bronquite, rinite e sinusite podem comprometer o quadro. Anatomia dentária alterada também é uma causa mapeada, seja no nascimento ou pelo uso de chupeta.

Homens podem apresentar o problema mais frequentemente, devido a uma característica de sua anatomia: sua faringe é maior, portanto, mais propensa. Já as mulheres podem roncar mais após a menopausa, devido às mudanças hormonais.

Diagnosticando as causas e o melhor tratamento para o ronco

O ronco é sinal de que algo não está equilibrado no organismo ou nos hábitos do paciente e precisa ser investigado. Até porque há uma patologia diretamente ligada a este sintoma: a Apneia Obstrutiva do Sono, que se trata da obstrução da via aérea na garganta, fazendo com que o paciente pare de respirar por alguns segundos e, em casos graves, pode sufocar.

Para diagnosticar corretamente o ronco ou apneia e suas causas, é preciso consultar o médico, que indicará exames e avaliações necessárias. O tratamento pode ser indicado pelo otorrinolaringologista ou por médico especialista em sono, e poderá incluir outros tipos de especialidade como a fonoaudiologia ou odontologia.

Qualidade de vida

O ato de roncar pode afetar a saúde física do paciente, devido à obstrução do ar e aos impactos na qualidade do sono; a saúde mental, devido ao estresse causado; e social, pois o cônjuge ou companheiros de quarto podem se queixar do barulho.

Em qualquer caso, alguns fatores incidem em mais ou menos “roncos”, como a posição de dormir. A maioria dos pacientes que roncam relatam que o problema aparece ou é maior quando dormem com a barriga para cima. O motivo é que a posição leva a língua para trás dentro da boca, comprimindo ainda mais as vias respiratórias.

Para melhorar o quadro do ronco e a qualidade de vida de maneira geral, o paciente precisa identificar se existem as seguintes necessidades:

• Perder peso
• Parar de fumar
• Reduzir ou excluir bebidas alcoólicas
• Melhorar a qualidade da alimentação
• Manter a pressão sob controle
• Praticar atividade física (melhora no equilíbrio hormonal e na qualidade do sono)
• Identificar causadores de estresse e ansiedade
• Realizar exercícios para a garganta, aparelho respiratório e bucal (fonoaudiologia ou fisioterapia)

Crianças, apesar de menos frequente, também podem apresentar apneia ou ronco. Neste caso, os pais devem monitorar e até mesmo gravar o som do ronco para avaliação médica.

Cada paciente, dependendo da idade e características, terá o tratamento mais adequado. Consulte um médico e realize exames. As informações contidas neste artigo são apenas orientações gerais.

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Esporte na infância: mais do que saúde física, é também saúde mental

O esporte é benéfico em qualquer idade. A prática esportiva, além de trazer inúmeros benefícios físicos, também promove melhorias na parte psicológica, como na inteligência emocional e no desenvolvimento intelectual, além dos ganhos sociais. Nas crianças, que estão em processo de crescimento e descoberta do mundo, é ainda mais importante.

Soma-se à importância do esporte, o fato de muitas crianças e jovens atualmente passarem muitas horas em frente às telas e com hábitos sedentários. O desporto, neste caso, ameniza os efeitos nocivos do excesso de jogos eletrônicos e redes sociais.

Os benefícios do esporte

Além do favorecimento mais conhecido por pais e educadores, o esporte traz vantagens a curto, médio e longo prazo. Vamos conhecer os principais ganhos em relação à saúde física:

• Combate as práticas sedentárias e tornar a criança/ jovem mais inclinada a uma vida fisicamente ativa;
• Incentivar a alimentação mais saudável;
• Prevenir doenças crônicas e problemas de saúde futuros;
• Desenvolver força muscular e óssea, melhorando a qualidade de vida como um todo;
• Prover mais energia e disposição para os estudos e outras atividades.

Mas não é só em relação à saúde física que o esporte traz ganhos. Há também os benefícios à saúde mental, por exemplo:

• Redução de estress e ansiedade, por meio da liberação equilibrada de hormônios do bem-estar (endorfina e serotonina);
• Estímulo ao bom-humor devido aos momentos de diversão que o esporte propicia;
• Desenvolvimento de habilidades sociais, senso de coletividade e trabalho em equipe, principalmente nos esportes em grupo;
• Aumento da inteligência emocional, por meio a competitividade saudável;
• Aumento da força de vontade, por meio do estímulo a melhorar o desempenho, e da disciplina, no compromisso com os treinos.

Além destes há outros benefícios ligados à prática desportiva como:

  • Noções de cidadania com a sensação de pertencimento e entendimento dos papéis das pessoas e das regras, direitos e deveres que formam uma sociedade;
  • Aumento da percepção da diversidade;
  • Ética, por meio do conceito de “fair play”, que significa “jogo limpo”, no qual os atletas são ensinados a ter uma atuação íntegra na competição esportiva.

E a brincadeira, onde fica?

A brincadeira fisicamente ativa pode ser considerada um esporte. Pular, correr, manipular objetos e equilibrar-se, por exemplo, são movimentos que compõem as práticas desportivas e são igualmente benéficos. A decisão de matricular o filho em uma prática esportiva regular, como uma escola ou academia, deve ser pautada nos hábitos da família e na oportunidade que a criança tem de brincar livremente.

Na vida moderna, principalmente em grandes centros, muitas famílias não conseguem deixar seus filhos à vontade para “brincar na rua”, por exemplo, andar de bicicleta. Por isso, precisam recorrer a atividades programadas.

Qual esporte escolher?

A escola, como a educação física, tem papel fundamental na exposição dos pequenos a diversos tipos de atividade. Este pode ser um bom canal para os pais entenderem a inclinação dos filhos para determinados esportes. Perguntar o que gostam na aula de educação física pode ser um bom caminho. Atualmente, muitas escolinhas e academias permitem aulas-teste. Eventos esportivos – públicos ou não – também ajudam a promover experiências esportivas para crianças, jovens e adultos.

Cada esporte tem suas características, por isso, uma criança pode se dar muito bem na natação e não gostar de futebol, ou vice-versa. Há meninas que preferem fazer dança ou balé e outras que querem jogar futebol ou treinar artes marciais. Há meninos que gostariam de praticar ginástica rítmica, outros que preferem aulas de circo e aqueles que gostam do clássico brasileiro, o futebol.

Se seu filho ou filha é pequeno(a) pesquise as possiblidades que poderiam se encaixar em sua rotina e orçamento e leve-o para experimentar. Caso não possa pagar por uma atividade, pesquise ongs ou atividades promovidas pela prefeitura de sua cidade ou pelo SESC, próximas à sua residência. Grupos de pais também podem promover times para praticar algum esporte em parques ou quadras públicas. Que tal formar um grupo com pais da escola? Fique de olho também em ciclovias do seu bairro. Há algumas localidades que fecham parte das ruas aos finais de semana para os ciclistas.

Caso seu filho ou filha apresente algum tipo de limitação ou problema físico, consulte o médico. Converse também com o professor(a) de educação física da escola, se possível.

O mais importante é praticar a atividade física e o esporte de forma prazerosa e segura, com disciplina e motivação. Lembrando que os pais também são exemplos para os filhos. Se os pais forem sedentários, há grandes chances de os filhos também serem.

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Setembro Amarelo: campanha pela saúde mental e prevenção ao suicídio

A campanha Setembro Amarelo traz luz a uma questão crítica e delicada: a prevenção ao suicídio e a importância de cuidar da saúde mental. O assunto é tabu em nossa sociedade, por isso, o foco da conscientização é desmistificar e informar, a fim de tratar o tema com a devida seriedade e cuidado. A abordagem é fruto da iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM), sendo que o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Em 2022, o lema é “A vida é a melhor escolha!”.

Suicídio: um problema de toda a sociedade

O suicídio é um tema triste e que traz tensão para qualquer um, principalmente para aqueles que tiveram casos próximos. O fato traz impactos em toda a sociedade, pois choca as pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou em 2019 mais de 700 mil suicídios no mundo, sem contar casos notificados erroneamente pela intervenção de familiares, que não desejavam ter o motivo da morte de seu ente querido revelado.

No Brasil, os números cercam 14 mil casos por ano. É assustador pensar que, aproximadamente, 38 pessoas suicidam-se a cada dia. Há mais pessoas se suicidando do que morrendo de consequências de doenças como HIV ou câncer de mama, de guerras ou de homicídios. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta maior causa de morte, depois de acidentes no trânsito.

A importância de cuidar da saúde mental

Estima-se que quase todos estes casos estejam relacionados às problemáticas e doenças mentais. Nestes casos, muitos deles podem ter sido não diagnosticados ou tratados. Portanto, a conscientização para a importância de diagnosticar, não discriminar e orientar aqueles com necessidades de acompanhamento psiquiátrico pode salvar uma vida.

É necessária a sensibilização e o encorajamento de todos os indivíduos próximos para compreender o processo que um potencial suicida está vivendo. Segundo a ABP, alguns comportamentos são comuns ao indivíduo que decide terminar com sua vida: essas pessoas tornam-se obcecados com a ideia, como se o suicídio fosse a única solução para seus problemas. Estas pessoas estão sofrendo muito emocionalmente e, geralmente, dão sinais de seus planos. Por isso, a não negação da situação pelos familiares, amigos e pessoas próximas pode evitar um trágico desfecho.

Como tratar o potencial suicida?

A escuta ativa e sem julgamento é um bom começo. Demonstrar empatia pelo problema atravessado pela pessoa é fundamental, sem comentários que “diminuam” a gravidade da situação. É importante ter em mente que uma pessoa com este quadro está extremamente sensível aos julgamentos ou a comentários que ela possa entender como críticas. O ideal é encaminhá-la para o profissional de psiquiatria. Porém, muitas vezes, antes deste passo, é necessário o acolhimento por parte de um familiar, amigo ou psicólogo.

Portanto, vejamos os caminhos mais seguros ao lidar com o indivíduo que possa estar cogitando o suicídio:

  • Ouvir com empatia
  • Demonstrar interesse e consideração pela pessoa
  • Jamais julgar ou criticar
  • Jamais reduzir o problema ou tirar sarro
  • Abster-se de sugerir caminhos paliativos como chás, florais, cultos religiosos, livros de autoajuda etc. Tampouco medicar o paciente sem indicação médica.

► Todos os caminhos citados podem ser válidos e ajudar em outro momento, porém a seriedade do quadro de um potencial suicida requer tratamento profissional, com método e acompanhamento

► O fim deve ser sempre o encaminhamento ao profissional competente, porém com todo respeito ao paciente, a fim de obter melhores resultados

A campanha Setembro Amarelo

O suicídio é um problema da sociedade e o tema deve ter visibilidade dentro da saúde pública. Todos deveriam ter acesso a orientações sobre como ajudar aqueles que passam por momentos difíceis e falta de ânimo perante a vida.

Pensando nisso, a página oficial da campanha Setembro Amarelo traz material auxiliar a familiares, comunidade e profissionais da saúde. As informações são de uso público: são cartilhas orientativas, material para imprensa e diretrizes para que outros órgãos públicos ou privados possam aderir à campanha.

Este portal recomenda o acompanhamento profissional, médico e/ou especializado, a qualquer paciente com problemas de saúde física ou mental. As informações contidas nesta página são meramente informativas e fruto de pesquisa nas fontes citadas.

Cuide da sua saúde mental e de seus familiares!

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