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Nossa relação com o dinheiro: uma análise e um guia inicial para a saúde financeira

A educação financeira não é um fator priorizado nas famílias brasileiras. Nosso País aparece em 74º lugar no ranking global de educação financeira da Standard & Poor’s (S&P Ratings Services Global Financial Literacy Survey), que classifica a relevância que este fator recebe em 144 países. A lista mostra o Brasil atrás de países até menos desenvolvidos como Madagascar, Togo e Zimbábue. A falta de interesse na disseminação do assunto reflete na saúde financeira da população. No Brasil, o percentual de dívida das famílias em relação à renda chegou a 72,6% em julho de 2021 (no mesmo mês em 2020, eram 69%) entre aqueles com menores rendas. Na média, o percentual do comprometimento da renda com dívidas está em 30,5%, o maior índice desde 2017. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Cultura de escassez

Educação financeira é entendida, muitas vezes, como corte de gastos. Afinal, quando se fala em dinheiro, na maioria dos casos, dentro do Brasil, já se pensa em “falta”. A cultura de escassez traz o pensamento de que sempre falta dinheiro. Tal efeito é aumentado pela cultura do consumo que faz com que, a todo momento, a população seja incentivada a consumir e novas “necessidades” surgem nas famílias. O problema é que tais necessidades não existiam antes e, muitas vezes, são supérfluos que acabam sendo adquiridos de maneira mal planejada.

Claro que a questão cultural não é a única culpada pela relação problemática da população com o dinheiro. Conjunturas socioeconômicas levaram as famílias a construir um modelo mental passado de geração para geração. Várias trocas de moedas em poucas décadas e inflação descontrolada no passado trouxeram situações de insegurança às gerações passadas, que repassaram às gerações hoje em idade produtiva. Estas, por sua vez, estão educando crianças e jovens para pensarem da mesma forma no futuro. Nas últimas décadas o Brasil experimentou maior estabilidade, o que deu um pouco de espaço para outros modelos mentais surgirem a respeito de finanças, porém o recente contexto da pandemia trouxe um quadro de novas incertezas e, com elas, a cultura de escassez aumentando.

Mas do que trata a educação financeira e como ela pode ajudar em momentos de crise?

Ser educado financeiramente é mais do que saber economizar. É, em primeiro lugar, “fazer as pazes” com o dinheiro. Quando estamos de bem com alguém, queremos falar com aquela pessoa e passar mais tempo com ela, não é? É assim que ocorre com o dinheiro. Quando o assunto “finanças” não desagrada, queremos falar sobre isso, estudar e fazer planos consistentes. Portanto este é o primeiro passo para a saúde financeira.

Também é necessário compreender o papel do dinheiro na sua vida e na de sua família. O dinheiro bem administrado pode garantir bem-estar e segurança para o futuro. Por isso, é contraproducente gastar um dinheiro que ainda não existe, acumulando dívidas e trazendo mais dificuldades para o futuro. Quando falamos em saúde financeira, falamos também de saúde mental e física. Os problemas financeiros podem gerar diversos tipos de situações complicadas como stress, brigas e até mesmo doenças.

Sendo assim, veja como você pode melhorar sua saúde financeira desde já:

  1. Faça as pazes com o dinheiro: pense, fale e estude sobre finanças com entusiasmo;
  2. Gaste menos do que ganha: é a regra de ouro. Não tem como ser diferente!
  3. Evite dívidas a todo custo: principalmente enquanto ainda está estudando e planejando. Existem dívidas (como financiamentos) que podem trazer retornos, porém se você não tem clareza de como elas se desdobrarão no futuro, evite-as!
  4. Livre-se das dívidas já existentes: faça contas, negocie, junte dinheiro para quitar, refinancie com juros menores etc.
  5. Busque outras fontes de renda: se estiver ganhando muito pouco, pense em como usar mais algumas horas para complementar renda. É necessário descansar e passar tempo livre com as pessoas de que você gosta. Porém, em tempos de crise, é preciso contingência!
  6. Pense muito bem antes de comprar qualquer item que não seja primordial: quer comprar uma roupa? Passar o fim de semana na praia? Pense bem antes e avalie se é necessário naquele momento. Se a vontade passar, é porque não era tão necessário assim.

Com este passo a passo, você já começa a ter uma vida financeira mais equilibrada e pode estudar meios de fazer seu dinheiro guardado render. Ao pensar em aplicações, investimentos e outras “oportunidades”, estude muito e não acredite em ganhar dinheiro fácil. Ao mesmo tempo, tire da cabeça que tudo é um sacrifício. A conta é simples: ninguém dá dinheiro para ninguém. Mas quem tem dinheiro sempre poderá “emprestá-lo”, ou seja, se você conseguiu guardar, poderá “emprestar” seu dinheiro ao governo ou ao banco e ganhar juros (com títulos do Tesouro, CDBs e outras aplicações).

Em momentos de crise, como o atual, é preciso avaliar junto à família, todas as oportunidades de encaixar os gastos dentro da renda de maneira planejada, evitando dívidas e fazendo sobrar aquela poupança. Esta sobra poderá ser destinada à reserva de emergência e planos futuros como aposentadoria complementar, viagens ou aquisições. Envolver os mais jovens é essencial para disseminar a educação financeira dentro do lar.

Nunca é tarde! Organize suas finanças e tenha uma vida mais equilibrada e saudável, física e mentalmente.

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Bancos comunitários e seus produtos: microcrédito, microsseguros e conta corrente para negativados

Você conhece os bancos comunitários? Sabe para que eles existem e quais tipos de serviços oferecem? Estes bancos são ótimas ferramentas de inclusão bancária e de organização financeira para a população de baixa renda ou que está passando por situações de dívidas, por exemplo.

O objetivo do banco comunitário é fomentar a microeconomia e promover desenvolvimento socioeconômico em regiões com baixo poder aquisitivo e em alto grau de vulnerabilidade. Tal estratégia é muito bem-vinda para a população de modo geral, pois faz com que o dinheiro circule nas camadas de baixa renda por meio do microcrédito, melhorando a oxigenação da economia como um todo. Além disso, há outros serviços e oportunidades com estes instrumentos.

Mas, de onde surgiram e como funcionam os bancos comunitários?

Banco comunitário, como o nome já diz, prevê uma gestão em comunidade. Trata-se de uma associação comunitária cujos serviços são prestados de forma solidária e mútua. A instituição é autônoma desde sua criação e responsável pela sua gestão, sem filiais ou holdings.

Todo o sistema de um banco deste tipo é baseado na confiança entre os agentes gestores e na compreensão da realidade do outro. A prioridade é atender àquelas pessoas que não tem acesso a bancos convencionais, seja por não comprovação de renda, por nome negativado ou outros motivos.

Quantos são os bancos comunitários do Brasil?

Há mais de 100 bancos comunitários no Brasil, sendo que o primeiro deles foi o Banco Palmas, criado em 1998, em Fortaleza (CE). Esta instituição foi a pioneira no Brasil tanto na criação do banco em si, quanto da moeda social. É também a mais desenvolvida, tanto é que replica sua metodologia em outras instituições comunitárias. O próprio site do Palmas mapeia os outros bancos do Brasil. Veja aqui a lista completa.

Alguns exemplos de bancos comunitários brasileiros:

  • Cidade de Deus — Cidade de Deus, Rio de Janeiro (RJ);
  • Paulo Freire — Inácio Monteiro, São Paulo (SP);
  • Terra — Terra Vermelha, Vilha Velha (ES);
  • Platina — Platina, Distrito Federal;
  • Conquista — Morro da Liberdade, Manaus (AM);
  • Banclisa — Teófilo Rocha, Teófilo Otoni (MG).

Há outras iniciativas que não são exatamente bancos comunitários, mas que têm foco em microempreendimentos e em pessoas físicas de baixa renda. Por exemplo, o inovador G10 Bank e, no Estado de São Paulo, o Banco do Povo.

  • Banco da favela: G10 Bank

No cenário de pandemia e recessão econômica, um grupo de lideranças vindo das comunidades brasileiras chamado G10 Favelas lançou um banco digital com foco nas favelas. Segundo estudos dos Institutos Data Favela e Locomotiva, este público movimenta R$ 119,8 bilhões por ano.

O G10 Bank focou esforços em criar recursos para o enfrentamento da pandemia e de seus impactos na economia das comunidades. Seu primeiro alvo foram os empreendedores locais que precisaram de ajuda com o fim do auxílio emergencial do governo. O banco também oferece soluções para microempreendedores como maquinha de cartão sem mensalidade com repasse do valor ao lojista até o dia seguinte.

Agora, o banco também oferece instrumentos para pessoas físicas de baixa renda e/ou negativadas, que tenham dificuldades na inclusão bancária.

  • Banco do Povo

Já o Banco do Povo é uma iniciativa governamental para apoiar o empreendedor paulista na renegociação de dívidas, obtenção de crédito e outros recursos para pequenos negócios.

Quais os principais serviços oferecidos pelos bancos comunitários?

Os serviços dos bancos comunitários são frutos das demandas de sua comunidade e da disponibilidade de seus gestores em estruturar tais opções. Em geral, os principais serviços ofertados nestes bancos são:

  • Conta corrente gratuita para todos: os bancos comunitários oferecem conta corrente (e digital), cartão (inclusive internacional em alguns casos) etc. Tudo isso, muitas vezes, sem consultar cadastro, ou seja, pessoas negativadas também têm acesso;
  • Microcrédito: existem dois tipos de crédito. Um deles é o crédito produtivo, que fomenta o empreendedorismo, financiando a criação ou ampliação de negócios locais. E há o crédito para consumo, que é quando a pessoa precisa de dinheiro para custear seu consumo pessoal (ou de sua família). Geralmente, este empréstimo é feito em moeda social (veja a seguir);
  • Microsseguro: seguro com foco em pessoas de baixa renda contra riscos específicos em troca de baixos valores de restituição, mas importantes para este público. Estes produtos consideram os riscos mais comuns da população em geral. Como todos os seguros, devem ser registrados na SUSEP;
  • Fundos para compras conjuntas: empreendedores de um mesmo ramo que se unem para criar um fundo solidário e conseguir melhores preços com fornecedores;
  • Correspondente bancário: realização de pagamentos e recebimentos de faturas dos bancos comerciais;
  • Educação financeira: cursos gratuitos, compartilhamento de informações e palestras sobre finanças pessoais;

O banco comunitário não pode oferecer poupança ou outras aplicações monetárias.

O que é a moeda social e como funciona nos bancos comunitários?

Moeda social é o dinheiro que circula em uma determinada região por um certo grupo. É a moeda alternativa à oficial, no caso do Brasil, o Real. O objetivo de implantar uma moeda social é gerar riqueza e circulação econômica em determinada comunidade.

A moeda social deve ser lastreada e indexada em moeda nacional, além de permitir o câmbio com a moeda real. Sua circulação deve ser restrita à região de atuação do banco comunitário que a criou. Além disso, sua aceitação não pode ser imposta. Os comerciantes e moradores devem ter liberdade em aceitá-la ou não.

Além disso, não é permitida a prática de cobrança de juros via moeda social, sendo destinada exclusivamente para compra e venda de bens naquela determinada região.

Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária

O SIES é um banco de dados nacional de todos os empreendimentos de economia solidária do País composto por informações de Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) e de Entidades de Apoio, Assessoria e Fomento (EAF). Tais informações retratam a economia solidária no Brasil e servem para realização de pesquisas e estudos e dar visibilidade e apoio público ao segmento.

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Como manter a saúde financeira em um cenário de desemprego

O desemprego no Brasil atingiu o recorde de 14,4% no 3º trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais de 1 milhão de pessoas ficaram desempregadas nestes 3 meses e o número total chegou a 13,8 milhões. Em 1 ano o Brasil perdeu 12 milhões de postos de trabalho e teve sua população ocupada reduzida ao menor número já registrado pelo instituto desde 2012.

Ficar sem emprego traz diversos tipos de transtornos à pessoa. Problemas passam pelas questões financeiras, preocupações com o futuro, planos frustrados, aspectos psicológicos e de autoestima, além dos impactos nas relações familiares.

Em um cenário pessimista como o que estamos vivendo com a pandemia por Covid-19, a situação é ainda mais grave, pois há outros fatores que impactam nas rotinas das famílias e na saúde mental das pessoas.

O que se pode ler de positivo neste contexto são as iniciativas criativas e inovadoras de algumas pessoas. Por exemplo, desempregados que buscaram fontes de renda autônomas e acabaram se surpreendendo e adotando o empreendedorismo em suas vidas.

Seja lá como for o desfecho da história, com um novo emprego ou um novo rumo profissional, é necessário atentar para questões práticas, financeiras e psicológicas para passar bem pelo período de desemprego. Vamos a algumas dicas práticas!

Conheça seus direitos e programas de apoio

Além do seguro-desemprego, na situação de pandemia, acompanhe se ainda tem direito há algum auxílio emergencial, além de outros programas do governo de apoio à população desocupada. Verifique em sites e fontes oficiais quais são os seus direitos e o que é necessário para exercê-los. Tome muito cuidado com as informações falsas e fraudes. Há muitos golpistas criando sites falsos para roubar dados e dinheiro das pessoas.

Busque por atividades pontuais para gerar renda

Não menospreze as chances de gerar renda, os chamados “bicos” ou “freelas”. Ajudar alguém que já tem um negócio, produzir algo e vender, oferecer mão de obra em algo que você saiba fazer… tais práticas podem abrir portas ou gerar ideias para algo maior e mais estável, já pensou?

Revise todas as contas para buscar oportunidades de economizar

Se você possui poupança, use-a com sabedoria. Analise todas as suas contas e estabeleça uma estratégia de guerra. Aprenda a viver com menos, sendo criterioso e criativo. Não vale a pena gastar agora e se apertar depois. Seja otimista em relação ao futuro, porém cauteloso.

Converse abertamente com sua família e dependentes

Se você possui cônjuge, filhos e outros dependentes, a conversa deve ser franca, como em uma equipe. Todos podem ajudar neste momento de diferentes maneiras, dependendo da idade e situação de cada um. Mesmo as crianças devem estar cientes da situação que a família está enfrentando claro, adaptando o discurso. Não é necessário passar um tom triste ou pessimista. A mensagem é que juntos vocês vencerão mais rapidamente.

Valorize o networking

Alguns dizem: “Quem tem amigos tem tudo”. Na verdade qualquer contato seu pode ser uma porta para uma nova oportunidade. Relacione em uma lista os amigos, conhecidos, colegas e chefes de empregos anteriores com os quais você teve bom relacionamento. Faça um planejamento de contato e marque os encontros que forem possíveis com pessoas que estejam dispostas a apoiar sua busca por um novo emprego. Claro que em momento de pandemia, o encontro virtual será mais seguro.

Tenha rotina e mantenha-se ocupado

Desempregado sim, desocupado nunca. Estabeleça uma rotina de busca por emprego, networking, cursos (há vários gratuitos na internet), leituras, atividade física, descanso e lazer. Para o lazer, aproveite a possibilidade de retomar um hobby saudável ou aprender uma nova atividade prazerosa, o que ajudará na manutenção do ânimo, estimulação da saúde intelectual e até mesmo no surgimento de novas ideias!

Cuide da saúde física e mental

Não desanime! O desânimo e a desesperança são armadilhas terríveis para quem está desempregado. Depois de ouvir alguns “nãos”, a sua autoestima poderá ficar abalada. Cuide também da sua saúde física. Praticar atividades físicas é uma ótima maneira de liberar hormônios que te deixarão mais animado e disposto.

Não permita baixar a guarda. Pense positivo e tenha paciência. É possível passar pelo desemprego e abrir novas janelas em sua vida profissional. É importante aprender cada lição que este período venha a te oferecer e usar isso a seu favor quando sua nova oportunidade chegar.

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Saúde financeira em 2021: dicas para um bom planejamento

Janeiro tem ares de renovação. Um ano novo começando, com férias ou mesmo para quem está trabalhando, um pouco mais de fôlego após a correria do fim de ano. Que tal aproveitar o período para planejar a estratégia financeira pessoal e/ou familiar dos próximos 12 meses?

Veja alguns tópicos que devem ser levados em conta neste planejamento e garanta melhor saúde financeira em 2021.

1. O que passou, passou. Mas a dívida ficou!

Não vale a pena lamentar o que você fez de errado em sua vida financeira até o momento. Nem brigar com os familiares por suas farras com o dinheiro. Porém, as consequências não desaparecem. Se há dívidas, elas devem entrar em seu planejamento. Analise as dívidas e identifique oportunidades de negociação. “Raspe o tacho” para quitar dívidas com desconto. Se necessário, corte a verba das férias e seja criativo em fazer programas de baixo custo ou até mesmo gratuitos.

“Eu mereço passear”: é o que muitos pensam. Seria melhor pensar: “eu mereço uma vida sem dívida”.

Não aumente suas dívidas em 2021. Não acumule juros a pagar. Esta atitude deve ser constante, porém se torna ainda mais importante no cenário econômico atual. Mesmo com previsões de alguma melhora, a situação pede cautela.

2. Análise das contas: o segredo das pessoas realistas

Para ter uma ideia de quanto você e seus familiares podem gastar com determinados itens, o melhor a se fazer é analisar o que já foi gasto. Se você tem o costume de anotar a saída de dinheiro ou dar aquela conferida nos extratos bancários e na fatura dos cartões de crédito, ótimo. Se não tem, acostume-se. Esta análise das contas é o primeiro passo para identificar oportunidades de economia, traçar metas e saber quanto é possível gastar por mês sem se endividar e ainda fazendo sobrar aquela poupança.

3. Renda extra: já pensou?

Os preços sobem e o salário fica para trás. Quem nunca passou por esta situação? Para garantir seu estilo de vida e poder de consumo ou ainda, aumentar seu montante de dinheiro investido, é interessante pensar naquela renda extra. Se você possui um trabalho fixo, o cansaço físico ou mental (ou ambos) pode ser um fator limitante para planejar e executar um plano de renda extra. Mas não desista! Converse com seus familiares e amigos próximos para identificar oportunidades. Leia e informe-se sobre tendências e novas ideias. Você vai encontrar uma renda extra para chamar de sua!

4. Economia: dá para apertar mais?

Para as famílias que vivem com o orçamento apertado fica difícil pensar em economizar sem abrir mão de algum conforto ou prazer. Mas é possível. Analise todos os seus custos fixos primeiro e vá à luta: peça desconto na escola, negocie a anuidade do cartão de crédito e a mensalidade do provedor de internet, avalie concorrências, identifique oportunidades de substituição de serviços por soluções com melhor custo x benefício.

Depois, ataque os custos variáveis. Será que é possível reduzir a conta do mercado? Há desperdício ou apego desnecessário a marcas mais caras? Será possível comprar menos roupas, sapatos, acessórios e pagar por menos serviços supérfluos? Você e sua família poderiam economizar no lazer com a simples atitude de sair um pouco da caixa e descobrir outras opções interessantes para se divertir e gastar menos?

5. Padrões de consumo: o necessário e o supérfluo

Por falar em supérfluos, o que é supérfluo para você e sua família? Analise os itens na casa, o estoque no armário, o closet abarrotado… Estude o cenário e discuta o que dá para abrir mão e simplesmente “deixar ir”, para dar espaço a oportunidades futuras de uma vida mais tranquila com mais saúde financeira.

6. Se você está em família, o plano de um é o plano de todos!

Esta dica é muito importante. Quando um membro da família está economizando e o outro não, fica a sensação de injustiça. É necessário que todos participem do planejamento, oferecendo sugestões e negociando seus limites. Todos têm condições de contribuir, inclusive jovens e crianças um pouco maiores.

7. Disciplina para chegar em dezembro com tudo redondinho

De nada adiantará um bom planejamento e a animação do primeiro mês do ano se não houver disciplina em revisitar o plano e executar as ações definidas. Uma boa ideia é marcar uma pequena reunião familiar mensal para discutir o cenário. Se você mora sozinho, reserve este horário em sua agenda para se debruçar sobre os gastos e oportunidades de renda extra ou investimentos.

8. Otimismo e senso de prosperidade: o toque de mestre!

Pessoas com vida financeira saudável não pensam em escassez. Elas pensam em oportunidades, recursos abundantes e prosperidade. Pensar com “cabeça de prosperidade” parece simples, mas requer foco. Acabar com a reclamação e com as desculpas é o primeiro passo. A procrastinação também atrapalha. Ajustar o olhar para o futuro com um ar de otimismo e esperança fica mais fácil depois de deixar de lado as crenças limitantes, medos insensatos e desgostos passados. Olhe para frente e enxergue a possibilidade de um futuro melhor!

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Reajuste dos planos de saúde

O reajuste no valor do plano de saúde é uma preocupação para as pessoas que pagam diretamente esse tipo de serviço, seja uma pessoa física que contrata um plano individual ou familiar ou uma pessoa jurídica que faz um contrato coletivo como benefício para seus funcionários ou associados.

O reajuste é uma atualização da mensalidade baseada na variação dos custos dos procedimentos médico-hospitalares com o objetivo de manter viável a prestação do serviço contratado pelos consumidores.

Em agosto deste ano, devido à pandemia da COVID-19 e seus impactos econômicos para as famílias e empresas, além da alta na necessidade de assistência médica, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou um período de suspensão dos reajustes anuais por 120 dias.

Entenda como funciona a questão do reajuste nos planos de saúde, os detalhes da suspensão nos reajustes e os impactos desta medida para as operadoras.

Tipos de reajuste no plano de saúde

O órgão regulador das operadoras de planos de saúde (a ANS) determina anualmente o índice de aumento permitido para os contratos individuais e familiares. Entretanto essa determinação de teto não se aplica aos planos coletivos por adesão ou empresarial. Nestes casos o reajuste é indicado pelas próprias operadoras, que se baseiam na sinistralidade e pode ser negociado com os contratantes.

A ANS autoriza três modalidades distintas para aumento da mensalidade:

1.Reajuste anual

Aplicado quando o contrato completa 12 meses de vigência, ou seja, no mês de aniversário da aquisição do plano de saúde.

Planos individuais e familiares aderidos a partir de janeiro de 1999 seguem o índice de reajuste determinado pela ANS, que faz o cálculo baseado na necessidade de compensar a inflação do período. Os planos mais antigos, assinados até dezembro de 1998, seguem orientações de reajustes descritas no contrato, desde que estejam claras e bem específicas quanto ao aumento. Caso contrário, devem seguir o mesmo índice determinado pelo órgão.

Já os planos coletivos (por adesão e empresarial) não seguem a mesma regra. A ANS não controla o limite de reajuste, e portanto, não determina o índice máximo permitido do aumento. Dessa forma as operadoras são livres para determinar o próprio percentual de reajuste anual que pode ser negociado.

Por isso que em grande parte, os aumentos nos planos coletivos podem ter índices variados entre as operadoras e contratantes.

2. Reajuste por mudança de faixa etária

Ocorre quando o beneficiário do plano de saúde faz aniversário e muda de faixa etária.

O aumento é previsto, pois com o avanço da idade, os cuidados necessários com a saúde e utilização de serviços são mais frequentes.

Em 2004, com a vigência do Estatuto do Idoso, a ANS fixou 10 faixas etárias: 0 a 18 anos, 19 a 23 anos, 24 a 28 anos, 29 a 33 anos, 34 a 38 anos, 39 a 43 anos, 44 a 48 anos, 49 a 53 anos, 54 a 58 anos e 59 anos ou mais.

Em caso de plano familiar, o aumento é aplicado somente na mensalidade do beneficiário que mudou de faixa etária.

As regras de reajuste por alteração na faixa de idade são as mesmas para os todos os tipos de plano, individuais, familiares e coletivos.

3. Reajustes por sinistralidade

É aplicado quando a operadora de plano de saúde conclui que a quantidade de atendimentos e procedimentos (sinistros) foi maior do que o previsto para determinado período.

Suspensão de reajuste do plano de saúde

Em virtude da pandemia, a ANS anunciou a prorrogação da suspensão dos reajustes anuais e por faixa etária para planos de saúde no período de setembro a dezembro de 2020.

A decisão cobriu os planos individuais, familiares e coletivos de assistência médico-hospitalar, com contrato após 1º de janeiro de 1999 ou que foram adaptados à Lei nº 9.656/98. Entretanto não contempla os contratos coletivos empresariais com 30 ou mais vidas que já negociaram e aplicaram o reajuste até 31 de agosto de 2020. E também não se aplica aos planos que são apenas odontológicos.

Vale observar que a determinação da ANS impôs apenas o congelamento do valor das mensalidades durante o período determinado.

Congelamento dos valores afeta operadoras

A decisão da ANS afetou cerca de 35% dos contratos de planos de saúde e a suspensão teve reflexos negativos no setor.

Isso porque grande parte das operadoras costumam realizar seus reajustes no período entre setembro e dezembro.

O impacto pode ser visto nas operadoras em posição mais frágil, como as de menor porte ou as que precisam se reajustar anualmente com a inflação médica, que normalmente varia entre 15% a 20%. Isso abre oportunidades para mais fusões, aquisições e consolidações no setor.

Em 19/11/2020 a ANS definiu que recomposição do reajuste suspenso em 2020 será em 12 parcelas mensais, iguais e consecutivas, a partir de janeiro de 2021.

As operadoras já estão comunicando seus clientes sobre a forma de recomposição dos valores.

Algumas estão se adiantando e oferecendo algum tipo de diferencial nesta recomposição, pois além dos valores não pagos durante o congelamento, passa a valer o reajuste já previsto durante o período de congelamento de aumentos.

Veja aqui todas as informações sobre o congelamento e recomposição dos valores: CLIQUE AQUI

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Saúde Financeira

Declaração do Imposto de renda: oportunidade para avaliar sua saúde financeira

Para a maioria das pessoas o período de declaração do imposto de renda da pessoa física é uma corrida atrás dos comprovantes de pagamento de escolas, planos de saúde e outros custos que possam ser compensados. Muitas pessoas o fazem por obrigação, sem analisar as finanças pessoais: despesas versus rendimentos. Acontece que esta é uma oportunidade para fazer um balanço de sua saúde financeira.

Ao fazer a declaração do imposto de renda, você tem em mãos informações para analisar e ter um espelho de sua situação financeira. Deste modo, você consegue criar metas realistas para as finanças pessoais dentro do ano corrente. 

Vamos entender primeiro alguns conceitos básicos de Contabilidade que ajudam as pessoas ou as empresas a realizar um balanço orçamentário, estipular metas realistas e fazer previsões.

Ativos vs passivos

Existem dois grandes grupos de recursos pertencentes a uma empresa, família ou pessoa: os ativos e os passivos. No grupo dos ativos estão todos os seus bens, títulos, investimentos, dinheiro em caixa e imóveis. Já os passivos são as dívidas, cursos, serviços contratados e contas a pagar, por exemplo, custos fixos mensais e outros compromissos.

Analisar estes dois grupos já é um ótimo exercício para entender o que traz dinheiro e o que leva seu dinheiro embora, obtendo uma visão ampla de sua saúde financeira. É deste modo que empresas e outras instituições analisam as contas e buscam atuar nas ineficiências e desperdícios. Por que não fazer o mesmo nas finanças pessoais? 

Ao reunir as informações para o IR aproveite os dados do preen­chimento para iniciar uma profunda análise na sua economia doméstica.  Liste gastos que poderiam ser cortados ou reduzidos. Tome decisões, envolva a família e estabeleça metas factíveis.

Endividamento

Você sabe qual é o índice de endividamento de sua família? Faça como as empresas. Analise este índice para averiguar sua saúde financeira. Divida o valor total do passivo pelo valor total do ativo. Este é o nível de endividamento geral da sua família. Para analisar a composição do endividamento, divida o valor de cada despesa pelo passivo total. Os maiores números devem ter atenção redobrada,  sem desprezar os pequenos gastos que devem ser analisados se são realmente necessários. Foque seus esforços na redução de gastos supérfluos para maior equilíbrio de suas finanças pessoais. 

Imposto de Renda: de onde veio

Vamos entender melhor um pouco do histórico desta taxa. O “Imposto sobre a Renda” é secular, desde 10 anos depois de Cristo! Vários países implantaram este imposto ao longo dos anos e hoje a maioria adota a cobrança.

No Brasil, a implantação do sistema atual, após algumas tentativas, só foi feita em 1922, com o nome de Imposto Geral sobre a Renda, pelo presidente Artur Bernardes. A proposta era usar este dinheiro para financiar a área de saúde, educação e desenvolvimento urbano. Hoje, o IR não tem destinação obrigatória.

Declaração de Imposto de Renda 2020 tem novidades: fique de olho!

Uma das novidades deste ano é que as restituições serão pagas mais cedo, em cinco lotes, e não em sete, como era até ano passado. O primeiro lote já será liberado no dia 29/5.

Alguns recursos foram adicionados ao programa para facilitar a vida do contribuinte. Por exemplo, agora a pessoa pode transmitir sua declaração, gravar uma cópia de segurança, corrigir e imprimir dentro do próprio programa. Aqueles que possuem certificado digital, podem usar a área “Meu Imposto de Renda”, no e-CAC.

Uma mudança que onera o contribuinte é que o mesmo não pode mais deduzir o valor da contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico.

A tabela de IR não foi reajustada, o que significa uma defasagem de mais de 100%, desde 2016.

A partir deste ano é obrigatória a inclusão do CNPJ das instituições financeiras nas quais a pessoa possui conta corrente ou aplicações financeiras, incluindo renda variável (por exemplo, Bolsas de Valores). 

Deverá ser declarado se os bens e direitos pertencem ao contribuinte titular da declaração ou aos dependentes, informando, inclusive, CNPJ ou CPF relacionado ao bem ou ao direito.

Atenção!

Até o dia 30/4, cerca de 32 milhões de contribuintes deverão realizar sua Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física 2020, ano-base 2019. Quem for obrigado a declarar e não apresentar a declaração do IR no prazo pode pagar multa de, no mínimo, R$165,74, mesmo se não tiver imposto a pagar. O valor máximo da multa é 20% sobre o IR devido.

Separe um tempo para realizar este procedimento com calma e, como já dissemos aqui, aproveite para equilibrar as finanças pessoais.

Lembre-se de que a saúde financeira é um fator importante que pode impactar na saúde física e psicológica das pessoas.

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Saúde Financeira

8 dicas para uma boa saúde financeira pessoal

Tal como cuidamos da saúde pessoal também é importante dar atenção à sua saúde financeira.

O stress, as preocupações e o medo de entrar no vermelho e acabar perdendo o controle da saúde financeira afeta nossas emoções gerando problemas no corpo físico.

Mas com um bom controle financeiro é possível promover o equilíbrio para sua saúde pessoal e ainda aproveitar o melhor da vida, curtindo pequenos prazeres comportados pelo orçamento.

Para conquistarmos a saúde financeira é preciso organização e disciplina. Para isto selecionamos 8 dicas pontuais para uma boa saúde financeira

  1. Liste os gastos
    Levante informações sobre os maiores gastos previstos ao longo do ano, tais como: impostos, material escolar e outras despesas fixas.
    Provisione também para possíveis emergências, como a troca de móveis ou eletrodomésticos.
  2. Defina metas para o ano todo
    Escreva os desejos de aquisição cujos valores são mais relevantes, como a troca do sofá ou uma nova geladeira, a troca ou aquisição de um carro novo.
  3. Fuja do cheque especial
    Evite usar o limite do cheque especial sempre pague toda a fatura do cartão de crédito para não usar o crédito rotativo. Tanto o cheque especial quanto o rotativo do cartão de crédito são os empréstimos mais caros que que pode acessar. Troque-os por outros créditos mais baratos caso tenha alguma dívida.
  4. Seja organizado
    Controlar os gastos é imprescindível. Use um aplicativo para registrar todas as entradas e saídas de dinheiro.
    Mantenha suas finanças em dia e fique acompanhe todas as mudanças que ocorrem no saldo de sua conta, evolução nas entradas ou saídas de dinheiro. Isso é fundamental para a atualização de sua saúde financeira.
  5. Avalie as ofertas
    Faça contas e sempre avalie a melhor oferta. Sempre é possível participar de alguma promoção ou queima de estoque de alguns produtos. Programe-se para aproveitar as liquidações da Black Friday ou de início de ano.
  6. Aprenda a investir
    Estude e saiba como obter mais resultados além de guardar algum dinheiro. Saiba a hora certa para algum resgate de seu dinheiro aplicado e não se apavore com ruídos sem fundamentos.
  7. Cuide e dialogue sobre economia familiar
    Gastos planejados resultam em estabilidade e equilíbrio financeiro para toda família, gerando mais tranquilidade e bem estar. Use o dinheiro como uma ferramenta
  8. Dinheiro não é tudo, mas proporciona realizar sonhos, traz segurança e permite ajudar outras pessoas.
    Saiba valorizar o próximo e nunca coloque o dinheiro acima de qualquer coisa. O dinheiro não pode ser um fator de stress, mas sim um facilitador de estabilidade pessoal, familiar e social.

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