Categorias
Banner Principal Home home Saúde Emocional Saúde Física

Esporte na infância: mais do que saúde física, é também saúde mental

O esporte é benéfico em qualquer idade. A prática esportiva, além de trazer inúmeros benefícios físicos, também promove melhorias na parte psicológica, como na inteligência emocional e no desenvolvimento intelectual, além dos ganhos sociais. Nas crianças, que estão em processo de crescimento e descoberta do mundo, é ainda mais importante.

Soma-se à importância do esporte, o fato de muitas crianças e jovens atualmente passarem muitas horas em frente às telas e com hábitos sedentários. O desporto, neste caso, ameniza os efeitos nocivos do excesso de jogos eletrônicos e redes sociais.

Os benefícios do esporte

Além do favorecimento mais conhecido por pais e educadores, o esporte traz vantagens a curto, médio e longo prazo. Vamos conhecer os principais ganhos em relação à saúde física:

• Combate as práticas sedentárias e tornar a criança/ jovem mais inclinada a uma vida fisicamente ativa;
• Incentivar a alimentação mais saudável;
• Prevenir doenças crônicas e problemas de saúde futuros;
• Desenvolver força muscular e óssea, melhorando a qualidade de vida como um todo;
• Prover mais energia e disposição para os estudos e outras atividades.

Mas não é só em relação à saúde física que o esporte traz ganhos. Há também os benefícios à saúde mental, por exemplo:

• Redução de estress e ansiedade, por meio da liberação equilibrada de hormônios do bem-estar (endorfina e serotonina);
• Estímulo ao bom-humor devido aos momentos de diversão que o esporte propicia;
• Desenvolvimento de habilidades sociais, senso de coletividade e trabalho em equipe, principalmente nos esportes em grupo;
• Aumento da inteligência emocional, por meio a competitividade saudável;
• Aumento da força de vontade, por meio do estímulo a melhorar o desempenho, e da disciplina, no compromisso com os treinos.

Além destes há outros benefícios ligados à prática desportiva como:

  • Noções de cidadania com a sensação de pertencimento e entendimento dos papéis das pessoas e das regras, direitos e deveres que formam uma sociedade;
  • Aumento da percepção da diversidade;
  • Ética, por meio do conceito de “fair play”, que significa “jogo limpo”, no qual os atletas são ensinados a ter uma atuação íntegra na competição esportiva.

E a brincadeira, onde fica?

A brincadeira fisicamente ativa pode ser considerada um esporte. Pular, correr, manipular objetos e equilibrar-se, por exemplo, são movimentos que compõem as práticas desportivas e são igualmente benéficos. A decisão de matricular o filho em uma prática esportiva regular, como uma escola ou academia, deve ser pautada nos hábitos da família e na oportunidade que a criança tem de brincar livremente.

Na vida moderna, principalmente em grandes centros, muitas famílias não conseguem deixar seus filhos à vontade para “brincar na rua”, por exemplo, andar de bicicleta. Por isso, precisam recorrer a atividades programadas.

Qual esporte escolher?

A escola, como a educação física, tem papel fundamental na exposição dos pequenos a diversos tipos de atividade. Este pode ser um bom canal para os pais entenderem a inclinação dos filhos para determinados esportes. Perguntar o que gostam na aula de educação física pode ser um bom caminho. Atualmente, muitas escolinhas e academias permitem aulas-teste. Eventos esportivos – públicos ou não – também ajudam a promover experiências esportivas para crianças, jovens e adultos.

Cada esporte tem suas características, por isso, uma criança pode se dar muito bem na natação e não gostar de futebol, ou vice-versa. Há meninas que preferem fazer dança ou balé e outras que querem jogar futebol ou treinar artes marciais. Há meninos que gostariam de praticar ginástica rítmica, outros que preferem aulas de circo e aqueles que gostam do clássico brasileiro, o futebol.

Se seu filho ou filha é pequeno(a) pesquise as possiblidades que poderiam se encaixar em sua rotina e orçamento e leve-o para experimentar. Caso não possa pagar por uma atividade, pesquise ongs ou atividades promovidas pela prefeitura de sua cidade ou pelo SESC, próximas à sua residência. Grupos de pais também podem promover times para praticar algum esporte em parques ou quadras públicas. Que tal formar um grupo com pais da escola? Fique de olho também em ciclovias do seu bairro. Há algumas localidades que fecham parte das ruas aos finais de semana para os ciclistas.

Caso seu filho ou filha apresente algum tipo de limitação ou problema físico, consulte o médico. Converse também com o professor(a) de educação física da escola, se possível.

O mais importante é praticar a atividade física e o esporte de forma prazerosa e segura, com disciplina e motivação. Lembrando que os pais também são exemplos para os filhos. Se os pais forem sedentários, há grandes chances de os filhos também serem.

Categorias
Banner Principal Home home Saúde Emocional

Setembro Amarelo: campanha pela saúde mental e prevenção ao suicídio

A campanha Setembro Amarelo traz luz a uma questão crítica e delicada: a prevenção ao suicídio e a importância de cuidar da saúde mental. O assunto é tabu em nossa sociedade, por isso, o foco da conscientização é desmistificar e informar, a fim de tratar o tema com a devida seriedade e cuidado. A abordagem é fruto da iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM), sendo que o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Em 2022, o lema é “A vida é a melhor escolha!”.

Suicídio: um problema de toda a sociedade

O suicídio é um tema triste e que traz tensão para qualquer um, principalmente para aqueles que tiveram casos próximos. O fato traz impactos em toda a sociedade, pois choca as pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou em 2019 mais de 700 mil suicídios no mundo, sem contar casos notificados erroneamente pela intervenção de familiares, que não desejavam ter o motivo da morte de seu ente querido revelado.

No Brasil, os números cercam 14 mil casos por ano. É assustador pensar que, aproximadamente, 38 pessoas suicidam-se a cada dia. Há mais pessoas se suicidando do que morrendo de consequências de doenças como HIV ou câncer de mama, de guerras ou de homicídios. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta maior causa de morte, depois de acidentes no trânsito.

A importância de cuidar da saúde mental

Estima-se que quase todos estes casos estejam relacionados às problemáticas e doenças mentais. Nestes casos, muitos deles podem ter sido não diagnosticados ou tratados. Portanto, a conscientização para a importância de diagnosticar, não discriminar e orientar aqueles com necessidades de acompanhamento psiquiátrico pode salvar uma vida.

É necessária a sensibilização e o encorajamento de todos os indivíduos próximos para compreender o processo que um potencial suicida está vivendo. Segundo a ABP, alguns comportamentos são comuns ao indivíduo que decide terminar com sua vida: essas pessoas tornam-se obcecados com a ideia, como se o suicídio fosse a única solução para seus problemas. Estas pessoas estão sofrendo muito emocionalmente e, geralmente, dão sinais de seus planos. Por isso, a não negação da situação pelos familiares, amigos e pessoas próximas pode evitar um trágico desfecho.

Como tratar o potencial suicida?

A escuta ativa e sem julgamento é um bom começo. Demonstrar empatia pelo problema atravessado pela pessoa é fundamental, sem comentários que “diminuam” a gravidade da situação. É importante ter em mente que uma pessoa com este quadro está extremamente sensível aos julgamentos ou a comentários que ela possa entender como críticas. O ideal é encaminhá-la para o profissional de psiquiatria. Porém, muitas vezes, antes deste passo, é necessário o acolhimento por parte de um familiar, amigo ou psicólogo.

Portanto, vejamos os caminhos mais seguros ao lidar com o indivíduo que possa estar cogitando o suicídio:

  • Ouvir com empatia
  • Demonstrar interesse e consideração pela pessoa
  • Jamais julgar ou criticar
  • Jamais reduzir o problema ou tirar sarro
  • Abster-se de sugerir caminhos paliativos como chás, florais, cultos religiosos, livros de autoajuda etc. Tampouco medicar o paciente sem indicação médica.

► Todos os caminhos citados podem ser válidos e ajudar em outro momento, porém a seriedade do quadro de um potencial suicida requer tratamento profissional, com método e acompanhamento

► O fim deve ser sempre o encaminhamento ao profissional competente, porém com todo respeito ao paciente, a fim de obter melhores resultados

A campanha Setembro Amarelo

O suicídio é um problema da sociedade e o tema deve ter visibilidade dentro da saúde pública. Todos deveriam ter acesso a orientações sobre como ajudar aqueles que passam por momentos difíceis e falta de ânimo perante a vida.

Pensando nisso, a página oficial da campanha Setembro Amarelo traz material auxiliar a familiares, comunidade e profissionais da saúde. As informações são de uso público: são cartilhas orientativas, material para imprensa e diretrizes para que outros órgãos públicos ou privados possam aderir à campanha.

Este portal recomenda o acompanhamento profissional, médico e/ou especializado, a qualquer paciente com problemas de saúde física ou mental. As informações contidas nesta página são meramente informativas e fruto de pesquisa nas fontes citadas.

Cuide da sua saúde mental e de seus familiares!

Categorias
Banner Principal Home home Saúde Emocional

Desapego material e os benefícios para a sua saúde física e mental

Pessoas antenadas a saúde energética de ambientes, como a metodologia feng shui e outras técnicas de organização pessoal, sabem que desapegar de bens materiais que não possuem mais utilidade é extremamente saudável para o corpo e para a mente. De fato, arquivar itens que não serão usados e não trazem nenhum benefício apenas ocupa espaço e propicia o acúmulo de poeira.

Mas, há mais benefícios relacionados à prática de desapegar. Primeiro, vamos conhecer três técnicas de organização de ambientes e descarte de objetos que podem te ajudar:

Feng Shui:

Milenar metodologia chinesa, trata-se de uma prática pseudocientífica que utiliza fluxos energéticos para harmonizar ambientes e indivíduos. Baseia-se na disposição de objetos guiada por campos valorizados pelo ser humano como social, profissional, espiritual, familiar etc.

Organização pessoal por Marie Kondo:

A especialista em organização pessoal e escritora japonesa, Marie Kondo escreveu best-sellers sobre organização pessoal que hoje são referência no assunto mundialmente. Ela defende, por exemplo, que devemos tocar os objetos e analisar o que eles trazem de sentimentos para decidir pelo desapego ou não.

5S’s:

A metodologia japonesa dos 5S’s é amplamente utilizada em empresas, mas também pode ser aplicada à vida pessoal com muitos ganhos. É baseada em cinco palavras japonesas que começam com a letra S e significam: utilização, organização, limpeza, normalização e disciplina. Defende o descarte do que não tem utilidade, a organização dos itens e a disciplina para manter o padrão alcançado.

Estas metodologias e outras técnicas de organização e desapego material pregam que, ao organizar o seu ambiente e manter apenas os itens úteis para a sua vida, você tem as seguintes vantagens:

  • Menos custos: você precisa de menos locais e móveis para armazenar objetos e, consequentemente, menos processos de higienização;
  • Mais agilidade: você gasta menos tempo procurando itens;
  • Melhores critérios para as compras: com itens organizados, você fica mais criterioso na hora de realizar novas compras;
  • Alegria no ambiente: um local mais organizado traz mais harmonia, beleza e descanso;
  • Fluidez energética: mesmo que a pessoa não se conecte com questões energéticas transcendentais, não há de se negar que ambientes organizados e com menos itens acumulados tendem a trazer bem-estar, luminosidade e arejamento de modo geral.

Dicas para o desapego material

As três metodologias de organização e desapego material citadas podem te ensinar muito. Veja as dicas para desapegar:

1) Organize um cômodo ou compartimento por vez (está corrido? Comece com uma gaveta);
2) Pegue todos os itens e separe em: uso constante/ uso ocasional/ não usados há mais de 2 anos;
3) Os itens de uso ocasional podem ficar em locais mais remotos, como prateleiras mais altas ou caixas;
4) Para os itens não usados há mais de 2 anos, pergunte-se: qual a frequência de uso deste item? Ele tem valor sentimental? Fico mais alegre por tê-lo comigo?
5) Caso o item tenha valor sentimental, pergunte-se: esta é a melhor maneira de mantê-lo? Por exemplo: fotos e desenhos das crianças podem ser organizados em uma pasta ou álbum;
6) Para os itens que irão embora, avalie: está em boas condições para presentear, vender ou doar? Será útil para alguém? Alguma instituição se interessa por este item? Venda ou doe o mais rápido possível;
7) Os itens que estão quebrados/ furados/ manchados e que não têm serventia devem ser descartados da maneira mais sustentável possível.

Conheça algumas dicas adicionais para manter a organização:

Os 5S’s ensinam que é necessário criar padrões e procedimentos para manter a ordem alcançada. Coloque etiquetas nas caixas e gavetas e converse com os demais moradores da casa sobre estes procedimentos;
Anote na agenda ciclos de organização e descarte.

Não se esqueça de fazer uma limpeza profunda e aproveite o novo ambiente com mais frescor e boas energias!

Categorias
Banner Principal Home home Saúde Emocional

Mês de conscientização sobre o Autismo: Conheça sobre os casos mascarados em meninas

Abril é o mês de conscientização sobre o Autismo, um distúrbio do neurodesenvolvimento que promove comportamento e desenvolvimento diferente dos padrões comuns, caracterizado por déficit comunicacional e interacional. Nas meninas, contudo, devido às suas habilidades comunicativas, o transtorno pode ser mascarado com mais facilidade. É o que sugere uma pesquisa do Centro de Controle de Doenças e Prevenção norte-americano.

Além dos impactos na comunicação, o transtorno do espectro autista (TEA) apresenta outras manifestações comportamentais, como padrões comportamentais repetitivos, de modo que a pessoa pode se interessar por uma gama restrita de atividades e objetos, tornando-se repetitiva.

As estatísticas mostram que a incidência do autismo em meninas é até 20% menor do que em meninos. Uma parte desta diferença deve-se ao fato de que elas possuam alguns fatores genéticos que protegem do risco do autismo. Porém, com esta pesquisa, estima-se que muitas meninas não recebem o diagnóstico adequado, devido ao fato de não apresentarem características totalmente encaixadas com o TEA.

Os sinais de autismo em meninas

As meninas com autismo “camuflado” poderão expor sinais apenas na adolescência. Devido à falta de tratativa com a questão, distúrbios psicológicos, como a depressão ou ansiedade, podem aparecer. As meninas autistas não diagnosticadas podem ficar socialmente isoladas pela dificuldade na interação e por sentirem que não se encaixam nos padrões dos grupos de sua idade.

Os pais precisam estar atentos quando a menina:

Não se interessa pelos assuntos comuns à idade;
Parece mais inocente do que as outras da mesma idade, não entendendo duplo sentido de comentários ou piadas;
Evita se expor a todo custo;
Possui timidez aguçada;
Apega-se demasiadamente à rotina;
Tem dificuldades em aceitar mudanças;
Esforça-se para imitar outras meninas (o efeito “masking”);
Tem imaginação aguçada e até mesmo fantasiosa;
Possui muita sensibilidade sensorial;
Apresenta dificuldade em controlar emoções nervosas, como a raiva.

Algumas meninas e jovens com autismo são diagnosticadas enganosamente com outros transtornos psicológicos como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) Esquizofrenia e bipolaridade.

Ou, ainda, são enquadradas com características fora do esquadro das síndromes e transtornos como a timidez. A diferença entre meninas tímidas e com TEA é que a primeira entende o estado emocional das outras pessoas e sabe como reagir. Para a pessoa com autismo, este entendimento fica prejudicado.

No caso de suspeita, a ajuda especializada poderá diagnosticar ou negar a presença do distúrbio. O diagnóstico mais precoce possível é importante para seguir com as tratativas recomendadas. Deste modo, a menina terá mais chance de desenvolver suas habilidades e melhorar sua qualidade de vida na entrada da idade adulta. Esta jovem será encaminhada para tratamento psicológico, ocupacional e fonoaudiólogo. Este mix de terapias podem ajudar a pessoas a se entender e se aceitar.

A aceitação, da família e da própria pessoa, é fator crucial para o sucesso das terapias e ações de apoio. Quando não diagnosticado o distúrbio, os pais tendem a forçar atitudes consideradas “normais” da criança ou da jovem. Neste caso, ela poderá sentir-se ainda mais acuada, aguçando quadros de irritação, ansiedade, depressão ou distúrbios alimentares.

Este artigo tem como objetivo fornecer informação de qualidade como alerta e apoio à sociedade. Não substitui consultas médicas ou psicoterapêuticas.

Categorias
Banner Principal Home home Saúde Emocional Saúde Social

Saúde mental: como o trabalho voluntário pode ajudar

A pandemia da Covid-19 mudou a economia, os hábitos e a dinâmica social. Amigos e famílias se afastaram por um período, retomando pouco a pouco a companhia presencial ou seguiram sem retomar. Idosos, principalmente, se viram isolados de familiares para sua própria segurança. Todo o cenário ressaltou a importância de olhar para a saúde mental com mais cuidado. E pasme, uma das dicas para se cuidar pode ser cuidar do próximo. O trabalho voluntário pode ser uma ótima atividade para manter a mente sã.

Se por um lado, diz-se que devemos fazer o bem sem esperar retorno, é incontestável o fato de que o trabalho voluntário traz inúmeros benefícios para a pessoa. Os pontos positivos vão desde ampliação do círculo social, novos aprendizados e experiências, até um ponto que chama atenção no currículo.

O estudo realizado pela Ação Social para Igualdade das Diferenças (ASID) mostrou que voluntários que se engajaram em projetos coletivos apresentaram melhoras nos seguintes fatores:

Trabalho em equipe (14,9%)
Organização (11,6%)
Proatividade (11,4%)
Comunicação (10,7%)
Relacionamento interpessoal (10,1%)
Planejamento (8,29%)

Além dos fatores relacionados acima, conhecidos no mundo do trabalho como “soft skills”, que são as competências socioemocionais e comportamentais, a prática do voluntariado pode ajudar no tratamento de algumas doenças psicossociais. A depressão é uma delas, afinal, dependendo dos gatilhos emocionais que impactam o paciente, o fato de se envolver com outras pessoas e realizar um trabalho que beneficia o outro faz com que a pessoa se sinta melhor.

A realização de um trabalho que faz a pessoa se movimentar também é benéfica, principalmente entre aqueles que sempre tiveram vida ativa, mas devido a condições como aposentadoria ou desemprego, se veem fora da rotina mais movimentada. O fato de “não parar” ajuda até mesmo em relação a problemas do coração, quadros de pressão alta e redução do stress.

Veja quais são os principais benefícios do voluntariado para a saúde mental:

  • Ampliação do quadro social: voluntários tendem a unir-se em grupos e, com isso, desenvolvem novas amizades;
  • Empatia a ampliação da visão social e crítica: a pessoa que se engaja no trabalho voluntário passa a conhecer o problema do outro de maneira mais aprofundada, derrubando certos preconceitos e mitos.
  • Satisfação e alegria: quando a pessoa doa seu tempo e energia para beneficiar o outro, recebe gratificação interna e externa, estimulando a pensar em seu propósito de vida;
  • Desenvolvimento de competências e habilidades: o trabalho voluntário pode desenvolver técnicas manuais, competências ligadas à gestão ou liderança, habilidades comunicacionais, entre outros.

É importante salientar que o principal elemento motivador do voluntário deve ser o prazer de ajudar o mundo a ser um lugar melhor para todos. O foco deve ser beneficiar a vida do outro, seja ele um ser humano, animalzinho ou natureza.

Antes de se engajar em um movimento voluntário, vale refletir:

• O que me motiva a fazer isto?
• Tenho tempo suficiente para realizar esta atividade?
• Engajar-me neste movimento vai atrapalhar outras prioridades em minha vida ou me causar algum problema?
• Tenho musculatura emocional para lidar com este tipo de situação?

Uma vez tomada a decisão, lembre-se de que outras pessoas contarão com você. Vá em frente, seja feliz e faça outros felizes.

Veja alguns lugares em São Paulo para se engajar em movimentos solidários:
Lugares para Fazer Trabalho Voluntario – Guia da Semana

Categorias
Banner Principal Home Saúde Emocional

Redes sociais e isolamento da pandemia: como fica nossa saúde mental?

Ela chegou sem aviso e, de maneira avassaladora ou aos poucos, a pandemia da Covid-19 abalou a saúde mental de pessoas de todas as idades, em diferentes graus e aspectos. Em menor ou maior rigor, as famílias se fecharam em suas casas. Uma das questões foi o aumento de uso das redes sociais, que se tornaram rota de fuga.

Ainda não há dados comparativos definitivos sobre qual parcela da população foi mais afetada, mas não há dúvidas de que as crianças e os jovens tiveram grande impacto em sua vida social. Afinal, o principal local onde os mais novos se sociabilizavam é no ambiente escolar. Com aulas remotas, impossibilidade ou redução de visitas de familiares e amigos, além da falta de eventos e locais para encontrar pessoas da mesma idade, o convívio com o outro passou a ser ínfimo ou nulo para esta parcela da população.

Para amenizar a falta dos amigos, a comunicação, que já era mista, tornou-se 100% virtual. Avessos à comunicação via telefone ou videoconferência, foi nas redes sociais que o jovem encontrou sua maneira de ver o mundo acontecer lá fora e de se comunicar.

Redes sociais: escape de muitas pessoas

As redes sociais são ferramentas que fazem parte de praticamente toda a geração viva no ano de 2021. Afinal, mesmo as avós e avôs já possuem seus perfis no Facebook, Instagram e até mesmo um canal no YouTube. Na outra ponta, os mais jovens gostam de frequentar outra “balada”: aplicativos como Tik Tok e Twitch são os mais utilizados.

Para qualquer uma das gerações, é nas redes sociais que nos distraímos, compramos, vemos o que ocorre com a vida alheia, compartilhamos opiniões e informações, celebramos os aniversários e os bons momentos ou enviamos nossos sentimentos pelo luto.

A expansão das redes sociais na pandemia

De um lado o uso aumenta, de outro lado, o lucro. As notícias listadas abaixo, veiculadas pelo site e revista Exame, mostram a expansão e novas funcionalidades das principais redes sociais nos últimos meses.

  • Exame (21/1/2021): Facebook atinge valor de 28 bilhões de dólares em 2020, no último trimestre;
  • Exame (29/7/2020): TikTok foi avaliado em 50 bilhões de dólares por investidores;
  • Exame (31/3/2021): A nova funcionalidade do Whatsapp: pagamentos;
  • Exame (01/6/2021): Usuários podem escolher se mostram ou não o número de likes no Instagram.

Com o aumento de usuários, as redes foram oferecendo mais funcionalidades. Por outro lado, a saúde mental da população se deteriorou com a pandemia. A BBC News (matéria de abril de 2021) noticiou uma pesquisa feita pelo Instituto Ipsos (Ipsos) que diz que 53% dos brasileiros relataram que sua saúde mental piorou em diferentes graus.

Em um quadro de saúde mental abalada, o estímulo das redes sociais pode ser viciante para o indivíduo. É como estar em um restaurante almoçando e recebendo mais alimento, mesmo que a pessoa já esteja com a fome saciada. A pessoa que está ansiosa vai querer mais, pois quer mais estímulo. Para os mais jovens, a vida online mostra-se ilimitada, ao contrário da vida real. O uso da tela não traz dificuldades: é mais “fácil” do que o convívio pessoal.

Como vencer o vício do uso de rede social

Quem nunca se pegou após uns 40 minutos rolando a tela do celular e pensou: “eu não gostaria de ter passado tanto tempo aqui”. Não recebemos curso preparatório para enfrentar uma situação como a que estamos vivendo. Porém, algumas dicas e atenção com os hábitos podem ajudar a equilibrar o uso das telas.

Para os adultos monitorarem a si mesmos

  1. Identifique os horários de maior gatilho para entrar nas redes sociais e troque o hábito. Por exemplo: se você usa redes em filas, carregue um livro de bolso ou tenha no seu dispositivo algo interessante para ler; se você usa redes sociais ao acordar, troque o hábito por um alongamento, meditação ou atividade de sua casa;
  2. Determine algum horário do dia em que você tenha limite de tempo para usar a rede social, por exemplo: 15 minutos antes de um compromisso agendado;
  3. Determine faixas do dia para não usar o smartphone, por exemplo: após as 20h;
  4. Se fizer sentido uma medida mais radical, deixe o perfil de algumas redes inativo por um tempo;
  5. Não use as redes sociais para se informar diariamente. Prefira assinar uma newsletter em seu e-mail (a maioria é gratuita) dos sites de sua preferência;
  6. Use a agenda de seu smartphone para lembrar de aniversários e não apenas a rede social. Se possível, ligue ao aniversariante. Ele ou ela irá gostar!

Para adultos que precisam orientar crianças e jovens
Os afetadinhos da pandemia podem se render aos tablets e jogos, que pode deixá-los ansiosos, agressivos, sem apetite e entediados. É aí que entra a necessidade do diálogo e orientação dos pais ou adultos responsáveis.

Os mais afetados da pandemia podem se render aos tablets e jogos, que pode deixá-los ansiosos, agressivos, sem apetite e entediados. É aí que entra a necessidade do diálogo e orientação dos pais ou adultos responsáveis. Se para os adultos, a rotina ajuda a ter um dia a dia mais saudável, para crianças e jovens esta necessidade é ainda maior.

  • Estabeleça rotinas para atividades, mesmo que dentro de casa e até para os menores;
  • Defina limites de uso de tela de acordo com a faixa etária. O Observatório da criança e do adolescente, projeto do curso de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgou uma sugestão de horário para uso de telas segundo especialistas:
  1. Crianças menores de 2 anos: não deve ser usado;
  2. Crianças entre 2 e 5 anos: até 1 hora por dia;
  3. Crianças entre 6 e 10 anos: até 2 horas por dia;
  4. Adolescentes entre 11 e 18 anos: até 3 horas por dia, nunca “virar a noite”;
  5. Todas as faixas etárias: nada de telas durante as refeições e desconectar 1 a 2 horas antes de dormir.
  • Conversar constantemente com as crianças e jovens estimulando-os a compartilhar seus sentimentos e emoções, sem julgá-los;
  • Evite dar “horas de tela” como prêmio e “tirá-las” como castigo. Isso faz com que a criança e o jovem valorizem ainda mais o tempo no aparelho. O ideal é tornar esse momento parte da rotina;
  • Valorize e crie momentos de diversão “offline” como jogos de tabuleiro, leitura, oficinas em família (arte, culinária, conserto de móveis), passeios ao ar livre (com protocolo de segurança) etc.
  • Dê o exemplo! Esta é a dica mais importante, visto que de nada adiantará colocar horários de tela para os mais novos se os adultos da casa estão com o celular a todo momento na mão.
  • Dê o exemplo! Esta é a dica mais importante, visto que de nada adiantará impor um limite para os mais novos se os adultos da casa estão com o celular a todo momento na mão.
Categorias
Banner Principal Home home Saúde Emocional

Languishing: o novo termo para definir o que a pandemia fez com nossa saúde mental

Sabe aquela sensação de estar meio entediado, meio sem esperança, meio deprimido, meio cansado e meio triste? Veja que não é o mesmo que se sentir totalmente aflito, exausto ou depressivo. Estamos falando de estar meio “blá”, como se sua vida toda estivesse se passando em um dia frio, chuvoso e solitário de domingo.

Adam Grant, psicólogo americano e TED talker, publicou uma resenha no jornal americano New York Times em abril de 2021 sobre o termo cunhado pelo sociólogo Corey Keyes que define esta sensação. Languishing significa, em tradução livre, enlanguescer. Esta palavra, que não é muito usada em português, significa enfraquecer, definhar.

Portanto, se seguirmos a análise de Grant e o conceito de Keyes, podemos dizer que a sensação que estamos experimentando individual e coletivamente com a pandemia por Covid-19 é a mesma que definhar. O psicólogo colocou no balaio dos sintomas os problemas de concentração, a falta de perspectiva no horizonte, a pouca vontade em fazer coisas novas, a procrastinação e a confusão cronológica (em que dia estamos?).

“É como se você estivesse confundindo seus dias, olhando para sua vida através de um para-brisa enevoado”, afirmou Grant.

Segundo ele, tal sensação pode ser dominante nos próximos meses. Se no começo da pandemia e distanciamento social, a sensação coletiva era de medo e cautela, tantos meses depois, sem esperança de resolução no curto prazo, as pessoas enfrentam o parcelamento daqueles sentimentos. É como tomar todo dia uma pequena pílula de desânimo.

“Nos primeiros dias incertos da pandemia, é provável que o sistema de detecção de ameaças do seu cérebro – chamado amígdala – estivesse em alerta máximo para lutar ou fugir. Como você aprendeu que as máscaras ajudam a nos proteger – mas a limpeza de pacotes não – você provavelmente desenvolveu rotinas que aliviaram sua sensação de medo. Mas a pandemia se arrastou e o estado agudo de angústia deu lugar a uma condição crônica de definhar”, explicou Grant.

Ele contou que o languishing é como um filho do meio renegado em relação à saúde mental: nem o bem-estar, nem a depressão. É algo que está pela metade. É como usar um entorpecente que reduz a capacidade do organismo em se animar, organizar, concentrar e planejar o futuro.

Grant contou em sua resenha a origem do termo criado por Keyes. O sociólogo teria se surpreendido ao perceber situações de pessoas não deprimidas que também não estavam conseguindo alcançar sua capacidade máxima.

“Parte do perigo é que, quando você está definhando, pode não notar o entorpecimento do deleite ou a diminuição do impulso. Você não se pega escorregando lentamente para a solidão; você é indiferente à sua indiferença”, explicou.

Ele afirmou que na primavera passada, durante a aguda angústia da pandemia, a postagem mais viral da história da Harvard Business Review foi um artigo descrevendo nosso desconforto coletivo como dor. “Junto com a perda de entes queridos, estávamos de luto pela perda da normalidade (…) Embora não tenhamos enfrentado uma pandemia antes, a maioria de nós enfrentou perdas”, relatou Grant.

Primeiros passos para sair do “blá” e cuidar da saúde mental

A falta de visão sobre o próprio sofrimento traz uma inércia. Ninguém busca ajuda se não perceber que precisa dela. Portanto, a recomendação do especialista é: olhos atentos. Se você não está “languishing” deve conhecer alguém que está. A situação requer os mesmos cuidados de outros transtornos psicológicos: acompanhamento profissional (psicólogo ou médico) e familiar, além de esforços em adquirir bons hábitos (exercícios e alimentação nutritiva).

Segundo o psicólogo, dar nome ao que estamos sentindo é o primeiro passo. Analisar os sintomas e lembrar que não estamos sozinhos também são atitudes que fazem parte da melhora no quadro.

“Para transcender o enfraquecimento, tente começar com pequenas vitórias (…) Isso significa reservar um tempo diário para se concentrar em um desafio que é importante para você – um projeto interessante, uma meta que vale a pena, uma conversa significativa. Às vezes, é um pequeno passo para redescobrir um pouco da energia e do entusiasmo que você perdeu durante todos esses meses”, ensinou Grant.

Segundo ele, o languishing não está apenas em nossas cabeças. Ele está nas circunstâncias, portanto não é possível curar tudo sozinho. Afinal, vivemos em um mundo no qual é fácil falar de saúde física, mas quando o assunto é saúde mental, diversos estigmas vêm à tona. Estar “blá” não é estar em depressão, porém é algo a se cuidar. Reconhecer é a primeira ação.

Categorias
Banner Principal Home home Saúde Emocional Saúde Intelectual

Impactos da pandemia na saúde mental das crianças e jovens

Talvez ainda seja cedo para avaliar o impacto no desenvolvimento da criança trazido pelo isolamento social e aulas remotas. O cenário traz complexidade, pois requer reavaliação de hábitos, de expectativas e de modelos de vida. Além disso, cada família vai lidar de um jeito e cada criança ou jovem responderá também de maneira diferenciada.

Alguns estudos já trazem análises sobre o período de pandemia e impactos no desenvolvimento infantil. Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Rio de Janeiro (UFRJ) em 77 escolas das redes pública e privada do Brasil, com 2070 crianças, traz dados que permitem verificar o prejuízo psicopedagógico e desafios da reabertura das instituições de ensino. A avaliação mostra também um lado bom e oportunidades para serem exploradas.

O ensino remoto é desafiador por vários motivos, tanto por ser uma novidade para a qual as escolas e professores ainda não estavam preparados, quanto por ser novidade também para os pais. Todos os níveis de ensino são impactados, porém é na educação infantil que a mudança é mais sentida. As atividades das crianças pequenas são menos adaptáveis à dinâmica virtual e elas têm mais dificuldade em focar na interação remota.

A pesquisa indica a falta de comunicação das famílias com as escolas. O vínculo entre pais e professores seria, na opinião destes últimos, uma maneira de preservar interações importantes e estabelecer de maneira conjunta rotinas para as crianças. Na rede pública, o percentual de pais que não tiveram nenhuma interação com a escola é três vezes maior que da rede privada (33% das escolas públicas em comparação com 10% das particulares).

Segundo os entrevistados, a maior dificuldade se dá devido à falta de recursos para se comunicar remotamente, como internet ou telefone. Nas escolas privadas, o cenário é outro, com plataformas de aprendizagem à disposição e interações ao vivo de professores. Esta diferença acentua ainda mais as desigualdades na qualidade do ensino. Porém, mesmo no ensino privado, 45% dos professores relatou falta de engajamento dos alunos nas atividades, principalmente, por causa das dificuldades dos pais na adaptação à nova rotina de aulas.

Incentivo à leitura e oportunidades no ensino remoto

Por um lado, as aulas remotas trazem menos engajamento dos alunos e as diferenças de estrutura na rede pública e privada acentuam a desigualdade. Por outro, esta é a única maneira encontrada para manter o processo de aprendizagem no cenário de pandemia. Uma boa notícia com o isolamento social foi o aumento no incentivo à leitura e atividades artísticas e musicais. As entrevistas apontam que os pais, na ânsia de controlar o tempo de tela dos filhos, passaram a folhear livros para os filhos e incentivar o hábito da leitura.

Ler é um hábito fundamental para a qualidade do aprendizado e desenvolvimento intelectual da criança. Já as atividades que envolvem tocar instrumentos, desenhar e pintar, por exemplo, estimulam outras áreas do cérebro e melhoram a coordenação motora, além de serem divertidas e aliviarem o stress gerado pelo isolamento.

Para quem tem crianças estudando em casa, algumas soluções temporárias

Mesmo que o retorno às aulas presenciais seja adiado ou a criança não possa frequentar a escola por algum motivo (exemplo, por ser de grupo de risco ou ter pessoas em casa que o são), os pais podem amenizar os prejuízos no aprendizado de seus filhos. Algumas ações são recomendadas:

  • Fortalecimento do vínculo com a escola: os pais devem facilitar a comunicação com a escola, procurando pelos professores e coordenadores pedagógicos. Deve-se ouvir suas orientações, tirar dúvidas e dar sugestões. Estão todos aprendendo a lidar com o cenário;
  • Incentivo à atividade física, mesmo dentro de casa: a família pode criar um programa de movimento mesmo dentro de casa. Com internet a tarefa fica mais fácil, pois o que não faltam são canais no YouTube com aulas grátis, aplicativos e sites com ideias. Se a família está com dificuldades em relação à internet, vale resgatar brincadeiras com os pequenos em casa, no quintal ou em algum local ao ar livre com pouca circulação de pessoas;
  • Incentivo à leitura, música ou arte: como citado anteriormente, estas atividades são salutares ao desenvolvimento intelectual da criança. Para estimular a leitura, os pais devem dar o primeiro passo, oferecendo livros e lendo histórias junto aos pequenos. Oferecer materiais para desenho/ pintura e instrumentos musicais, além de separar um tempo para curtir o hobby com as crianças, também pode funcionar;
  • Incentivo à realização de atividades em casa: chamar as crianças para ajudar nas tarefas de casa pode trazer aprendizado, senso de utilidade e ainda vai desafogar o adulto, que terá mais tempo para dar atenção aos pequenos;
  • Tomar sol: na janela, no quintal, na sacada ou numa rua com pouca circulação de pessoas, tomar sol é importante para a saúde do corpo e ajuda a dar aquele ânimo para o aprendizado;
  • Cumprir o horário de aulas e entrega de atividades: a criança deve ser cobrada e apoiada na realização de atividades escolares. Se tiver dificuldades, volte ao item 1 e busque ajuda na própria escola;
  • Redução do tempo de telas/ uso das telas para o aprendizado: para as crianças que passam muito tempo com as telas, busque incentivar a programação educativa. Há canais no YouTube, séries, filmes e jogos educativos gratuitos para todos os gostos e tamanhos. Para reduzir o tempo de telas, há de se ter criatividade e boa vontade do adulto. Estabeleça alguns horários para atividades diferentes, por exemplo, a noite dos jogos de tabuleiro ou hora da montagem de quebra-cabeça.

A pandemia vai passar, porém o desenvolvimento da criança não pode esperar. Mesmo na falta de aulas presenciais, vale a pena aceitar o cenário, buscar orientação de especialistas e colocar a família toda para ajudar nas adaptações necessárias.

Categorias
Banner Principal Home home Saúde Emocional

Impactos da pandemia na saúde mental das crianças e jovens

Isolamento, aulas online, distância dos amigos, espaços pequenos e muita, muita tela. A fórmula da pandemia vai longe em relação às novas rotinas das crianças e jovens, que desde março do ano passado estão ficando muito mais tempo dentro de casa, distanciados do convívio social.

A preocupação com a saúde mental, antes vista como secundária, passou a ser algo fundamental, pois os sintomas começaram a aparecer, seja nos adultos ou nos mais jovens. Há de se ter muito cuidado em relação à psicologia infanto-juvenil, pois os impactos dos transtornos e traumas surgidos na infância e na adolescência tendem a acompanhar o adulto por toda a sua vida.

Deve-se, ainda, ter atenção redobrada no caso de crianças e jovens socialmente mais vulneráveis. Infelizmente, nossa sociedade ainda está longe do ideal em relação aos cuidados com este público, tanto nas questões relacionadas à gestão da pandemia quanto em seus desdobramentos psicológicos.

Os adultos têm um papel primordial nas consequências do isolamento em casa para seus filhos. Pais devem dar o exemplo ao controlar o estresse no ambiente e dialogar com as crianças e jovens, tirando dúvidas quando possível e acalmando os ânimos. Quando o adulto não sabe como lidar com a situação, é necessário se informar ou contar com um profissional.

Para colaborar com a elucidação a respeito do tema, trazemos os principais pontos a se ter atenção em relação à saúde mental de crianças e jovens dentro do contexto de enfrentamento da Covid-19:

Telas e seus impactos

O aumento da exposição de crianças e jovens às telas não foi ainda mensurado de maneira definitiva em estudos. Porém, há a análise de que há uma grande elevação e que isto é prejudicial à saúde física e mental. Quanto mais tempo de uso de telas, mais impactos no sono, humor, atenção, concentração e, consequentemente, no aprendizado dos pequenos. Além dos efeitos nos olhos, cérebro e no corpo todo. Mesmo dentro de casa, é necessário estipular limites para as telas e explorar com eles alternativas para o lazer.

Alimentação, sedentarismo e obesidade

A alimentação caseira poderia ser um benefício para as crianças e jovens que têm o hábito de comer fora muitas vezes na semana. Estima-se que a refeição em casa é menos gordurosa e industrializada. Porém, com pais sobrecarregados e desacostumados com a cozinha, fica difícil colocar na rotina a preparação dos alimentos. O fastfood pedido por delivery (basicamente pizza e sanduíche) e as guloseimas industrializadas consumidas simplesmente por “não ter mais nada para fazer” ou por ansiedade são os grandes vilões.

A má alimentação aliada ao sedentarismo reforçado pelo isolamento social só poderia resultar no aumento dos índices de obesidade tanto em crianças e jovens quanto em adultos. Em um país como o nosso, no qual 1 em cada 5 pessoas estão com sobrepeso ou obesas (dados do Ministério da Saúde em 2018), o cenário futuro pode ser bem grave.

Na outra ponta, há as crianças em vulnerabilidade social, que são prejudicadas pela insegurança alimentar. O quadro piora com a recessão econômica, uma vez que mais famílias perdem poder econômico, e com o distanciamento escolar, já que é na escola que muitas crianças fazem suas refeições.

Ansiedade e fobias

O medo da doença por parte de familiares afeta negativamente as crianças. Muitas vezes o cuidado é confundido com pavor. A criança absorve toda a ansiedade e fobias dos adultos e tende a amedrontar-se com o que está acontecendo. Quando a família assiste ao noticiário e as imagens são chocantes, as crianças ficam assustadas, mesmo que não falem abertamente. O efeito pode ser o desenvolvimento de comportamento compulsivo, fobias e outros transtornos.

Além disso, sintomas de ansiedade, depressão e outros transtornos são a consequência de um combo que pouco contribui para a saúde mental: pouca interação social, telas em excesso, alimentação não balanceada, falta de atividade física, pouca exposição ao ambiente externo, medo e mudanças bruscas de rotina. Sem contar a incerteza em relação ao futuro.

Desenvolvimento social

Crianças e jovens precisam da vida social para aprender a lidar com o outro e consigo mesmo. A falta de convivência com pessoas que não são da família pode atrasar seu desenvolvimento em diversos aspectos. O ambiente escolar é rico em aprendizado social, uma vez que a criança se depara com diversidade comportamental e cultural. A casa de amigos ou primos também oferece novos estímulos para o repertório da criança e do jovem. Quando a pessoa permanece em sua própria casa, ela perde todo este contato com outras maneiras de se comportar, brincar, aprender e viver.

Desenvolvimento intelectual

Alguns especialistas defendem que o ensino remoto é insuficiente em relação ao processo de aprendizagem de crianças e que esta lacuna pode ser maior ou menor dependendo da faixa etária, porém ela existe em qualquer caso. Os impactos das telas e a questão do desenvolvimento social já citados interferem diretamente na qualidade pedagógica. A falta de interação social prejudica as experiências das crianças, que, muitas vezes, aprendem mais com o lúdico e com a observação.

Relacionamento familiar

Estudo chinês (fonte: Nexo Jornal) demonstra a dependência exagerada dos pais como o principal impacto na saúde mental de crianças e jovens. Quem é mãe ou pai sabe como o filho ou filha se comporta diferente quando está longe de seu olhar. Aos cuidados dos pais, as crianças tendem a pedir ajuda para tudo. Quando estão longe, precisam aprender a realizar pequenas tarefas sozinhas. Já os jovens tendem a ter preguiça de realizar atividades de autocuidado e até mesmo de higiene pessoal. O resultado é a cobrança por parte dos pais, que ficam estressados. Pais sobrecarregados, por sua vez, não conseguir gerir de maneira saudável as relações dentro de casa.

O retorno: quais a consequências para a saúde mental da criança e jovem?

O retorno às aulas e à vida social, que vem sendo desenhado pelas autoridades em diversos países, é uma incógnita. Há especialistas que defendem o retorno imediato, para melhorar os quadros já descritos. Outros alertam para o perigo de novas ondas de contaminação com o retorno do convívio escolar e outras atividades. Temos visto exemplos de outros países, mais bem-sucedidos que o Brasil ou não.

O que se pode afirmar até o momento como medidas importantes para a hora do retorno:

  • As famílias devem dialogar com as crianças e jovens, buscando entender o seu ponto de vista a respeito de tudo o que está acontecendo: entender se eles têm medos, dúvidas ou anseios;
  • Crianças e jovens devem ser orientados em relação à importância das medidas de segurança e higiene;
  • Atividades não obrigatórias presencialmente devem ser avaliadas pela família;
  • A criança ou jovem exposto à interação social na escola não deve ter contato próximo com pessoas do grupo de risco, se possível. Este distanciamento provisório deve ser tema de diálogo na família, para que todos possam entender a importância.

Tão logo a vacinação contra Covid-19 passe a ocorrer de modo planejado e consistente, a tendência da sociedade é reduzir os cuidados. Porém, é preciso ter paciência e cautela.

Converse com sua família e estabeleça limites e diretrizes, para que todos possam passar por esta nova fase da pandemia em segurança.

Categorias
Banner Principal Home home Saúde Emocional

Como os animais podem ajudar nossa saúde mental e emocional

Generosos, empáticos e boa companhia. Para muitos os animais de estimação são os melhores e verdadeiros amigos do homem e não estão errados. Estudos indicam e comprovam diversos benefícios que a companhia de um pet pode oferecer à qualidade de vida de uma pessoa. Os animais acompanhantes são utilizados, inclusive, como terapia complementar em tratamentos médicos e psicológicos.

O convívio com animais dóceis e companheiros traz alegria e bem-estar. É uma experiência agradável e reconfortante.

No caso de pessoas que vivem muito sozinhas, a rotina de jogos recreativos para a distração do pet é um importante estímulo para dar fim à solidão. Além disso, contribui para a movimentação do corpo e saída do sedentarismo, afinal alguns animais necessitam sair para passear.

Curtir a companhia de um pet é uma forma muito saudável de deixar a mente ocupada e manter algumas rotinas, contribuindo para uma boa saúde mental e emocional.

Durante o período de isolamento social, provocado pela pandemia da Covid-19, os pets tiveram participação fundamental na vida das pessoas.

Um animalzinho de estimação também pode contribuir muito para a reabilitação de pacientes em tratamento. A ciência já comprovou os resultados positivos da Terapia Assistida por Animais (TAA) na vida de pacientes de diversas faixas etárias.

Benefícios dos animais de estimação para a sua saúde

Algumas pessoas não acreditam mas a influência dos animais de estimação na vida de seus donos é muito positiva. Se tem dúvidas, pergunte a qualquer dono de um pet.

A presença deles pode mudar a casa para melhor.

Veja alguns dos benefícios:

  • Cura a solidão;
  • Restaura o amor próprio e fortalece a autoestima, pois estimula o sistema límbico do cérebro, ligado às emoções;
  • Diminui o estresse, a ansiedade e a depressão;
  • Melhora a saúde física e mental;
  • Dá motivação e vida social;
  • Cria a responsabilidade;
  • Traz felicidade;
  • Ajuda a superar o luto;
  • Costuma fazer bem à saúde cardiovascular pois estimula o dono a se exercitar mais durante os passeios;
  • Deixa o local de trabalho saudável e produtivo;
  • Ajuda na inclusão de pessoas na sociedade, por meio da Terapia Assistida por Animais.

Esta lista traz apenas algumas das coisas boas que os pets podem provocar na qualidade de vida de uma pessoa.

Terapia Assistida por Animais (TAA)

A TAA é uma metodologia utilizada no suporte ao tratamento de pacientes das mais diversas idades e quadros, desde a oncologia até transtornos psicológicos, por exemplo. O método tem um importante papel na reabilitação de diversas doenças, complicações e deficiências.

Para a comunidade científica, usar um animal como tratamento terapêutico complementar oferece inúmeros benefícios, sendo uma forma de apoio muito importante. Isto ocorre principalmente com pacientes hospitalizados, que precisam se afastar da sua rotina, e com pessoas com dificuldade para se comunicar e expressar (como idosos, esquizofrênicos, crianças autistas e pessoas com fobias).

Devido à espontaneidade do animal, o paciente se sente estimulado a ter reações sem se sentir forçado, facilitando o trabalho da equipe assistencial. Assim a interação com o animal ajuda no resgate de sentimentos e sensações, como alegria, afeto e bem-estar.

Algumas pessoas sequer sabem da existência dessa abordagem terapêutica nos tratamentos, mas ela vem sendo cada dia mais utilizada, oferecendo bons resultados aos pacientes envolvidos. Há estudos e resultados documentados, como é o caso desta pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) sobre o impacto da presença de animais na saúde de idosos (fonte: Jornal USP).

Uma das abordagens mais comuns é a terapia assistida por cães, usada para levar conforto e carinho para pessoas enfermas. Além disso impulsiona os resultados das terapias existentes, promovendo uma melhor saúde física, emocional, social e cognitiva do paciente.

A equoterapia é uma terapia complementar, um pouco menos conhecida, que utiliza cavalos para incentivar a reabilitação de pacientes com deficiência, seja física, cognitiva ou psicológica.

O ato de cavalgar estimula o corpo e a mente ao proporcionar movimentos tridimensionais: para cima e para baixo, para um lado e para o outro, para frente e para trás. Por serem ritmados, esses estímulos promovem um conjunto de reações no corpo de quem está em cima do cavalo. Dessa forma o paciente é induzido a contrair e relaxar as pernas e o tronco, melhorando sua percepção, função motora e principalmente o equilíbrio.

Para aqueles que gostariam e precisavam de um empurrãozinho, ter um animal de estimação é muito indicado. Porém trata-se de um ato de muita responsabilidade. Levar um animal para casa significa comprometer-se a tratá-lo da melhor maneira que puder, dentro das possibilidades do dono ou da família, sempre com carinho e acolhimento. Afinal trata-se de um membro da família!

× Como posso te ajudar?