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Saúde mental: como o trabalho voluntário pode ajudar

A pandemia da Covid-19 mudou a economia, os hábitos e a dinâmica social. Amigos e famílias se afastaram por um período, retomando pouco a pouco a companhia presencial ou seguiram sem retomar. Idosos, principalmente, se viram isolados de familiares para sua própria segurança. Todo o cenário ressaltou a importância de olhar para a saúde mental com mais cuidado. E pasme, uma das dicas para se cuidar pode ser cuidar do próximo. O trabalho voluntário pode ser uma ótima atividade para manter a mente sã.

Se por um lado, diz-se que devemos fazer o bem sem esperar retorno, é incontestável o fato de que o trabalho voluntário traz inúmeros benefícios para a pessoa. Os pontos positivos vão desde ampliação do círculo social, novos aprendizados e experiências, até um ponto que chama atenção no currículo.

O estudo realizado pela Ação Social para Igualdade das Diferenças (ASID) mostrou que voluntários que se engajaram em projetos coletivos apresentaram melhoras nos seguintes fatores:

Trabalho em equipe (14,9%)
Organização (11,6%)
Proatividade (11,4%)
Comunicação (10,7%)
Relacionamento interpessoal (10,1%)
Planejamento (8,29%)

Além dos fatores relacionados acima, conhecidos no mundo do trabalho como “soft skills”, que são as competências socioemocionais e comportamentais, a prática do voluntariado pode ajudar no tratamento de algumas doenças psicossociais. A depressão é uma delas, afinal, dependendo dos gatilhos emocionais que impactam o paciente, o fato de se envolver com outras pessoas e realizar um trabalho que beneficia o outro faz com que a pessoa se sinta melhor.

A realização de um trabalho que faz a pessoa se movimentar também é benéfica, principalmente entre aqueles que sempre tiveram vida ativa, mas devido a condições como aposentadoria ou desemprego, se veem fora da rotina mais movimentada. O fato de “não parar” ajuda até mesmo em relação a problemas do coração, quadros de pressão alta e redução do stress.

Veja quais são os principais benefícios do voluntariado para a saúde mental:

  • Ampliação do quadro social: voluntários tendem a unir-se em grupos e, com isso, desenvolvem novas amizades;
  • Empatia a ampliação da visão social e crítica: a pessoa que se engaja no trabalho voluntário passa a conhecer o problema do outro de maneira mais aprofundada, derrubando certos preconceitos e mitos.
  • Satisfação e alegria: quando a pessoa doa seu tempo e energia para beneficiar o outro, recebe gratificação interna e externa, estimulando a pensar em seu propósito de vida;
  • Desenvolvimento de competências e habilidades: o trabalho voluntário pode desenvolver técnicas manuais, competências ligadas à gestão ou liderança, habilidades comunicacionais, entre outros.

É importante salientar que o principal elemento motivador do voluntário deve ser o prazer de ajudar o mundo a ser um lugar melhor para todos. O foco deve ser beneficiar a vida do outro, seja ele um ser humano, animalzinho ou natureza.

Antes de se engajar em um movimento voluntário, vale refletir:

• O que me motiva a fazer isto?
• Tenho tempo suficiente para realizar esta atividade?
• Engajar-me neste movimento vai atrapalhar outras prioridades em minha vida ou me causar algum problema?
• Tenho musculatura emocional para lidar com este tipo de situação?

Uma vez tomada a decisão, lembre-se de que outras pessoas contarão com você. Vá em frente, seja feliz e faça outros felizes.

Veja alguns lugares em São Paulo para se engajar em movimentos solidários:
Lugares para Fazer Trabalho Voluntario – Guia da Semana

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Dislexia em crianças: diagnóstico e tratamento

A dislexia é um quadro difícil de ser compreendido e diagnosticado, pois trata-se de um transtorno de desenvolvimento que envolve diversas características e graus. A dificuldade em sua identificação também se dá pelo fato de não termos hoje na medicina, um exame ou um aparelho que traga um diagnóstico preciso com base em imagens cerebrais, por exemplo.

O transtorno também nada tem a ver com o grau de inteligência da pessoa, inclusive, ocorre, geralmente, em indivíduos muito inteligentes e criativos. Por isso a informação correta e o acompanhamento são importantes no caso de suspeita deste quadro. Saiba mais!

Suspeita de dislexia em criança

A principal característica da dislexia é a apresentação de anomalia na aprendizagem do tipo verbal. Confusões com símbolos, gráficos e códigos de linguagem fonológica podem atrapalhar a alfabetização e expressão da criança trazendo dificuldades na leitura e na escrita e falta de concentração.

O fato de que tais características podem estar ligadas apenas ao comportamento e perfil da criança, atrapalha o diagnóstico. Muitos pais podem subestimar os sinais de dislexia ao passo que outros podem superestimar situações que não necessariamente envolvem um quadro disléxico.

Para caracterizar dislexia, a criança precisa apresentar um conjunto de alterações no desenvolvimento, tais como:

Disfunções no cérebro que impactam a análise, integração e coordenação de processos que envolvem leitura e escrita;
• Falhas na percepção visual, auditiva e espacial;
• Falhas de memória;
• Dificuldades, confusão e lentidão na leitura;
• Confusão com sons e formas de letras;
• Fala “enrolada” ou de forma ininteligível (mesmo após acompanhamento de fonoaudiólogo).

A dislexia é mais comum nos meninos (mais de 60% dos casos) e possui relação com predisposição genética, segundo dados da Associação Brasileira de Dislexia (ABD).

Dislexia não é Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), porém muitas pessoas confundem, pois trata-se de uma parte do transtorno. A dislexia prevê um comportamento normal, porém com a dificuldade de concentração e aprendizado. Já o TDAH traz também as características de hiperatividade, que supõe ansiedade e dificuldades em permanecer parado, quieto.

Apoio aos familiares e ao disléxico

A ABD possuiu em seu site diversas iniciativas para apoiar a pessoa com dislexia e seus familiares. São informações sobre o transtorno, cursos e atividades que podem ajudar no acompanhamento e tratamento contínuo, de modo a promover uma vida plena e com qualidade ao paciente.

Pensando em diagnóstico e tratamento, alguns profissionais são importantes para o acompanhamento do disléxico, por exemplo:

  • Psicopedagogo: investiga e sugere caminhos para as situações de aprendizado. Orienta a família e esclarece sobre obstáculos que podem interferir no desenvolvimento do aluno;
  • Psicólogo: a terapia atua no desenvolvimento das capacidades sociais e nas perspectivas neurológicas, bem como na orientação familiar;
  • Fonoaudiólogo: intervêm nas questões relacionadas ao desenvolvimento da linguagem oral, além do tratamento auditivo, compreensão e memória.

Atualmente, há no mercado diversos materiais de apoio e conhecimento para pessoas com dislexia e seus familiares. Abaixo, uma seleção de livros para crianças com dislexia e pais:

Brincando de mindfulness: 50 exercícios para praticar a atenção plena com crianças

Brincando de Mindfulness PDF Patricia Calazans

Fonte: Amazon

Mindfulness é uma prática de atenção plena que promove a concentração no momento presente, reduzindo níveis de ansiedade e stress. Foco e concentração, até pouco tempo eram consideradas questões do mundo adulto. Porém, o mundo moderno trouxe à tona a necessidade de prover às crianças ferramentas para que melhorem tais questões. No caso de crianças com dislexia, a necessidade é ainda mais importante. Por isso, este livro pode ajudar pais, crianças e jovens a ampliar a consciência do momento presente e aumentar os níveis de concentração nos estudos e até mesmo nas brincadeiras.

Menino Tinoco, uma história sobre TDAH

MENINO TINOCO, UMA HISTÓRIA SOBRE TDAH eBook : LESSA, MARILIA , MORAES,  SCARLETT: Amazon.com.br: Livros

Fonte: Amazon

O conto mostra o TDAH de forma simples e leve, apostando no lúdico para promover conhecimento sobre diagnóstico e tratamento com as crianças. O objetivo da autora é desmistificar o tema e dar a cuidadores e pais o poder de atuar frente ao transtorno.

João, preste atenção!

Joao preste atencao

Fonte: Associação Brasileira de Dislexia


João tem nove anos e tenta se adaptar às dificuldades de aprendizado. Com a ajuda de uma psicóloga, amiga de sua mãe, ele conseguiu ter uma vida normal na escola e sensibilizar seus amigos e professores para suas necessidades. Leitura com foco em trazer a sensação de “normalidade” para crianças diagnosticadas com dislexia que, muitas vezes, se sentem um “peixe fora d’água”. O livro tem distribuição gratuita pela ABD, leia em PDF.

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Apoie causas socioambientais sem gastar nada (ou muito pouco) de tempo ou dinheiro

Toda pessoa tem aquela causa para chamar de sua. Ou melhor, uma parte das pessoas. Alguns ficam com o coração balançado em relação a causas relacionadas à infância. Outros, em relação aos idosos. Alguns buscam hastear a bandeira da educação ou do empreendedorismo, da sustentabilidade, das pessoas vulneráveis etc.

Neste cenário de pandemia e recessão econômica que o mundo vive, a solidariedade torna-se fator imprescindível para amenizar os impactos da crise. As pessoas e empresas que já se viam na responsabilidade de contribuir com a comunidade, se depararam com novas demandas, porém, também, com novas limitações.

Além disso, nem todos conseguem contribuir financeiramente com as causas que lhe parecem justas, tampouco conseguem se organizar para trabalhos voluntários frequentes.

Para aqueles que desejam contribuir mais com seu entorno, com toda a sociedade ou com o mundo, trazemos algumas reflexões e oportunidades. No geral, a orientação passa por uma atitude cidadã, correta, responsável e com olhar sensível ao ser humano, principalmente aos mais vulneráveis.

Para fazer a diferença para o próximo, é necessário ter um mindset de colaboração, no qual o interesse individual fica abaixo do interesse coletivo. Sendo assim, na prática é preciso deixar de lado algumas vantagens individuais. Não é tão fácil, por isso mesmo, vale uma reflexão mais profunda sobre o seu papel no mundo e o reflexo de suas atitudes para o outro.

Venha descobrir maneiras de incluir atitudes mais sustentáveis e solidárias no seu dia a dia. Escolha as que forem possíveis para você e mãos à obra!

1.Compre do pequeno

Com a pandemia, um movimento que já era crescente tomou força. “Compre do pequeno” é uma iniciativa abraçada por diversas associações e câmaras comerciais, inclusive se tornou uma campanha fixa do Sebrae. Os grandes varejistas e prestadores de serviços certamente geram empregos e impulsionam a inovação em seus setores. Porém os pequenos e médios negócios são a roda forte da economia em nosso País: são 99% das empresas nacionais e geram 54% dos empregos (segundo o Sebrae).

Quando você compra de um negócio em seu bairro, você movimenta a economia local. O dinheiro fica próximo de você e pode até retornar, se você também oferece algum produto ou serviço na mesma comunidade.

2.Doe e pague menos impostos

Você sabia que é possível realizar doações para causas sociais via Imposto de Renda, destinando parte dos valores pagos ao fisco às instituições? Talvez você já tenha ouvido falar, mas ainda há muitas dúvidas a respeito deste procedimento. Antes de planejar uma ação assim, o mais importante é saber que:

  • O imposto pode ser destinado diretamente na declaração se o contribuinte optar pelo modelo completo;
  • Há uma ficha chamada “Doações Diretamente na Declaração”, quando do preenchimento da declaração completa (use o menu “Ajuda” do sistema para tirar dúvidas);
  • As doações podem ser destinadas apenas a instituições cadastradas. A partir do ano passado, a Receita Federal abriu a possibilidade de doar recursos para fundos controlados por conselhos municipais, estaduais e nacionais do idoso;
  • Além desses fundos, o contribuinte ainda pode deduzir pagamentos feitos durante o ano referentes a programas específicos, além de abater doações aos Programas Nacionais de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência e de Apoio à Atenção Oncológica.

O site da Receita Federal possui uma página de explicação sobre o Projeto Destinação, que estimula o repasse de parte dos impostos pagos a instituições sociais. Conheça!
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/educacao-fiscal/educacao-fiscal/projeto-destinacao

3.Use o mínimo possível de embalagens e o que usar, recicle ou reutilize

Ao visitar o mercado, a famosa ecobag é a melhor pedida. Se precisar de sacolinhas, depois tente usá-las para outro fim, por exemplo, recolher o lixo. O mesmo com embalagens plásticas. Se puder, evite. Se usar, tente reaproveitar ou, no mínimo, separar para reciclagem. Reaproveite tudo o que puder. Se cada pessoa reduzir um pouco o número de embalagens que usa no dia a dia, o mundo terá um ótimo ganho.

4.Adote sem adotar

Há muitas crianças em lares esperando por uma família para adotá-las. Não está em seus planos adotar uma criança? Apadrinhe. Há programas que promovem uma ligação do padrinho com a criança permitindo que o mesmo interfira na educação e nos recursos destinados ao pequeno.

Também há ONGs de animais para adoção que permitem os programas de apadrinhamento, captando recursos para castração e outros cuidados. Se você se identifica com a causa, apadrinhe um animalzinho.

5.Envolva-se nos comitês que puder e dê suas melhores ideias

Você mora em um prédio ou condomínio? Participe das reuniões e iniciativas dos vizinhos e colabore com ideias e atitudes. Busque ideias que promovam uma boa gestão da oferta-demanda da vizinhança. Por exemplo: grupos de classificados, com ofertas de produtos e serviços, podem ajudar aqueles que têm algo a oferecer ou que estejam em busca de indicações. Dê preferência aos vizinhos sempre que possível e estimule os colegas a fazer o mesmo. A comunidade só tem a ganhar com isso. Se você não mora em um local fechado, procure pelas associações de vizinhos ou de bairro. Colabore!

6.Tenha plantas (mas cuide delas)

Todos sabem da importância das árvores e das plantas para a qualidade do ar e para o meio ambiente em geral. Porém, há cada vez menos plantas no mundo. Se cada pessoa tiver seu jardim, seja pequeno ou grande, em casa, já teremos algum avanço. Inclusive, a pessoa pode cultivar espécies em extinção e ainda contribuir com a preservação da biodiversidade. Se você mora em uma casa com gramado, considere a ideia de plantar uma ou mais árvores, além de arbustos. Se você mora em apartamento, use jardineiras e vasos para ter suas amigas verdes. Mas, lembre-se: plantas precisam ser cuidadas. Não seja do time que as tira da loja para que elas morram na tranquilidade do lar.

7.Ofereça carona

Se você identificar a oportunidade de dar uma carona para o trabalho ou para algum lugar que você vai com frequência, nem pense duas vezes. A carona é um ato solidário e importante, principalmente nos grandes centros. A atitude reduz a poluição, o trânsito, o stress e o motorista ainda ganha companhia. Em alguns casos, o motorista pode até dividir os custos com combustível e ainda economizar. Ou seja, só coisa boa.

8.Seja tolerante

O garçom errou? O vizinho está fazendo reforma? O porteiro esqueceu um recado? O moleque passou de bicicleta por cima da sua planta? Respire fundo e… seja tolerante! As pessoas erram. Converse e tente resolver a situação com firmeza, porém com respeito e calma. Lembre-se de que você também erra. Como você gostaria que repreendessem um erro seu?

9.Compartilhe estas dicas!

Compartilhar conhecimento e boas dicas é parte de uma atitude cidadã.

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O que esperar do mundo pós pandemia

A transmissão do novo Coronavírus está em desaceleração em todo o mundo, mas o perigo ainda não acabou. Seguimos enfrentando uma pandemia que será um marco na história da humanidade. Neste cenário, há duas dúvidas na cabeças das pessoas. Uma delas é quando a vacina contra a COVID-19 estará disponível para toda população do globo. A outra é sobre previsões de como será o mundo pós pandemia. Afinal, o vírus já impactou nossas vidas e mudou nossas rotinas.

Os impactos não se resumem ao novo hábito de usar máscara e higienizar as mãos com mais frequência e o uso do álcool gel. Ou às alterações de horários de funcionamento para comércios, restaurantes, bares e outros negócios de atendimento, vendas e prestação de serviços ao público. Nem sobre a nova modalidade de trabalho em casa, adotada por muitas empresas.

A pandemia nos trouxe reflexões e mudanças mais profundas que devem moldar nossos hábitos individuais e também as dinâmicas coletivas. Os reflexos se estenderão além do período de amenização da COVID-19, quando a doença deixar de ser um problema de saúde mundial. As transformações passarão pela economia, política, modelos de negócio, cultura, relações sociais e com a cidade, saúde física e mental, entre outras coisas.

COVID-19: aceleradora de um futuro inevitável?

A pandemia acelerou mudanças na sociedade de modo geral, mesmo com a gente dentro de casa, quietinhos, por alguns meses. O ano voou e o mundo se tornou outro. A dúvida é: as mudanças ocorridas iriam ocorrer de outra maneira? Mais lenta? Há quem diga que a pandemia foi um fator acelerador de futuros.

O isolamento social empurrou negócios para a reinvenção de seus modelos e modificou as formas de contato entre as pessoas. Algumas destas mudanças já estavam em curso, mas foram aceleradas. Transições que levariam décadas para acontecer, precisaram se concretizar em questão de meses. Por exemplo: a adoção da educação a distância e do trabalho remoto, além da maior preocupação com a responsabilidade social e com a saúde mental de funcionários por parte das empresas.

Outras questões ganharam foco. Afinal, a crise sanitária e econômica trouxe uma revisão de valores. O modelo de sociedade consumista e baseada no lucro a qualquer custo passou a ser questionado. Iniciativas baseadas na solidariedade e na empatia se fortaleceram.

Mas o que vai permanecer após o fim da pandemia? Esta questão ainda é fruto de análise de especialistas, autoridades, comunidade acadêmica e das pessoas de modo geral.

A educação vai se reinventar? As lideranças vão desenvolver novas habilidades? O salto dado pela tecnologia é um caminho sem volta? Seremos mais cautelosos com a saúde? O cuidado com a saúde mental – “olhar para si” – vai ter mais espaço? Como vai ficar a relação entre família e trabalho? Saberemos regenerar nossa relação com a natureza?

As respostas ainda não são objetivas, mas já vemos sinais que nos permitem algumas reflexões.

9 mudanças esperadas no mundo pós-pandemia

Prever quais serão os reais efeitos da pandemia no mundo é difícil, mas sabe-se que já estamos vivenciando mudanças que podem permanecer e impactar nossas vidas. Compreender o que possivelmente nos espera é importante para nos prepararmos e entrarmos em sintonia, tanto na vida pessoal quanto profissional.

1. Crenças e Valores

Se antes a diferença de classes já era perceptível, a pandemia escancarou nossas mazelas. O isolamento social forçado deixou ainda mais óbvio o quanto a maioria da população é dependente de seus trabalhos para sobreviver. A dificuldade de gerar renda fez com que muitas famílias ficassem em situações críticas.

Esse cenário fez despertar o sentimento de solidariedade adormecido em muitas pessoas. Vários grupos de ajuda ao próximo entraram em ação e se uniram também contra o preconceito e a violência.

É difícil prever se essa onda de empatia vai continuar com a mesma força. Mas tudo indica que uma mudança de crença e valores começa a ocorrer de forma gradual.

2. Transtornos emocionais

O período foi importante para que olhássemos mais para nós mesmos e tivéssemos mais tempo para descobrir o que nos faz feliz e nos conforta. Ao mesmo tempo, o isolamento, o medo do contágio e a incerteza em relação ao futuro fizeram com que muitas pessoas desenvolvessem transtornos emocionais como ansiedade e depressão.

A dificuldade em lidar com a vida profissional e a pessoal no mesmo ambiente também foi outro desafio. Pessoas que têm filhos pequenos em casa e precisaram atuar em home office, principalmente as mulheres, se viram em exaustão física e mental.

Com o crescente aumento de transtornos emocionais, o acompanhamento psicológico com terapias continuadas se torna importante para a retomada de uma vida pós pandemia. Palestras e webinars sobre o assunto oferecidos pelas empresas foram um incentivo para o autoconhecimento, desenvolvimento e gestão emocional dos funcionários. Também há quem diga que o excesso de encontros virtuais trouxe mais ansiedade.

3. Saúde física

O isolamento social ajudou muitas pessoas a cuidarem melhor da alimentação, pois passaram a preparar sua própria refeição. E atrapalhou outras. Em casa e ansiosas, algumas pessoas comeram mais e pior.

Com academias e espaços públicos fechados, as atividades físicas ficaram limitadas por um bom período. Um alvo de estudos agora é se o ganho de peso e sedentarismo serão significativos ao fim dessa pandemia.

Muitas pessoas buscaram soluções online para se exercitar. Há quem tenha até criado um novo estilo de vida. Já demos dicas aqui para quem deseja ser mais ativo dentro de casa mesmo.

4. Transformação digital mais forte do que nunca

Esse é um ponto que já vinha caminhando a passos consideráveis. Um mercado mais digitalizado era uma promessa de futuro. O isolamento social acelerou esse processo.

Com a necessidade de sobreviver, muitos negócios encontraram no ambiente digital a chave para vender seus produtos ou até mesmo oferecer serviços.
Até mesmo a cultura tomou ares digitais. Shows, museus e galerias de arte chegaram até o público por meio da internet, com lives e visitações em realidade aumentada.

Talvez esta seja a mudança mais significativa que vai perdurar no mundo pós pandemia. O salto dado na transformação digital foi tão grande que, mesmo aqueles que tentarem voltar ao passado no fim dessa crise sanitária, ainda estarão à frente do que eram quando a pandemia começou.

5. Trabalho remoto e educação a distância

Há alguns desdobramentos da transformação digital que devem permanecer de forma parcial.

A necessidade de colocar o quadro de funcionários para trabalhar em home office fez com que muitos gestores percebessem que essa modalidade de trabalho dá certo e traz vantagens para as empresas. Se antes o trabalho remoto era adotado com um pouco de desconfiança, a partir de agora a tendência é aumentar o número de colaboradores em home office.

A educação a distância (EAD) também já era uma modalidade explorada, mas também vista com restrições e críticas. A pandemia abriu um novo leque de possibilidades e fez com que muitos se rendessem a este tipo de aprendizado.

6. Busca por novos conhecimentos

Por falar em EAD, a busca por conhecimento também aumentou durante o período de isolamento. Com mais tempo em casa, a população teve mais contato com cursos on-line. Em um mundo em constante e rápida transformação, atualizar os conhecimentos é questão de sobrevivência no mercado.

Mas não foi só na questão profissional. O aprendizado é muito prazeroso quando o assunto é vida pessoal e muitos aproveitaram para adquirir novos hobbies.

7. Viver o agora e valorizar os momentos

A insegurança e o medo do incerto fizeram com que muitas pessoas percebessem que vale a pena viver o presente. Mesmo planejando, alguns indivíduos aprenderam o quanto fatores externos podem mudar tudo. Assim, apreciar os momentos especiais e o contato das pessoas queridas, mesmo virtualmente, passou a ser algo muito valorizado durante esse período.

Mais do que nunca é importante focar no agora. Viver o futuro antecipadamente pode provocar transtornos mentais, principalmente ansiedade. E ficar no passado, pode nos privar de aproveitar as coisas boas do presente.

8. O “novo” dinheiro

Outra coisa que já vinha se modificando é a forma como lidamos com o dinheiro vivo. Conscientes de que as cédulas e moedas carregam bactérias e cheios de opções de formas de pagamento digitais, estamos parando de usar o papel moeda. Carteiras digitais e pagamentos biométricos tendem a ser cada vez mais utilizados.

9. Cuidados com a higiene e a saúde

Esta é mais provável mudança e acima de tudo, necessária. A cada novo surto de doenças a população aprende e assimila um pouco mais a importância de ter bons hábitos de higiene. O simples ato de lavar as mãos pode evitar vários tipos de infecções. Foi assim com o H1N1 também.

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Dia Mundial de Luta Contra a Aids

Neste Dia Mundial de Luta Contra a Aids, 01/11, dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde apontam boa notícia: após 12 anos de uma variante de 37 mil a 42 mil casos notificados, em 2019 houve uma redução de mais de 50%. No ano passado, foram registrados 15.923 casos enquanto, em 2018, foram 37.161, o que demonstra eficácia das ações de conscientização de prevenção à doença. No total, de 1980 a 2019, foram identificados 966.058 casos de Aids no Brasil.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lembra que beneficiários de planos de saúde têm direito a coberturas obrigatórias para o diagnóstico da Aids. O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da agência reguladora tem listados exames laboratoriais anti-HIV, pesquisa de anticorpos, antígeno P24, carga viral por PCR, NASBA, BDNA e teste qualitativo por PCR, além do teste rápido para detecção de HIV em gestantes. O Rol também determina o teste de genotipagem do HIV para os casos suspeitos de resistência viral e/ou risco de falha terapêutica, exames de qualificação no sangue do doador e prova pré-transfusional no sangue do receptor.

Também é importante ressaltar que em 2015 a ANS publicou a Súmula Normativa nº 27 reforçando a determinação de que as operadoras de planos de saúde estão proibidas de recusar clientes em função de serem idosos ou portadores de doenças preexistentes – como os portadores do vírus HIV. A regra alerta ainda que as operadoras também não podem excluir beneficiários usando estes motivos.

Atenta à importância da prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST como a Aids, a Agência estimula os planos de saúde na realização de Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças – Promoprev. Atualmente, existem 143 programas com enfoque em DST informados à ANS por 87 operadoras, que juntos atingem 583.272 mil beneficiários de planos de saúde.

Dados da Aids no Brasil

s homens continuam sendo o grupo de pessoas com mais casos no Brasil: 11.123 infectados em 2019, seguido das mulheres (4.796) e de jovens de 15 a 24 anos (2.082 casos). Crianças até cinco anos são os menos acometidos pela doença e mantém uma curva decrescente de casos: 125 em 2019 contra 265 em 2018. Essa redução vai ao encontro da queda no número de gestantes infectadas pelo HIV: 4.482 em 2019 contra 8.621 em 2018.

Transmissão

A transmissão do vírus do HIV acontece, principalmente, por relações sexuais desprotegidas com pessoa soropositiva, pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados (como agulhas e alicates) e através da mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.

Cabe destacar que ser portador de HIV (vírus) e ter Aids (doença) são condições diferentes. Uma pessoa soropositiva pode viver anos sem desenvolver a doença. No entanto, podem transmitir o vírus. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. A forma mais eficaz de prevenção é o uso de preservativos em todas as relações sexuais (oral, vaginal e anal), já que o sexo é uma das maiores causas de infecção da doença.

Tratamento

Desde 1996, o Governo Federal oferece gratuitamente pelo SUS todos os medicamentos antirretrovirais (ARV) e, desde 2013, garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente da carga viral. O uso regular dos antirretrovirais é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a Aids.

A terapia antirretroviral (TARV) traz grandes benefícios individuais, como aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas, como hepatites virais, tuberculose, pneumonia e toxoplasmose, por exemplo.

Os remédios, quando tomados corretamente, impedem a multiplicação do HIV e diminuem a quantidade do vírus no organismo até ficarem indetectáveis. Atualmente, existem 21 medicamentos em 37 apresentações farmacêuticas no Brasil.

Aids e Covid-19

De acordo com a UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS), o Covid-19 está ameaçando o progresso que o mundo fez em relação à saúde e desenvolvimento nos últimos 20 anos, incluindo todos os passos dados na luta contra o HIV. Ainda hoje, mais de 12 milhões de pessoas no mundo esperam para iniciar seu tratamento com antirretrovirais e 1.7 milhão de pessoas foram infectadas com HIV em 2019 devido à falta de acesso a serviços essenciais.

Com a pandemia foram interrompidos serviços especializados e sobrecarregadas as cadeias de abastecimento. Por vários meses foram observados níveis mais baixos de novos diagnósticos e início de tratamento como reflexo dessa situação. Na América Latina, observou-se um aumento de 21% de casos de infecção de HIV. Em seu relatório de novembro, a organização apela aos países para que intensifiquem a ação global e faz a seguinte estimativa: o impacto de longo prazo da pandemia na resposta ao HIV pode ser de 123 mil a 293 mil novas infecções por HIV e de 69 mil a 148 mil mortes adicionais relacionadas à Aids entre 2020 e 2022.

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Prevenção é a principal medida para o combate à Covid-19

Os esforços para conter a expansão do novo coronavírus continuam, e a manutenção das medidas preventivas é fundamental. Usar máscara de proteção, manter os cuidados básicos de higiene e evitar aglomerações, mesmo com a flexibilização do isolamento, são medidas imprescindíveis enquanto perdurar a pandemia. Por isso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça junto à população as principais orientações para evitar a contaminação e lembra que o combate à Covid-19 é um compromisso com a saúde individual e coletiva.

Confira abaixo as recomendações:

USO DA MÁSCARA

O uso da máscara continua sendo instrumento fundamental para o controle da pandemia e as dicas mais importantes de uso são as seguintes:

  1. A máscara é individual e não deve ser compartilhada com ninguém.
  2. As máscaras devem ser trocadas sempre que estiverem úmidas ou com sujeira aparente. Não se deve ficar mais do que três horas com a mesma máscara.
  3. Como serve de barreira física ao vírus, o ideal é que tenha pelo menos duas camadas de pano.
  4. Use sempre que precisar sair de casa e lembre de levar uma reserva e uma sacola para guardar a máscara usada quando precisar trocar.
  5. Deve cobrir o nariz e a boca e ser usada de forma permanente no rosto, ou seja, não deve ser manipulada para o queixo ou pendurada em uma das orelhas, por exemplo.

HIGIENE E AGLOMERAÇÃO

Medidas básicas na rotina diária, como lavar as mãos e evitar aglomerações, são fundamentais para a redução do contágio. Sem a adoção dessas recomendações, o número de casos pode se proliferar com muita rapidez. No caso específico da higienização, é recomendado o uso do álcool a 70% como desinfetante e antissépticos para as mãos.

CUIDADOS NO AMBIENTE DE TRABALHO

No ambiente de trabalho é importante estar atento à higiene. O recomendado é que as empresas e organizações disponibilizem recursos para a higienização das mãos nos locais de trabalho, incluindo água, sabonete líquido, toalha de papel descartável e lixeira, com abertura que não demande contato manual, ou sanitizante adequado para as mãos, como álcool a 70%.

Quanto ao distanciamento, a recomendação é manter o espaço mínimo de um metro entre os trabalhadores e o público. Os funcionários devem usar a máscara cirúrgica ou de tecido e adotar divisórias impermeáveis ou fornecer proteção facial do tipo viseira plástica ou óculos de proteção.

Nas refeições, a orientação é para que os trabalhadores sejam distribuídos em horários diferentes para o uso do refeitório e seja mantido o espaço mínimo de um metro entre as pessoas nas filas e mesas. No caso dos banheiros, deve-se evitar a aglomeração.

Mais informações no portal do Ministério da Saúde.

CUIDADOS COMPLEMENTARES

  • O álcool 70% é um importante aliado de higienização na luta contra a Covid-19. Mas é importante estar atento ao seu uso para evitar queimaduras. Fique distante do fogo!
  • Ao usar a máscara, passe protetor solar para evitar marcas de queimaduras de sol indesejáveis no rosto.
  • O ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas opções de máscaras de pano, em caso rompimento do elástico ou de umidade excessiva na mesma.
  • Tenha cuidado com o descarte das máscaras descartáveis. Vede a máscara com uma sacola e jogue diretamente na lixeira.
  • Em caso de suspeita de contágio de Covid-19, consulte primeiramente a operadora do seu plano de saúde, através dos canais de atendimento, para obter orientações de atendimento.

COBERTURA DOS PLANOS DE SAÚDE

A cobertura do tratamento aos pacientes diagnosticados com a Covid-19 é assegurada aos beneficiários de planos de saúde de acordo com a segmentação do plano (ambulatorial, hospitalar ou referência). Os usuários também têm garantida a cobertura dos testes para detecção da doença que constam no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, de acordo com as diretrizes de utilização específicas. São eles:

Pesquisa por RT – PCR: É indicado para identificar o vírus e confirmar a Covid-19 e é feito através da coleta de amostras da mucosa da nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta). O teste é coberto para os beneficiários de planos com segmentação ambulatorial, hospitalar ou referência, e é feito nos casos em que há indicação médica, de acordo com o protocolo e as diretrizes definidas pelo Ministério da Saúde.

Pesquisa de anticorpos IgG ou anticorpos totais: São os testes sorológicos, que objetivam detectar a presença de anticorpos produzidos pelo organismo após exposição ao vírus, e podem ser realizados por meio das técnicas de imunofluorescência, imunocromatografia, enzimaimunoensaio e quimioluminescência. O procedimento deve ser solicitado pelo médico assistente, desde que o caso se enquadre em um dos seguintes critérios:

  • Pacientes com Síndrome Gripal ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) a partir do oitavo dia do início dos sintomas;
  • Crianças ou adolescentes com quadro suspeito de Síndrome Multissistêmica Inflamatória pós-infecção pela Covid-19;

E em nenhum dos seguintes critérios:

  • Exame RT-PCR prévio positivo para Covid-19;
  • Pacientes que já tenham realizado o teste sorológico, com resultado positivo;
  • Pacientes que tenham realizado o teste sorológico, com resultado negativo, há menos de uma semana;
  • Testes rápidos;
  • Pacientes cuja prescrição tem finalidade de rastreamento (screening), retorno ao trabalho, pré-operatório, controle de cura ou contato próximo/domiciliar com caso confirmado; e verificação de imunidade pós-vacinal.

Além desses testes, estão incluídos no Rol de Procedimentos seis outros exames que auxiliam no diagnóstico e tratamento da Covid-19: Dímero D (dosagem); Procalcitonina (dosagem); Pesquisa rápida para Influenza A e B; PCR em tempo real para os vírus Influenza A e B; Pesquisa rápida para Vírus Sincicial Respiratório; e PCR em tempo real para Vírus Sincicial Respiratório.

Caso tenha alguma dúvida, seja em relação aos procedimentos a que tem direito ou sobre o atendimento em caso de suspeita de Covid-19, a ANS orienta o usuário a procurar primeiramente a operadora do seu plano de saúde. A Agência também disponibiliza os seguintes canais de atendimento para prestar informações ou para o registro de reclamações:

  • Disque ANS 0800 701-9656
  • Fale Conosco (formulário eletrônico) no portal www.ans.gov.br
  • Central de atendimento para deficientes auditivos: 0800 021 2105

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No Dia do Hospital, reforçamos: valorize os profissionais da saúde!

Hoje, 2 de julho, é o Dia do Hospital. Vamos aproveitar a data para fazer uma reflexão sobre a realidade dos profissionais que atuam nesta área durante o período de pandemia por COVID-19. Vamos conhecer um pouco mais de seu trabalho, medidas de valorização, cuidados e o que podemos fazer para apoiá-los!

COVID-19 e os profissionais dos hospitais

A COVID-19, doença causada pelo novo Coronavírus, é uma ameaça à saúde das pessoas e à saúde pública global. O cenário de pandemia, ainda longe de ser 100% resolvido, é um treinamento real de cooperação, proteção e cuidados com a vida para todos os profissionais da área da saúde.

O Ministério da Saúde é o órgão responsável por repassar no país as orientações que, muitas vezes, vêm da Organização Mundial da Saúde (OMS), baseadas em experiências de outros países.

No campo tático, são os profissionais da saúde – médicos, enfermeiros, técnicos, atendentes, fisioterapeutas, psicólogos, auxiliares de limpeza hospitalar, copeiros, motoristas e outros profissionais – que devem colocar em prática todas as recomendações, protegendo a própria saúde, de seus familiares, dos colegas de trabalho e dos pacientes e tentar reduzir a propagação incontrolável do vírus.

Principalmente se considerarmos os deslocamentos contínuos das pessoas em determinadas regiões e a falta de recursos como leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), equipes e outros equipamentos.

Diante deste cenário e tendências, ainda incipientes, de controle da pandemia é necessário que toda a sociedade se conscientize sobre a realidade destes profissionais. É interessante, também, saber o que está sendo feito para protegê-los.

Proteção da saúde dos profissionais dos hospitais e clínicas

Fornecer equipamentos de proteção individuais (EPIs) e condições adequadas é sempre fundamental, mas a conscientização faz com que o profissional saiba o que precisa para trabalhar, que tipo de ambiente, condição mental, direitos, deveres e atitudes que precisa tomar para proteger a si, e aos colegas.

No caso de um cenário de epidemia ou pandemia, é necessário adotar todas as medidas de proteção física, psicológica e emocional para a força de trabalho dos hospitais, emergências e centros clínicos. O objetivo é que os profissionais estejam preparados para os picos de atendimento e possam proteger sua própria integridade, evitando muitas ausências, pois sem eles o sistema de saúde fica ainda mais sobrecarregado.

Algumas medidas necessárias e que estão sendo tomadas como boas práticas em locais que adotaram uma gestão responsável incluem uma boa gestão do descanso dos profissionais, serviços que facilitam a vida deles (como fornecer roupas limpas, serviços de lavagem das roupas, alimentação etc.), itens de higienização rápida (álcool em gel, lenços e toalhas), além da limpeza e descontaminação do ambiente.

Gestão do stress das equipes

Este assunto merece uma discussão especial, pois estamos falando de seres humanos que também sentem ansiedade, medo, compaixão e outras preocupações com o trabalho e pessoais.

A alta carga de atendimento e responsabilidades coloca sobre estes profissionais uma pressão extra ao seu cotidiano. Eles cuidam e temem por si, pelos seus familiares e pela sociedade.

Aos pacientes e frequentadores de hospitais, toda empatia e paciência são necessárias. Aos gestores, poder público e sociedade, todo o cuidado e valorização destes profissionais é fundamental!

Faça a sua parte: como valorizar e apoiar os profissionais da saúde

Veja outras formas de apoiar os profissionais da saúde, além de cuidar de si e dos seus:

  • Seja um agente de combate à propagação do novo Coronavírus: fale para as pessoas sobre as medidas de prevenção e sua importância;
  • Compartilhe apenas informações verídicas. Na dúvida, não compartilhe. Fake news atrapalham muito estes profissionais;
  • Tenha empatia e paciência, caso você precise de um serviço de saúde para você ou para sua família;
  • Caso tenha dúvidas em relação ao atendimento prestado, seja cordial ao questionar;
  • Apoie pesquisas e outras iniciativas científicas, se possível;
  • Parabenize os profissionais que encontrar. Lembre-se de valorizar também as equipes de limpeza, copeiros, motoristas e seguranças de hospitais. Eles também estão trabalhando em um ambiente de alto grau de contágio e atuando para a segurança e bem-estar de todos.

Palmas para eles!

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15 de junho: Dia mundial de conscientização sobre a violência contra a pessoa idosa

Do dia 15 de junho é o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa. Instituída no ano de 2006, em comum acordo entre a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Rede Internacional de Prevenção à Violência ao Idoso, visa estimular a reflexão sobre o respeito e a valorização que esta crescente parcela da população merece. Desde então tem sido marcada por diversos eventos de mobilização em prol da causa em todo o mundo.

O objetivo é alertar sobre a existência real da violência contra pessoas idosas. Ao mesmo tempo, criar a consciência mundial, social e política de que atos violentos com idosos são inaceitáveis. Também é uma excelente oportunidade de apresentar as formas de prevenção e a necessidade de combater e denunciar as diversas formas de violência aos idosos.

Violência além da agressão física

O Estatuto do Idoso brasileiro (19° artigo do 4° capítulo) caracteriza a violência contra o idoso como “qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico”.

Isso significa que qualquer abuso (físico, psicológico ou moral), negligência (de familiares, instituições e governantes), exploração econômica, coação, restrição de liberdade e dor são igualmente considerados formas de violência contra a pessoa idosa.

O problema é que muitas vezes tratamos como violência apenas a agressão física, fazendo com que abusos contra o idoso só sejam percebidos quando o mesmo chega ao serviço de saúde, para atendimento. Quando não ocorrem sinais físicos de abuso, a violência fica mascarada.

Apesar das violências físicas serem bem visíveis e chocantes, normalmente são as violências invisíveis que mais machucam e trazem sofrimento contínuo e traumas aos idosos. Isso porque ferem sentimentos e dignidade, principalmente quando o agressor é um parente ou uma pessoa próxima, casos não raros.

Estudos mostram que cerca de 80% dos casos de violência acontece dentro de casa, ou seja, as violações são praticadas por quem deveria cuidá-los, especialmente com indivíduos dependentes de cuidados especiais, com pouca mobilidade ou que estão enfermos.

Por isso é essencial que qualquer sinal de violação seja denunciado às autoridades competentes, mesmo que o agressor seja um parente ou conhecido próximo.

A situação exige um olhar mais atento aos direitos dos idosos, não só no Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa, como em todos os outros dias do ano. Eles precisam ser tratados com empatia, afinal, todos envelhecerão, podendo precisar de cuidados.

O envelhecimento da população é um fenômeno mundial.

No Brasil os, idosos (60 anos ou mais) já somam 28 milhões de pessoas, número que corresponde a 13% da população total do país. De acordo com a “Projeção da População” divulgada em 2018 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e estatística), é provável que esse percentual dobre nas próximas décadas.

Também conforme as estatísticas, a população idosa segue em ascendência, sendo necessário garantir um envelhecimento digno e pleno a todos. Por meio de um conjunto de leis, como o Estatuto do Idoso e de ações interdisciplinares o Brasil busca assegurar a promoção do envelhecimento saudável, participação social, cuidados de atenção especial à saúde e o cumprimento de direitos garantidos por lei por essa parte da população.

Em 2019, o Governo Federal criou o Programa Viver – Envelhecimento Ativo e Saudável, uma política pública voltada à promoção dos direitos humanos, assegurando dignidade, autonomia e protagonismo aos idosos.

O programa desenvolve ações para inserir os idosos no mundo digital, integrá-los à comunidade e melhorar o acesso à educação financeira, saúde e mobilidade física.

Mas o cuidado e o respeito não são responsabilidades apenas dos governos, devem ser praticados por todos, diariamente. Isso se dá por meio de atitudes simples, como: não utilizar a vaga reservada no estacionamento, não ocupar lugares preferenciais em ônibus e filas e, inclusive, ter paciência para conversar. É necessário também ficar de olho se há exploração da situação econômica do aposentado e denunciar fraudes e desrespeito.

Pequenos gestos fazem a diferença na vida dos idosos. Mas isso não deve ser encarado como um favor, e sim como dever de todos com todos. É bom lembrar que, um dia, a maioria das pessoas se enquadrará nesta parcela da população. Por isso, vale refletir: você tem tratado as pessoas idosas da mesma forma como gostaria de ser tratado?

Se você conhece algum idoso que esteja sofrendo algum tipo de violência, denuncie!

Segundo consta no Estatuto do Idoso, “quem sabe da agressão ao idoso e omite o fato às autoridades competentes também comete um crime”.

Disque 100 ou se dirija à Delegacia do Idoso mais próxima. Na ausência de uma delegacia especializada, a denúncia pode ser feita em qualquer unidade.

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Junho Vermelho: incentivo para doar sangue e salvar vidas

Doar sangue é um processo rápido, seguro e solidário. Apesar disso, no Brasil, o número de doadores ainda é muito baixo e, no inverno, fica ainda menor devido à maior incidência de resfriados, gripes e pela própria indisposição das pessoas em sair de suas casas. Por isso e também pelo fato de, em junho, celebrarmos o Dia do Doador de Sangue (14), o mês foi escolhido para comportar uma campanha nacional chamada Junho Vermelho. O objetivo é falar sobre a importância da doação de sangue e incentivar as instituições a fazerem o mesmo, aumentando o número de doadores.

Dados do Ministério da Saúde apontam que, atualmente, 1,6% da população brasileira é doadora de sangue. Ou seja, somente 16 a cada mil pessoas doam sangue regularmente. O número está dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que determina que um país tenha, ao menos, 1% de sua população doando sangue. Entretanto, o índice está longe do recomendado pela própria OMS para que possua estoque seguro de sangue. Este índice seria de 3%.

Neste ano, a necessidade é ainda mais especial. Por causa da pandemia da COVID-19 e da recomendação de ficar em casa, as doações diminuíram consideravelmente em todo o país.

Movimento Junho Vermelho: incentivo à doação acontece em todo o país

Assim como ocorre com outros movimentos de conscientização relacionados à saúde, como Novembro Azul e Outubro Rosa, o objetivo do Junho Vermelho é alertar e conscientizar a população para questões relacionadas à manutenção da vida e do bem-estar.

A campanha é uma iniciativa nacional criada em 2015 pelo Movimento Eu Dou Sangue. E o mês não foi escolhido por acaso. Conforme já dissemos, 14 de junho é conhecido como Dia Mundial do Doador de Sangue. Determinar uma data para homenagear estas pessoas é uma forma de agradecer aos que se voluntariam para praticar e incentivar este ato de solidariedade e amor ao próximo.

Além disso, outros dois fatores contribuíram para a escolha do mês. Historicamente, o clima mais frio, registrado em algumas cidades do Brasil neste período do ano, afasta muitas pessoas dos hemocentros.

Além das gripes e da indisposição trazida pelo clima frio, também é um período de férias escolares no qual muitas famílias mudam suas rotinas, viajam ou aproveitam para descansar.

Desta forma, a campanha Junho Vermelho reforça a necessidade de continuidade de doações, funcionando como um lembrete aos doadores, bem como angaria novas colaborações neste sentido.

Doar sangue salva mesmo vidas

O sangue é um insumo que não possui substituto. Seu uso é essencial para tratamento de algumas doenças crônicas, em cirurgias e em intervenções de urgência e emergência.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra, por ano, aproximadamente 3,5 milhões de transfusões de sangue. Isso só é possível graças às doações de voluntários.

A cada coleta são retirados 450 ml de sangue (o corpo consegue recompor essa quantidade em 72 horas) que podem salvar até 4 vidas. Isso porque cada bolsa coletada passa por um processamento que separa os componentes do sangue: plaquetas, hemácias, plasma e crioprecipitado (fonte concentrada de proteínas plasmáticas insolúveis à baixa temperatura).

O paciente que vai receber a transfusão de sangue pode necessitar apenas de um desses hemocomponentes ou de todos, dependendo do seu estado clínico.
Vale lembrar que a doação de sangue é totalmente segura, realizada com materiais descartáveis, e não oferece riscos para quem doa. Durante todo o procedimento o doador é assistido por uma equipe treinada.

Doação de sangue continua segura mesmo durante a pandemia

Para receber os doadores, os hemocentros espalhados pelo país intensificaram os protocolos de higiene (tanto do ambiente quanto dos instrumentos) e de segurança. Estão sendo disponibilizados locais para lavagem de mãos, uso de antissépticos e agendamento diferenciado que minimiza a aglomeração de pessoas.

Por isso, não se sinta acuado! Acidentes, tratamentos que precisam de doação recorrente e outras enfermidades continuam acontecendo durante a pandemia. Portanto, o consumo de sangue permanece diário e contínuo e os estoques precisam continuar abastecidos.

Requisitos exigidos para doação

Para estar apto a doar sangue é preciso:

  • Ter idade entre 16 e 69 anos (menores de idade desacompanhados devem apresentar um termo de consentimento de doação, preenchido e assinado pelo responsável legal);
  • Pesar mais de 50 kg;
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Alimentar-se bem antes da doação (evitar o consumo de comidas muito gordurosas 3 horas antes da doação);
  • Estar descansado (é recomendado dormir pelo menos 6 horas na noite anterior);
  • Levar um documento oficial com foto.

É importante ficar atento:

  • Quem apresenta sintomas de gripe e resfriado deve aguardar 7 dias;
  • É proibido ingerir bebidas alcoólicas por 12 horas antes da doação;
  • Quem fez tatuagem ou maquiagem definitiva só pode doar sangue depois de 1 ano;
  • Mulheres que tiveram filhos só podem realizar o procedimento após 90 dias, no caso de parto normal, ou após 180 dias, em caso de cesárea; entretanto, as que estão amamentando devem aguardar 1 ano após o parto para fazer a doação;
  • Quem tomou vacina contra a gripe deve esperar 48 horas antes de procurar o Hemocentro.
  • Pessoas que tiveram diagnóstico positivo para a Covid-19 ou contato com casos suspeitos ou confirmados estão temporariamente inaptas para doação de sangue. Estas pessoas voltam a ser consideradas aptas somente após 30 dias sem apresentar nenhum sintoma.

Vamos fazer parte desta corrente do bem e salvar vidas? Para doar sangue basta se encaixar nos requisitos listados acima e se dirigir ao hemocentro mais próximo.

No Estado de São Paulo são cerca de 120 postos de coleta, hemonúcleos ou hemocentros. A lista está disponível no site da Secretaria Estadual de Saúde.

Importante: ligue para o hemocentro mais próximo antes de comparecer para verificar as novas condições de agendamento.

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Medicina integrativa complementa tratamentos de patologias

Neste 1º semestre de 2020 passamos por profundas reflexões sobre nossas objetivos, modelos econômicos, relacionamentos familiares e solidariedade no mundo todo visando evitar dificuldades financeiros das empresas e indivíduos em razão das decisões dos países para combate ao colapso dos sistemas de saúde por causa da pandemia de covid-19.

Todos os dias vemos ou ouvimos informações convergentes e divergentes sobre a pandemia do novo corona vírus. Até mesmo médicos de diversas especialidades, quando entrevistados, passam informações divergentes entre si sobre ações de prevenção e perspectivas sobre o tamanho dos danos causados, tanto pelos sintomas do vírus quanto à economia local e global.

Isso é normal, afinal não sabemos de tudo, além das linhas de estudos ou pesquisas dos profissionais não serem lineares. Muitos profissionais mais materialistas focam nas pesquisas biológicas. Outros conseguem ir além da biologia e, independente de serem infectologistas, conseguem passar informações com visão mais abrangente sobre causas, sintomas e efeitos em cascata sobre a saúde pública, e até mesmo sobre a economia.

Entretanto, pouco se fala sobre imunidade e como as pessoas devem focar na alimentação saudável, buscando, se possível, alimentos funcionais que contribuirão para aumentar a saúde do indivíduo fortalecendo seu sistema imune que combaterá a invasão de vírus e bactérias.

Estamos muito acostumados aos tratamentos localizados conforme sintomas e órgãos afetados pelas respectivas especialidades médicas. Os tratamentos visam eliminar os sintomas, e muitas pessoas possuem sintomas de doenças relacionadas a diversas especialidades, logo se tratam com mais de um médico simultaneamente.

Neste contexto alguns medicamentos curam alguns sintomas e criam outros, podendo criar um círculo vicioso com o uso de várias drogas de uso contínuo, sem que o indivíduo atue como protagonista nas causas da doença, buscando recuperar sua saúde.

Veja no vídeo abaixo discussões sobre quarentena, tratamento ainda experimental para covid-19 e como a Dra. Nanci adicionou medicinas complementares (medicina integrativa e reprogramação mental) à medicina tradicional (oncologia e terapia alvo) e teve uma experiência particular muito positiva.

P.S: Mesmo usando alguma medicina complementar os tratamentos de medicina tradicional devem ser continuados. Algumas medicinas complementares potencializam o sistema imune e outras podem atuar como coadjuvante no seu tratamento.

Se deseja ir direto ao assunto, pule para minuto:28.

https://youtu.be/n95iUUnaXWo
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