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Campanhas de setembro alertam sobre a importância dos cuidados com o coração

Doenças cardíacas são as que mais matam no mundo. Hoje 29 de setembro é o Dia Mundial do Coração, importante data para orientar e informar sobre a saúde desse órgão fundamental em nossas vidas. Há também o movimento Setembro Vermelho que marca o mês como um período próprio para iniciativas de conscientização e prevenção.

Grande parte das mortes por doenças cardíacas podem ser evitadas apenas com a mudança de hábitos e a adoção de uma vida mais saudável. Entretanto a desinformação ainda leva muitas pessoas a óbito.

De acordo com os registros do cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, até o início de setembro o Brasil registrava mais de 272 mil mortes provenientes de problemas cardíacos. Esse índice mostra a necessidade de cuidar da saúde do coração e a importância das campanhas e datas.

Coração: funcionamento e possíveis problemas

O coração é um órgão do corpo humano formado por músculos basicamente. Ele cuida da frequência cardíaca e da pressão arterial – sinais vitais do organismo – além de ser responsável por bombear o sangue e fazê-lo circular distribuindo oxigênio e nutrientes pelo corpo.

Diversas doenças estão relacionadas a problemas no sistema cardiovascular. As principais e mais graves são:

  • Insuficiência cardíaca;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Infarto do miocárdio;
  • Hipertensão arterial.

Outras com menor índice de letalidade são: arritmia, aterosclerose, angina, doença vascular periférica, endocardite, miocardite e tumores.

Doenças Cardiovasculares no Brasil

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) anualmente 17,5 milhões de pessoas perdem a vida por causa de problemas no coração. Isso representa:

  • Seis vezes mais que todas as viroses incluindo o vírus da AIDS;
  • Três vezes mais que causas externas, como acidentes e violência;
  • O dobro de mortes por todos os tipos de câncer juntos.

Ou seja, é a maior causa de mortes em todo o mundo.

Também de acordo com a OMS aproximadamente 30% das mortes no Brasil são por consequência de doenças do coração. O artigo científico “Mortalidade por todas as causas e por doenças cardiovasculares em três estados do Brasil, 1980 a 2006” publicado em 2006 apontou que 32% dos óbitos foram por doença arterial coronariana e 30% por doença cérebro vascular.

Esse é um cenário que nos leva a crer que a maioria da população ainda desconhece que grande parte dos males provocados por doenças cardíacas podem ser evitados com pequenas mudanças de hábitos.

Principais fatores de risco que afetam o coração

A falta de hábitos saudáveis é um grande cenário que contribui para a incidência de casos de doença do coração. Veja os principais fatores de risco:

  • Estresse: o excesso de tensão provoca a liberação de níveis altos de cortisol e adrenalina, gerando arritmia e sobrecarrega ao coração;
  • Colesterol: o LDL, considerado um colesterol ruim, eleva os riscos de infarto;
  • Abuso de álcool e drogas: pode provocar um efeito explosivo ocasionado arritmia e até a morte;
  • Diabetes: eleva o risco de infarto em 40% para os homens e 50% nas mulheres;
  • Hipertensão: a pressão alta dificulta a circulação de sangue nas artérias podendo provocar AVC, infarto e insuficiência cardíaca;
  • Gordura abdominal: homens com medida abdominal superior a 94cm e mulheres com cintura acima de 80cm devem tomar cuidado;
  • Obesidade: o excesso de gordura no corpo pode levar à insuficiência cardíaca;
  • Tabagismo: o cigarro dobra o risco de ataque cardíaco;
  • Sedentarismo: associado a vários fatores de risco como diabetes tipo 2, obesidade e hipertensão. Consequentemente o sedentarismo eleva o risco de doenças cardiovascular.

Campanha Setembro Vermelho

Este movimento foi criado em 2000 pela Federação Mundial do Coração, com o apoio das Nações Unidas. O mês foi escolhido por abrigar o Dia Mundial do Coração. É uma ação social que visa informar a população para diminuir consideravelmente o número de casos de complicações cardiovasculares, promovendo ações de conscientização, tratamento e prevenção das doenças cardiovasculares.

Anualmente durante o período, ONGs e entidades médicas unem esforços para falar sobre o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, apresentar os principais fatores de risco e orientar sobre a importância da mudança de hábitos para levar uma vida mais saudável.

Essa conscientização é vital para controlar o número de óbitos relacionados ao coração.

Mudança no estilo de vida e promoção à saúde

De acordo com especialistas a mudança de hábitos é o caminho mais rápido para promover uma melhor saúde do coração. Isso inclui melhorar a alimentação, investir em uma rotina de atividades físicas, não fumar e controlar o estresse. Veja as orientações:

  • Alimente-se bem: dieta natural, livre de conservantes e compostos químicos é a melhor opção para um organismo saudável. Invista em uma alimentação equilibrada, com fibras, proteínas, carboidratos, aminoácidos, gorduras boas e ácidos graxos;
  • Faça atividade física: seja uma corrida leve ou esportes mais intensos, qualquer exercício físico regular é benéfico para a saúde do coração;
  • Faça um check-up anualmente: ter um acompanhamento médico é importante para avaliar o desenvolvimento do organismo com o passar dos anos, especialmente se o histórico familiar indicar problemas cardíacos;
  • Mantenha o peso ideal: a obesidade é um fator de risco para problemas no coração e deve ser combatida;
  • Não abuse do álcool e fique longe do cigarro e outras toxinas: esses são hábitos são perigosos para o coração;
  • Elimine outros fatores de risco: se você é diabético ou hipertenso, siga corretamente o tratamento orientado pelo médico.


O mês de setembro e o movimento pelo coração já estão chegando ao fim entretanto, os cuidados com a saúde e com este órgão complexo e fundamental devem permanecer durante todo o ano.

Para cuidar bem do seu coração é fundamental cultivar bons hábitos alimentares, realizar atividades físicas regularmente, ficar atento ao nível de colesterol e pressão arterial e fazer exames periódicos. E claro usá-lo para amar

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Setembro Verde: campanha pela doação de órgãos

Informar e conscientizar a população sobre a doação de órgãos é a ação mais poderosa para aumentar o número de doadores e apoiar a recuperação das pessoas que estão na fila de espera por um transplante.

Para marcar a importância do tema, o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos é lembrado em 27 de setembro. Idealizada pela Associação Brasileira de Transplante de Órgão (ABTO) a data é reforçada pela campanha Setembro Verde, que dá visibilidade à causa informando a população e incentivando os indivíduos a manifestarem a intenção de serem doadores para seus familiares. A desinformação e a recusa familiar são os principais obstáculos da doação de órgãos hoje.

A cor verde simboliza a esperança e foi a escolhida para trazer à tona a reflexão sobre a importância deste gesto de solidariedade. O tema é urgente especialmente nesse momento de pandemia, situação que reduziu significativamente a quantidade de doação de órgãos em todo o país.

Panorama de doação de órgãos no Brasil

O procedimento de retirada dos órgãos tem cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso e das campanhas de conscientização, as filas de espera ainda são longas devido ao índice de doações ser bem inferior à demanda.

De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes e Estatísticas de Transplantes somente no primeiro trimestre de 2019, 7.974 pacientes ingressaram na lista de espera por doação de órgão. Desse total, 806 faleceram aguardando.

Em 2020 o cenário começou bem promissor. Segundo informações ABTO os meses de janeiro e fevereiro registram um número de doadores acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

Entretanto com o começo da pandemia no Brasil, a partir de março as doações despencaram e a situação se inverteu. No segundo trimestre deste ano os transplantes de órgãos diminuíram quase 41% em relação ao mesmo período em 2019.

Com ou sem pandemia o cenário de doação de órgãos no Brasil é complexo e precisa muito ser incentivado. Há muito trabalho sendo realizado dentro do assunto, beneficiando várias pessoas que necessitam de um novo órgão para seguir em frente com uma boa saúde. Veja histórias de famílias que disseram sim para a doação de órgãos.

Principais desafios para a doação de órgãos

Em nossa cultura ainda é muito difícil falar e lidar com a morte. Talvez essa seja uma das razões que mais dificultam a conscientização sobre doação de órgãos.

Dizer “sim” para a doação logo após a perda de um ente querido é complicado e doloroso para algumas famílias. Não é à toa que a negativa familiar é um dos principais entraves que faz com que a lista de doadores seja menor que a demanda.

De acordo com dados divulgados pela ABTO, a rejeição familiar em fazer a doação é em torno de 43% no Brasil, acima da média mundial que é de 25%. No primeiro trimestre de 2019 o Registro Brasileiro de Transplantes e Estatísticas de Transplantes notificou 2.722 doadores potenciais. Das 1.588 entrevistas realizadas com as famílias, 621 delas recusaram a doação, uma porcentagem que aponta 39% de recusa.

Além da dor no momento do luto, as crenças religiosas, o medo de deformação no corpo do falecido e a falta de conhecimento sobre o assunto são outros pontos que dificultam a aceitação familiar.

O baixo tempo de isquemia de cada órgão – ou seja, o período viável para retirada de um órgão e a implantação em outra pessoa – é um gargalo. Veja o tempo de isquemia de cada órgão:

  • Coração: 4 horas
  • Rim: 48 horas
  • Fígado: 12 horas
  • Pulmão: 4 a 6 horas
  • Pâncreas: 12 horas

Como os períodos são curtos é preciso a mobilização de uma série de serviços para que as doações e os transplantes sejam realizados com sucesso. Dessa forma a Força Aérea Brasileira, bem como as companhias aéreas comerciais têm papel importante na viabilização das entregas dos órgãos dentro dos prazos adequados.

As principais perguntas e respostas sobre doação de órgão

  • O que precisa para ser um doador?
    É necessário informar a sua família sobre o desejo de se tornar um doador de órgão voluntário após a morte. Não é necessário registrar nenhum documento. Somente a autorização da família é o suficiente.
  • A morte encefálica é um diagnóstico certo?
    Sim. O diagnóstico é dado após exames clínicos realizados por dois médicos diferentes conforme regulamentação do Conselho Federal de Medicina, além de um exame complementar (metabólico, gráfico ou de imagem).
  • Quem pode ser doador e quais órgãos e tecidos podem ser doados
    Existem dois tipos de doadores: indivíduos vivos ou falecidos.
    Doador vivo é toda pessoa saudável e capaz (perante a lei) que concorde com o procedimento, desde que esteja apta a realizar a doação sem prejudicar a própria saúde. Nesse caso podem ser doados: parte do fígado ou dos pulmões, um dos rins e medula óssea.
    Doador falecido por morte encefálica pode doar rins, fígado, pâncreas, pulmões, intestino delgado, coração e tecidos. Falecimento por parada cardíaca por exemplo, geralmente permite a doação de tecidos, como pele, córneas, vasos sanguíneos, tendões, ossos etc. Dessa forma um único doador pode salvar várias vidas.
  • Para quem vão os órgãos?
    Doadores vivos podem identificar para quem desejam doar o órgão. Entretanto em caso de morte, não é possível escolher o receptor. Existe uma lista de espera unificada e informatizada dos pacientes à espera de doações de órgãos. Cabe à Central Estadual de Transplantes identificar por meio desse sistema os receptores compatíveis com o doador.
  • Após a doação, o corpo do doador fica deformado?
    Não. Após a retirada dos órgãos os médicos realizam a recomposição do corpo do doador que pode ser velado normalmente. Quando ocorre doação de osso e córnea são colocadas próteses no lugar. Quando a doação é de pele, são feitos cortes nas costas. Em caso de doação de órgãos internos as incisões são pequenas.

Importância das ações da campanha Setembro Verde

A mobilização para fornecer dados e esclarecimentos sobre o tema permite alcançar um número maior de pessoas, contribuindo para melhorar o cenário de doações de órgãos no Brasil.

A soma de esforços na busca por conscientização gera uma série de benefícios, aumentando as perspectivas para as pessoas que estão na fila de espera por um órgão.

Vale reforçar que segundo a legislação brasileira, a doação de órgãos só pode ser realizada após autorização de um parente de primeiro ou segundo grau (como pai ou mãe, filhos, avós, netos ou cônjuges).

Portanto se você deseja ser um doador de órgão, não se esqueça de comunicar à sua família e reforçar a importância dessa permissão após a sua morte.

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Arboviroses: o que são, sintomas, causas, como prevenir e tratamento

O nome pode até parecer estranho, entretanto as arboviroses são bem conhecidas pelos brasileiros. Tais doenças são transmitidas por artrópodes, que podem ser aracnídeos (carrapatos e aranhas, principalmente) ou insetos (mosquitos).

Ao todo existem 545 espécies de arbovírus conhecidos em todo o mundo, sendo que 150 provocam doenças em humanos como as encefalites virais, o mayaro e algumas meningites virais. No Brasil as arboviroses com maior disseminação são: Dengue, Zika, Febre Amarela, e a febre Chikungunya, com disseminação mais restrita.

Como circulam ao mesmo tempo pelo país o controle dessas doenças é um grande desafio para a saúde pública.

Conheça as principais causas

O vírus é adquirido pelo artrópode (inseto ou aracnídeo) após contato com animal ou ser humano contaminado. O vetor passa a disseminar a doença por meio da picada.

Transmissões secundárias por meio de transfusão de sangue e vertical (da mãe para o feto) correspondem à menor parcela dos casos e são observadas apenas em algumas das doenças.

As principais arboviroses circulantes no Brasil são transmitidas pelo mesmo mosquito vetor: o Aedes Aegypti. Este inseto se reproduz em ambientes com água parada e a manifestação dessas doenças pode ser de intensidade leve a moderada, dependendo de cada pessoa.

Os arbovírus circulam naturalmente em praticamente todos os locais do mundo, sendo que o Antártico é o único continente não endêmico.

Entenda os principais sintomas

Os sintomas clínicos são tão variados quanto o número de vírus que causam doenças. Eles podem ser divididos em três grupos: quadro febril caracterizado por febre, cefaléia e mialgia; síndromes neurológicas; e síndrome hemorrágica.

As arboviroses mais comuns no Brasil tem os sintomas bem semelhantes, variando de intensidade de uma doença para outra. Veja!

Dengue

Transmissão por meio do mosquito Aedes aegypti. Pode acontecer por transmissão vertical (gestante-bebê) e por transfusão de sangue (casos raros). Seus sintomas são:

  • Febre alta, com início imediato (sempre presente);
  • Dor de cabeça;
  • Dores moderadas a fortes no corpo e articulações (sempre presentes);
  • Fraqueza, dor atrás dos olhos;
  • Manchas vermelhas na pele e coceira (às vezes presentes);
  • Perda de peso e vômito;
  • Dor abdominal e sangramento de mucosas (casos mais graves).

Chikungunya

A transmissão ocorre através dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Seus sintomas são:

  • Febre alta e abrupta (quase sempre presente);
  • Dores intensas nas articulações (90% dos casos);
  • Dor de cabeça;
  • Dores nos músculos;
  • Manchas vermelhas na pele com coceira intensa. Podem se manifestar nas primeiras 48 horas;
  • Coceira de intensidade leve (50 a 80% dos casos);
  • Vermelhidão nos olhos (às vezes presente).

Zika

Assim como a Dengue, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti por transmissão vertical (gestante-bebê) e transfusão de sangue. Seus sintomas são:

  • Dor de cabeça;
  • Febre baixa (às vezes presente);
  • Dores leves nas articulações;
  • Manchas vermelhas na pele com coceira intensa e vermelhidão nos olhos (às vezes presentes);
  • Inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômito (menos comuns);
  • Dor de cabeça.

Febre Amarela

Também transmitida pela picada do Aedes aegypti e dos mosquitos Haemagogus e Sabethes na área rural ou florestal. Ao contrário das anteriores, possui vacinação eficaz. Seus sintomas são:

  • Febre repentina;
  • Calafrios;
  • Dor de cabeça forte;
  • Dores nas costas;
  • Dores musculares;
  • Vômitos e fraqueza.

Tratamento e Cuidados

Ainda não existem tratamentos específicos para casos de infecção de arboviroses. O motivo é que o vírus tem vida curta no organismo com a possibilidade de infecções agudas.

O tratamento é realizado com medicamentos para conter e aliviar os sintomas para que o paciente possa aguardar o fim do ciclo do vírus da melhor maneira possível.

É importante observar que pacientes com suspeitas de arboviroses não devem tomar remédios à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou substâncias associadas. Isso porque o efeito anticoagulante desses medicamentos pode causar sangramentos.

Portanto, em caso de suspeita de contaminação por arboviroses a recomendação é procurar ajuda médica e não se automedicar.

Prevenção e cuidados

A principal dica de prevenção é evitar o contato com o agente transmissor.

Para prevenir a picada:

  • Use repelente industrializado com eficiência comprovada;
  • Em locais com muita presença de mosquitos utilize roupas longas como barreira para não deixar a pele exposta e evite certos tipos de perfume (alguns atraem mosquitos);
  • Use telas e mosquiteiras para impedir a entrada do mosquito em casa.

Para evitar criadouros do mosquito é importante evitar o acúmulo de água parada. Por isso,

  • Não deixe água acumulada em lajes, calhas e pneus;
  • Mantenha a caixa d’água e a piscina limpas e bem fechadas;
  • Deixe utensílios que acumulam água (como garrafa) bem fechados ou com a boca virada para baixo;
  • Limpe os ralos frequentemente ou use desinfetante para evitar o acúmulo de água;
  • Troque a água do bebedouro dos animais constantemente e lave o recipiente;
  • Prefira colocar areia nos pratinhos de plantas;
  • Troque a água dos vasos de plantas aquáticas com frequência.

Das arboviroses mais comuns no Brasil, a febre amarela é a única que já possui vacina eficiente. Para se prevenir não deixe de tomá-la!

Uma urgência na saúde

Mudanças climáticas, ausência de saneamento básico, deslocamentos populacionais, desmatamentos e outras interferências humanas no ecossistema pela ação humana aumentam a transmissão e propagação das arboviroses.

Esse grupo de vírus apresenta grande plasticidade genética e alta frequência de mutações. Isso facilita a adaptação a diferentes hospedeiros vertebrados e invertebrados.

Dessa forma, o controle dessas doenças é uma emergência e um desafio para os órgãos de saúde brasileiros. Estes necessitam de ajuda da população para evitar criadouros do mosquito e conter a proliferação das arboviroses.

Faça sua parte! Siga nossas dicas de prevenção, cuide melhor da sua saúde e da região onde vive.

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Covid-19: a presença dos vírus em nosso cotidiano

O Brasil acaba de alcançar seis meses do primeiro caso de COVID-19, cuja presença foi oficialmente registrada por aqui em 25 de fevereiro de 2020. De lá para cá o governo e a população enfrentaram desafios nas mais diversas esferas, econômica, social, emocional etc.

A ciência ganhou força e dominou o noticiário global. Mas a pandemia ainda está longe do fim em todo o mundo e o caminho continua sendo de muita cautela e atenção.

Identificada em 2019 na cidade de Wuhan, na China, a COVID-19 é uma doença provocada pelo novo Coronavírus, denominado SARS-CoV-2.

A doença apresenta um espectro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros graves, que necessitam atendimento hospitalar e suporte ventilatório.

Apesar de estar circulando há mais de oito meses por todo mundo, o vírus ainda apresenta aspectos desconhecidos pelos estudiosos.

A transmissão da COVID-19 segue desacelerando, fazendo crescer a esperança de cenários melhores. Mesmo assim, não podemos saber ainda quando a situação estará realmente controlada. Ao que tudo indica, a presença do vírus ainda vai permanecer por um longo período em nosso cotidiano. O que na prática, aponta que teremos que adaptar nossas vidas para convivermos com ele da forma menos nociva para nossa saúde.

Vírus que circulam no nosso cotidiano

Para nossa geração a situação de uma pandemia nestas proporções é novidade. Estamos em uma das maiores crises sanitárias da história recente da humanidade.

Mas o mundo já precisou lidar com diversos outros tipos de vírus semelhantes. A história mostra que conforme o vírus for melhor compreendido a ciência encontrará formas mais eficientes de tratamento e a população irá se adaptar a estas novas descobertas.

Foi assim com o surto global de H1N1 em 2009, que não chegou a ser uma pandemia mas registrou milhares de vítimas. Acontece também desta forma todos os anos com a mutação do vírus da gripe que faz dezenas de mortes no Brasil e no mundo. Porém as proporções são bem menores: em 2018, o H1N1 foi responsável por 117 casos e 16 óbitos em nosso País e o H3N2, menos conhecido, registrou 71 casos e 12 mortes.

Por isso algumas ações de prevenção tornaram-se obrigatórias, como o uso de máscara e o distanciamento social. Em diversos países da Ásia as medidas preventivas já são adotadas a qualquer sinal de surto de gripe.

Principais recomendações para se prevenir

As medidas de prevenção viraram a nova rotina na vida dos brasileiros. Enquanto ainda não tem vacina e o vírus ainda for uma ameaça à nossa saúde os cuidados devem permanecer em alta. Portanto é importante relembrar as medidas de prevenção ao novo Coronavírus e também aos demais, como H1N1 e outros vírus da gripe:

  • Higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% ao tocar objetos ou pessoas fora de sua casa;
  • Aumente a frequência da higienização quando estiver em espaços públicos;
  • Quando espirrar ou tossir, cubra o nariz e a boca a parte interna do cotovelo ou com um lenço;
  • Evite tocar olhos, nariz, boca ou máscara de proteção com as mãos não higienizadas;
  • Em espaços públicos mantenha a melhor distância que conseguir de outras pessoas, sendo recomendável o distanciamento de dois metros. Evite contato físico como apertos de mãos, beijos e abraços;
  • Higienize com frequência os objetos utilizados no dia a dia, como celular, chaves de casa e do carro, carteiras etc. Higienize também os brinquedos das crianças, pois elas os levam constantemente à boca;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal como canudos e talheres;
  • Fique em casa e evite circulação desnecessária;
  • Ao chegar em casa, tire os sapatos para entrar. Se possível, tire as roupas e tome um banho;
  • Quando for ao mercado, faça a higienização das compras e embalagens com álcool gel ou lavando-as com água e detergente;
  • Mantenha a casa bem limpa e os ambientes arejados
  • Tenha uma alimentação saudável e boas noites de sono;
  • Utilize máscaras de proteção em qualquer ambiente fora de casa;
  • Se apresentar sintomas, evite ter contato com outras pessoas e, se necessário, busque atendimento.

Por mais que o tempo passe e a pandemia pareça estar controlada é importante manter os cuidados e estimular amigos, familiares e colegas de trabalho a seguirem as recomendações para prevenir a disseminação do vírus.

Onda de solidariedade

Desde o início da pandemia, a “anestesia social” (ausência de empatia pela dor do outro) foi reduzida. A solidariedade tomou conta de parte da população e voluntários têm se mobilizado em todo o país para ajudar pessoas em estado de vulnerabilidade, como moradores de rua e idosos que vivem sozinhos.

A motivação dessas ações solidárias tem relação ao reconhecimento da dor do outro. Somos seres coletivos e nos identificamos com a mesma condição diante de crises agudas e a tendência é nos unirmos para trabalhar em equipe.

O comportamento diante de graves crises, inclusive, pode ser um divisor de águas, capaz de provocar mudanças profundas e permanentes na sociedade.

Ao fim de tudo, um novo mundo

Junto com a pandemia, veio a urgência de priorizar o isolamento social e, com isso, o desafio de desacelerar a vida.

E pode parecer ruim no primeiro momento, mas a busca por novas formas de ver e viver a vida, faz parte da natureza humana.

Acontecimentos como esse, de dimensões globais, trazem transformações individual e coletiva. Apesar das incertezas esses eventos passam pela história como forma de aprendizado e impulsionam mudanças que o mundo levaria décadas para alcançar em situações normais.

Tais modificações podem ocorrer em diferentes aspectos: avanços tecnológicos, reestruturação político-econômica, habilidades de adaptação e sobretudo, a consciência individual.

O vírus continua em nosso cotidiano, exigindo atenção e cuidado. Mas aos poucos, a rotina de antes vai se restabelecendo. Enquanto aguardamos a vacina, devemos seguir com a certeza de que aprenderemos a conviver e nos proteger desse vírus, apesar de sua gravidade. Foi assim que fizemos em relação aos tantos outros que circulam entre nós de forma invisível.

E você? O que está fazendo para se prevenir e inibir a transmissão do coronavírus?

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Dia do Nutricionista: a relevância desta área na promoção da saúde

Quando pensamos em ir ao nutricionista, muitas vezes, pensamos em emagrecimento. Muito além disto, o nutricionista é o profissional que estuda e orienta as pessoas para a alimentação saudável em todas as fases da vida: gestação, amamentação, infância, adolescência, fase adulta e terceira idade. E hoje, 31 de agosto, comemoramos o seu dia.

Para celebrar junto com esses profissionais, nada melhor que entender a importância de seu trabalho e orientações na construção de novos hábitos alimentares e melhor qualidade de vida.

Atualmente, temos uma infinidade de sites e aplicativos com dicas de saúde e alimentação. Facilmente, com apenas alguns cliques, qualquer pessoa pode ter acesso a diferentes e variados conteúdos sobre o tema. Entretanto, informações generalizadas não bastam para garantir a sua saúde, pois cada um tem uma necessidade. Nem sempre, tais descobertas são 100% garantidas e a má aplicação dos conceitos pesquisados pode causar mais danos do que benefícios ao corpo.

Quando o assunto é nutrição, o nutricionista continua sendo a fonte mais segura para a sua saúde.

A data comemorativa

O dia 31 de agosto foi escolhido em virtude da fundação da Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN), que ocorreu nesta mesma data em 1949. A entidade foi criada com o objetivo de aprofundar estudos sobre a qualidade da alimentação e no campo da nutrição.

Posteriormente a ABN foi substituída pela Federação Brasileira de Nutricionistas e, atualmente, pela Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN).

O Dia do Nutricionista é anualmente celebrado com atividades de conscientização alimentar em diferentes Estados.

A importância e a atuação do nutricionista

A nutrição é o campo da saúde que estuda os alimentos e o efeito que eles produzem nos organismos. Dessa forma, o profissional da área tem o desafio de orientar seus pacientes com uma dieta saudável, diversa e gostosa, garantindo todos os nutrientes necessários de acordo com suas características individuais e estilo de vida.

Mas o nutricionista não atua apenas prescrevendo dietas. Cada pessoa precisa de uma quantidade individual de macro e micronutrientes para manter o funcionamento adequado do organismo e o equilíbrio do corpo. Por esse motivo, as escolhas alimentares do dia a dia são tão importantes para a manutenção da saúde e do bem-estar e devem ser orientadas por um profissional especializado.

Assim, este especialista pode atuar em diversas áreas, como: controle e manutenção do peso, acompanhamento nutricional de atletas profissionais, pesquisa, programas de vigilância sanitária, elaboração de produtos alimentares e de nutrição, controle alimentar de doentes, entre outros.

O comportamento a alimentar está diretamente relacionado a questões fisiológicas, metabólicas e ambientais. Por isso, compreender a importância das orientações nutricionais é essencial para ter uma vida mais saudável.

A alimentação saudável pode melhorar a sua qualidade de vida

Poucas vezes paramos para pensar na importância da alimentação em nossas vidas e, simplesmente, nos alimentamos por necessidade.

Entretanto, a alimentação não é apenas fonte de energia para o corpo, ela também ajuda a ter melhor qualidade de vida e, até mesmo, prevenir doenças.

Hábitos simples e saudáveis – como o consumo de alimentos ricos em vitaminas e nutrientes – podem ser muito úteis para aumentar a disposição, a concentração, o desempenho no trabalho, na academia e no ambiente social.

Veja outros benefícios do acompanhamento com nutricionista.

Melhora a qualidade do sono

A alimentação saudável e adequada inclui nutrientes que contribuem para uma noite de sono mais tranquila. Consequentemente, o momento de descanso se torna mais agradável, ajudando a equilibrar as funções do organismo. Isso reduz a necessidade de utilizar calmantes e supressores do sistema nervoso central.

Auxilia na prática de esporte

Praticantes de atividade física têm necessidades nutricionais específicas, de acordo com suas características individuais e a modalidade esportiva praticada. Portanto, o consumo de nutrientes adequados favorece o desempenho e condicionamento físico dos atletas.

Mais disposição e bem-estar

Manter uma dieta equilibrada e rica em nutrientes é a melhor forma de ter mais energia e disposição, afastando o estresse e a fadiga. Com equilíbrio alimentar você se torna mais produtivo para exercer as tarefas cotidianas.

Controle e acompanhamento do peso

Controlar a quantidade de calorias consumidas diariamente não é muito simples. Por isso, contar com a ajuda do nutricionista pode ser fundamental para organizar melhor a dieta do dia a dia, garantindo que você consiga chegar ao equilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético.

A reeducação alimentar é o ponto chave tanto para quem quer emagrecer, como para quem quer engordar ou apenas manter o peso.

Previne doenças

Colesterol alto, diabetes, dificuldade de concentração e memorização, doenças cardiovasculares, obesidade, alguns tipos de câncer e gastrite são exemplos de males que uma refeição rica em nutrientes ajuda a prevenir. A variação de proteínas, carboidratos e minerais, é capaz de aumentar a resposta imune do organismo, fundamental na prevenção de doenças.

Melhora o funcionamento do intestino

Uma alimentação inadequada, rica em açúcar e gordura, favorece o crescimento de bactérias patogênicas no intestino, que pode ocasionar patologias que desencadeiam em carência de vitaminas e minerais, mais estresse, flatulência, processos alérgicos, entre outros.

A dieta adequada é fundamental para manter a flora bacteriana em equilíbrio no organismo, gerando maior conforto e saúde.

Infância mais saudável

Hábitos alimentares saudáveis devem começar ainda na infância para que a criança cresça saudável e bem nutrida.

Envelhecimento tranquilo

Cada fase da vida exige uma orientação alimentar diferenciada. E o nutricionista é o profissional mais indicado para dar o direcionamento adequado, de acordo com as alterações fisiológicas provenientes do processo de envelhecimento. Garantindo, assim, um envelhecimento mais tranquilo e saudável.

O nutricionista tem como missão orientar seus pacientes na escolha de alimentos mais saudáveis, criando dietas personalizadas para a reeducação alimentar, conforme a idade, estilo de vida e necessidades nutricionais. É o especialista que está sempre em busca de uma melhor saúde e qualidade de vida para seus pacientes.

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Como melhorar a qualidade de vida de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Conhecida como ELA, a Esclerose Lateral Amiotrófica é uma patologia neurodegenerativa. ELA atinge os neurônios, células responsáveis pelas funções do sistema nervoso, destruindo-os de forma progressiva e irreversível.

Não confunda ELA com “esclerose múltipla”, que é uma patologia limitada ao sistema nervoso central, composto de encéfalo e medula.

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é outra doença, que destrói os neurônios responsáveis pelo movimento dos músculos voluntários, ocasionando uma paralisia progressiva.

Segundo o Ministério da Saúde, anualmente a cada 100 mil pessoas aproximadamente 2,5 desenvolvem ELA.

Estima-se que apenas 10% dos casos tenham origem hereditária e que, quando aparece o primeiro sintoma, cerca de 80% dos neurônios responsáveis pelos movimentos motores já tenham sido perdidos.

O que é Esclerose Lateral Amiotrófica?

Para entender a ELA é útil compreender a nomenclatura. Esclerose significa cicatrização e endurecimento. Lateral diz respeito à região lateral da medula espinhal. A palavra amiotrófica está relacionada à fraqueza que provoca atrofia e reduz o volume do tecido muscular.

Em outras palavras, Esclerose Lateral Amiotrófica é uma patologia que atinge o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva, provocando paralisia motora de maneira irreversível.

Na prática os neurônios sofrem desgaste ou morrem, não conseguindo se conectar por meio de mensagens com os músculos.

Dessa forma, indivíduos com ELA sofrem paralisia gradual e perdem as capacidades de se movimentar, falar, engolir e respirar por conta própria. Apesar disso a doença dificilmente atinge as células responsabilizadas pelo raciocínio e percepção, mesmo nas fases mais avançadas.

Uma figura famosa, portadora de ELA e conhecida mundialmente, foi o físico britânico Stephen Hawking. Ele morreu em 2018, aos 76 anos, após passar décadas em uma cadeira de rodas vivendo com o auxílio de um respirador artificial.

Possíveis causas da ELA

Tirando os casos de origem genética, que correspondem a cerca de 10% dos diagnósticos, as causas da ELA ainda são desconhecidas.

A medicina supõe que a doença esteja relacionada a diversos fatores que, quando atuam em um indivíduo predisposto geneticamente, provocam a degeneração das células motoras.

Veja fatores que podem estar ligados com a doença:

  • Mutação dos genes;
  • Desequilíbrio químico na região cerebral, ocasionando situação tóxica para as células nervosas;
  • Doenças que são autoimunes.

Como identificar possíveis sintomas

Com raras exceções, como a do Stephen Hawking que foi diagnosticado aos 21 anos, a doença é mais prevalente em indivíduos com idade entre 55 e 75 anos.

Entre os sintomas estão:

  • Perda gradual da coordenação muscular e força;
  • Incapacidade de realizar atividades de rotina, como andar;
  • Dificuldade para respirar e engolir;
  • Engasgos recorrentes;
  • Baba;
  • Gagueira;
  • Cabeça caída;
  • Cãibra muscular;
  • Contração muscular;
  • Dicção dificultada, com fala lenta ou arrastando as palavras;
  • Alterações da voz;
  • Emagrecimento.

É importante observar que a ELA não atinge os sentidos (olfato, audição, visão, paladar e tato) e raramente afeta o funcionamento dos intestinos e da bexiga.

Mas o diagnóstico ainda é demorado e complicado, normalmente realizado por meio de histórico médico e complementado por alguns exames físicos.

A dificuldade se dá pela falta de um exame específico para detectar a doença e por que os primeiros sintomas podem ser facilmente confundidos com diversas doenças diferentes.

Tratamento adequado para a “Esclerose Lateral Amiotrófica”

Infelizmente não há cura para a ELA. Dessa forma, cuidados e medicamentos são paliativos, com o objetivo de retardar a evolução da doença, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente.

Esse tratamento deve ser iniciado com um medicamento distribuído de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que desde 2009 garante assistência e medicamentos gratuitos, de forma integral, aos indivíduos diagnosticados com ELA.

Aproximadamente 20% dos pacientes vivem por mais de cinco anos após o diagnóstico e 10% conseguem viver por mais de dez anos com o suporte médico. Por isso uma equipe multidisciplinar é fundamental para acompanhar o paciente nos cuidados paliativos.

Além do atendimento neurológico, o acompanhamento dos seguintes profissionais colabora para a qualidade e expectativa de vida do paciente: clínico geral, pneumologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta (trabalhar capacidade motora e respiratória) e terapia ocupacional.

Há outros profissionais que auxiliam no bem-estar do paciente com ELA. O nutricionista é um deles, pois a dificuldade de deglutição pode fazer com que seja difícil se alimentar adequadamente.

Fisioterapia e reabilitação também são importantes para retardar a avanço da perda funcional, possibilitando ao paciente cuidar de si mesmo por mais tempo.

Por meio do SUS, o Ministério da Saúde oferece reabilitação com soluções para a dor, prevenção de contraturas musculares e articulares tratamento para dificuldade de fala, deglutição e respiratória, além de suporte à família.

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Dia do Cardiologista: comemore cuidando da sua saúde

Hoje, 14 de agosto, é dia de homenagear aquele que cuida do nosso coração.

A celebração marca a importância daqueles que cuidam desse órgão vital, que também é o símbolo do amor.

Além da comemoração, esta data também serve como uma chamada de atenção para os cuidados necessários com nossa saúde e de nosso corpo.

Cardiologista é o profissional da medicina especializado no diagnóstico, acompanhamento, tratamento e prevenção de doenças que afetam o coração, os grandes vasos sanguíneos e o sistema vascular.

São exemplos de doenças tratadas por este especialista: arritmia, pressão alta, insuficiência cardíaca, derrame e infarto.

Dada a importância desses profissionais, a Sociedade Brasileira de Cardiologia instituiu, em 2007, a data de 14 de agosto para marcar a necessidade de atendimento cardiológico, assim como reforçar os cuidados necessários e indispensáveis para a saúde do coração, com foco na prevenção.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a hipertensão atinge mais de 30 milhões de brasileiros e quase 30% das mortes registradas no país são em decorrência de doenças cardiovasculares.

É importante lembrar que pessoas de qualquer idade podem apresentar problemas no coração. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para evitar grandes complicações de saúde.

Doenças cardíacas, isolamento social e coronavírus: sinais de alerta

Após vários estudos em pacientes com COVID-19, sabe-se que essa infecção desencadeia uma série de reações que desequilibram doenças cardiovasculares, mesmo as que já estavam controladas. Por isso, pacientes com doenças cardiovasculares prévias, como hipertensão e insuficiência cardíaca, podem apresentar alterações em seu sistema imunológico, fator que pode agravar a evolução da infecção.

Isso não significa que esse grupo tem maior risco de ser contaminado pelo COVID-19. O risco de contaminação é o mesmo que o de qualquer pessoa. Indivíduos com doenças cardíacas têm maior risco de desenvolver formas mais graves da doença. Por isso, compõem um grupo de risco precisa de atenção redobrada.

É recomendado seguir todas as orientações de prevenção, como evitar aglomeração e ficar em casa sempre que possível (inclusive trabalhar em casa, se a atividade profissional permitir). Toda e qualquer atitude preventiva é importante neste momento para qualquer pessoa, principalmente, para aquelas dos grupos de risco.

Complicações além da doença

O risco de infecção não é o único fator preocupante relacionado ao novo coronavírus. Com as medidas de isolamento social, espaços públicos ao ar livre, academias e centros ginásticas ainda estão com acesso restrito e não são recomendados aos grupos de risco. Sendo assim, o isolamento traz um outro problema: o sedentarismo ou o agravamento dele.

Mas a necessidade de ficar em casa não é desculpa para ser totalmente sedentário. É possível executar movimentos diários para exercitar o corpo e se fortalecer em relação às doenças cardiovasculares e à própria infecção. Exercícios físicos de rotina são fundamentais para reforçar a imunidade e são uma das formas de prevenir doenças cardíacas.

Portanto, mesmo em tempos de recolhimento, manter as atividades é essencial para a saúde do corpo e da mente. Acompanhe nosso site para ver ideias para se exercitar em tempos de isolamento.

Redução das doenças cardiovasculares

Desde o início da pandemia, o Brasil registrou, de acordo com uma pesquisa da Rede Brasil AVC, uma queda de quase 50% nas consultas de rotina de pacientes com doenças cardiovasculares.

Porém, o estudo indica que não foi o volume de pessoas doentes que diminuiu. Entre os possíveis motivos para esse cenário estão o medo de sair de casa e a preocupação em priorizar a atenção médica aos infectados pela COVID-19.

É importante lembrar que algumas doenças cardiovasculares precisam de acompanhamento contínuo, cujo tratamento não pode ser abandonado, independentemente de circunstâncias externas. Portanto, por mais que o cenário demande cautela e isolamento social, o paciente com problemas no coração não pode deixar o tratamento de lado.

Dicas de cuidado e prevenção

Veja algumas dicas de bons hábitos e prevenção para você cuidar bem da sua saúde, especialmente nesse momento delicado de isolamento social e pandemia.

  • Mantenha-se dentro do peso adequado para seu porte físico e, se for preciso, mude seus hábitos alimentares;
  • Adote uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras, legumes grãos integrais, carnes magras e leguminosas;
  • Evite o consumo excessivo de açúcar e sal. Prefira temperar os alimentos com ingredientes naturais, com alho e cebola;
  • Consuma gorduras boas, pois elas ajudam a aumentar o colesterol bom (HDL) e a diminuir o ruim (LDL), o que reduz a pressão arterial protegendo o coração. Dicas de alimentos: abacate, azeite de oliva, nozes, amêndoas, castanha-do-pará, castanha-de-caju, salmão, sardinha, truta, atum, linhaça e chia;
  • Evite o excesso de gorduras ruins, pois aumentam o colesterol e a pressão arterial.
    > Exemplos de alimentos que contêm gordura trans (evite): fast-food, industrializados, produtos processados, margarina, sorvete, pipoca de micro-ondas, etc.
    > Exemplos com gordura saturada (reduza): leite e iogurte integrais, nata, gema de ovo, queijos, linguiça, torresmo, carnes gordurosas, etc.
  • Pratique atividades físicas regularmente. O sedentarismo é um dos principais fatores de risco para problemas de coração e obesidade;
  • Abandone o tabagismo e controle o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Reserve um tempo para relaxar e descansar. O estresse libera mais adrenalina e cortisol no organismo – substâncias que aumentam os batimentos cardíacos –, elevam a pressão arterial e favorecem o ganho de peso;
  • Tenha noites de sono tranquilas e durma em torno de 8 horas por noite;
  • Controle o diabetes;
  • Visite o cardiologista periodicamente para consultas médicas de rotina, pois doenças que acometem o coração são, muitas vezes, silenciosas.

O que você tem feito para cuidar do seu coração?

Desejamos que a data de hoje seja cada vez mais lembrada e que os cuidados com a saúde virem rotina na sua vida.

Aos profissionais da cardiologia, parabéns por se empenharem na manutenção da saúde cardiovascular de seus pacientes!

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Mês da saúde: dicas de ouro para ser mais saudável

Em 5 de agosto celebramos o Dia Nacional da Saúde. Data escolhida para homenagear o médico e cientista brasileiro Oswaldo Cruz, que nasceu em São Luiz do Paraitinga (SP), em 05/08/1897. Pioneiro em diversos estudos, trouxe grandes contribuições para a saúde, no Brasil.

Neste período de pandemia por COVID-19, a “saúde” está em evidência, seja física ou mental. Todos estamos alertas para manutenção da força física e imunidade do corpo para o combate às doenças e melhorar qualidade de vida. Além do bem-estar psicológico, indispensável para que o indivíduo consiga cuidar melhor de si e de seus entes mais próximos.

É importante entender que ter saúde não se trata apenas da ausência de doenças diagnosticadas. Afinal, as doenças podem ser causadas por diversos agentes, de forma direta como vírus, bactérias e fungos; ou por algum gatilho externo como poluição, calor ou frio extremos, ar seco, etc. Há também a resposta de nosso corpo a estímulos danosos rotineiros como a má alimentação e o tabagismo. O cansaço extremo, o desânimo e o stress também são sintomas se opõem ao nosso bem-estar e são indicativos da falta de saúde.

As dicas de ouro

O compilado de orientações abaixo são indicações de especialistas modernos e outras repassadas de geração em geração, sendo algumas delas milenares – todas focando na saúde física e mental.

1. Começar bem o dia: várias culturas e povos têm seus próprios rituais para começar o dia de forma positiva. Há quem diga que o hábito de acordar cedo para conseguir tomar um café, um banho e vestir-se com calma traz mais saúde. Os orientais adotam diversas práticas matinais, como posições de yoga, ritos de preparação do corpo e meditação.

Seja qual for o ritual que você escolher para começar o dia, alguns aspectos são importantes como: um bom alongamento para preparar a musculatura (que ficou muito tempo parada), pensamento positivo (gratidão e apreço pelo dia que se inicia), ingestão de líquidos (água com limão), alimentos saudáveis (frutas) e mente calma para se preparar para os desafios que vêm por aí.

2. Movimentos corporais compensatórios: as pessoas estão constantemente em posições que agridem suas articulações e musculaturas. Esta agressão pode vir pelo excesso de tempo em pé (pessoas que trabalham nesta posição o dia todo) ou pelo excesso de tempo sentado (pessoas que trabalham com computador e estudantes). Em casos mais extremos, os danos vêm do excesso de esforço físico para realizar trabalhos operacionais.

Todos precisam de estímulos que compensem a posição na qual se passa grande parte do dia. Para quem fica muito de pé deve-se descansar elevando os pés, além de fortalecer as pernas e alongá-las. A natação é um bom esporte neste caso.

Quem fica muito tempo sentado deve realizar movimentos mais vigorosos para compensar o tempo sentado, como esportes, corridas e musculação.

Pessoas que estressam o corpo realizando trabalhos fisicamente pesados devem ter seu momento diário de alongamento e relaxamento.

Cada um deve encontrar a melhor atividade física para sua realidade, de modo que não seja mais um momento de stress e cobrança no dia.

3. Água: um dos melhores hábitos que uma pessoa pode adquirir é o de beber muita água. Quem vive em um local com água potável disponível deve ser grato por este excelente recurso e aproveitá-lo da melhor maneira, consumindo-o para sua saúde e jamais desperdiçando. É recomendável tomar cerca de dois litros diários, mas isso dependerá do porte corpóreo e do nível de atividade física.

4. Relaxamento longe de telas: o homem moderno pode passar muito tempo em frente a telas, inclusive em seu momento de relaxamento. Porém, tal relaxamento não é completo, visto que a mente continua sendo estimulada e os olhos permanecem em stress. Encontre um meio de relaxar sem telas, apreciando o mundo à sua volta, as pessoas que estão com você ou um bom livro.

5. Vícios: pessoas viciadas em drogas, lícitas ou ilícitas têm um nível de saúde inferior ao daqueles que não possuem estes vícios, mesmo que não percebam. A bebida, o cigarro e outras drogas reduzem as defesas do organismo e enfraquecem os órgãos, inclusive a própria pele, que demonstra o desgaste com o passar do tempo. Para ter mais saúde e vitalidade, livre-se de vícios.

6. Qualidade nos relacionamentos: um estudo iniciado em 1938 , na Universidade de Harvard, Estados Unidos, monitorou milhares de voluntários por 75 anos. Eles analisaram diversos aspectos de suas vidas e verificaram que aqueles que mantiveram laços consistentes de relacionamentos de qualidade estavam em melhores condições físicas e psicológicas na terceira idade. O convívio social de qualidade é importante para nossa saúde mental, pois nos estimula ao ânimo, ao desenvolvimento e à atividade física e mental. Além disso, a convivência nos propicia sentir afeto, nos trazendo sensação de proteção e apreço e elevando nossos níveis de hormônios do bem-estar.

Perceba que nenhum destes hábitos requer dinheiro ou tempo extraordinário. Todos eles podem começar com pequenas atitudes e compromisso consigo mesmo. Crie seus mecanismos para melhorar estes aspectos e você alcançará melhoras em sua saúde de maneira geral em pouco tempo.

Continue acompanhando nosso site para mais dicas e informações sobre saúde e bem-estar, de maneira integral para você.

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Dia Nacional da Saúde: cardiologista alerta para cuidados com o coração

Gláucia Araújo conversou com o cardiologista Gustavo Lenci Marques

Gláucia Araújo conversou com Gustavo Lenci Marques, cardiologista do Hospital Marcelino Champagnat, no programa Tarde Nacional desta quarta-feira (5) sobre os cuidados com a saúde do coração no Dia Nacional da Saúde.

Clique aqui e ouça a entrevista na íntegra

Cansaço excessivo, falta de ar e inchaço nas pernas podem ser sintomas de uma falência do coração, segundo Gustavo.

Não fumar, praticar atividades físicas e ter uma alimentação equilibrada são atitudes que influenciam na boa saúde do órgão.

A Rádio Nacional do Rio de Janeiro vem apresentando o bloco local do programa Tarde Nacional das 15h às 18h, com todas as informações sobre a pandemia de covid-19. A apresentação é de Gláucia Araújo.

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Campanha Educativa de Combate ao Câncer

O dia 4 de agosto é marcado pela Campanha da Educativa contra o Câncer. A data é um dos movimentos de prevenção ao câncer e constitue um dos principais instrumentos da saúde pública para o controle da doença.

Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) a cada ano mais de 12 milhões de pessoas são diagnosticadas com algum tipo de câncer em todo o mundo. O câncer é uma das doenças que mais mata, ao lado do Acidente Vascular Cerebral (AVC), doenças pulmonares, infecções respiratórias e doenças cardíacas.

Para contornar essa situação, as campanhas educativas de saúde alertam a população sobre o cuidado necessário com a saúde. Estas ações reforçam a importância das atitudes e hábitos de prevenção para ajudar a combater, não somente o câncer, como muitas outras doenças.

Tratamento e diagnóstico precoce

Câncer é um tumor maligno que pode ser de vários tipos e engloba mais de 100 doenças. A característica comum de todos eles é o crescimento desordenado de células que se agrupam e formam tumores. Em seguida, estes tumores podem invadir órgãos vizinhos ou mesmo os mais distantes (metástases).

Esta doença pode aparecer em qualquer parte do corpo e tem causas variadas, impulsionadas por fatores internos (como genética e pré-disposição) e externos (hábitos, meio ambiente e qualidade de vida).

Devido à gravidade com a qual pode se manifestar, o câncer é temido por quase todo mundo. Mas felizmente na última década, a medicina alcançou uma impressionante evolução no diagnóstico e tratamento de casos oncológicos, trazendo assim, uma nova perspectiva no combate ao câncer.

O avanço tecnológico de alguns aparelhos permitiu um avanço significativo na identificação de lesões cada vez menores, em estágios bem iniciais. Essa detecção cada vez mais precoce da doença tem promovido avanços bastante expressivos no tratamento e controle.

De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente muitos pacientes estão sendo tratados com sucesso quando ocorre o diagnóstico precoce. Nesses casos, a chance de cura chega a 90%.

Outro ponto importante em que a medicina avançou foi na forma de tratamento: imunoterapia, marcadores moleculares e a cirurgia minimamente invasiva reforçam significativamente o arsenal terapêutico contra o câncer.

Com essas novas descobertas a sobrevida de pacientes em tratamento aumentou consideravelmente. Além disso, algumas pessoas conseguem ter o tumor controlado por longos períodos de tempo e com ótima qualidade de vida.

Esses avanços são um alento, diante do crescimento das estatísticas em relação aos números de casos de câncer no Brasil.

Mais qualidade de vida durante e depois do tratamento

As novas perspectivas no enfrentamento do câncer, trazidas pelos avanços científicos, também estão sendo muito importantes para manter a qualidade de vida do paciente durante e após o tratamento.

Atualmente o cuidado e a preocupação com a qualidade de vida do paciente diagnosticado com câncer é cada vez maior.

Veja algumas abordagens fora do escopo da medicina tradicional que são adotadas para garantir o bem-estar dos pacientes:

  • Cuidados físicos, psicológicos e até mesmo, espirituais com o objetivo de minimizar os sofrimentos causados pela doença e seu tratamento;
  • Amparo humanizado nos atendimentos e incentivo à boa relação entre os pacientes e familiares;
  • Oferta de um tratamento digno que aumente a sensação de segurança sentimentos positivos do paciente e seus familiares;
  • Atendimento multidisciplinar para tratar o paciente como um todo.

Dicas para prevenção e melhor saúde

A principal forma de prevenir o aparecimento de algum tipo de câncer é ter uma vida com hábitos saudáveis. Portanto, pequenas mudanças no seu dia-a-dia podem contribuir muito para sua melhor qualidade de vida.

Veja abaixo alguns exemplos:

  • Alimentação saudável e balanceada, evitando alimentos gordurosos e industrializados. É importante dar preferência a uma dieta rica em fibras, aumentando o consumo de frutas, verduras e legumes;
  • Controlar o peso corporal;
  • Praticar exercícios físicos regularmente;
  • Evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas;
  • Não fumar;
  • Evitar a exposição ao sol sem protetor solar e nos horários mais intensos, mesmo com a devida proteção;
  • Usar preservativo em todas as relações sexuais.

Além disso, é fundamental fazer consultas regulares ao seu médico e realizar exames de rotina que ajudam na prevenção do câncer. Ou mesmo da identificação precoce da doença.

Mulheres de 25 a 64 anos devem realizar exames ginecológicos anualmente e mamografia, a partir dos 40, também todo ano (ou de acordo com o ginecologista).

Homens devem, procurar um urologista após os 45 anos para realizar o exame de toque retal e PSA, para prevenção do exame de próstata.

Ambos, homens e mulheres, devem após dos 50 anos, fazer regularmente exame de colonoscopia para prevenção de câncer de intestino.

Informação e conhecimento ainda são as melhores formas de prevenção para uma vida mais tranquila e saudável. Somados aos cuidados diários com a saúde ajudam a gente a ter mais vivacidade.

Felizmente, a medicina evoluiu bastante e hoje já é possível promover uma boa qualidade de vida e chances de cura aos pacientes oncológicos, durante e depois do tratamento. Assim como são muito melhores as chances de recuperação de câncer detectado em fase inicial.

Entretanto, você também precisa fazer a sua parte. Portanto, cuide-se sempre e cada vez melhor!

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