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Fevereiro Roxo: conscientização sobre Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia

Além do Fevereiro Laranja, que tem como foco a conscientização sobre leucemia, há outro movimento no segundo mês do ano: Fevereiro Roxo. A campanha vem conscientizar sobre Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia e surgiu em Uberlândia, Minas Gerais, em 2014. A iniciativa é conduzida por organizações não governamentais (ONGs) e algumas instituições do poder público, mas não faz parte do calendário oficial de campanhas nacionais.

As três doenças aparentemente não têm tanta coisa em comum. Mas há um fator comum a todas elas: nenhuma possui cura conhecida pela medicina e todas são alvo de muita desinformação. O movimento de “pintar” o mês de Fevereiro de roxo vem informar a população e fornecer ferramentas aos doentes e suas famílias para que possam promover a melhor qualidade de vida possível ao paciente. O lema da campanha diz tudo: “Se não houver cura que, no mínimo, haja conforto”.

Em relação a estas três doenças, e na maioria das patologias, o diagnóstico precoce é condição importantíssima para um tratamento mais brando e melhor qualidade de vida.

Alzheimer

Com o aumento da longevidade alcançado nas últimas décadas as doenças senis passaram a ser mais comuns, pois o diagnóstico ficou mais preciso, bem como o tempo de permanência. O Alzheimer foi descoberto como doença em 1906 e levou o nome do médico que identificou seu conjunto de sintomas, o alemão Alois Alzheimer.

Trata-se de uma doença neurodegenerativa que geralmente se manifesta a partir dos 60 anos e destrói funções cerebrais, evoluindo de maneira lenta. Seus sintomas principais são a perda da capacidade cognitiva e da memória, tendo o quadro de demência como consequência. O nível de comprometimento das funções cerebrais determina a fase em que a doença se encontra no paciente: leve, moderada ou grave. A sobrevida média a partir do diagnóstico fica entre 8 e 10 anos.

Não há cura para o Alzheimer, mas a medicina tem avançado nos tratamentos para retardar o avanço das fases. Um paciente com quadro leve e medicado pode desempenhar atividades cotidianas normalmente. Porém, os quadros de moderado a grave tendem a deixar o paciente dependente de acompanhamento integral, o que impacta na vida dos familiares saudáveis, que precisam monitorar o doente.
 
A causa exata é desconhecida, mas já se sabe que a doença se manifesta quando o processamento de algumas proteínas do sistema nervoso central apresenta problemas. A predisposição genética foi observada em 10% dos casos.

O tratamento pode ser realizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, incluindo distribuição de medicamentos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número de pacientes com Alzheimer, hoje mais de 35 milhões de pessoas, dobrará no mundo.
 
A prevenção desta doença e de outros tipos de demência passa pelos mesmos cuidados em relação a outras patologias: a adoção de hábitos de vida saudáveis, como a prática de exercícios físicos e alimentação balanceada, e o controle de outras doenças crônicas. Além disso, especialistas apontam que o uso constante das funções cerebrais pode ajudar. A dica é praticar atividades intelectuais como leitura, cruzadinhas e outros aprendizados.

Diante de qualquer suspeita ou anormalidades comportamentais relacionadas a quadros de esquecimento, o paciente deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na rede pública ou ir direto ao especialista, se possível.

Lúpus

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é a doença inflamatória e autoimune que faz com que o sistema imunológico ataque tecidos saudáveis do próprio corpo por engano. Este efeito pode afetar diversos órgãos e tecidos, por exemplo, pele, articulações, rins e até mesmo o cérebro. Se não tratada e monitorada adequadamente, pode levar o paciente à morte.
 
A patologia não tem cura nem causa 100% conhecida. Não se sabe o que causa este descontrole do sistema imunológico, mas já foi observada uma combinação de fatores que pode desencadear o seu aparecimento, sejam genéticos, infecciosos, hormonais ou ambientais. O Lúpus pode acometer pessoas de qualquer idade e sexo, mas é mais comum que apareça entre 20 e 45 anos.

Para identificar, é preciso ficar atento a crises de vermelhidão na pele, aparecimento de manchas ou de placas vermelhas pelo corpo. Estas crises podem ocorrer depois de exposição excessiva à luz solar ou infecções. Por isso, tais efeitos não podem ser subestimados. Diante de qualquer anormalidade, o paciente deve buscar o médico.

Os sintomas de Lúpus incluem fadiga, febre e dor. Apesar de não ter cura, o tratamento passou por avanços na medicina e hoje há meios de melhorar a qualidade de vida, controlando sintomas e crises com medicação e bons hábitos. O paciente com Lúpus deve adotar equilíbrio na alimentação e cuidados extras na exposição solar.

Fibromialgia

A doença reumatológica conhecida como Fibromialgia apresenta-se em cerca de 3% da população brasileira, principalmente em mulheres. A patologia altera o funcionamento do sistema nervoso central, mais precisamente o mecanismo de supressão da dor, aumentando a sensibilidade. A pessoa perde a capacidade de suportar dores que antes não sentia, principalmente musculares e articulares. Seus sintomas incluem também cansaço, distúrbios do sono e da memória, além de oscilações de humor.

Ainda não se conhece as causas em sua totalidade, nem a cura. O tratamento da Fibromialgia visa promover melhor qualidade de vida do paciente, mantendo sua capacidade funcional ao máximo possível. O uso de medicamentos combinado com terapias, como fisioterapia e acupuntura, pode trazer mais bem-estar, permitindo que o paciente leve uma vida praticamente normal. A prática de atividades físicas, respeitando a possibilidade do paciente, é fundamental para melhorar os quadros de dor e alterações do sono.

A atividade física, aliás, é apontada como a principal medida preventiva desta doença. Outros bons hábitos, como alimentação equilibrada, monitoramento e redução de quadros de stress e acompanhamento adequado de doenças crônicas, formam um conjunto fundamental para evitar a Fibromialgia.

Para identificar a doença, é necessário estar atento a crises de dores musculares e articulares e à fadiga excessiva, um dos sintomas principais. Se a pessoa já acorda cansada e, mesmo tendo um dia tranquilo, o cansaço não passa, é preciso buscar avaliação médica.

Cuidados com a saúde mental

Outro ponto em comum das três doenças é a necessidade de amparo familiar e de acompanhamento psicológico. Cada uma das patologias possui suas características e níveis de comprometimento cerebral. Todas elas podem apresentar um tratamento mais difícil – tanto para o paciente, quanto para os familiares – no caso de desequilíbrio psicológico. Se a saúde mental do paciente e dos familiares estiver em alta, certamente as condições para o tratamento serão muito melhores.

O paciente não deve ser tratado como inválido, no caso de quadros leves a moderados. A pessoa pode e deve ser inserida em atividades sociais, além de ter responsabilidades dentro de suas limitações. Mesmo com estas doenças crônicas, é possível ter boa qualidade de vida. Além disso, os avanços medicinais têm se mostrado promissores.

Informe-se sempre!

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Bons hábitos para começar em 2021 e dicas para consolidá-los

“Este ano será diferente”. Quem nunca proferiu esta frase ao iniciar um mês de janeiro? No começo do ano fazemos planos e tentamos inserir hábitos saudáveis na rotina. Não à toa, janeiro é o mês mundial do início das dietas. Porém, basta a correria do dia a dia começar para os planos perderem força.

Analise sua rotina e você perceberá padrões de comportamento que compõem as suas atitudes repetitivas, seja no aspecto pessoal ou profissional, físico ou psicológico. No meio destes comportamentos, sempre encontraremos alguns que gostaríamos de mudar ou sentiremos falta de outros que gostaríamos de repetir mais vezes. Mas não é tão simples assim mudar ou criar novos hábitos.

Foco, determinação, disciplina e esforço contínuo. Esta é a fórmula para a criação e consolidação de um novo hábito em nossas vidas. Simples, mas nada fácil. Sabe bem quem já tentou mudar a alimentação, a frequência de atividade física e maneira de reagir às pessoas desagradáveis.

Saber que um hábito não se constrói na virada do ano, da noite para o dia, já é o primeiro passo para olhar seus planos de ano novo com realismo.

Como se forma um hábito

No best-seller “O Poder do Hábito”, o autor Charles Duhigg, repórter do New York Times, explica como um hábito é criado. Entender este mecanismo é importante para que você possa gerenciar seu planejamento de mudança de padrões comportamentais.

Primeiro, é importante entender que um hábito (ou um vício comportamental) não é ruim. Ele é uma defesa de nosso cérebro para poupar esforços. Se você faz mais coisas no “piloto automático”, o cérebro “descansa” mais. Mudar hábitos requer esforço, ou seja, cansa.

O hábito é formado com um “loop”, segundo Duhigg, composto de Deixa + Rotina + Recompensa. A “Deixa” é a ordem para o cérebro entrar no automático e usar um comportamento habitual. Por exemplo: quando um fumante olha para um maço de cigarro, ele tem a deixa para fumar.

A “Rotina” é a maneira como vamos desempenhar a “Deixa”, ou seja, a ordem. No exemplo dado, o indivíduo pega o cigarro e fuma.

Já a “Recompensa” é o resultado do hábito em relação ao cérebro, que por sua vez irá ponderar se é interessante memorizar aquele padrão para depois repetir no futuro. No caso citado acima a recompensa é a sensação produzida pelo ato de fumar.

O livro é fruto de estudos do autor que pesquisou histórias reais. Ele cruza estes exemplos para mostrar como o hábito é formado e como criar hábitos positivos.

Segundo Duhigg, a principal atitude para mudar um padrão é analisar o hábito que você quer mudar e suas três etapas: Deixa + Rotina + Recompensa. Estando consciente destas fases fica mais fácil estudar uma forma de deixar aquele hábito de lado.

Outra questão importante apontada no livro é que o hábito não desaparece. Ele é substituído. Pense em quais hábitos salutares você pode criar para substituir padrões danosos, gerando recompensas mais interessantes, como produtividade, saúde, disposição, controle de peso etc.

Listamos alguns hábitos interessantes para você adotar em 2021 com foco em saúde física e mental, além de dicas para gerenciar cada um deles:

Se fuma, pare de fumar

Não tem contra-argumento: o tabagismo é prejudicial à sua saúde e dos que estão à sua volta. Além disso impacta em sua produtividade e disposição e é um exemplo negativo para crianças e jovens. A dica aqui é a mesma do livro: substitua! Se você quer fumar um cigarro no intervalo do trabalho, por exemplo, experimente tomar algo como um café, chá ou água saborizada enquanto bate um papo com os colegas ou aprecia uma vista da janela. A prática de atividade física prazerosa também é um novo hábito que ajuda no fim do tabagismo, pois o praticante que pega gosto pela “coisa” começa a pender para costumes mais salutares;

Por falar em atividade física…

Não passe mais um ano com esta meta inalcançada. Planeje a sua adesão à vida esportiva usando senso de realidade e o método “escadinha”. Se você é sedentário não adianta dizer que vai frequentar a academia todos os dias. Você pode até estar precisando disso, mas se propuser esta rotina e não a cumprir, você desanimará. Comece com metas menores e realistas. Por exemplo: caminhar todos os dias por meia hora (o que já tira você do sedentarismo) e fazer atividade focada em força muscular duas vezes por semana. Se não gosta de academia, procure um esporte ou atividade que te traga prazer.

Pare de reclamar

É comum vermos, principalmente no trabalho, uma pessoa (ou várias) que reclama de tudo e de todos: do salário, do chefe, das pessoas, do presente de fim de ano etc. Não seja esta pessoa! Junto ao hábito da reclamação está o costume feio de justificar as próprias falhas colocando a culta em terceiros, sejam pessoas ou eventos. “O fulano ou a chuva me atrapalhou”. Para melhorar este hábito, anote em algum lugar visível o seu propósito de não reclamar e relembre-o diariamente. Não se deixe levar pelos outros reclamões.

Alimentação que nutre e beneficia

A dieta é uma ferramenta útil para atingir um objetivo como “perder peso”. Porém não é algo que traz um hábito mais saudável para sua vida. Analisar a sua alimentação e identificar os pontos de melhoria, seja com ajuda de informações ou de um profissional ajudará você a estabelecer pequenas metas e até consolidar a tão sonhada reeducação alimentar.

Um bom passo é melhorar a ingestão de água (que tal adotar aquela garrafinha companheira?). Outra dica é a priorização do alimento que está em estado natural, abolindo industrializados. Apenas com estes dois hábitos, você já conseguirá melhorar a qualidade do que você ingere. Se o seu caso requer acompanhamento profissional, seguir um regime pode ser fundamental. Falando de hábito, entender certos costumes é bem mais eficaz do que contar calorias.

Respira e não pira

O fato de parar e respirar profundamente, de preferência inflando o abdômen ao inspirar, ajuda a conter a ansiedade e evitar reações que podem te trazer problemas. Abrace este hábito no trabalho e em casa e tenha mais qualidade nos relacionamentos.

Gerencie suas metas e hábitos

Questione sempre: em que posso melhorar? Anote, estude, cultive o autoconhecimento. Estabeleça metas menores para começar e após consolidar o hábito, dê mais um passo. Respeite suas limitações, não se apegando a elas. Entenda seu ritmo, sem se prender a ele.

Volte aqui para contar quais hábitos você está tentando mudar ou criar em 2021 e deixe sua dica. Um ano cheio de ótimos hábitos para você!

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Como manter a saúde depois das festas de final de ano

Comemoração sem beijos e abraços. Encontro com máscara e distanciamento. As festas de Natal e Ano Novo estão diferentes em 2020, mas o espírito de amor e compaixão dessa época permanece intacto. E o desafio de cuidar bem da saúde também!

O fim do ano é marcado por muitas festividades: Natal, Réveillon, confraternização na empresa ou entre amigos e família. Com tantas reuniões é muito fácil sair da rotina saudável e cometer alguns excessos alimentares.

É necessário estar atento aos cuidados para não exagerar na ingestão de certos alimentos e bebidas, afinal, isso pode ser prejudicial para a saúde e colocar em risco os resultados do trabalho de um ano inteiro se você buscou uma rotina de alimentação e hábitos saudáveis.

Por falar em risco, o ano de 2020 terminou praticamente como começou: em um contexto de pandemia. E, tal como em vários outros países, no Brasil também estamos em um momento crítico com a segunda onda da Covid-19. Tal cenário exige uma preocupação a mais com a sua saúde.

Exagerar nos pratos pode colocar a saúde em risco

Com família e amigos reunidos ou não, uma coisa é certa: as ceias de Natal e Réveillon são sempre muito apetitosas, trazendo o convite perfeito para sair da dieta e exagerar na quantidade.

Na dúvida, moderação é tudo! Equilibrar o consumo de alimentos e bebidas alcoólicas é essencial para cuidar bem da saúde e proteger seu corpo para evitar transtornos desnecessários.

Mas se extrapolou um pouco, não tem problema!

O que fazer agora?

Mantenha uma rotina alimentar

Embora a época permita flexibilidade com a alimentação, é fundamental priorizar alguma regularidade. Fora dos dias de festas, não há desculpas para sair da rotina saudável. Mantenha os horários e o cardápio de alimentação para auxiliar o organismo e não prejudicar o metabolismo.

Hidrate-se

O final e começo do ano no Brasil é um período de verão, com altas temperaturas em muitas cidades. Portanto, a hidratação é muito importante, uma vez que a perda de líquidos e sais minerais é maior. Beber água também é de extrema importância para quem vai consumir bebidas com álcool. A melhor dica é intercalar um copo de bebida alcoólica com um de água, limitando a ingestão do álcool na conta total.

Depois das festas, tenha sempre ao seu lado uma garrafa de água e encha ao longo do dia. Hidrate-se!

Não abuse de bebidas alcoólicas

Por falar em bebida alcoólica, os brindes são a grande atração das festividades de final, mas seu consumo deve ser feito na medida certa. Abusar do álcool é prejudicial para a saúde e pode ocasionar diversos quadros problemáticos. O mais simples deles é a terrível ressaca do dia seguinte.

Mas se extrapolou, volte para sua dieta alimentar e invista em frutas que ajudem na hidratação (como melancia, abacaxi…).

Preze pelo seu sono

Depois de virar a noite conversando e se divertindo com pessoas, o sono pode se desregular. Mas ter boas noites de sono é essencial para o seu corpo descansar e a sua mente relaxar. Noites mal dormidas podem deixar o sistema imunológico mais fraco e consequentemente, mais suscetível a doenças.

Por isso, volte com sua rotina do sono.

Esteja ciente de que a sua saúde está em dia

É extremamente importante saber se a saúde está em dia. Por isso, começar o ano com alguns exames de rotina e checagem é uma boa dica para entrar no ano novo com mais qualidade de vida.

Um cuidado essencial: Covid-19

O mundo ainda vive uma pandemia e o Brasil passa por um momento de alerta com o número de casos voltando a subir. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que amigos e famílias evitem se encontrar este ano para as festividades. A aposta mais segura é não realizar as reuniões familiares tão tradicionais nesta época, especialmente os que são do grupo de risco.

Para famílias que já estão em convívio frequente, a confraternização deve ser realizada seguindo cuidados de higienização: uso de máscara, álcool gel, higienização das mãos, trocar de roupa ao chegar em casa (caso saia) e desinfetar compras.

Se a ideia for reunir pessoas que moram em casa separadas, os cuidados devem ser redobrados para diminuir os riscos e minimizar as chances de transmissão. As orientações são:

  • Limite de seis pessoas;
  • Não cumprimentar com abraços e beijos (que tal uma cotovelada?);
  • Distanciamento físico de 1,5 metros a 2 metros;
  • Uso de máscara adequada cobrindo nariz e boca durante todo o tempo, tirando apenas ao beber e comer;
  • Local arejado ou de preferência externo (quintal ou varanda);

Sobre a suspeita ou diagnóstico de Covid-19, as orientações são:

  • Pessoas que apresentem sintomas da Covid-19 mesmo leves e que não realizaram teste, não devem participar de reuniões;
  • Para pessoas que apresentem sintomas da Covid-19, mesmo com teste do tipo PCR apresentando resultado negativo para Covid-19, a orientação é não participar de nenhuma reunião familiar, sob o risco de falso negativo;
  • Pessoas diagnosticadas com Covid-19 e que estejam dentro da janela de transmissão não devem participar em hipótese nenhuma, mesmo as que estiverem assintomáticas ou com sintomas leves;
  • Pessoas do grupo de risco devem ser protegidas do contato, principalmente de pessoas que estiveram fora do isolamento, trabalhando presencialmente ou saindo de casa por algum motivo.

Seja criativo e adapte sua festa

  • Use os recursos digitais para fazer videoconferências e promover cumprimentos, trocas de presentes (virtuais) e orações (se sua família for religiosa);
  • Crie uma playlist musical em algum aplicativo de streaming com as escolhas da família e compartilhe com todos;
  • Mande uma cartinha de uma festa para outra;
  • Ou incentive que os familiares gravem vídeos enviando abraços e votos de felicidades! Se tiver alguém com talentos para edição na família, que tal colocar vídeos e fotos do ano como retrospectiva? Ou lembranças de outros anos?

As festas de final de ano celebram momentos de união e confraternização. Mas neste ano, especialmente, precisamos tomar bastante cuidado com a nossa saúde e de nossos parentes e amigos queridos.

Por isso, se caso teve contato com outras pessoas e fez a confraternização presencialmente, fique 15 dias em isolamento para garantir que não houve a transmissão do COVID-19. Muitas pessoas são assintomáticas, e ficar esse período recluso ajuda a não espalhar o vírus e ter certeza que você não está com o novo coronavírus.

Que o ano de 2021 seja repleto de saúde e de bons momentos!

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Saúde física: como se exercitar em casa sem gastar nada

A pandemia pela COVID-19 colocou muita gente dentro de casa, saindo apenas para fazer o que é essencial, como comprar comida. Sendo assim, quem já era sedentário está sentindo ainda mais dificuldades em adotar o saudável hábito de exercitar-se.

No Brasil, quase metade da população é sedentária. O Organização Mundial da Saúde apontou em relatório de 2018 que 47% dos brasileiros não praticam atividade física regularmente. A falta de exercícios físicos é um fator que gera inúmeros problemas de saúde física e mental, direta ou indiretamente.

Mas como se exercitar em tempos de isolamento e distanciamento social? Seria perigoso frequentar academias e parques?

Em muitas cidades as academias já estão abrindo e seguindo recomendações de higiene e distanciamento para reduzir riscos de contágio. Parques estão funcionando em horários reduzidos para evitar aglomerações. Mesmo assim, há riscos de contágio e, neste contexto, pessoas do grupo de risco devem continuar se protegendo dentro de casa.

Mesmo assim, ficar em casa não é desculpa para não se exercitar. Com poucos minutos por dia e força de vontade é possível iniciar programas de exercícios utilizando materiais e aplicativos gratuitos.

É importante lembrar que nada substitui o acompanhamento de um educador físico e, no caso de pessoas com limitações físicas e doenças crônicas, uma orientação médica. As ideias que você verá a seguir servem para avaliar diferentes tipos de atividade e iniciar movimentos com programas leves. As dicas servem para pessoas que não possuem restrições para o exercício.

3 aplicativos com opções gratuitas

  • Lojong Meditação e Mindfulness
    Ótimo aplicativo para iniciantes na meditação, ajudando com stress, respiração entre outros benefícios para saúde.
  • Exercícios em casa (MoviliXa SAS)
    Diversos tipos de movimentos para você escolher e montar seu treino segundo o tempo que você tem disponível.
  • Exercícios em casa – Sem equipamentos (Leap Fitness Group)
    Musculação sem equipamentos para fazer em casa. Este app é muito popular e o desenvolvedor possui outras opções para grupos musculares e objetivos específicos.
  • YogIN App
    É o 1º Studio de Yoga Online do Brasil! O aplicativo pago, possui aulas ao vivo e gravadas. Uma opção completa para

3 canais no YouTube

  • Exercício em Casa
    Aulas de várias durações e com ênfase em diversos objetivos. O canal está mais orientado para mulheres, mas originalmente o foco era todos os públicos, por isso há aulas que interessam a qualquer gênero.
  • Aurélio Alfieri (personal trainer)
    O profissional traz aulas de fortalecimento, emagrecimento e alongamento para vários níveis, incluindo exercícios para idosos.
  • Fernanda Yoga
    Fernanda compartilha suas práticas de yoga em vídeos com várias durações e há aulas de até 10 minutos. A didática da instrutora atende aos iniciantes na prática e ela também oferece um programa pago, porém de baixo custo, para quem deseja se aprofundar.

3 itens baratos para turbinar seus exercícios em casa

Nada de pagar caro naquela esteira elétrica para que ela vire um cabide em sua casa. Que tal começar comprando alguns itens simples e praticando com eles poucos minutos por dia?

  • Corda
    A corda é um dos itens mais baratos e interessantes para quem quer perder peso e gordura. Os iniciantes acham que nunca vão conseguir pular bem a corda por muitos minutos, mas com persistência, em poucos dias, já poderão ver sua evolução. Pular corda é um exercício intenso e deve ser evitado por quem tem problemas ou dores nas articulações. Quem não está acostumado deve começar aos poucos. Se é seu caso, busque aconselhamento profissional.
  • Elástico extensor
    As faixas elásticas vêm em vários níveis de resistência, que definem a dificuldade do exercício. Se bem utilizadas, podem fortalecer praticamente todos os grupos musculares. Porém, para executar os exercícios corretamente, é necessária orientação profissional.
  • Caneleira
    Queridinha das mulheres frequentadoras das aulas de ginástica, é um item que não saiu de moda desde os anos 80. Porém, não é só para os glúteos e coxas que o acessório pode fazer a diferença. Com um par de caneleiras em casa, é possível usá-las como peso para braços e até em volta da cintura para agachamento. Também neste caso, para melhor aproveitamento e uso correto, é necessária orientação profissional.

Dicas para preparar o ambiente em casa para a prática de exercícios

Malhar em casa requer alguns cuidados para manter a segurança e o bem-estar. Veja como deve ser o ambiente no qual você vai se exercitar:

  • Arejado: abra portas e janelas e deixe o ar circular. Se estiver muito calor, vale um ventilador de leve. Caso sua temperatura corporal se eleve demais podem ocorrer: dores de cabeça, queda de pressão ou hipoglicemia (distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no sangue)
  • Chão plano: escolha um espaço longe de degraus ou obstáculos que possam causar quedas ou torções.
  • Higiene: higienize seus itens de malhação após o uso, mesmo que sejam individuais.

Por fim, comece com poucos minutos por dia e vá aumentando aos poucos, intercalando os tipos de exercícios. Experimente várias atividades e eleja as preferidas. Envolva a família. Divirta-se! Seguindo todas estas dicas, o seu programa de atividade física em casa será um sucesso.

Lembre-se de que bastam 30 minutos de atividade física por dia para sair da faixa do sedentarismo. Pule fora deste índice e tenha mais saúde e disposição!

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Saúde Física

Dia Nacional do Combate ao Câncer: os avanços até agora e os desafios

Hoje, 27 de novembro, é o Dia Nacional de Combate ao Câncer. A data foi definida pelo Ministério da Saúde em 1988 com o objetivo de alertar a população sobre os riscos da doença e principalmente, conscientizar para a prevenção.

A data também nos lembra de celebrar os avanços na medicina, com diagnósticos cada vez mais precoces e tratamentos mais eficientes. Mas o desafio ainda é grande.

Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente o câncer é a segunda doença que mais mata em todo o mundo. Foram 7,6 milhões de pessoas em 2019, sendo que 4 milhões estavam em idades entre 30 e 69 anos.

Apesar do crescente aumento nos números de casos, houve uma redução geral na mortalidade por câncer. A American Cancer Society (ACS) publicou uma queda de 2,2%, a maior já registrada neste índice. Até 1991 os registros de mortalidade por câncer vinham aumentando até começarem a reduzir. Desde então a taxa caiu em 29%.

O diagnóstico precoce é fator fundamental para a efetividade do tratamento. Com os avanços da medicina e aumento da conscientização da população, a identificação da doença é realizada cada vez mais cedo. Este fator somado aos progressos nos tratamentos melhorou os índices de cura.

A prevenção também ganhou avanços com estudos mais aprofundados e novas descobertas. Estima-se que hoje de 30 a 50% dos cânceres podem ser prevenidos segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Atualmente o desafio da medicina é aumentar ainda mais a porcentagem de cura e evitar que o paciente em tratamento tenha sua qualidade de vida comprometida pelas reações aos medicamentos. Também é papel do Estado, da comunidade médica, da academia e da população em geral, melhorar o nível de informação e de conscientização sobre o tema.

Para os próximos anos a projeção é o surgimento de 12,4 milhões de novos casos por ano, o que faria com que esta passasse a ser a doença mais letal nos próximos 25 anos.

Câncer: doença ou grupo de doenças?

Quando falamos de câncer nos referimos a uma doença quando, na verdade este termo é referente a um grupo de doenças. São mais de 200 doenças que possuem algo em comum: as mutações causadas por alterações da estrutura genética (DNA) das células. Essa alteração provoca o crescimento desordenado de células que invadem órgãos e tecidos, podendo se espalhar para outras regiões do corpo.

Em condições normais, cada célula sadia possui instruções de como deve crescer e se dividir durante o seu período de funcionamento e morte. A presença de qualquer erro pode resultar no surgimento de uma célula alterada que pode se tornar cancerosa.

A razão para o surgimento do câncer não tem uma causa única. Há causas externas explicadas por fatores presentes no ambiente capazes de alterar a estrutura genética das células e internas, por exemplo, condições imunológicas, hormônios e mutações genéticas. A reação a estes fatores pode apresentar diversas formas, dando início ao surgimento da doença.

Também não há evidências científicas sobre quantas mutações são necessárias para formar um câncer. É provável que este índice varie entre os tipos da patologia.

Entre os fatores de risco estão:

  • Idade (grande parte dos diagnósticos é em pessoas com 65 anos ou mais);
  • Hábitos e estilo de vida (tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição inadequada ao sol com queimaduras frequentes, obesidade e relações sexuais desprotegidas);
  • Histórico familiar;
  • Condições de saúde (presença de HPV, hepatite B e problemas crônicos, como a colite ulcerativa);
  • Fatores ambientais (substâncias químicas nocivas, fumo passivo e poluição excessiva).

Principais avanços no tratamento

Hoje estima-se que cerca de metade dos pacientes com câncer nos países desenvolvidos são curados. Nos países em desenvolvimento como, o Brasil, as taxas de cura são menores devido à qualidade no diagnóstico (ainda com média tardia) e no tratamento (dados divulgados pelo Instituto Oncoguia).

Boa parte dos tratamentos bem-sucedidos se dá pela detecção precoce do câncer. O conhecimento da doença nas fases mais iniciais permite que o médico faça um diagnóstico antes que ela se agrave, conseguindo elaborar um tratamento mais eficiente e menos invasivo.

Associado à quimioterapia tradicional, o tratamento do câncer é multidisciplinar e envolve diversas áreas da medicina. Dessa forma o planejamento de cuidados com o paciente é pensado em diversas esferas, até mesmo em sua reintegração social.

Outro fator determinante para a eficiência nos tratamentos são os aparelhos médicos mais modernos e com feixe radioativo menor, o que permite direcioná-lo apenas aos tumores, poupando as células vizinhas dos efeitos da radiação.

Mas o que mais tem contribuído para o aumento no índice de cura é a conscientização para o diagnóstico precoce e o comprometimento com hábitos de vida mais saudáveis.

Prevenção do câncer e vida saudável

Não há fórmula exata capaz de evitar o desenvolvimento do câncer. Portanto a adoção de hábitos saudáveis de maneira geral segue sendo o melhor caminho para evitar não apenas o aparecimento de tumores, mas também outros problemas crônicos e tão ou mais mortais do que o câncer.

Confira algumas recomendações “de ouro” do Instituto Nacional do Câncer (INCA):

  • Controle a gordura corporal e tente manter o peso ideal para sua altura;
  • Mantenha-se fisicamente ativo. Realize pelo menos 30 minutos de atividades todos os dias;
  • Evite alimentos e bebidas que estimulam o ganho de peso;
  • Consuma mais alimentos de origem vegetal, como frutas, cereais, hortaliças e grãos integrais;
  • Evite carnes processadas (embutidos) e diminua o consumo de carne vermelha;
  • Limite o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Diminua a ingestão de alimentos salgados e de comidas industrializadas com sal;
  • Realize consultas periódicas ao seu médico e os exames de rotina recomendados;
  • Mulheres com filhos: amamente as crianças, no mínimo, até os seis meses.

Com estes hábitos, estima-se que um terço dos casos de câncer podem ser evitados. E lembre-se de que: quando diagnosticado precocemente, o câncer tem até 90% de chance de cura.

Desafios da medicina em relação ao câncer

A American Society of Clinical Oncology (ASCO) elencou alguns desafios que a medicina tem pela frente no combate ao câncer e na melhor qualidade de vida dos pacientes. Os esforços passam:

  • Pelo tratamento: melhorar a resposta dos tratamentos de imunoterapia, aumentar pesquisas com remédios para câncer infantil e trazer os avanços das terapias celulares para os tumores sólidos;
  • Pelos cuidados: realizar triagem de pacientes que respondem bem aos tratamentos pós-cirúrgicos, aumentar os cuidados complementares com pacientes idosos e reduzir consequências do tratamento no longo prazo;
  • Pela prevenção: diminuir taxas de obesidade e melhorar identificação de lesões pré-malignas (que podem virar tumores).

Além disto, há esforços em melhorar o acesso de pacientes a tratamentos experimentais.

Nesta data vale olhar para os avanços. Mais importante ainda: vale informar-se e melhorar o grau de conscientização de colegas e familiares em relação aos cuidados com a saúde. Deste modo a sociedade contribui para os grandes desafios dos médicos e pesquisadores.

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Consumo de alimentos ultraprocessados cresce na pandemia

Datafolha mostra que população aumentou uso de industrializados

Brasileiros e brasileiras de 45 a 55 anos estão consumindo mais alimentos ultraprocessados durante a pandemia. O consumo desses produtos nessa faixa etária era de 9% em outubro de 2019, enquanto em junho deste ano saltou para 16%. É o que mostra um novo estudo do Datafolha, encomendado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

O levantamento feito em 2020 abordou pessoas entre 18 e 55 anos pertencentes a todas as classes econômicas e de todas as regiões do Brasil, e revela que salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados foram os produtos campeões de consumo em comparação com o levantamento realizado em 2019, subindo de 30% para 35% a proporção de pessoas que os consomem. O segundo lugar no ranking ficou para margarina, maionese, ketchup ou outros molhos industrializados, cujo consumo subiu de 50% para 54% em 2020.

Na opinião da nutricionista do Idec Ana Paula Bortoletto, a tendência de consumir os processados deve continuar, “tendo em vista que nesse momento as políticas adotadas até agora para promover a alimentação saudável durante a pandemia foram muito tímidas e houve um aumento da publicidade e do apelo, tanto pela conveniência, quanto pela comodidade do consumo de ultraprocessados”.

A nutricionista aponta também que o aumento no preço dos alimentos saudáveis é outro fator. “Ao mesmo tempo houve uma redução do acesso, da facilidade e da competitividade dos alimentos mais saudáveis, inclusive até em relação ao preço, o que a gente tem visto é aumento de preço de alimentos que são considerados saudáveis, como arroz e feijão”.

Analisando as regiões, 57% da população no Sudeste relatou consumir margarina, enquanto em 2019, 50% das pessoas dessa região consumiram esse produto. Em segundo lugar ficaram os sucos de fruta em caixa ou lata ou refrescos em pó, com um aumento de 30% para 36% no período. Já na terceira posição ficou o salgadinho de pacote ou biscoito salgado, de 27% para 33%.

Em relação à escolaridade dos participantes, 33% das pessoas que estudaram até o ensino fundamental consumiram salsicha, linguiça, mortadela, presunto e outro alimento embutido em 2020, enquanto esse consumo era de 24% no ano anterior. Além disso, 51% dos indivíduos com essa mesma escolaridade utilizaram margarina, maionese, ketchup e outros molhos industrializados em seus alimentos neste ano, sendo que 42% os consumiam em 2019.

Quando analisado o local de moradia da população, revelou-se que o consumo de pelo menos uma fruta diminuiu nos municípios do interior, de 68% para 62%. Além disso, na região Nordeste, a frequência do consumo de pelo menos uma fruta diminuiu de 72% em 2019 para 64% em 2020.

Risco à saúde

Os produtos ultraprocessados são reconhecidamente prejudiciais à saúde, por conta do conteúdo excessivo de nutrientes associados a doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade e doenças cardiovasculares. Portanto, o aumento no consumo desses produtos reflete diretamente nas condições de saúde da população.

“Durante a pandemia, devemos ficar ainda mais atentos à alimentação, uma vez que alimentos não saudáveis são causadores de doenças crônicas como diabetes, pressão alta e excesso de peso que, por sua vez, aumentam o risco de formas mais graves da covid-19 e também da sua mortalidade”, comenta a nutricionista.

Pesquisas da área da saúde divulgadas este ano concluem que o consumo de ultraprocessados aumenta em 26% o risco de obesidade. Além disso, eleva o risco de sobrepeso e de aumento da circunferência abdominal elevada de 23% a 34%, de síndrome metabólica em 79%, de dislipidemia em 102%, de doenças cardiovasculares em 29% a 34% e da mortalidade por todas as causas em 25%.

O estado emocional e o clima inseguro em que a população está vivendo pode levar ao maior consumo das comidas ultraprocessadas, como os salgadinhos e biscoitos. A comida pode ser uma válvula de escape para situações estressantes, como as mudanças de rotina causadas pela pandemia do novo coronavírus.

“Sabemos que existe uma relação entre o consumo de alimentos não saudáveis, com excesso de açúcar e gorduras com o estados emocionais mais sensíveis, de maior vulnerabilidade e preocupação e é o clima que estamos vivendo nesse momento: aumentando as taxas de desemprego, o perfil de saúde das famílias sendo pior, então é possível que com o aumento dessa situação de insegurança alimentar exista uma procura maior por este tipo de alimento, o que pode ser uma das explicações inclusive para o aumento que a gente já observou e foi registrado na pesquisa”, finaliza Ana Paula.

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Doenças com aumento do número de pacientes durante a pandemia

Meses após o início de uma pandemia sem previsão para acabar, o foco da atenção mundial continua sendo a COVID-19 e seus desdobramentos. O isolamento social vivido pela população na maioria do país e a mudança de rotina têm provocado o aparecimento de outras doenças e problemas de saúde. O cenário ligou o alerta dos médicos e agentes de saúde.

Fatores como trabalhar em casa, parar de fazer exercício e lidar com várias tarefas ao mesmo tempo tornaram-se comuns no cotidiano da população nos últimos meses. O medo, o estresse, a ansiedade e a incerteza também. Tudo isso é consequência esperada de uma pandemia, mas com o passar do tempo o corpo cobrará o preço em diversas instâncias da saúde.

As dores da pandemia

A pedido da VEJA SAÚDE, o Google fez um levantamento das buscas realizadas no início da pandemia. O resultado: nunca se buscou tanto pelo termo “dor” como em maio de 2020. “Dor de cabeça” e “dor nas costas” foram os termos com maior aumento de busca.

Outra evidência são os números coletados pela Iqvia, consultoria que acompanha as estatísticas do mercado de saúde e de bem-estar. Em março de 2020, a venda de analgésicos que podem ser vendidos sem prescrição teve um aumento de 62% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em maio a venda de pomadas e emplastros para dores subiu 10%.

Com a necessidade de isolamento social muitas pessoas passaram a trabalhar em home office, modalidade até então experimentada por poucas pessoas. A urgência fez com que o escritório fosse transferido para a sala ou quarto de casa, sem qualquer planejamento. É justamente aí que se encontra o problema, devido a falta de atenção à ergonomia do local de trabalho. Exemplo: o uso do notebook no colo, sentado no sofá ou deitado na cama contribui para o aparecimento de dores. Uma posição ergonomicamente errada até pode parecer cômoda, mas em algum momento o corpo vai responder mal.

A má postura sobrecarrega algumas estruturas da região lombar e cervical, como os músculos, os discos entre as vértebras e as articulações. No curto prazo isso provoca dor nas costas. Quando persistente, pode evoluir para uma hérnia de disco.

A dor é um alerta do corpo de que existe alguma coisa errada. Os primeiros sinais de desequilíbrio podem ser sentidos nos músculos, tendões e articulações. Dores e cansaço são queixas que aumentaram durante a pandemia.

Para muitos trabalhadores o home office vai permanecer por mais um tempo. Então é preciso pensar em alternativas para minimizar o risco dessas dores incomodarem ou avançarem para um problema crônico.

É recomendado apostar em soluções de ergonomia, como uma cadeira correta, iluminação adequada e objetos de uso frequente em posições propícias. Ou seja, garantir que as condições de trabalho ou de estudo dentro de um cômodo da sua casa sejam as melhores possíveis.

Estressores psicológicos e os problemas de pele

O stress trazido pelo momento atual, gerado por diferentes motivos, registrou um aumento nas queixas de surgimento ou piora das doenças psico dermatológicas, ou seja, doenças de pele que possuem interação direta com a saúde mental dos pacientes.

Fatores estressantes, sejam eles internos ou externos, rompem o equilíbrio do organismo e estimulam uma série de reações no organismo que afetam vários aspectos imunológicos. A consequência é o aumento das queixas relacionadas às doenças de pele, como queda de cabelo, piora da dermatite atópica e volta das manchas brancas e vitiligo que já estavam pigmentadas.

Para evitar ou reverter o quadro é importante investir em melhores hábitos que vão ajudar a reduzir o estresse e prevenir alterações na pele. São exemplos: a prática de atividades físicas, boas noites de sono, alimentação balanceada e atividades que causem prazer. Além de uma rotina diária de cuidados com a pele: banhos frios ou mornos e hidratação adequada interna (tomando muita água) e externa (utilizando cremes próprios para o seu tipo de pele).

Estresse e ansiedade em tempos de pandemia

Desde o início da pandemia no Brasil, a Covid-19 se tornou preocupação na vida pessoal e profissional. E não poderia ser diferente. A ansiedade, a incerteza e a preocupação tomaram conta da população que vive um intenso looping de emoções.

Apesar de serem sentimentos legítimos para o momento vivido é importante não perder o controle. Cultivar quadros de estresse e ansiedade pode causar outros transtornos, como insônia, alteração do apetite, diminuição da libido, descontrole da menstruação e da diabetes.

Para ajudar nesta fase volte o foco do pensamento para a resolução dos problemas de forma serena. A sugestão é realizar atividades para manter o corpo em movimento, ter alimentação saudável, estabelecer uma rotina de horários, ter boas noites de sono e determinar momentos diários para relaxamento.

Queixas no dentista também aumentam

Os reflexos da pandemia na saúde também podem ser sentidos nos consultórios odontológicos.

Algumas pessoas descontam o estresse e a ansiedade na musculatura mastigatória, o que provoca quadro intenso de dor na musculatura e articulação mandibular. O resultado é uma dor aguda ao fechar e abrir a boca, além de um desconforto facial aliado a dor de cabeça.

Sedentarismo pode levar a surto de obesidade

Com academias e espaços públicos fechados, a frequência das atividades físicas do brasileiro caiu bastante. E mesmo com as restrições suspensas a falta de exercícios continua sendo uma preocupação das autoridades de saúde, que temem um aumento na obesidade e outras doenças relacionadas.

A Universidade Federal de Minas Gerais realizou uma pesquisa que corrobora com esse receio: em média, quatro em cada dez pessoas ganharam peso significativo durante a pandemia.

O sedentarismo impulsionado pela pandemia é uma preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que lançou a campanha #HealthyAthome (#SaudávelEmcasa). A ação dissemina informações sobre exercícios simples para se fazer sozinho em casa e a quantidade de atividade necessária para diferentes faixas etárias.

Outro problema causado pelo sedentarismo é a perda de massa muscular atrelada ao ganho de gordura. Com o aumento do peso as articulações e os tendões perdem o suporte, precisando de esforço extra para dar sustentabilidade ao sobrepeso.

Pelo bem da coluna é indicado realizar atividades físicas que estimulem o tórax e o abdômen, que ajudam na sustentação às vértebras. Pilates e treinos funcionais são bons exemplos.

Uso excessivo de eletrônicos é prejudicial para a saúde ocular

Irritação nos olhos, olho seco, dor de cabeça e alteração no grau são as principais queixas de quem passou a utilizar dispositivos eletrônicos com mais frequência desde o início da pandemia.

A convivência on-line com amigos e familiares, lives, redes sociais, sites de notícia e de compras, trabalho home office, aulas on-line são alguns dos motivos que fizeram o brasileiro a passar mais tempo que o normal em frente às telas (índice que já era alto no país).

A utilização prolongada do celular para a realização de tarefas ou busca de entretenimento, apesar de necessárias, tem aumentado as queixas de desconforto na visão.

Há uma explicação lógica: a exposição à luz azul, emitida pelos aparelhos eletrônicos, pode ressecar a produção de lágrimas, deixando o olho mais seco. Consequentemente, a pessoa pode te¬pálpebras, irritação ocular, coceira, visão com imagem mal definida ou borrada.

Com o tempo essa exposição pode acelerar o envelhecimento dos tecidos oculares, aparecimento precoce de catarata e aumentar o risco de degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

Para amenizar o desconforto é fundamental reduzir o brilho da tela. O ambiente também precisa de atenção para a iluminação. No escuro as pupilas se dilatam e a luz das telas atinge de forma mais agressiva os tecidos oculares.

Manter sempre os olhos bem lubrificados, ter ergonomia no home office e fazer intervalos no uso dos equipamentos são outras orientações.
Em casa ou no trabalho, com ou sem pandemia, cuide de sua saúde cultivando hábitos saudáveis sem descuidar do lazer e do relaxamento.

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Novembro Azul: um tapa no preconceito e nos mitos em relação ao câncer de próstata

Logo após o mês dedicado à campanha de prevenção ao câncer de mama e ovário, chamado de Outubro Rosa e com ênfase na saúde da mulher, é a vez de conscientizar o público masculino. Novembro Azul é a campanha de conscientização voltada à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata, além do cuidado geral com a saúde do homem.

O cancro de próstata ganha foco nas ações devido ao fato de esta doença acometer boa parte dos homens, principalmente com idade superior a 45 anos. São mais de 2 milhões de brasileiros por ano, segundo o Hospital Israelita A. Einstein. O índice de falecimento por esta doença chega a 28% entre os homens que desenvolvem neoplasias malignas. Os dados são de 2017 do Instituto Nacional do Câncer (Inca). De acordo com o órgão um homem morre a cada 38 minutos por câncer de próstata no Brasil.

O movimento Novembro Azul

A campanha começou na Austrália, em 2003, com o movimento conhecido como Movember. O ponto de partida foi o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, 17 de novembro. No Brasil a iniciativa da campanha é do instituto Lado a Lado pela Vida. Uma das abordagens é conscientizar os homens da necessidade de realizar exames periódicos e, principalmente, o exame de toque, a fim de diagnosticar precocemente qualquer chance de desenvolvimento de cancro de próstata.

Barreira culturais e a saúde do homem

Há uma forte barreira cultural a ser quebrada em relação à saúde do homem. É consenso entre os médicos que os homens se preocupam menos com sua saúde do que as mulheres. Uma pesquisa do Centro de Referência em Saúde do Homem (2018) mostra que mais da metade deles só vai à consulta médica quando já têm sintomas atrapalhando sua vida, sendo assim, iniciam seus tratamentos em estágios mais avançados das doenças. O estudo também mostra que 70% dos homens só vão a consultas médicas acompanhados da esposa ou outros familiares. Ou seja, na maioria das vezes não buscam acompanhamento médico por iniciativa própria.

Outro fator que pressiona os dados em relação à saúde dos homens é a questão de hábitos. Pouca preocupação com a qualidade da alimentação, sedentarismo, stress no trabalho, uso de bebida alcoólica e tabagismo são características que favorecem o aparecimento de cânceres, infecções e doenças crônicas ou cardíacas.

O resultado é uma menor expectativa de vida para o sexo masculino. Em 2018 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a expectativa de vida dos homens foi de 72,8 anos, enquanto a das mulheres foi de 79,9 anos.

No caso do câncer de próstata a questão cultural torna-se um empecilho ainda maior para o diagnóstico precoce da doença e consequentemente, para melhores chances de cura. Isso por que o procedimento para identificar possíveis indicações de tumores na próstata é o exame de toque retal. Neste exame o médico insere o dedo indicador no reto (parte final do intestino grosso) do paciente. Esta é a forma mais simples de avaliar as características da próstata, como tamanho, textura, formato e presença de nódulos.

O procedimento é alvo de desconforto para o homem, não tanto pela parte física em si, mas devido ao preconceito. O exame é alvo de piadas e muitos tabus. O que é uma pena, pois esta doença frequente nos brasileiros poderia ser mais facilmente tratada com a identificação em seu estágio inicial.

O câncer de próstata

A próstata é uma glândula que faz parte do sistema genital masculino, responsável por produzir os nutrientes e fluidos que formam o esperma. Ela fica em frente ao reto e logo abaixo da bexiga. Em seu interior, passa a uretra. Por isso, quando a próstata incha, o homem tem dificuldade para urinar.

O inchaço na próstata é comum em homens acima de 50 anos e, muitas vezes, o sintoma é benigno. Quanto mais velho, maior a próstata. Porém, o sintoma também pode ser um sinal da presença de um câncer. Por isso o exame preventivo é tão importante.

Há vários tipos e graus de câncer de próstata. Alguns são lentos em apresentar sintomas. Outros são agressivos e requerem cirurgia ou tratamentos como radio e quimioterapia. Os sintomas são, além da dificuldade e dor em urinar, gotejamento e presença de sangue na urina e no esperma. Disfunção erétil também pode aparecer em alguns casos.

Caso o câncer não seja identificado precocemente e tratado, as células malignas podem chegar aos linfonodos e cair na corrente sanguínea, se espalhando para outros órgãos. Em casos como este, as células cancerígenas podem chegar ao tecido ósseo e ali permanecer até passar para outros órgãos.

É importante frisar que este câncer é assintomático no início, na maioria das vezes. Seus sintomas só aparecem em estágios mais avançados.

Cura e tratamento do câncer de próstata

A maioria dos casos, se diagnosticados em fase inicial e tratados adequadamente desde este estágio, tem cura. Por isso a importância da realização do exame preventivo, mesmo sem apresentar sintomas.

Ao diagnosticar esta doença, assim como outros cânceres, o ideal é avaliar junto com o médico as opções viáveis e possíveis efeitos colaterais. Pois só o médico poderá averiguar o quadro geral do paciente. Fundamental também é deixar de lado velhos preconceitos e mitos, baseando-se nas informações dadas pelo profissional da saúde.

Assim como ocorre com outros cânceres e doenças a melhor prevenção é adotar hábitos saudáveis e lançar mão de todos os métodos preventivos que o avanço da medicina nos trouxe. Os números de incidência e morte por câncer de próstata vinham aumentando até 1995. Depois deste período os índices ficaram mais estáveis. É um sinal de que a conscientização da população masculina em relação à prevenção está fazendo efeito.

A prevenção é o melhor remédio.  Vamos nos unir pela saúde, conscientizando todos à nossa volta sobre  a prevenção de doenças em prol de uma vida plena de energia.

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Câncer de mama e amamentação: há alguma contraindicação?

Que a amamentação beneficia a saúde do bebê e da mãe ninguém duvida pois há ampla divulgação e pesquisa científica comprobatória neste sentido.

Porém ainda há dúvidas em relação a situações específicas como no caso de uma mãe com câncer de mama e outras doenças.

É saudável manter a amamentação em quais casos? E qual a relação da amamentação com a prevenção ao câncer de mama?

Amamentação e prevenção ao câncer de mama

Segundo o World Cancer Research Fund (WCRF) – Fundo Mundial para Pesquisas sobre Câncer – a lactação pode reduzir os riscos de desenvolvimento de câncer de mama nas mulheres mesmo após a menopausa.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) também aponta que a amamentação é um fator de proteção ao câncer de mama. E o oncologista Rafael Kaliks do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, explicou o porquê: “Quanto menos filhos, maior o número de ciclos menstruais na vida da mulher, que são momentos de maior exposição a hormônios relacionados à doença. Da mesma forma, quanto maior o período de amamentação, menos ciclos menstruais, e maior a proteção”. A matéria é da Veja Saúde, 2018.

A médica oncologista Solange Moraes Sanches, do Centro de Referência em Tumores da Mama do A.C.Camargo, completa a explicação. Segundo ela, durante o aleitamento as células da mama ficam se renovando e ocorre uma complexa alteração hormonal. Tal efeito faz com que o risco de um câncer de mama seja reduzido em mais de 4% a cada ano de amamentação.

Ou seja, quanto mais tempo de lactação, menores chances para a mulher de desenvolver um tumor. Há uma relação próxima do tempo de amamentação e a quantidade de filhos. Quanto mais partos, provavelmente maior o tempo de amamentação.

Há riscos para o bebê ou para a mãe, se ela estiver com câncer de mama e amamentar?

O câncer em si não altera em nada a qualidade do leite materno. Porém há alguns fatores relacionados ao câncer de mama que podem impactar na questão da lactação.

Caso a mãe receba o diagnóstico de câncer durante a amamentação ela deve ter acompanhamento médico. Dependendo do tratamento a medicação usada na quimioterapia pode sim, passar para o leite.

Na radioterapia a contaminação não é observada, mesmo assim é necessário consultar o médico. Também há tratamentos que podem reduzir a produção de leite.

Outro caso que impacta é quando a paciente tem que passar pela mastectomia, que é a retirada da mama. Há alguns tipos de remoção que alteram ou retiram os dutos que transportam o leite para o mamilo.

Dependendo do caso, a mulher pode ficar impossibilitada de amamentar. Se os dutos não tiverem sofrido alteração, a lactação pode ocorrer normalmente. Um exemplo é o caso da mulher que teve câncer e retirou uma, ou parte, da mama. Se a outra estiver intacta produzirá leite normalmente, e a mãe poderá amamentar.

No caso das mulheres que já tiveram câncer de mama e finalizaram o tratamento, a amamentação pode ocorrer sem nenhuma contraindicação. Só não será possível nos casos em que houve retirada das mamas com alterações nos dutos.

Um fator importante em relação a diagnóstico de câncer e amamentação é a questão emocional da mulher. O stress ou preocupação excessiva são fatores de alteração ou até mesmo bloqueio na produção de leite. Por isso, a mulher deve contar com o apoio da família e a assistência dos médicos e especialistas, para que se sinta à vontade na decisão de amamentar.

A amamentação é uma prática saudável para o corpo e mente da mulher. E é importante tanto para saúde do bebê quanto para sua conexão com a mãe. Porém, caso não seja possível a lactação devido a um câncer de mama ou outras doenças e tratamentos, o especialista saberá orientar a mãe na busca das melhores alternativas.

Importante é que a mulher realize seu tratamento e cuide de sua saúde e assim curta os melhores momentos com com seu bebê.

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Outubro Rosa: conscientização sobre prevenção e diagnósticos precoces do câncer de mama

Mundialmente conhecido e identificado pelo laço cor de rosa, o movimento Outubro Rosa existe para informar e conscientizar a população sobre a importância do autoexame e da mamografia para diagnóstico precoce do câncer de mama e orientar sobre hábitos saudáveis como forma de prevenção à doença.

Desde o primeiro ano de ações do Outubro Rosa no Brasil, em 2002, foram muitos avanços na conscientização da população. Entretanto ainda tem muito trabalho a ser feito.

De acordo com uma pesquisa encomendada pelo Coletivo Pink do laboratório Pfizer ainda existe muita desinformação sobre o assunto, o que dificulta o diagnóstico precoce do câncer de mama.

Existem muitas informações falsas, explicações incorretas na internet e antigos mitos que ainda persistem, por exemplo: esquentar alimentos no micro-ondas e usar sutiã com bojo aumentam o risco de câncer de mama.

A campanha continua com o desafio e a missão de promover a conscientização sobre a doença proporcionando maior acesso à informação científica e aos serviços de diagnóstico, em contribuição à redução do agravamento da doença e da mortalidade.

O câncer de mama

A doença é consequência da multiplicação anormal e desordenada de células da mama que formam o tumor. Essa anormalidade no comportamento das células é ocasionada por uma alteração nos gens, que pode ter origem genética (cerca de 10% dos casos) ou ser provocada ao longo da vida (por exemplo, com a adoção de hábitos pouco saudáveis).

Entre os fatores de risco podemos destacar:

  • Mulheres com idade acima dos 35 anos;
  • Menstruação precoce;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Não ter filhos ou não amamentar;
  • Menopausa tardia, após os 50 anos;
  • Histórico familiar;
  • Obesidade e sedentarismo;
  • Tabagismo e/ou consumo de álcool;
  • Consumo de alimentos processados;
  • Uso de hormônios do tipo estrógenos;
  • Exposição à radiação ionizante ou ultravioleta;
  • Contato com certos produtos químicos e agentes infecciosos.

A campanha Outubro Rosa

O movimento comemorado em todo o mundo estimula a participação da população, empresas e entidades na luta contra o câncer de mama.

A tradição começou quando o símbolo principal da campanha, o laço cor de rosa, foi distribuído pela Fundação Susan G. Komen for the Cure na primeira Corrida pela Cura realizada em Nova York em 1990.

Depois disso, em 1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi nos Estados Unidos iniciaram efetivamente as ações voltadas para a prevenção do câncer de mama e conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, dando o nome de Outubro Rosa ao movimento.

Após alguns anos de ações isoladas o Congresso Americano oficializou outubro como o mês oficial na prevenção do câncer de mama. Logo o movimento se espalhou pelo mundo unindo diversos povos em uma causa tão nobre e uma questão de saúde pública e privada mundial.

Além dos laços cor de rosa e ações públicas direcionadas à conscientização da importância do diagnóstico precoce, diversas cidades iluminam monumentos, prédios públicos, pontes, teatros e outros locais para dar maior visibilidade ao movimento. Possibilitando uma leitura visual compreendida em qualquer lugar no mundo.

Por que a conscientização é importante?

Dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) apontam a doença como a segunda mais prevalente entre as mulheres representando 28% dos casos de câncer por ano.

A boa notícia é que com diagnóstico precoce a chance de cura do câncer de mama pode chegar a 95%.

Entretanto mesmo com esse alto índice de recuperação uma pesquisa realizada pelo IBGE, em 2012, revelou que as mortes de mulheres pelo câncer de mama aumentaram em 16,7% nos últimos 20 anos.

Esses números mostram a razão que torna a conscientização do diagnóstico precoce tão importante. Ao movimento Outubro Rosa fica a desafiadora missão de conscientizar o máximo de mulheres possível lembrando-as de se cuidar e fazer exames como uma forma de prevenção.

Afinal quanto mais cedo o diagnóstico melhor é o prognóstico e menos intenso e invasivo é o tratamento.

Como é a prevenção do câncer de mama?

A prevenção está ligada à adoção de estratégias para reduzir o risco de que a doença se desenvolva. São hábitos mais saudáveis que atuam nos fatores de risco modificáveis, ou seja, aqueles que podemos evitar.

Algumas ações ajudam a diminuir o risco para a mulher de desenvolver o câncer de mama. Claro que a eficácia depende do conjunto como um todo. Veja:

  • Ter alimentação saudável e balanceada;
  • Controlar o peso;
  • Realizar atividade física regularmente;
  • Amamentar após uma gravidez;
  • Evitar o consumo excessivo de álcool;
  • Não fumar;
  • Evitar exposição aos riscos ambientais;
  • Realizar exames de prevenção.

Infelizmente tais ações não garantem que o risco esteja 100% eliminado. Mesmo com o cuidado com a saúde ainda é possível que o câncer de mama se manifeste.

Por isso é muito importante associar os hábitos saudáveis e a prevenção, com os exames recomendados para detecção precoce da doença. Afinal o câncer pode estar presente antes mesmo dos sintomas estarem aparentes ou serem identificados pelo paciente.

A importância da mamografia

Uma das principais mensagens do Outubro Rosa é incentivar as mulheres a realizarem o autoexame. Ao identificar qualquer alteração – caroço, corrimento, deformação, coceira – elas devem procurar imediatamente atendimento médico.

Além do auto exame, é necessário realizar visitas de rotina ao ginecologista e após os 40 anos realizar a mamografia anualmente. Este exame pode identificar lesões pequenas e as não palpáveis que não seriam pegas no autoexame.

A mamografia detecta tumores menores, quando eles ainda têm milímetros. Por isso é tão importante para detectar precocemente a doença.

O recado é bem simples: mulheres, se cuidem!

Adotem uma alimentação balanceada, rotina saudável com exercícios físicos regulares, façam exames preventivos frequentemente e se mantenham informadas.

O diagnóstico precoce ainda é o maior aliado para o tratamento eficaz do câncer de mama!

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