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A importância da doação de leite humano para quem doa e para quem recebe

A conscientização da doação de leite humano e o estímulo ao aleitamento materno é um tema de alta relevância no país. Isso porque mais de 340 mil bebês prematuros nascem por dia no Brasil e muitos deles precisam da doação do leite materno.

Os Bancos de Leite Humano (BLH) são locais com profissionais especialistas em apoiar, ensinar e informar mães e sociedade sobre o ato da amamentação. Nestes locais há o serviço de assistência de mães e bebês durante o aleitamento, para que o processo se dê da melhor maneira possível para ambos. Também é realizado todo um procedimento de recebimento, seleção, classificação e distribuição de leite materno doado de maneira voluntária.

Qualquer mãe saudável que amamenta pode doar leite sem medo de ficar sem. Em condições normais, quanto mais se tira o leite do seio, mais este produz. Os profissionais do BLH podem orientar mães que desejam doar leite a qualquer momento.

Neste ano, a meta é aumentar em 5% a oferta do leite materno aos recém-nascidos internados nas unidades neonatais do Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, 2021, foram distribuídos 168 mil litros de leite para 237 mil recém-nascidos, representando um crescimento 7% em relação a 2020. Mesmo assim é necessário fazer os números crescerem, pois 2020 já havia apresentado uma baixa de 17% em relação a 2019, devido à pandemia.

Importante para quem recebe

Para quem vai o leite doado aos BLHs? Algumas situações requerem o uso do leite de outras mães. É o caso dos bebês prematuros que precisam ficar internados. Devido à sua condição, não conseguem sugar o leite materno nos primeiros dias de vida, e, desde modo, o seio da mãe não é estimulado. Neste caso, é recomendável o uso de leite humano doado para alimentar estas crianças.

O leite humano é fundamental para proteger a saúde dos bebês, tornando-os mais resistentes a infecções. Bebês prematuros que recebem leite humano em sua nutrição obtêm altas mais rapidamente e, em termos econômicos, representam uma economia para o Sistema Único de Saúde (SUS), com menos dias de internação e menor uso de antibióticos.

Importante para quem doa

Um frasco de leite materno pode alimentar cerca de dez bebês. Se a mãe doa, não existe chance de faltar leite para o seu filho. Ao contrário, só há benefícios na doação. As doadoras reduzem o risco de câncer de mama, fortalecem a imunidade e diminuem chances de gravidez no período de amamentação. A mãe que doa leite esvazia os seios, evitando também o enchimento excessivo e a mastite, inflamação nos seios.

Os bancos de leite precisam de doações?

Segundo o Ministério da Saúde, informações de maio de 2022, o leite em estoque atende cerca de 55% de toda a demanda nacional. Por exemplo, o banco de leite da Universidade Federal de São Paulo está com o estoque abaixo do ideal para a demanda da UTI Neonatal do Hospital São Paulo, o hospital universitário da Unifesp.

O que eu preciso para doar?

Se você é mãe, está amamentando e não está tomando remédios impeditivos (consulte o BLH) você já é elegível para doar. Para avaliar se sua produção de leite é adequada para a doação vá a um banco de leite e aproveite para tirar dúvidas e, possivelmente, trazer melhorias para o processo de amamentação.

O BLH realizará todo o procedimento necessário para que você possa realizar a doação. Mas não é necessário ir até o banco para doar. É só entrar em contato e seguir o processo descrito aqui:

RBLH Brasil

Para saber onde doar em seu estado, acesse o site da Rede Global de Bancos de Leite Humano, da Fiocruz:
Rede Global de Bancos de Leite Humano

Ou pelo telefone 136.

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A amamentação é uma responsabilidade que vai além da mãe, você sabia?

Proteja a amamentação: uma responsabilidade compartilhada. Este é o tema da Semana do Aleitamento Materno 2021, que vai de 1º a 7 de agosto. Esta campanha é global e tem como foco aumentar a conscientização e promover ações em temas relacionados ao aleitamento materno. A instituição que coordena esta semana é a Aliança Mundial para Ação em Amamentação – nome original em inglês: World Alliance for Breastfeeding Action (WABA) – uma rede global de agentes dedicados à proteção, promoção e apoio à amamentação em todo o mundo.

As iniciativas da #WBW2021 estão alinhadas com a Estratégia Global da Organização Mundial da Saúde (OMS) e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). A hashtag foi adotada para a campanha deste ano. A sigla WBW vem do nome em inglês da ação: World Breastfeeding Week.

Mas, antes de falar sobre a responsabilidade em relação à amamentação, que não é só da mãe, vamos relembrar os motivos pelos quais a amamentação é a melhor opção para a criança e para a mãe. São muitos! Estes são apenas os principais:

  1. O leite materno já vem pronto, com a temperatura e o sabor ideais. Não dá trabalho para preparar;
  2. Possui os nutrientes necessários para o bom desenvolvimento do bebê e é de fácil digestão;
  3. Protege contra infecções respiratórias e gastrointestinais, aumentando a imunidade;
  4. Diminui a incidência de alergias, risco de obesidade e de diabetes na vida adulta;
  5. Previne contra o câncer de mama, de ovário e de útero na mãe;
  6. Diminui o sangramento após o parto e ajuda a mulher a voltar mais rápido ao peso que tinha antes da gestação;
  7. Promove o desenvolvimento do cérebro da criança;
  8. O ato de sugar desenvolve e fortalece a musculatura facial do bebê;
  9. Promove o sentimento de segurança do bebê, além de reforçar o vínculo entre mãe e filho e favorecendo o desenvolvimento da criança.

O ato de amamentar não passa só pela mãe

O tema da campanha de Aleitamento deste ano vem reforçar uma questão crucial acerca da amamentação. A #WBW2021 está trabalhando quatro pilares:

• Informar as pessoas sobre a importância de proteger a amamentação;
• Apoiar a amamentação como uma responsabilidade vital de saúde pública;
• Articular-se com indivíduos e organizações para maior impacto;
• Potencializar ações para proteger o aleitamento materno para melhorar a saúde coletiva.

A campanha defende e reforça a importância do papel da chamada rede de apoio, como essencial para o aleitamento materno. Esta rede é formada por:

Pai: o pai faz parte do ato de amamentar quando apoia a mulher no dia a dia, ajudando-a a posicionar o bebê, oferecendo qualquer apoio que ela necessite como levar um copo d’água, providenciar um local confortável para a amamentação ou deixá-la em silêncio neste momento, se for preciso. O apoio psicológico do pai em acolher a mulher em momentos de dores ou incertezas é fundamental para que a mãe possa continuar amamentando;


Família e amigos próximos que convivem com a mãe: avós, avôs, irmãos, tios e tias, além dos amigos próximos podem apoiar a mãe ao compreender os seus momentos de amamentar, apoiar com pequenas gentilezas, oferecer suporte psicológico e jamais fazer comentários desencorajadores;


Órgãos e agentes de saúde: pediatra, enfermeiros e outros profissionais da saúde têm papel central na promoção das orientações corretas quanto às melhores práticas, aconselhamento e apoio psicológico à mãe;


Sociedade: o ato de amamentar é um ato natural e social. A sociedade, de modo geral, deve ter e promover a consciência de apoio a qualquer mãe que venha a amamentar seu filho onde quer que ela esteja;


Leis e políticas públicas: tramita no Senado um projeto de lei que aumenta para dois anos o período de concessão obrigatória do intervalo para amamentação durante horário de trabalho. Esta questão e outras devem ser constantemente apreciadas pelos legisladores e cobradas pela sociedade;


Imprensa e comunicação: veiculação de informações corretas sobre o assunto e sempre encorajadoras ao ato de amamentar.

Estes são alguns dos importantes papeis que cercam a responsabilidade pela amamentação. Mas o que cada indivíduo pode fazer pela campanha do aleitamento materno? Veja algumas atitudes que fazem toda a diferença se você tem alguma mãe em período de amamentação em sua família, trabalho ou círculo de amizades:

  • Jamais julgue o tempo de amamentação escolhido pela mãe ou o jeito de amamentar. Frases como as seguintes devem ser evitadas, pois são desencorajadoras e não refletem a realidade científica acerca do aleitamento materno: “Mas você ainda amamenta a criança com esta idade? ” “Duas horas para o bebê mamar? ” “Melhor amamentar só até 6 meses, pois depois disso os seios ficam muito caídos/ a criança faz a mama de chupeta/ a criança fica muito dependente.
  • Quando uma mãe precisa amamentar em público, deixe-a à vontade, pois o ato de amamentar é natural. Não seja proativo em cobrir os seios da mulher ou ajeitar algum lugar escondido para ela aleitar, a não ser que ela peça. Algumas mães não têm vergonha de amamentar em público e outras têm. Esta questão é pessoal e não pode vir acompanhada de desconforto de terceiros;
  • Informe-se em fontes confiáveis de modo a disseminar informações úteis e científicas para mães e pais a seu redor.

Deste modo, toda a sociedade poderá abraçar a sua parcela de responsabilidade em relação ao aleitamento materno.

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Especialista fala sobre dificuldades comuns no aleitamento materno

Uma delas é a pega correta do mamilo pelo bebê

A amamentação é fonte de benefícios para crianças e mães, além de ser ambientalmente segura e natural, mas há algumas dificuldades comuns entre elas no início desse processo. A coordenadora da assistência em aleitamento materno do Banco de Leite Humano (BLH) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e enfermeira pediátrica, Maíra Domingues, mostra sinais que ajudam a revelar se o bebê está mamando da forma correta: troca de fraldas do bebê frequente, mama mais leve após a mamada e ausência de dor.

No entanto, em caso de dor e dificuldade na pega correta do bebê, ela ressalta que, em alguns casos, o melhor caminho é buscar ajuda profissional. “O ideal, muitas vezes, é a família buscar apoio e suporte especializados diante das dificuldades”, disse. Os 222 bancos de leite humano no Brasil são locais de apoio à amamentação para mães e estão realizando atendimento também por teleconsultas no período da pandemia. Eles estão listados no portal da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano e há ainda o SOS Amamentação, pelo telefone 0800 026 8877. Ela lembra que existem hoje objetos com a proposta de formar bico ou de ajudar o bebê a ter um bico, mas que todos eles atrapalham a amamentação e, por isso, não são recomendados.

Confira, a seguir, detalhes da entrevista da enfermeira pediátrica Maíra Domingues à Agência Brasil.

Agência Brasil: Quais são os benefícios da amamentação?
Maíra Domingues: A amamentação é considerada uma das principais intervenções com grande impacto para redução da mortalidade e morbidade neonatal e infantil. Os benefícios do leite materno são de conferir proteção para doenças diarreicas, infecções respiratórias, diminui o risco de diabetes e obesidade na criança, é um alimento que contém todas as propriedades nutritivas e imunológicas que a criança precisa. E esses benefícios também se estendem à saúde da mulher: tem uma proteção maior para câncer de mama, de ovário, o corpo da mulher retorna mais rápido ao que era antes da gestação com a amamentação, também reduz o risco de uma hemorragia após o parto.

Agência Brasil: Quais as principais dificuldades que as mães têm durante a amamentação?
Maíra Domingues: Muitas vezes elas podem sentir dor, o próprio choro frequente do recém-nascido gera insegurança e a dúvida se a produção de leite dela é adequada. Vale destacar que a grande maioria das mães produz leite em quantidade e qualidade suficiente, mas essa dúvida é muito comum entre as mulheres. Outra dificuldade que pode ocorrer é de posicionar e fazer o bebê pegar corretamente no peito e ter a certeza que ele está de fato ganhando peso.

Agência Brasil: Em relação à posição e pega correta, quais os cuidados que as mães devem ter?
Maíra Domingues: Não existe uma posição ideal, qualquer posição que a mulher queira amamentar seu bebê e ela esteja confortável e o bebê também, de forma a conseguir uma boa pega, é a posição melhor naquela mamada. Com relação à pega correta, existem alguns sinais indicativos. Por exemplo, o lábio inferior [do bebê] fica virado para fora, as bochechas ficam arredondadas, a gente consegue visualizar mais a aréola por cima da boca do bebê do que abaixo, o nariz não encosta na mama, o queixo encosta na mama e muitas vezes é possível ouvir o bebê deglutir – tem um som específico – e, claro, a mulher não sente dor. Se ela está sentindo dor, possivelmente a pega não está correta ou tem alguma outra intercorrência e, nesse caso, ela deve buscar apoio e suporte especializados precocemente para amamentar.

Agência Brasil: Você falou que não é normal sentir dor na amamentação, como prevenir fissuras e o que pode ser usado para aliviar o desconforto que isso traz?
Maíra Domingues: Não é normal sentir dor, a amamentação deve ser prazerosa. Então se está sentindo dor, procure ajuda. O que fazer diante da dor enquanto a ajuda não chega? Tentar corrigir pega e posição. Tira o bebê, coloca de novo, até conseguir não sentir ou diminuir a dor. Se já estiver ferido o mamilo, ela deve passar o próprio leite materno. O leito materno contém elementos que são cicatrizantes e bactericidas e protegem a mama não só de uma possível infecção, mas também auxilia na cicatrização da área que está ferida. Nós não recomendamos nenhum outro produto para cicatrização porque, de acordo com um estudo robusto em que foram avaliadas outras intervenções, como pomadas, foram comparados diversas estratégias para melhoria dessa dor no mamilo e o leite materno foi apontado como a melhor forma de tratar a fissura junto, claro, à correção da pega e posição.

Agência Brasil: Quais meios existem para que as mães busquem informações?
Maíra Domingues: Existem grupos educativos durante a gestação. Os bancos de Leite Humano oferecem gratuitamente esses cursos para casais grávidos, de orientação sobre o aleitamento materno ainda nesse período do pré-natal. É muito importante destacar que esses grupos educativos e cursos são um preparo para a amamentação, aliás, é o melhor preparo. Quando a mulher ouve, junto com o pai, os benefícios da amamentação, geralmente faz com que eles tenham maior possibilidade de ter sucesso com a amamentação e, quando apresentam dificuldades inicialmente, eles sabem onde procurar ajuda. Após o nascimento, uma boa forma de buscar ajuda é com o profissional de saúde que está acompanhando ela – o obstetra, pediatra ou enfermeiro – como também unidades básicas de saúde e os bancos de Leite Humano, que são verdadeiras casas de apoio à amamentação, oferecendo assistência clínica especializada.

Agência Brasil: Mulheres com mamilo invertido conseguem amamentar? Que cuidados elas devem tomar?
Maíra Domingues: Essa é uma dúvida de muitas mulheres. O que a gente sempre destaca é que independentemente do tipo de mamilo, a amamentação pode ter sucesso. O bebê deve pegar em toda ou quase toda aréola. Se ele pega no mamilo, ele fere, então independe de a mulher ter mamilo para dentro – que a gente chama de invertido –, mamilo plano ou mamilo para fora, que a gente chama de protuso. O que a gente deve ensinar ao bebê é pegar corretamente na aréola. Quando a mulher tem o mamilo para dentro, diante da dificuldade, o que vai acontecer é ele pegar e escorregar a boca até apreender a pegar corretamente. E quando a mulher tem o mamilo protuso – para fora – o que vai acontecer se ele pegar errado é que vai ferir. A gente atende muitas mulheres com mamilo invertido, não orientamos uso de bicos de silicone, nem de exercícios com a mama, não deve ser feito isso, muito menos utilizar bomba para formar bico, não é necessário nenhum tipo de objeto para formar o bico. O que é necessário é o apoio e suporte de um profissional de saúde especializado no assunto para que, de fato, ela possa ter a ajuda e, independente do tipo de mamilo, ter sucesso com a amamentação se ela assim desejar e escolher amamentar.

Agência Brasil: Como saber que o bebê mamou o suficiente?
Maíra Domingues: Alguns sinais mostram isso. O primeiro deles é que a amamentação aconteceu sem dor. Se o bebê está mamando, está sugando, sem dor, muito bom. O segundo sinal é que após a mamada a mãe sente uma leveza na mama, sente a mama um pouco mais murcha. E destaco: sempre vai ter leite no peito, sempre vai continuar leite no peito, mas ela sente essa leveza, porque o bebê realmente mamou. E, por último, um terceiro sinal importante para saber que ele está mamando bem é a frequência de troca de fralda ser ideal, o bebê geralmente urina por, pelo menos, cinco ou seis vezes em 24 horas. Então, se a mãe não está sentindo dor, se ela sente a mama mais leve e se ela depois vê que o bebê tem urinado, muito possivelmente ele está mamando e crescendo adequadamente. Agora, claro, o melhor indicador de crescimento da criança é o peso. A avaliação do crescimento acontece na consulta pediátrica ou na consulta com enfermeiro nas unidades de saúde. Nessa avaliação, vai se confirmar aquilo que a mãe e o pai já estavam suspeitando a partir desses três primeiros sinais, que já trazem certa segurança para os pais no domicílio, antes mesmo da consulta.

Agência Brasil: O ideal é ter horários para amamentação ou a livre demanda?
Maíra Rodrigues: Não existe tempo, não é recomendado amamentar em horários preestabelecidos. O nome disso é amamentação sobre livre demanda, lembrando que a livre demanda deve ser da criança, quando demonstrar sinais de fome – levando a mãozinha na boca, procurando o seio, botando a linguinha para fora -, mas também a livre demanda é feita pela mãe, quando ela está com a mama cheia ou quando ela quer amamentar mais cedo para poder descansar um pouco depois em outro horário. Então a livre demanda é quando a mãe ou o bebê quer que aconteça. A mamada em si também não deve ter tempo estipulado previamente, o bebê demonstra quando está saciado: ou ele larga o seio ou ele simplesmente dorme. Vale destacar que ela deve oferecer preferencialmente os dois seios por mamada, para que a mãe e o bebê tenham um bom descanso entre as mamadas e o bebê cresça adequadamente. Isso não é uma regra, mas geralmente a mãe deve estar oferecendo os dois seios a não ser que o bebê não queira.

Agência Brasil: Qual intervalo um bebê pode ficar sem mamar?
Maíra Domingues: O pediatra que está acompanhando o bebê na maternidade dará maiores esclarecimentos sobre a amamentação até a primeira consulta para avaliar o crescimento e o desenvolvimento da criança, que acontece por volta de 7 a 15 dias de vida. Destaco que se a mãe verifica uma boa frequência na troca de fralda e, além disso, o pediatra ou o enfermeiro avaliam um adequado crescimento para a idade na primeira consulta do bebê, ela não precisa se preocupar em acordar o bebê para mamar, pois ele mesmo irá acordar sozinho e demonstrar sinais de fome. Não existe intervalo preestabelecido para a amamentação. Existe a livre demanda.

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Bancos de leite reforçam importância da doação durante a pandemia

A pandemia da Covid 19 chegou no mês de março causando ansiedade, tristeza e principalmente medo. Esse foi o sentimento de Marcela Burali, sobretudo por ter em casa uma bebê de sete meses.

A bebê de Marcela está em casa, em segurança e tem o leite da mãe. Mas, e se o bebê está hospitalizado? E se, por algum motivo, a mãe não pode amamentar? É aí que entram os bancos de leite humano. Durante a pandemia, mais do que nunca, eles precisam cumprir sua função e ter em estoque o leite necessário para toda a demanda.

Doar leite humano é uma necessidade constante, pois muitas mães, por diferentes motivos, não conseguem amamentar o próprio bebê. No início do ano, os bancos de leite do Distrito Federal, por exemplo, estavam com um déficit que preocupava a Secretaria de Saúde.

Mas, durante a pandemia da Covid-19, uma surpresa: as doações aumentaram. Quem conta é a médica Míriam Santos, coordenadora das políticas de aleitamento materno do Distrito Federal.

Apesar da boa notícia, é importante reforçar o pedido de doação, porque muitas crianças estão internadas nas unidades de saúde e as mães, impossibilitadas de amamentar.

Lembrando que para doar o próprio leite, a mãe deve estar saudável. Mães com sintomas da Covid-19 devem suspender a doação e aguardar a recuperação.

O leite deve ser doado num frasco de vidro de boca larga e tampa de plástico. Para retirar o leite, a mãe deve usar uma touca ou um lenço para cobrir os cabelos; usar máscara sobre o nariz e a boca; lavar bem as mãos com água e sabão; e as mamas, apenas com água.

Para doar no Distrito Federal, a mãe pode fazer o cadastro no Disque Saúde 160, opção 4, ou pelo site Amamenta Brasília. Outros bancos de leite do país podem ser verificados no site da Fiocruz, na Rede de Bancos de Leite Humano.

Ouça o áudio sobre.

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Casais inférteis já podem retomar gravidez programada

Com as clínicas fechadas, no início da pandemia, o sonho de uma gestação precisou ser adiado. Mas agora, os tratamentos já estão de volta

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 48, 5 milhões dos casais são inférteis hoje em dia. Mas dá para pensar em fertilização durante a pandemia? Qual o tratamento ideal e como funciona? Quem responde a essas questões é Melissa Cavagnoli, ginecologista e especialista em reprodução assistida. No início da pandemia, as clínicas pararam os tratamentos, mas recomeçaram o atendimento agora.

Ouça a entrevista completa clicando aqui.

A médica explica como avalia esses casais na clínica.

“A princípio, uma mulher que tenha 35 anos e que não tenha nenhum problema pra engravidar, nem ela nem o marido, eles demoram cerca de um ano para obter a gravidez. Então, esse é o tempo máximo que a gente espera. Depois de um ano, o ideal é que esses casais já procurem um especialista em reprodução assistida para iniciar a investigação do porque que a gravidez ainda não aconteceu. E aí sim, após uma série de exames o casal é direcionado para o melhor tratamento”, argumenta.

Na entrevista, ela comenta os três tipos de tratamento de reprodução assistida: coito programado, inseminação artificial e fertilização in vitro. Segundo a especialista, as taxas de gravidez são muito relacionadas à idade do óvulo. Então, quanto mais nova for a paciente, melhor. A faixa etária que mais comparece no consultório é de 38 a 40 anos.

Quanto tempo um óvulo pode ficar à espera? E a chance de se ter gêmeos? Hoje, o Conselho Federal de Medicina (CFM) recomenda que se faça um tratamento de reprodução assistida até os 50 anos.

O Revista Brasil vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 8h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional AM Rio, e às 6h (horário local) pela Rádio Nacional do Alto Solimões. Aos sábados, o programa vai ao ar às 8h pela rádio Nacional AM Brasília.

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Qual o tempo ideal de amamentar?

A amamentação é uma tarefa incrível e às vezes não muito fácil! Mas apesar das dificuldades iniciais que podem aparecer, o carinho entre mãe e filho durante esse momento de tanta troca e entrega é lindo e saudável para ambos.

O leite materno é considerado pelos especialistas como o melhor alimento para os recém-nascidos e para crianças com até dois anos.

A importância da amamentação

De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a criança deve receber apenas o leite materno como forma de nutrição até seis meses de vida. É aconselhado evitar qualquer outro tipo de alimento ou bebidas no período. Após 6 meses é recomendável que a amamentação ocorra de forma complementar até os dois anos.

Entretanto, ainda de acordo com a OMS, apenas cerca de 40% dos recém-nascidos são amamentados exclusivamente com o leite materno. E quando o assunto é amamentação prolongada esse número é ainda menor: apenas 26% das crianças continuam recebendo o leite materno como complemento alimentar.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, no Brasil, a amamentação exclusiva dura em média 51 dias. Ou seja, menos de dois meses.

Diante dessa realidade, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) faz um alerta: a amamentação é de extrema importância para a saúde do bebê e da mãe e deve começar logo na primeira hora de vida. Isso porque, neste período, o leite materno vai ajudar a proteger os recém-nascidos de infecções, podendo salvar vidas.

Mas o ato de amamentar é muito mais que alimentar o bebê. É um momento que envolve interação profunda entre mãe e filho, com impacto na nutrição, aumento do sistema imunológico, na fisiologia e no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança.

Além de fortalecer o vínculo entre mãe e filho, e garantir mais saúde ao recém-nascido, a amamentação também é muito benéfica para a saúde física e psíquica das mulheres.

A amamentação e as transformações no corpo da mulher

Amamentar ajuda a diminuir o risco de desenvolver anemia, doenças cardíacas, hemorragia pós-parto, osteoporose, câncer de mama e de ovário e depressão. E ainda ajuda a aumentar a autoestima da mãe!

Veja algumas transformações interessantes pelas quais o corpo da mãe passa durante o período de amamentação:

  • Mudança nos ossos: durante o período em que está amamentando, as mulheres podem perder um pouco de massa óssea. Isso acontece porque o cálcio da mamãe é usado para suprir parte das necessidades do bebê. Por isso é fundamental manter uma alimentação ainda mais rica em cálcio nesse período. E fique tranquila, após o fim da amamentação o corpo recupera gradualmente a massa óssea perdida.
  • Menstruação irregular: é normal que as primeiras menstruações após o parto ocorram de forma irregular, com fluxo maior ou menor que antes, ou até mesmo, que a menstruação não apareça. Conforme a frequência da amamentação vai diminuindo, a tendência é que o ciclo se normalize.
  • Emagrecimento: uma mulher pode queimar entre 200 e 500 calorias por dia amamentando. Isso equivale, mais ou menos, a nadar por cerca de uma hora ou andar de bicicleta, na subida, pelo mesmo tempo.
  • Menos chances de engravidar: os hormônios liberados durante a amamentação funcionam com um contraceptivo natural e podem, sim, reduzir a fertilização. Entretanto, mesmo que a menstruação esteja irregular, a mulher continua fértil, ovulando normalmente. Portanto, apesar das chances de uma nova gravidez serem reduzidas, não se descuide!
  • Útero de volta ao tamanho normal: durante a amamentação o corpo libera o hormônio ocitocina, importante para melhorar a produção do leite materno. E, também para estimular as contrações do útero, ajudando-o a retornar mais rapidamente ao tamanho que tinha antes da gravidez e a reduzir o risco de hemorragia no pós-parto.

Oito razões para amamentar o seu filho até os dois anos

Mesmo quando a criança já tem uma dieta sólida, o aleitamento materno continua oferecendo benefícios para sua saúde e desenvolvimento. E faz muita diferença.

Veja algumas razões para continuar amamentando até dois anos de idade:

  • O leite materno é a base para a formação e fortalecimento do sistema imunológico;
  • Ele afasta o contato com fórmulas não-hidrolisadas, leite de soja e leite de vaca, que devem ser evitados até que a criança complete um ano;
  • Colabora com a maturação de alguns órgãos, que necessitam de substâncias presentes exclusivamente no leite materno;
  • A amamentação é fundamental para o desenvolvimento cerebral;
  • Pode prevenir o aparecimento de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, resistência à insulina e obesidade;
  • Colabora com o desenvolvimento neurocomportamental, prevenindo autismo e TDAH;
  • A amamentação facilita a introdução de alimentos sólidos, pois o sabor de tudo que a mãe ingere passa para bebê pelo leite materno.
  • A amamentação com leite materno diminui a mortalidade infantil.

Viu quantos benefícios importantes? Por isso, continue firme na amamentação do seu filho até ele completar o segundo aniversário ou o máximo que conseguir.

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SP convoca criança, gestante e puérpera para se vacinar contra gripe

Até o momento, 84% dos grupos prioritários foram imunizados

A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe de 2020 acaba na próxima terça-feira, 30 de junho, em todo o Brasil. E, nesta reta final, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo convoca as pessoas que ainda não foram aos postos para receberem suas doses nesta última semana, visando proteger a população e atingir a cobertura de 90%, meta da iniciativa.

Até agora, mais de 13,9 milhões de doses da vacina contra o vírus Influenza já foram aplicadas em São Paulo, o equivalente a 84,7% de cobertura.

O chamado é especialmente direcionado a crianças, gestantes e puérperas, pois cerca de metade desses públicos ainda não está imunizada. Foram aplicadas 1,55 milhão de doses em crianças de 6 meses a 6 anos (50,9%), somente 214,6 mil em gestantes (47,6%) e 41,6 mil em puérperas (56,2%).  De modo similar, o grupo das pessoas com idade entre 55 e 59 anos registra menor procura, com apenas 823 mil vacinados (40,8%).

“A vacinação é fundamental, especialmente neste momento da pandemia de covid-19, pois ajuda a evitar doenças respiratórias causadas por gripes e resfriados que são mais frequentes nesta época do ano”, pontua a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araújo.

Funcionários do Metrô, CPTM, Correios, agentes de limpeza urbana e pessoas em situação de rua também integram a campanha desde a última semana. Eles e demais pessoas que pertencem a outros grupos prioritários, mas ainda não estão imunizadas, devem comparecer em uma unidade básica de saúde até o dia 30.

Balanços

Em São Paulo, a cobertura vacinal atingiu 100% entre idosos (5,85 milhões vacinados); profissionais da saúde (1,5 milhão) e indígenas (6,7 mil). Em pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, mais de 2,5 milhões de doses foram aplicadas.

Além disso, foram imunizados 275,8 mil professores; 18,8 mil doses foram aplicadas em pessoas com deficiência; foram vacinadas 219,6 mil pessoas do sistema prisional; 169 mil profissionais das forças de segurança e salvamento; 82,3 mil motoristas de transporte coletivo; 132,1 mil caminhoneiros; e 8,3 mil trabalhadores portuários. A meta da campanha é vacinar 90% da população-alvo de 17,7 milhões de moradores de São Paulo.

Neste ano, o Instituto Butantan entregou ao Brasil 75 milhões de doses da vacina, 10 milhões a mais na comparação com 2019. As doses são constituídas por três cepas de Influenza: A/Brisbane/02/2018 (H1N1)pdm09; A/South Austrália/34/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).

Coronavírus

A vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas a campanha é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses.

“Além de proteger a população contra a Influenza, precisamos minimizar o impacto sobre os serviços de saúde em meio a pandemia de covid-19, já que os sintomas destas doenças são semelhantes”, diz o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

A orientação aos profissionais que trabalham na campanha é para que haja organização da fila e do ambiente, com mesas e distanciamento de pelo menos 1 metro entre o anotador e o paciente. Cada profissional tem a recomendação de usar caneta própria e álcool deverá ficar disponível para uso.

Além disso, é importante realizar uma triagem com identificação de sintomático respiratório – presença de febre, tosse, coriza e falta de ar. Se a pessoa apresentar febre ou mau estado geral, deve ser colocada máscara no paciente e adiada a vacina, com recomendação para seguir o isolamento domiciliar.

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Arrecadação de dentes de leite para pesquisas

Os dentes de leite, agora mais do que nunca, estão sendo cobiçados pelos estudiosos e pesquisadores. Nem todos sabem, mas esses pequenos órgãos dentários, que caem da nossa boca, espontaneamente, quando somos jovens, são uma incrível fonte de pesquisa, que pode melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas e permitir o avanço da ciência.

Com o objetivo de não descartarem os dentes de leite, mas sim, incentivarem a ciência, a Faculdade de Odontologia da USP lançou a campanha, “O Endereço da Fada do Dente”, que facilita a doação dos dentes.

Como doar?

É bem simples, basta acessar, www.enderecodafadadodente.com.br preencher um formulário e pronto! Será enviado para sua casa uma carta já selada, para doar os dentinhos (também deverá assinar um termo de autorização). E não precisa pagar nada. Fácil, né?

As mudanças que esses dentes podem causar na vida das pessoas

A polpa do dente de leite possui células tronco que ajudam no tratamento e estudos de cura para doenças degenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson, além de serem capazes de prolongar a vida de doentes em fase terminal.

Vale lembrar, que há uma maior concentração celular dos dentes que caem naturalmente, por isso, os dentes de leite são tão preciosos.

Papel dos pais com as crianças

Os responsáveis tem o papel fundamental de incentivar as crianças a realizarem a doação. Ensine-as a enviarem a cartinha para o endereço da Fada do dente.

Acesse o site e veja o livro de história que pode ser baixado, selos e papéis de parede com a campanha da fada do dente. Assim fica mais fácil e divertido dar uma função a dentes que seriam descartados.

Entre no site e saiba mais sobre esse projeto incrível.

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Cuidados na gestação para a saúde da mamãe e do bebê

A gravidez é um dos momentos mais felizes na vida de muitas mulheres. Porém, é um momento de cuidados. O monitoramento da saúde da gestante e do bebê nesse período são fundamentais para estimular o desenvolvimento saudável do feto e proteger a integridade física e o bem-estar da mãe. Neste sentido, os cuidados devem ser diários.

Por isso, é bom conhecer as principais complicações da gravidez e formas de prevenção. Confira e faça deste momento, o mais especial possível!

Complicações que podem ocorrer durante a gravidez

Algumas complicações comuns durante a gravidez podem ser mais ou menos graves, porém sempre requerem atenção, pois as mais leves podem trazer desconfortos e as mais sérias podem acarretar consequências para a mãe ou para o bebê. O ideal é mitigar todas as complicações que possam dificultar que a gestação chegue até a 39ª semana de maneira saudável e confortável para a mãe.

Veja a seguir as principais complicações que o corpo da mulher pode desenvolver durante uma gestação:

  • Diabetes gestacional: mesmo mulheres que não possuem histórico de resistência à insulina ou falta de produção dela, podem apresentar um quadro de diabetes durante a gravidez. O diagnóstico é temporário, devido às alterações metabólicas na gestação. O risco é facilmente detectado pelos exames de rotina do pré-natal e pode ser controlado com uma mudança nos hábitos alimentares;
  • Anemia: uma das doenças mais comuns durante a gravidez, pois o bebê retira do corpo da mãe tudo que precisa para crescer forte e saudável. A recomendação é manter uma alimentação rica em ferro e, se necessário, o médico poderá indicar uma suplementação com sulfato ferroso;
  • Pressão alta: é um dos mais perigosos quadros durante a gravidez. O principal risco é o desencadeamento da pré-eclâmpsia, que pode levar a falência múltipla de órgãos da mãe e do bebê, se a pressão sair do controle. A hipertensão é, muitas vezes, silenciosa, por isso a gestante precisa tomar os cuidados necessários com a alimentação e os hábitos cotidianos para evitar o quadro.
  • Problema de tireoide: é a oscilação hormonal que mais pode trazer problemas para a mãe e o bebê. Mulheres com distúrbios de tireoide devem manter o controle desses hormônios com alimentação adequada e medicação recomendada pelo médico. A falta de cuidado pode acarretar ganho de peso em excesso, dores pelo corpo e até deficiência do crescimento do feto.

Infecções que podem ser transmitidas da mãe para o bebê

Algumas doenças podem ocorrer durante a gestação a partir do sangue da própria gestante com a possibilidade de afetar o bebê. É a chamada transmissão vertical, ou seja, uma transmissão da mãe para o feto. Hepatites, HIV e sífilis são alguns exemplos de infecções que passam da mãe para o bebê.

Quando presentes, essas infecções podem, além de infectar o bebê, causar complicações na gestação, doenças congênitas, abortos, partos prematuros ou, até mesmo, morte do recém-nascido.

As medidas mais efetivas para a prevenir a transmissão vertical são o diagnóstico precoce (por meio de exames), os cuidados e o tratamento da gestante.

Por isso é recomendado realizar o acompanhamento do pré-natal desde o início da gravidez e fazer todos os exames recomendados pelo médico.

Testes que devem ser realizados durante a gravidez para prevenir a transmissão vertical

  • HIV: é recomendado que seja feito em três momentos distintos. No primeiro trimestre (ideal na primeira consulta do pré-natal), no início do terceiro trimestre e antes do parto.
  • Sífilis: também deve ser realizada em três diferentes momentos. No primeiro trimestre (ideal na primeira consulta do pré-natal), na 28ª semana (início do terceiro trimestre) e antes do parto.
  • Hepatite B: realizar no primeiro trimestre (ideal na primeira consulta do pré-natal). Quando o resultado informa não reagente e a gestante não tiver se vacinado, recomenda-se a vacinação. Se, até momento do parto, a gestante não tiver tomado todas as doses da vacina, também é recomendado fazer a testagem.
  • Hepatite C: de acordo com o histórico de risco para exposição ao vírus.
  • Estreptococo do grupo B: é recomendado fazer coleta de cultura de secreção vaginal, quando disponível, da 35ª à 37ª semana de gestação.

Coronavírus: cuidados durante a gravidez

A escassez de estudos amplos e concretos sobre a Covid-19 é fator de grande insegurança para as gestantes e pais de crianças pequenas. A verdade é que, até o momento, não há registro de casos confirmados de transmissão da mãe para o bebê durante a gestação, no parto e nem contaminação durante o aleitamento materno. Apesar disso, vale a pena tomar todos os cuidados necessários para se prevenir.

Com tantas alterações metabólicas e hormonais e pela restrição do aparelho respiratório, por causa do crescimento da barriga, a mulher costuma apresentar quadros mais sérios quando contrai infecções respiratórias. Mais uma vez reforçamos que não há evidências de como ele atua no organismo da gestante, portanto vale a pena tomar todas as precauções.

Principais cuidados durante a gravidez

Confira os principais cuidados que a gestante precisa ter durante a gravidez:

  • Começar o pré-natal assim que descobrir a gravidez;
  • Ir a consultas regulares no médico. É recomendado uma vez por mês até a 28ª semana, a cada quinze dias entre a 28ª e a 36ª semana e semanalmente após 36ª semana até o parto;
  • Tomar todas as vacinas recomendadas pelo seu médico;
  • Não usar produtos químicos (como tinta para o cabelo) à base de amônia ou metais pesados. A absorção dessas substâncias pode percorrer pelo sangue da mãe chegando ao feto;
  • Não fumar: esse é um hábito que pode prejudicar muito o bebê. O cigarro pode acarretar problemas sérios de circulação sanguínea da placenta, o que prejudica a chegada de nutrientes e oxigênio para o bebê, podendo causar não apenas retardo de crescimento e outras complicações;
  • Não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de droga;
  • Não usar nenhum medicamento por conta própria;
  • Em caso de febre ou dor, procurar atendimento médico.
Viver uma gravidez saudável e feliz deve ser o objetivo de toda futura mamãe. Por isso, cuide bem da sua saúde física e mental. E, principalmente, faça o acompanhamento do pré-natal e siga todas as orientações médicas. Com precauções e cuidados é perfeitamente possível passar pela gestação sem grandes complicações.

Em casos de dúvidas, não hesite em falar com seu médico!

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Os idosos e o isolamento social determinado pela pandemia do novo coronavírus

Diversas cidades do Brasil estão com medidas de isolamento social em vigor. A medida é uma das mais utilizadas no mundo para conter a propagação do novo Coronavírus. A doença causada por este vírus, COVID-19, é muito mais letal aos idosos do que aos mais jovens. Neste sentido, há uma preocupação em isolar ainda mais os mais velhinhos.

Mas em que casos o isolamento pode trazer outros problemas de saúde e segurança aos nossos idosos? Vamos falar um pouco sobre isso.

Entendendo os anseios do idoso

Em primeiro lugar, os familiares mais jovens têm que entender que o idoso, geralmente, é excessivamente preocupado com sua própria sobrevivência (pois ele sabe que faz parte do grupo de risco) e com a de seus familiares: filhos, netos e bisnetos.

Esta preocupação excessiva pode causar ansiedade, estresse, tristeza, depressão, pânico e até mesmo agravar problemas crônicos de saúde pré-existentes como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares.

O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) alerta para situações como o surto de COVID-19 e outras epidemias. Segundo o órgão, deve-se dispensar toda atenção à saúde mental do idoso.

O tempo passa de uma maneira diferente para o idoso, pois, por mais que ele tenha se atualizado em relação à tecnologia, afinal, é uma pessoa que vem de outra geração. Tem outro ritmo de vida. Isso se dá também pelo fato de muitos idosos não desempenharem mais uma atividade econômica ou voluntária, o que faz com que uma situação de pandemia, como a que estamos vivendo, se torne ainda mais incômoda e preocupante.

Acolhendo o idoso e zelando por sua saúde mental

Paciência é a palavra-chave para cuidar e acolher o idoso em um momento tão delicado. Não é hora de afrouxar o isolamento social, especialmente do grupo de risco. Porém um idoso não pode ficar isolado sem nenhum auxílio e atenção. Ter sabedoria, saber se organizar junto com a família e adotar as medidas de prevenção são as atitudes que podem melhorar a qualidade de vida de seu idoso neste momento. Vamos verificar as dicas para cada caso

Dicas para quem tem idosos em casa

Muitos brasileiros vivem com os pais, avós e tios idosos na mesma casa. Por isso, não teria como isolar apenas as pessoas de grupo de risco, uma vez que não dá para trancá-los em um quarto. Neste caso, é preciso que todos da casa redobrem os cuidados.

  • Ao entrar em casa, todos os moradores devem observar as mais rígidas medidas de prevenção, como tirar os sapatos e roupas usados na rua, higienizar objetos e usar máscaras ao circular em locais públicos;
  • Evite contato próximo com o idoso, mas nem por isso, isole-o das atividades familiares;
  • Separe um tempo para dar atenção, conversar e entender as preocupações do idoso. Tenha paciência se ele estiver repetitivo ou muito ansioso com a situação e preocupado com parentes que não vivem com vocês;
  • Tente distrai-lo conversando sobre as suas histórias, vendo fotos antigas e cultivando boas recordações;
  • Realize uma atividade em família, como um jogo de tabuleiro, baralho ou dominó. É uma boa distração;
  • Convide-o para assistir a filmes e séries. Tente encontrar algo que agrade toda a família.

Dicas para quem tem idosos na família morando sozinhos

Realize toda a assistência necessária. Se necessário, combine o rodízio com familiares e bons amigos e vizinhos. O idoso vai precisar de compras, de remédios e de uma assistência básica. Algum sistema de alerta deve ser bem preparado para que alguém da família possa dar assistência rápida em caso de emergência. Há celulares próprios para idosos que possuem a função SOS, com botões grandes e um sistema fácil de usar.

Telefone sempre. Converse com calma e paciência. Se possível, converse com o idoso pela janela ou de longe, usando máscara e tomando todos os cuidados ao adentrar em sua casa.

Sugira atividades, filmes e livros (e depois vocês podem conversar sobre estes conteúdos por telefone). Envie um disco ou CD, uma cesta de café da manhã com pães quentinhos, flores… Agrade seu idoso ou idosa.

Dicas para quem é idoso e está no grupo de risco

Se você, no caso, está no grupo de risco e é idoso, as dicas aqui podem te servir para este momento.

  • Evite excesso de noticiário: é importante se informar, mas o excesso de informação em um momento de pandemia pode gerar ansiedade extra. Busque diversificar as informações que recebe, distraindo-se com outras fontes como livros, revistas, programas de TV, filmes e novelas;
  • Mantenha-se ativo: cozinhe e aprenda novos pratos, faça exercícios em casa segundo sua condição física, arrume a casa… enfim, mude de posição. Não fique sentado o dia todo. E regule os horários de sono.
  • Use a tecnologia para falar com a família. Telefone e, segundo a sua possibilidade, use videoconferência. Se for o caso, peça para alguém da família ajudar.
  • Mantenha-se alegre, ouça boas músicas e cultive o otimismo. Se estiver pensando em tragédias, tente se distrair;
  • Mantenha a espiritualidade em alta, se isso te faz bem;
  • Tome sol em horários não nocivos;
  • Aceite ajuda! Se alguém da família ou um vizinho deseja fazer suas compras, aceite. Utilize o delivery, se necessário.

Vamos todos juntos cultivar o pensamento otimista e cuidar dos mais vulneráveis. Apenas com sabedoria, paciência e solidariedade, os impactos desta pandemia serão minimizados. #FiqueEmCasa

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