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Janeiro Branco: um movimento pela saúde mental com importância reforçada pela pandemia

A saúde mental sempre foi e sempre será muito importante. Mas no último ano, quase que completamente tomado pela pandemia da Covid-19, a importância dos cuidados com a mente foi ressaltada em diversos âmbitos. Pais estressados com filhos entediados ou nervosos em casa, idosos isolados, profissionais exaustos pelas telas, professores sem saber o que fazer, trabalhadores da saúde exauridos, empreendedores com medo do desemprego e da falência – este é o saldo psicológico de 2020.

Pesquisa da Fiocruz em parceria com outras instituições apontou que os sintomas de ansiedade e depressão foram percebidos por 47,3% dos profissionais de serviços essenciais durante os meses em que convivemos com o novo coronavírus. Além disso mostrou que 44,3% têm abusado de bebidas alcoólicas; 42,9% sofreram mudanças nos hábitos de sono; e 30,9% foram diagnosticados ou se trataram de doenças mentais. O artigo “Depressão e Ansiedade entre trabalhadores essenciais do Brasil e da Espanha durante a Pandemia de Covid-19: uma pesquisa pela Web” é o resultado de um estudo realizado no Brasil e na Espanha e está disponível na revista cientifica Journal of Medical Internet Research.

Janeiro é o mês que abrange um movimento pela saúde mental. Trata-se de uma grande campanha nacional chamada Janeiro Branco. Nesta época do ano as pessoas estão mais dispostas a ponderar seus hábitos e suas condições, bem como analisar sua condição emocional. No início de 2021, a importância do movimento fica ainda mais evidente após um ano de turbulências e com esperanças não muito firmes no curto prazo.

O que fez nossa saúde mental ficasse abalada?

No Brasil a crise econômica aprofundada pela pandemia do novo coronavírus foi uma das grandes vilãs. Desemprego, desalento e estabelecimentos de portas fechadas fizeram parte de nossa rotina em 2020.

O isolamento social trouxe efeitos diversos para pessoas de diferentes idades e condição social ou fase da vida. Quem mora sozinho, viu-se completamente isolado dos amigos e familiares. Quem mora com familiares, teve que reconhecer uma rotina intensa com a qual já estava desacostumado: cônjuges, filhos, irmãos, cachorro etc. Todos em casa, se alimentando, fazendo barulho, demandando cuidados.

A vida para as crianças e jovens virou de cabeça para baixo. No início, muito estavam animados com as “férias” porém, o distanciamento da escola, dos esportes e dos amigos traz severos efeitos para esta fatia da população. E para os pais, claro!

Os idosos foram um público também muito impactado. O medo dos familiares em contaminar estas pessoas do grupo de risco fez com que muitas pessoas mais velhas deixassem de conviver com familiares e amigos e perdessem a vida social, já menos intensa do que das pessoas mais jovens.

A preocupação com a doença em si já bastaria para dar uma baixa nos níveis de saúde mental da população. Afinal nunca se viu tanta informação sobre uma doença nos noticiários. Mesmo quando a tentativa da imprensa era também mostrar os casos curados, a quantidade de mortos saltou aos olhos das pessoas e deixou muita gente com medo ou desanimada.

Duas fobias

A dinâmica imposta pelo novo coronavírus deu impulso a alguns transtornos comportamentais, mentais e fobias já existentes. Há até uma nova palavra para descrever um conjunto de reações causadas pelo medo do coronavírus: a coronophobia ou coronofobia. Esta fobia refere-se à preocupação excessiva e à ansiedade em torno do contágio pela Covid-19. Os sintomas associados são semelhantes aos de crise de ansiedade, pânico e comportamentos obsessivos. Este tema é objeto de vários estudos, como deste artigo científico disponível no Journal of Anxiety Disorders. O estudo mostra que as reações podem se tornar crônicas e impactar na busca por tratamento psiquiátrico e medicamentos.

Outra fobia que já existia antes do cenário de pandemia, mas teve sua incidência aumentada, é a chamada Síndrome da Cabana. Este quadro abrange o medo de sair de casa e pode começar com uma preocupação excessiva e ansiedade ao sair. As medidas de prevenção à Covid-19, apesar de necessárias deram um empurrão nestas reações. Por medo de sair ou por achar que estão fazendo algo de errado muitas pessoas podem ter desenvolvido um tipo mais crônico desta fobia.

Prevenir é o melhor remédio

Cuidar da saúde mental requer um mínimo de disciplina, mas com leveza e sem cobrança excessiva. Caso contrário, resolve-se um problema mas cria-se outro. Veja algumas dicas básicas para manter a saúde mental em dia:

  • Manter uma rotina diária de se trocar e realizar a higiene pessoal como se fosse sair de casa;
  • Organizar a casa de modo a mantê-la aconchegante, mesmo que não vá receber visitas;
  • Abrir a janela e curtir a luz do sol. Se tiver a possibilidade de tomar um pouco de sol no início da manhã, perfeito!
  • Manter contato com amigos e familiares distantes, mesmo que virtual;
  • Aprender novas coisas mesmo dentro de casa: receitas, artesanato, instrumento, movimentos corporais, novas línguas, jardinagem… hoje em dia há muitas opções na internet!
  • Estabelecer rotina para o trabalho e não deixar que a má disciplina dos outros atrapalhe a sua;
  • Boa alimentação com mais nutrientes e menos industrializados;
  • Muita água;
  • Encorajar os outros moradores da casa a também estabelecerem rotinas para que a convivência seja mais agradável;
  • Paciência, muita paciência! Medite e respire fundo. #VaiPassar
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Setembro Amarelo e a prevenção do suicídio

O mês de setembro foi “pintado de amarelo” para conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio em uma grande campanha nacional. O movimento foi criado em 2015 no mês que abrange o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio: 10 de setembro.

O objetivo é dar visibilidade à causa. Por isso instituições de educação, setor público e privado e a população se engajam na disseminação de informação e de medidas de prevenção.

O suicídio é um problema de saúde pública, pois afeta toda a sociedade. Na criação da campanha o Ministério da Saúde destacava um aumento do comportamento suicida principalmente entre jovens de 15 a 25 anos.

“Era tão jovem e se suicidou”

Frases como esta são usadas em situações de suicídio. Porém, é importante saber que não há característica preferencial para o comportamento suicida, que pode aparecer em jovens e pessoas mais velhas, de diferentes classes sociais e condições, solitários ou não. As razões para o suicídio nem sempre são claras.

Um estudo da Unicamp de 2018 verificou que 17% dos brasileiros já pensaram seriamente em tirar a própria vida, dos quais 4,8% elaboraram um procedimento para tal.

Os dados são impressionantes aqui no Brasil, onde aproximadamente 32 pessoas tiram a própria vida por dia. Os dados são de 2019, do Centro de Valorização da Vida (CVV), uma das instituições que encabeçaram a criação do Setembro Amarelo.

Temos um suicídio a cada 40 segundos no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O número pode ser maior, pois há óbitos que não são contabilizados como suicídios. A boa notícia é que o suicídio pode ser prevenido em mais de 90% dos casos.

“Tem algo que eu possa fazer para te ajudar? ” Esta pergunta pode salvar uma vida, pois demonstra apoio e empatia .

Veja outras reflexões que podem ajudar em caso de observação de comportamento suicida.

Falar sobre o assunto…

O suicídio é um tabu e vem acompanhado por desinformação, preconceito, medo e julgamento. Apesar do movimento de conscientização, é muito difícil para os familiares e amigos admitirem o comportamento suicida em uma pessoa amada e falarem sobre isso.

…mas de forma responsável

É necessário preparo para falar com o potencial suicida. Por isso é importante recorrer a profissionais ou se informar em fontes confiáveis e especializadas.

Dificultar o acesso aos meios de se matar

A OMS recomenda restrições de acesso a pesticidas, medicamentos e objetos pontiagudos. Outra fonte de preocupação de especialistas é o acesso às armas de fogo. Ao observar comportamento suicida em algum familiar é altamente recomendável não deixar a pessoa sozinha, principalmente em andares mais altos.

Ficar atento às pessoas que estão passando por problemas sérios

Muitas pessoas tiram a própria vida por impulso quando estão em situações para as quais não veem saída como: graves problemas financeiros, divórcios, luto, dores ou doenças, desastres e outras experiências violentas/ traumatizantes. Se você tem algum familiar ou amigo nestas situações, é fundamental dedicar atenção e apoio.

Identificar os sinais do potencial suicida

Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais como depressão, bipolaridade e o abuso de substâncias entorpecentes (álcool, drogas e remédios).

A pessoa que se enquadra em alguns destes casos deve contar com acolhimento e atendimento especializado. Jamais devem se sentir julgadas ou rebaixadas por sua condição, o que agravaria a tendência suicida, caso exista.

Grupos suscetíveis à discriminação e violência apresentam taxas mais elevadas de suicídio como refugiados, presidiários, homossexuais e transgêneros. O acompanhamento psicológico é fundamental para pessoas que passam por situações discriminatórias.

“As pessoas serão mais felizes sem mim”

Pensamentos como este rondam a cabeça de quem pensa em suicidar-se. Veja outras frases e sentimentos que podem aparecer quando a pessoa pensa em suicídio:

  • Seria melhor que eu morresse (sentimento de atrapalhar)
  • Sou inútil e nada dá certo para mim (sentimento de impotência em melhorar a própria vida)
  • Eu não aguento mais (incapacidade em superar a própria dor ou de viver a própria realidade)
  • Eu vou desaparecer (vontade de se afastar do julgamento das pessoas)

Suicídio, pandemia e tempos de crise

As medidas de prevenção à COVID-19 mudaram a rotina das famílias. O isolamento social, brando ou não, impactou pessoas de todas as idades e classes sociais. Adolescentes, crianças e idosos são apontados como o público que mais sente o distanciamento social. Os adultos saudáveis precisam ter suas rotinas de trabalho e saem para fazer compras e resolver outros assuntos do lar. Enquanto isso, os filhos e avós são deixados em casa para serem protegidos.

E esta era mesmo a orientação no início da pandemia. Porém, com o prolongamento da crise, tais medidas devem ser consideradas segundo a saúde mental das pessoas. Talvez seja interessante que o idoso possa ver os familiares e que as crianças possam dar uma volta na rua, respeitando às regras locais e medidas de proteção.

A observação próxima daqueles que estão com a saúde mental em alta e o acolhimento nos momentos de insegurança, solidão e tédio excessivo são importantes para amenizar os impactos.

Canais de apoio em situações de risco de suicídio

Ligue 188
O Centro de Valorização da Vida disponibiliza este canal por 24 horas.
Há também opções via chat e site: CVV (Centro de Valorização da Vida).

O CVV realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo.

Outras opções para acolhimento:

  • CAPS
  • Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde);
  • UPA 24H, SAMU 192, Hospitais

Outros sites com informações e canais de atendimento:

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Psicólogos e sua atuação nos cuidados com a saúde

Derivado do grego “psyche” – que quer dizer mente ou alma – e “logos” – que significa conhecimento, razão ou estudo – psicologia é a ciência que estuda a alma e a mente das pessoas. Seu campo de atuação é diversificado e trabalha aspectos comportamentais para ajudar pacientes a terem uma vida melhor.

Hoje comemoramos a atuação desses profissionais, não somente daqueles que trabalham com atendimento clínico em consultórios, como também os que atuam em hospitais, no esporte, nas escolas, em corporações, na educação, na área jurídica, entre outros campos de atuação.

A história do Dia do Psicólogo

O dia 27 de agosto foi escolhido para comemorar o Dia do Psicólogo no Brasil por ser um marco vitorioso para a profissão.

Nessa mesma data, em 1962, João Goulart, então Presidente da República, sancionou a Lei 4.119 que oficializou a psicologia como uma profissão. O marco foi consequência da mobilização e luta de diversos profissionais da área, que foram determinantes na luta por esse reconhecimento.

Entretanto, vale ressaltar que, apesar da conquista, somente em janeiro de 1964, a lei foi realmente regulamentada pelo decreto 53.464. Já o Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi formalmente criado apenas 7 anos depois, em 1971.

Mente saudável equivale a equilíbrio e bem-estar

Apesar da importância indiscutível da profissão do psicólogo, ainda hoje existem preconceitos e desconfianças sobre sua atuação.

Há quem diga que terapia com psicólogos é coisa para loucos. Muitas pessoas que sofrem com distúrbios ou desequilíbrios psicológicos acreditam que não precisa de ajuda de desconhecidos para solucionar questões pessoais ou que estas situações vão se resolver sozinhas com o tempo.

Os psicólogos ajudam seus pacientes no entendimento de seus conflitos internos. Nem sempre é possível enxergar soluções, às vezes, relativamente simples, com a devida clareza, sem a ajuda de um profissional.

Esses profissionais trabalham aspectos comportamentais e da personalidade levando em consideração o contexto atual do indivíduo.

Por meio de diversas linhas da psicologia, que envolvem escuta e/ou questionamentos, eles promovem no paciente, o vislumbre de sua situação de maneira mais clara, criando reflexões que podem ajudar o paciente a ter mais harmonia e sensatez em seu jeito de agir.

Seu foco é entregar ferramentas ao indivíduo para que este supere seus problemas, favorecendo o desenvolvimento pessoal.

Relação “psicólogo x paciente” durante período de distanciamento social

A pandemia da COVID-19 não é apenas um surto viral. Gera também surtos psicológicos, pois traz consigo o aparecimento ou agravamento de problemas e sofrimentos psíquicos aos indivíduos.

Quando somos obrigados nos mantermos “presos e isolados”, a sensação de liberdade, o senso temporal e a rotina se perdem. Assim, o confinamento pode gerar desequilíbrio mental e, consequentemente problemas na saúde mental do indivíduo.

A solidão é outro grave problema. Estar sozinho pode ser angustiante para algumas pessoas. Nesse contexto, agravam-se transtornos de ansiedade ou outras síndromes que pedem atenção especial.

Incertezas, inseguranças, frustração, tédio também são sofrimentos psíquicos que se agravam em cenários como esse.

Há outras dificuldades que deixam as pessoas mais ansiosas e preocupadas, como o medo de ser contaminado, podendo causar estresse, afetando sua qualidade de vida.

Além disso, a ausência ou redução do contato social podem provocar desânimo ou nervosismo. Em situações mais extremas, pode haver um aumento descontrolado da produção de cortisol, hormônio voltado ao controle do estresse. Sua produção em altas doses ou em “picos” causa dores musculares e de cabeça, sentimentos depressivos, predisposição à obesidade, gatilhos para consumo de substâncias alcoólicas e drogas, entre outros.

Por isso, é fundamental olhar com calma e serenidade para o momento atual. Neste contexto, buscar uma terapia ou outras ferramentas com foco no equilíbrio interior significa investir em si mesmo.

Apostar em terapias à distância é uma solução que gera um acolhimento positivo durante esse período de distanciamento social. O contato e a conexão com especialistas facilitam o enfrentamento de conflitos psíquicos e o equilíbrio da saúde mental.

A psicologia, neste caso, auxilia os indivíduos a lidarem com a montanha russa de sentimentos e emoções.

Atendimento virtual e a lei

Por meio da Resolução CFP nº 011/2018, o Conselho Federal de Psicologia permite que profissionais da área realizem alguns serviços de forma on-line, como:

  • Consultas e atendimentos psicológicos;
  • Processos de seleção de pessoal;
  • Supervisão técnica e aplicação de testes psicológicos, quando devidamente autorizados pelo Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI).


No início da pandemia, o CFP publicou a Resolução CFP nº 04/2020, suspendendo, de forma excepcional e temporária, alguns pontos obrigatórios da resolução de 2018. A ação flexibilizou a forma de atendimento psicológica por meio da internet.

A medida teve como objetivo garantir acesso ao atendimento psicológico à população, evitando a descontinuidade da assistência durante a pandemia. Reconhecendo a importância do serviço psicológico é também, uma forma de atenuar os impactos do vírus na sociedade.

Atendimento além das clínicas e consultórios

O campo de atuação dos psicólogos é bem amplo e diversificado. É inegável a importância da atividade desses profissionais em momentos de emergências e desastres. Entretanto, o acompanhamento clínico em terapias não é o único tipo de serviço que tem feito a diferença durante essa pandemia.

Psicólogos têm forte poder de ação na assistência social e saúde pública.

Em ambiente hospitalar, o profissional lida diariamente com as consequências emocionais do adoecimento, atuando para amenizar as sequelas dos pacientes e de seus familiares. Estas pessoas estão passando por momentos de grandes dificuldades, físicas e emocionais, por isso o acolhimento profissional de todo o conjunto é fundamental para a melhora do paciente.

Mas o papel da psicologia hospitalar na COVID-19 vai além. Estes profissionais também estão na linha de frente, lutando para salvar vidas. Além da atuação com os pacientes e familiares, que podem passar por uma internação de longo prazo, os psicólogos hospitalares também têm foco nos profissionais da saúde, que estão encarando extensos plantões e riscos de contágio.

A preocupação com a família ao retornar à casa e a falta de recursos para o atendimento são fatores que agravam os riscos para a saúde mental das equipes hospitalares.

O contexto da pandemia jogou luz à necessidade de compreensão da importância da atuação da psicologia, seja qual for o campo de trabalho.

Aproveitamos o dia de hoje para parabenizar todos estes profissionais!

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Como cuidar da saúde do idoso

A população brasileira está envelhecendo cada vez mais, e embora isso indique conquistas relacionadas à saúde e qualidade de vida, traz também uma série de novos desafios. Um dos maiores obstáculos para população idosa é a falta de habilidade com aparelhos tecnológicos e redes sociais, sobretudo nas classes menos favorecidas financeiramente.

Com as dificuldades de acompanhar as evoluções tecnológicas e as transformações sociais cada vez mais rápidas, os idosos acabam reclusos, gerando descaso nos relacionamentos familiares e sociais, comprometendo sua saúde física e emocional.

Quanto maior a idade, mais suscetível a doenças, tanto físicas quanto mentais e emocionais, por isso é importante se exercitar e manter corpo e mente saudáveis.

Cabe à família garantir a saúde, dar afeto, propriedade e lazer aos mais velhos, como apresenta o Estatuto do Idoso, Título I das Disposições preliminares, no artigo 3º. Leia mais sobre o estatuto do idoso e todos seus direitos.

Para ter uma velhice saudável e de qualidade é preciso boas relações sociais dentro e fora do ciclo familiar.

Para manter sua independência, muitas pessoas na terceira idade moram sozinhas, ou passam grande parte do tempo reclusas, o que pode gerar sentimentos de solidão. O isolamento social é uma das causas de doenças emocionais como ansiedade e depressão.

Eles apresentam essas doenças de maneiras diferentes de outras faixas etárias, muitas vezes os sintomas passam despercebidos pelo familiares ou são confundidos com outras doenças recorrentes desta fase da vida, por isso a atenção deve ser redobrada.

Sinais de depressão nos idosos

Diferente dos jovens e adultos que perdem a vontade em realizar atividades, antes prazerosas, e reclamam de tristeza e solidão, o idoso se queixa de dores no corpo ou problemas de memória. Também pode ficar desatento e ter desinteresse pelo ambiente, sintomas que são facilmente confundidos com demência.

Tratamento

O acompanhamento da saúde do idoso é de extrema importância, uma vez que muitos passam a usar vários remédios de uso contínuo, o que pode gerar diversos efeitos colaterais.

Alguns passam a exigir um acompanhamento médico mais frequente para diagnósticos e monitoramento de sua saúde.

A importância dos laços afetivos na prevenção de doenças

Ter uma vida social ativa é um dos melhores remédios para prevenir doenças mentais e emocionais. O convívio com outras pessoas promove o exercício cerebral, incentivando o indivíduo a realizar atividades sociais.

Ter amigos da mesma faixa etária faz com que crie interesses e hobbies. Sendo tão importante quanto uma boa alimentação e a realização de atividades físicas.

Em tempos de pandemia, a família tem um papel fundamental, pois além de ser fonte de afeto, ajuda a evitar o agravamento de doenças emocionais geradas pelo isolamento social.

Muitos idosos optam por realizar exercícios físicos e aeróbicos em grupo, frequentar centros de convivência da terceira idade (que pode ser substituído por chamadas em vídeo) e ter animais domésticos. Mas vale ressaltar que a presença do animal não substitui a importância do convívio com pessoas. A importâncias dos filhos na saúde e cotidiano dos idosos.

Ter cuidados de pessoas especializadas para lidar com doenças, tratamentos e necessidades da terceira idade é muito importante. Para ter esses cuidados médicos, muitas famílias optam por uma ajuda profissional.
Uma das dúvidas mais comuns é saber qual o serviço certo a ser contratado, o de um cuidador ou o home care?

Diferença entre cuidador e home care

O home care é uma assistência médica domiciliar, um profissional da saúde, que orienta e apoia também nos afazeres diários do paciente.

Já o cuidador apenas auxilia o paciente em atividades diárias (escovar os dentes, ajudar a caminhar, lembrar de afazeres diário…), além de ser uma ótima companhia, melhorando a autoestima e incentivando o idoso a ter atividades diárias. Também ajuda a monitorar alterações físicas e comportamentais do idoso.

Quais os benefícios do home care?

O Home Care fornece uma assistência profissional da área da saúde em casa, que permite um atendimento personalizado e mais humanizado, ajudando na recuperação mais rápida do paciente. É equivalente a uma internação, mas em casa. Além da comodidade para o paciente, a proximidade com os familiares é essencial para sua boa recuperação e saúde emocional.

Essa modalidade tem sido adotada tanto pelo SUS quanto na saúde suplementar, quando indicado por médico responsável pelo tratamento do paciente, e quando a internação hospitalar não ofereça vantagens em sua recuperação. Estar em casa poderá evitar, inclusive, possíveis infecções hospitalares. 

O home care pode abranger diversos tipos de atendimentos especializados, conforme necessidade de cada paciente, como fisioterapia, fonologia, nutricionista e outros.

Independente do método escolhido para o cuidado com o idoso, também é importante que o ambiente seja adaptado à sua condição física.

Veja como prevenir quedas e cuidar da saúde do idoso.

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A importância do convívio social para nossa saúde mental

O indivíduo isolado não existe, disse a psicóloga Nelma Aragon, diretora do Instituto de Psicologia Social Pichon-Rivière. Segundo ela, mesmo estando sozinhos, de certa forma estamos na companhia de outras pessoas com as quais já nos encontramos ou convivemos. Afinal, somos uma soma de referências: sejam as que escolhemos guardar e seguir ou não. Por isso, o convívio social é parte de quem somos.

Sem vida social ficamos privados de muitos estímulos como a comunicação, a resiliência em lidar com o diferente, a empatia, o conhecimento de novas situações e possibilidades e, principalmente o vínculo afetivo, que nos traz segurança, conforto e alegria.

Já é conhecido pela ciência que a vida longa e de qualidade é resultado de um mix de fatores como herança genética, hábitos alimentares, nível de atividade física, uso de substâncias debilitantes como cigarro, álcool e drogas, além da adoção de um estilo de vida mais ou menos estressante.

A novidade é que os laços afetivos estão ganhando um importante espaço nesta combinação. Diversos estudos já demonstram que os relacionamentos de boa qualidade contribuem para uma vida longeva e feliz, além de boa saúde mental.

Pesquisas comprovam que o convívio social é importante para a saúde mental

O psiquiatra Diogo Lara, pesquisador de Neurociências da PUC-RS, conduz estudos na área. Um destes estudos classifica os vínculos afetivos em três níveis: os familiares, os relacionados à amizade e os comunitários (vizinhos e outras pessoas da localidade onde se vive).

Segundo ele, o indivíduo até poderia focar em apenas um deste níveis, mas há melhor resultado quando o foco é distribuído nas três frentes. Por isso, é preciso investir nos relacionamentos interpessoais e estar aberto ao diferente. Com a correria da vida moderna, estímulos trazidos pela tecnologia e facilidades que nos tiram da necessidade de relações pessoais, em alguns casos este tipo de investimento ficou em segundo plano dando espaço a outros como a adoção de pets.

A psicóloga canadense Susan Pinker realizou um amplo estudo para publicar seu livro “O efeito aldeia: como o contato presencial pode nos deixar mais saudáveis e felizes”, (em tradução livre), em 2014. Ela viajou a comunidades chamadas “zonas azuis”, que possuem muitas pessoas centenárias vivendo com qualidade. Nestes locais, ela analisou que a população mais jovem valoriza os mais velhos e vive próxima deles. Sendo assim, a psicóloga é uma embaixadora do cultivo ao relacionamento mais íntimo e próximo. “Há milhares de estudos mostrando a importância de fazer exercícios para a longevidade, mas é mais importante não estar sozinho” disse Susan, em entrevista para a Gazeta do Povo (2018).

Uma pesquisa da Universidade de Cambridge, Reino Unido, publicou uma revisão de 148 estudos, após monitorar 308,8 mil voluntários para analisar qual o impacto do convívio social na mortalidade. A conclusão deste estudo foi que as pessoas com laços sociais mais consistentes apresentaram 50% menos chance de ir a óbito, índice tão ou mais relevante do que o impacto do álcool e do fumo na mortalidade. Se pensarmos nos nossos colegas ancestrais lá da época das cavernas, o estudo tem muito fundamento: naquela época só sobreviveríamos em grupo.

Há um importante estudo conduzido na Universidade de Harvard, Estados Unidos, que acompanhou por 75 anos, desde 1938, milhares de voluntários e considerou diversos aspectos de suas vidas. Constatou-se que estavam em melhores condições físicas e psicológicas, na terceira idade, os que mantiveram seus laços de relacionamentos consistentes e com qualidade.

A ciência da felicidade nas relações sociais

Cientificamente dá para explicar a sensação de prazer que temos após encontrar aquele grupo de bons amigos ou nossos familiares. Nosso organismo libera o chamado “hormônio do amor”, a ocitocina, que acalma e dá sensação de bem-estar. Por outro lado, nosso corpo, numa boa situação social libera menos substâncias estressantes, que elevam a pressão e os batimentos cardíacos. Por isso, aquele encontro de amigos é tão prazeroso e curativo.

Isolamento social na pandemia: como fica nosso convívio social?

A situação de isolamento a que estamos submetidos nesta pandemia por COVID-19 está levando muitas pessoas ao stress ou desânimo. Aqueles que possuem predisposição à depressão, pânico e ansiedade estão ainda mais vulneráveis por não terem o escape social.

Dicas para driblar o efeito “quarentena” e amenizar a sensação de estar isolado:

  • Preze pelo bom convívio com aqueles que estão dividindo o isolamento com você. A quarentena pode ser uma ótima oportunidade para melhorar sua relação com o cônjuge, filhos, pais, irmãos ou seja lá quem for que divide o lar contigo. Use palavras respeitosas e gentis. Divida tarefas. Marque programas divertidos, como jogar um jogo de tabuleiro ou baralho, assistir a um filme ou série juntos, compartilhar uma leitura, cozinhar algo juntos etc.;
  • A tecnologia pode ajudar com chamadas de videoconferência regadas a petiscos e bebidas (não precisa ser, necessariamente, alcoólicas). Troquem experiências, dicas, receitas e, importante, deem muita risada;
  • Busque comunidades online com pessoas que se interessem pelos mesmos assuntos que você. O que não falta neste momento são lives com especialistas em diversos assuntos. Muitos destes eventos virtuais acabam em grupos de Whatsapp ou fóruns nos quais os participantes podem trocar ideias e experiências;
  • Se estiver com muita ansiedade ou solidão, busque ajuda online. Muitos psicólogos estão oferecendo consultas gratuitas.

Qualidade das relações: faça sua parte!

As vantagens do convívio social para a saúde só ocorrem se os relacionamentos tiverem qualidade. Muitas pessoas podem pensar: “mas não depende só de mim”. A boa (ou má) notícia é que dependem sim. Ninguém precisa manter um laço social tóxico. Veja como cultivar bons relacionamentos e descartar os ruins:

  • Busque horários para se relacionar com pessoas que te trazem coisas boas: conhecimento, carinho, acolhimento, valor etc. Um almoço, cafezinho ou compartilhar seu trajeto, por exemplo, são boas maneiras de encaixar os bons encontros na rotina;
  • Tenha uma lista de informações sobre as pessoas que são importantes para você, como aniversário, gostos, endereço etc. Busque maneiras de entrar em contato sempre que possível. Não fique esperando que a pessoa te procure. Se ela não te corresponder, naturalmente vá substituindo por outras relações que façam mais sentido;
  • Não vá ao trabalho só para trabalhar. Aproveite o ambiente para se conectar com as pessoas, mesmo aquelas diferentes de você. Não crie “panelinhas”. Conheça a história de outras pessoas, mesmo que pareçam um pouco “estranhas” de início. Você vai se surpreender;
  • Valorize os mais velhinhos da família ou de seu círculo de convívio. Eles têm muitas histórias para contar e muita energia para se relacionar;
  • Ouça mais. Bons ouvintes são muito bem-vindos em qualquer relação;
  • Isso inclui: deixar o celular um pouco para lá. Faça isso dentro de casa também, não apenas com amigos, mas também com familiares;
  • Não se melindre com respostas ou atitudes não muito simpáticas. A pessoa pode estar apenas tendo um dia ruim. Sorria e dê uma nova chance.
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Blue puerpério pode aumentar durante pandemia e isolamento social

Casos mais brandos da depressão pós-parto merecem atenção

A chegada de um bebê na família é, na maioria das vezes, um momento de felicidade, mas algumas mães podem experimentar a depressão pós-parto, que substitui essa alegria por tristeza e melancolia profundas e interfere até mesmo nos cuidados com o bebê.

Em alguns casos mais brandos, mas que merecem a mesma atenção, ocorre o que os médicos e psicólogos chamam de blue puerpério ou baby blues. No caso do primeiro, a depressão pós-parto, pelo menos 5% da população mundial são diagnosticados. Já o blue puerpério atinge 30% dessa população, e as estimativas são de que os casos aumentem durante a quarentena provocada pela pandemia de covid-19.

A jornalista Silvia Amélia de Araújo, que teve seu primeiro filho poucos dias antes do início do isolamento social, é um exemplo. Moradora de Goiás, foi com o marido para Belo Horizonte poucos dias antes do nascimento do bebê, porque ambos queriam estar perto da família e dos amigos nesse momento tão importante. “Ele nasceu no dia 4 de março e daí a dez dias as visitas deixaram de ser possíveis. Não encontramos praticamente ninguém e voltamos para casa em uma situação tensa”.

Silvia conta que teve uma gravidez tranquila, feliz e planejada. O parto foi como queria, mas em meio à pandemia, ela não conseguiu amamentar e isso desencadeou o baby blues no seu caso. “Várias pessoas acharam que pudesse ser depressão, mas a percepção dos profissionais que me atenderam é a de que foi um baby blues mais severo. O que os fez descartar a depressão foi o fato de que eu continuei cuidando do meu filho”. Silvia disse estar melhorando a cada dia, mas ainda não se sente totalmente recuperada.

Segundo a jornalista, a frustração de não amamentar o filho foi ampliada pela impossibilidade de procurar ajuda devido ao isolamento e aos riscos de ir a um banco de leite, um hospital ou a uma consulta médica. “É possível que eu não enfrentasse tantas dificuldades com a amamentação se não estivéssemos nesse contexto. Não pude receber uma receita médica de um remédio que estimulasse a produção de leite, não pude ir ao banco de leite receber ajuda. Mas se eu pudesse ter orientação, talvez o resultado fosse diferente”, afirmou.

Blue puerpério e depressão pós-parto

O psiquiatra do Departamento de Psicologia da Associação Paulista de Medicina (APM), Kalil Dualib, explicou que o blue puerperal é muito frequente nas mulheres que ficam grávidas pela primeira vez e está altamente associado à insegurança em relação ao desempenho no cuidado com o filho. No período da pandemia, junta-se a isso o temor de se contaminar com o novo coronavírus.

“Por isso, imagino que esse número de blue puerperal está subindo muito, porque as mulheres agora têm outra insegurança, que é a transmissão do vírus. Esse quadro não precisa ser medicado, mas sim orientado. Quanto melhor a estrutura da mãe, com auxílio de familiares ou funcionários, melhor lidará com o problema”.

A depressão pós-parto é muito mais grave, com um quadro no qual a pessoa perde a energia e o prazer em tudo. Kalil explicou que nessa situação corre-se um risco muito grande porque a mulher não vê sentido em nada, acha que seria uma mãe horrorosa e que seria melhor para o bebê ser cuidado por outra pessoa, havendo até a possibilidade de atentar contra a própria vida ou a da criança.

“Até agora não houve aumento da depressão pós-parto ligada à covid-19, porque tem uma característica mais genética. Nesse caso é preciso ser detectado precocemente e medicado, colocar acompanhante 24 horas. É um quadro que exige muita atenção. Quem já teve depressão tem que tomar mais cuidado e ficar mais atento aos sinais. A parte hormonal também pode gerar um quadro depressivo”, explicou.

O psiquiatra orienta as mulheres em tratamento para depressão a avisar seu médico imediatamente ao saberem que estão grávidas, porque nesses casos é preciso adequar a medicação e nunca interromper por conta própria. “A maior parte dos antidepressivos é muito segura. se necessário ser usado na gestação. Há dois ou três que não podem ser usados”, disse. Ele lembrou que a gravidez é um fator protetor contra a depressão, devido aos hormônios desencadeados a partir do terceiro mês de gestação.

Como lidar com o quadro no isolamento

A vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Anna Carolina Lo Bianco, disse que o pós-parto é um momento em que a mãe se sente muito exigida por causa da dedicação integral ao bebê e da expectativa do amor materno, o que facilita muito os quadros de depressão pós-parto e baby blues.

“Esses quadros estão quase sempre ligados a um ideal inatingível, à exigência de atender a um ideal que é difícil de alcançar. A pessoa se sente sempre em falta em relação àquele ideal e se acovarda, se sente impotente e cai na depressão. Esse quadro é proporcional à expectativa e à exigência de desempenho”.

Segundo ela, quem não está conseguindo vivenciar o nascimento do filho como gostaria, com a presença dos familiares e de pessoas que ajudem, fica em um estado de isolamento maior do que sentiria normalmente e mais frágil, o que traz mais vulnerabilidade com relação à sua própria expectativa.

“Por isso, a busca do contato com as pessoas e a possibilidade de falar o que está sentindo são muito importantes, por menos que se sinta à vontade para falar. A única coisa que podemos esperar é que essa mãe tenha coragem para pedir ajuda a alguém e, de alguma forma, se encontrar com o que está deixando-a desanimada, porque essa é a única maneira de perceber quais os recursos que se tem para sair disso”..

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Depressão e ansiedade são mais desafiadores para a saúde mental em meio à pandemia

Para quem sofre de depressão ou ansiedade, nada como um cenário de pandemia para trazer gatilhos que atribulam a saúde mental. Afinal, mesmo entre aqueles que não possuem estes quadros de saúde citados, a crise do novo coronavírus está gerando estresse e desânimo. A informação da Organização Mundial da Saúde (OMS) reflete algo que não é difícil de constatar entre os familiares e conhecidos.

São pessoas preocupadas com a própria saúde mental, também com a saúde de idosos ou de pessoas do grupo de risco, com o emprego, com a empresa e seus empregados, com as contas, com nosso País etc. Além das mudanças na rotina daqueles que foram encostados ou que estão em home office, aqueles que têm crianças fora da escola ou em estudos virtuais, entre outras situações que estão fora dos eixos.

O cenário turbulento agrava os gatilhos daqueles que já apresentam condições como a ansiedade e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Reunimos conselhos de especialistas, conceitos e ferramentas para ajudar no controle do stress, ansiedade, pânico e depressão:

1) Consuma notícias de maneira mais equilibrada

Dica da BBC Brasil.

É importante estar bem informado e, infelizmente, o noticiário não tem como trazer tantas boas notícias em destaque. Por isso, a quantidade e a qualidade das notícias consumidas devem ser equilibradas. Observe:

  • Quantidade de horas se informando: estabeleça alguns horários no dia para se informar sobre a covid-19 e atualidades. Use o restante das horas em outras atividades ou em leituras sobre outros temas de seu interesse, como saúde e bem-estar, cultura, artes, tecnologia e inovação, ciência etc.
  • Polaridade das notícias: no noticiário comum, a maioria das notícias será de polaridade negativa. E não adianta brigar. Sempre foi assim. Em alguns casos há o sensacionalismo e, em outros, a pura necessidade de mostrar algo que é real e que não é bom. Mas há boas novas! Veja este site que reúne só dados positivos sobre a covid-19:

https://thegoodnewscoronavirus.com/

  • Fake News: as notícias falsas ou tiradas de contexto servem para desinformar, criar pânico ou, na outra ponta, forçar uma indiferença em relação a assuntos importantes. Evite ao máximo divulgar informações cuja origem é desconhecida, por mais que pareça confiável. Use sempre veículos de confiança e cheque em mais de um deles.

2) Seja útil e solidário

Se estiver em condições, lembre-se de que ajudar o próximo sempre será saudável para a mente. Neste momento, há várias pessoas precisando de ajudas básicas. Os idosos do seu prédio, por exemplo, podem precisar de pequenas compras em supermercados ou farmácias. Viralizaram as atitudes como a de vizinhos que deixam recado nos elevadores para idoso ou pessoas do grupo de risco que precisam de voluntários. Que tal copiar a ideia?

3) Analise seus pensamentos

Dica de Olivia Remes, pesquisadora da Universidade de Cambridge, em matéria da BBC.

Quem possui quadros de transtorno de ansiedade já passa por inundação de maus pensamentos em cenários comuns. Agora na pandemia, qualquer pessoa pode ser ver assim. Este tipo de pensamento chega na cabeça sem avisar e vai acionando gatilhos para que as coisas se tornem ainda piores. Estas pessoas se desesperam, se veem sozinhas e com medo do futuro. Porém, Remes ensina que você pode designar um horário no dia para as preocupações. Por exemplo: quando vier um pensamento preocupante, você diz a si mesmo: “vou deixar para me preocupar com isso às 16h”. Ela explica que “nossos pensamentos murcham se não os alimentamos com energia. Ao empurrar esses pensamentos para um outro momento do dia, quando você chegar no momento designado para a preocupação, eles talvez não pareçam tão confusos ou preocupantes como pareciam quando brotaram em sua mente pela primeira vez”.

4) Meditação e Mindfulness

Dica vinda da Revista Nature.

Um estudo da Universidade de Nova Jersey submeteu 52 voluntários que possuíam sintomas de depressão a duas sessões semanais de meditação e atividades físicas, de 30 minutos cada. Apenas com estas práticas, os sintomas foram reduzidos drasticamente. A conclusão é que, em oito semanas, os resultados da prática são ainda mais profundos, mesmo entre ansiosos.

Meditar é um verbo que significa estudar o pensamento, pensar sobre, ponderar. A prática tem a ver com o significado da palavra. A meditação, nas culturas e religiões orientais, é um instrumento que leva à libertação. De maneira simplista, meditar é esvaziar a mente, dando espaço para a auto percepção. Em tese, o autoconhecimento e a não-ação prepara o indivíduo para a ação. Não sabe por onde começar? Reserve, no mínimo, 10 minutos para sentar-se em local calmo e silencioso, controlar a respiração, sentir a sua percepção corporal e aquietar a mente. Se você conseguir relaxar um pouco, já deu o primeiro passo.

E a palavra mindfulness, você já ouviu? Esta técnica virou moda, mas uma moda boa. Só traz benefícios. Trata-se da técnica de meditação e exercícios de origem oriental, porém adaptados para o mundo ocidental, inclusive seus termos. De maneira muito superficial, o lance é ter foco no presente: aqui e agora. O objetivo é não deixar que as frustrações do passado ou as ansiedades em relação ao futuro atrapalhem a concentração e os sentimentos do hoje.

5) Busque ajuda ou terapia online e gratuita

Não são poucos os profissionais, sites e apps que estão oferecendo ouvidoria e terapia gratuita neste momento da pandemia. Teste algum destes serviços e tenha números de telefone ou redes sociais e sites com conteúdo útil e acolhedor sempre à mão.

Os grupos de interesse e ajuda mútua online também podem ajudar, por exemplo, grupos de mães, de pequenos empresários, de pessoas viciadas em algo etc. A troca de ideias e boas práticas com pessoas que passam pelas mesmas situações que você pode ser acolhedora. Ao mesmo tempo em que você vê que não está sozinho, você pode captar experiências já testadas por outros colegas.

6) Cultive a inteligência emocional

Dica do psicólogo Eraldo Melo no site O tempo.com

O termo já foi moda no mundo do trabalho. Porém, com tantos novos conceitos, ficou um pouco esquecido. Mas é e sempre será muito importante tanto na vida profissional quanto pessoal. A Inteligência Emocional (IE) é o conjunto de habilidades emocionais e comportamentais que contribuem para o desenvolvimento da pessoa, principalmente a sua capacidade de lidar com situações de conflito e pressão. O autoconhecimento e autocontrole também são aspectos de destaque no indivíduo inteligente emocionalmente.

Para começar a desenvolver esta característica, o primeiro passo é encarar suas limitações com senso de realidade e maturidade. Trabalhar os pontos em desenvolvimento de maneira calma, no dia a dia, sem voltar atrás é o que vai trazer resultado, principalmente se você entender que será a médio e longo prazo. O equilíbrio psicológico não é algo atingido de uma hora para outra, nem em definitivo.

7) Reflita sobre suas perspectivas e expectativas

Dica de Adam Julian, sócio da Y Combinator, para Época Negócios

O que você espera da vida? O que você acha que a vida tem a oferecer? Você sente que sua visão de mundo é ampla ou é criada apenas com base no que você vê e vive? Busque ler e conhecer assuntos diversos, caso perceba que precisa ampliar as perspectivas. E busque ajustar as expectativas em relação às coisas que recebe. Segundo Goldstein, que escreveu sobre o algoritmo de ansiedade dos fundadores de startups, sua visão sobre a vida afeta seu nível de ansiedade. “Se você sofre de pesadelos, uma solução é parar de dormir, mas a melhor é reconhecer que os pesadelos não são a vida real. Há muitas coisas que podem acontecer e elas podem afetar você ou alguém que você ama, mas também não podem. Ver pensamentos distintos da realidade necessária pode ser imensamente útil”, disse.

Continue acessando nosso site para mais conteúdo benéfico para sua saúde mental e equilíbrio. Estamos com você!

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TEDTalks: Inteligência emocional

Originada na Califórnia, as TEDTalks, eventos com capacidade de compartilhar ideias e inspirar pessoas tornaram-se um modelo de conferência difundido em todo mundo.

Provavelmente você já conhece algum vídeo do TED, não é mesmo? TED significa Tecnologia, Entretenimento e Design, mas abrange diversos assuntos como política, educação, comunicação, políticas públicas e saúde.

TED é uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de compartilhar ideias que mereçam ser disseminadas por meio das talks, que são palestras mais curtas e eficazes para chamar a atenção para um único tópico.

No espírito das ideias que merecem ser espalhadas, o TED criou, em 2009, o programa chamado TEDx que são as conferências regionais para reunir profissionais, empresários e idealizadores de diversos projetos. São palestras de apenas 18 minutos, nas quais o palestrante compartilha suas ideias e expõe suas ideias e experiências usadas para engajar seu público.

Hoje compartilhamos com você uma destas conferências sobre inteligência emocional apresentada pela atriz, escritora, produtora e roteirista Bruna Lombardi.

Bruna compartilha com o mundo sua experiência em um assalto em 2018, em São Paulo, abordando a importância do equilíbrio emocional em momentos de grande estresse.

A atriz relata como o autoconhecimento lhe permitiu o controle da situação, possibilitando que um assalto transcorresse calmo, sem conflitos, feridos ou mortos.

E demonstra como o equilíbrio emocional nos leva à conquista da felicidade, construída dia a dia, através de decisões tranquilas, bem pensadas e com equilíbrio. Bem como aborda a necessidade de partilhar a felicidade com o maior número de pessoas para que o mundo possa melhorar, apesar das dificuldades.

A felicidade começa no autoconhecimento, naquela viagem que a gente faz para dentro, que é a única jornada possível para você encarar o mundo.

Veja o vídeo abaixo e tenha uma boa reflexão!

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10 benefícios do Yoga para o corpo e mente

A ciência tem dado pistas concretas dos benefícios do Yoga na promoção da saúde integral, passando pela diminuição de dores à prevenção de doenças.

1. Melhora a flexibilidade

Melhorar a flexibilidade é um dos benefícios mais visíveis do Yoga. Quando você iniciar uma prática recorrente de yoga vai notar uma melhora gradual na flexibilidade e com o tempo conseguirá fazer poses que eram impossíveis até então.
E ainda vai notar que algumas dores vão desaparecer porque o Yoga tem o poder de ensinar sua mente como conectar diferentes músculos, além de aumentar sua energia vital.

2. Fortalece os músculos

Ter músculos fortes é muito mais importante do que ter uma boa aparência. Eles nos protegem de doenças como artrite e dor nas costas, além de prevenir queda em idosos, uma das grandes causas de morte nessa idade.
Com o yoga você constrói e fortalece seus músculos gerando o aumento de flexibilidade, o que não é possível com outros exercícios de aumento de massa muscular.

3. Emagrece e melhora a postura

Afinar a silhueta é um dos benefícios indiretos do Yoga.
Além de tonificar os músculos, acelera o metabolismo diminuindo a ansiedade e melhorando a qualidade do seu sono. E ainda ajuda em maior consciência corporal, provocando melhora na sua postura física.

4. Previne dores nas articulações e protege a coluna

Ao praticar Yoga você move suas articulações ao máximo que o movimento permite. Isso previne a artrite porque faz o líquido sinovial(que nutre a articulação) fluir, diminuindo o atrito entre cartilagens e ossos.
Na prática regular de Yoga você movimentará músculos específicos para área da coluna promovendo o fortalecimento de toda estrutura, inclusive os ossos, o que também irá prevenir a osteoporose.

5. Melhora o sexo e turbina a fertilidade

A prática por si só já gera inúmeros benefícios uma vez que trata-se de exercícios físicos, mas há estudos que indicam o Yoga como um possível elevador de fertilidade graças à diminuição do estresse cotidiano.
O equilíbrio hormonal e a melhora na circulação de sangue para os órgãos gênitas são causas secundárias também importantes para quem deseja engravidar.

6. Eleva a frequência cardíaca e melhora o nível de felicidade

Quando você eleva sua frequência cardíaca constantemente diminui o risco de um ataque cardíaco e pode aliviar sintomas de depressão.
Além disso, o controle da respiração permite fazer o mesmo exercício gastando menos oxigênio, que a longo prazo combate o envelhecimento das células ao gerar menos radicais livres no corpo.
O professor Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin, constatou que iogues possuem maior atividade do córtex pré-frontal, que está relacionado à felicidade e função imunológica.

7. Relaxa e mantém você focado

Estudos descobriram que o Yoga pode melhorar sua coordenação motora, diminuindo seu tempo de reação diante de imprevistos.
Praticantes de meditação se mostraram excelentes solucionadores de problemas em razão de reter mais informações e se manterem mais focados no presente.

8. Maior qualidade do sono e sistema imunológico

Um dos benefícios estudados do Yoga é a melhora na qualidade do sono devido ao maior controle do sistema nervoso.
As poses e o controle da respiração te ajudarão aumentar a função imunológica, embora a meditação ainda gere maior efeito sobre ela, conforme estudos científicos.
Iogues aprendem a inspirar e expirar mais profundamente melhorando a qualidade do ar que envia ao pulmão, respirando pelo nariz, onde há um filtro natural de muitas impurezas.

9. Melhora o equilíbrio motor

Bom para qualquer pessoa, mas para idosos um bom equilíbrio motor se traduz em autonomia, evitando a necessidade de cuidadores.
Alguns iogues mais avançados conseguem controlar seus corpos de maneira extraordinária graças ao fortalecimento, tanto das musculatura esquelética quanto do sistema nervoso.

10. Autoconhecimento e clareza nas decisões

Ao mesmo tempo em que é relaxante o Yoga também te faz enxergar a vida por outros prismas, possibilitando que consiga fazer mudanças importantes em sua vida, como parar de fumar, exercitar-se mais e melhorar a qualidade da sua alimentação sem precisar fazer tanto esforço.
O Yoga também diminui a raiva, despertando sentimentos como compaixão, acalmando sua mente, aumentando sua capacidade de olhar para sua própria vida sem fazer drama, e assim poderá tomar decisões mais conscientes e acertadas.

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